Ensaio 59B – 2ª edição 1ª reimpressão
baitasar
A luz amarelada das lamparina num mostrava tudo, num deixava vê o acaloramento qui subia dos pé, descia da cabeça, e incendiava a cobertura de carne qui se erguia. Num acoitava tudo. Maria Cobra nua. Dançando. Dando voltas em si mesma. O Raposa assoprando cuspe na gaita. A máquina musical entrava e saia da boca. A Poesia farejando alguma sobra de carinho. Balançando o rabo. Mijando. As patinha pra cima. A barriga latejando. Uma das menina chupando pelo canudinho. O vinho vagabundo qui num acabavaa já descia ardendo como vinagre. A quentura das lamparina. O calô da dança. O fogo da fraqueza no hôme tava no começo. a noite já tava nascida. Maria Cobra nua dando voltas no siô da Hora, o conde babando, o bode amedrontado, a cabeça dos trêis hôme dando voltas em si mesma. A muié abençoando
Meninas, acudam aqui. O nosso amigo bebeu um pouco de vinho e ficou muito sério, alguém pra chupá no canudinho? Vamos meninas, o conde precisa da nossa ajuda. Certo? Venham!
O Conde chegou! O Conde chegou!
O bode oiava na volta, dava pra repará qui ele num tava com conforto no meio daquela movimentação tão grande. O entra e sai das menina num deixava os lugá de espera esquentá.
O conde parecia num se incomodá em sabê quem lhe metia as mão ou chupava o canudinho. Num importava os nome nem a titulação, os dia nublado e as noite de tempestade ficava lá fora. Num pagava pra cuidá, acertava pagamento pra sê cuidado, eu não sou a civilização, entendam, eu sou a esperança da Villa. o conde é um deslumbrado com o podê desmedido, gosta do cegamento egoísta que vive da morte, é o coveiro da esperança. e o bode é um covarde que acredita em arrependimento, reza por milagres. eu sei, um conde inventado em uma Villa hipócrita não acredita em milagres. cuidado, bode, que a calça um dia pode ficar molhada e suja. o conde é um infame. gente como eu é a esperança da civilização contra essa gente imprestável e incompetente. vaidoso, preguiçoso e cheiroso, mas todas as noites coloca o relho sobre a mesa e acaricia o couro manchado com a carne e o sangue. o bode fala do que não conhece, a boa vida. velhos idiotas dentro de pinturas imensas. o bode parece que odeia parte de si mesmo. quando odiamos é mais fácil acreditar na culpa, mesmo que o crime não exista, basta o ódio para nos fazer acreditar no crime. a calça do bode parece que molhou-se. eu mereço a absolvição. o bode não é digno dela. e o conde merece? não acredito em arrependimento, o que está feito, feito está.
Maria Cobra parecia reuní na sua casa de entretimento desviado os hôme de munta impostância na Villa. Usava os cliente com autoridade e prestígio pra num tê incomodação com a falta do bão senso. E os excesso do ôio grande. No ramo da desviação dos costume todo cuidado é pouco, toda invencionice precisa dum tempo pra crescê e madurecê. Tava sempre atenta na investidura novidadêra. Foi dela o invento do serviço de atendimento em casa. Mais só na Villa-cidade, num atendia os chamado do campo. Recebia o pedido do favorecido e despachava o mimo sem alvoroço. O movimento foi fraco no começo dos atendimento em casa, mais depois do costume tomá o lugá do susto e do medo as menina num tinha queixa, sempre tava de movimentação. Teve veiz qui chegava inté faltá moça. A procura tinha munto interesse.
O entra e sai da sua loja de vendê pecado só desanimava durante o dia, inté metade da tarde. Era o seu tempo de separá do mundo sua amizade sossegada e suave pras menina. Escutá as vontade duma e otra, rí das lambarice, avaliá os conhecimento sobre cada hôme da freguesia. Tinha as tarefa com os adoecimento, tomava os cuidado de conhecê as meió abortêra no caso de precisá tirá algum broto disposto a germiná. O único cuidado qui num conseguia fazê era despejá na rua as puta véia. Deixava o serviço pru Raposa. Sabia qui a rua sem proteção era cruel. E matava. Mais tinha um negócio qui num combinava com algum albergue de velhice. Quando a utilidade de uso ficava menó qui a custeza pra morá, num tinha mais jeito, a desocupada era desligada da coleção da casa. Num era mercadoria com defeito, mais com munto tempo de uso.
Uma noite dessas de muito trabalho, em que as meninas estavam todas ocupadas, um jovem com muita boniteza e uma certa estranheza entrou na casa, descuido do Raposa e da Poesia, os dois têm treinamento, sabem que em noite cheia a porta é fechada, a lamparina é apagada, enfim, a casa desacertou o funcionamento. Não havia meninas disponíveis para atender o mancebo, e a senhora? tentei explicá que eu não atava nem desatava as emergências. Escolhia o mérito do cliente para decidir se oferecia os meus serviços. Ou não. Acontece que cedi aos apelos do jovem. E, antes que a invencionice das línguas compridas aumentem o tamanho da história, devo dizer que o mancebo não parecia ser uma boa sela. Foi um ato de caridade. Pensei que poderia me surpreender e cedi, está bem, vou lhe prestar o atendimento básico. qual a sua idade? não respondi de imediato, primêro soltei uma risada como um zumbido, circulei meu corpo em anéis sobre a cauda, estremecia toda. Preparei o bote. Podia sentir o azedume na boca quando lhe respondi, o imbecil veio foder com a minha idade ou comigo? não me leve à mal. vá se foder! Chamei o Raposa pra mostrá o caminho da saída, vá procurá alívio com as mãos ou com as avulsas da rua
É assim mesmo, minha amiga. Os jovens crescem julgando os mais velhos, só nos perdoam depois de velhos, a siá Cobra oiô de susto pru siô da Hora. Ele reconheceu a surpresa da puta véia, acalme-se, minha amiga.
Estou calma, só estranhei a boniteza das palavras do Conde.
Escutei essa frase em uma das minhas andanças com sinhá Casta, se não estou enganado, e provavelmente estou, foi em alguma taberna na Inglaterra, com algum desses enfeminados da poesia.
Eu não quero envelhecer, uma tristeza descolorida se apoderô da siá Cobra
Todos ficamos velhos, minha amiga.
Nem todos.
Mais da casa cheia e dos negócio indo de vento em popa em água calma, ela num reclamava. Os interesse nas moças num parava. Os rendimento de riqueza subindo. Num faltava trabáio nem criatividade nas ideia, se a montanha não pode sair do lugar o jeito é caminhá até a montanha, mas no caso das coisas não serem de um jeito ou outro, não é motivo de preocupação. Maria Cobra dá jeito em tudo
Boa noite, sinhô Conde.
O sinhô da Hora num levô susto com aquele cumprimento da retaguarda, tava acostumado buscá nas lembrança assunto de conversa, num gostava de deixá as coisa no acaso, tinha veiz qui num podia evitá, otras veiz num dava importância, mais o acaso podia qualqué coisa. Virô as vista na direção da mesurice. Reconheceu o delegado degoladô de bode, boas noites, sinhô Delegado. Pelo visto da desarrumação o sinhô está de saída.
Num viu as mão do degoladô, mais podia apostá qui as unha ainda tava com as mancha seca do vinho qui espirrô do bode. Viu a adaga amarrada na cinta do chefe das pulícia. Num deve tê contado pra moça, ela num deve tê perguntado. Ou nem viu. As sombra e a luz é usada pra aprisioná o julgadô na viradela da ilusão em verdade
Acertou, meu caro Conde.
Mas me diga como fez viagem tão rápida, perguntô a purugunta qui lhe ardia a garganta. Precisava investigá a brevidade como o delegado tomô à sua frente, o amigo veio com mais pressa que os passos desse bode.
É simples, meu caro Conde. Uma liteira, dois negros fortes, saudáveis e um relho com unhas longas. Vosmecê deveria experimentar.
Em outra ocasião. Mas espero que o amigo tenha feito bom proveito da casa, tem coisa qui é dita e num se pode disfarçá as intenção qui num é dita. Num é coisa fácil separá a verdade da falsidade quando a encantação da mentira é repetida inté a exaustão.
Sem dúvida, sinhô Conde, parô de falá e virô as vista pra mocinha qui o otro carregava no seu abraço de força. Ergueu uma das mão e com a ponta dos dedos fez um pequeno teatro de fantoche, encenô limpeza de asseio nos dois canto da boca de mocinha, essas moças sabem dar e receber, piscô uma das vista e continuô a encenação, não tenho costume de muita demora, o que é para ser feito tem que ser feito vai ser feito está feito. Era hôme qui completava um serviço a cada veiz. Depois do feito num tinha mais desfeito, virava as costa pra seguí em frente. Num perdia tempo com investigação. Chegava decidido pela moça antes de entrá, agarrava a serviçal qui mais agradava as vista e o faro. Chegava na cela quase junto com o acabamento da missão. Teve veiz qui male-male teve tempo de abrí as calça. Moiô as mão. Fincá mesmo num conseguiu. Saiu sem pagá. Avisô qui num ia pagá um serviço feito com as própria mão. Acostumô com atendimento sem cobrança, a bem da verdade, se tem alguma verdade qui é verdade, ele num se demorava munto. Era rápido nos resultado, gentil com as moça, mais num queria sabê de conversa
Boas noites, sinhô Delegado Chefe das Pulícia e Iluminação Pública, o hôme carregava munta coisa séria nas costa, mandava na PIP da Villa, num era coisa pouca
Boa noite, sinhô Conde. Tenho certeza qui o sinhô fica em boas mãos.
As melhores mãos, sinhô Delegado.
Até qualquer dia. Ou noite.
O Raposa fechô a porta atrás do siô chefe das pulícia, até mais ver amigo bode. Durma bem e leve junto essas mãos exímias para degolar bodes. um homem perigoso, conde. concordo, bode. o chefe da vigilância é um autoritário. um extremista
O Raposa num parava de tocá sua gaita. A Poesia num parava de pulá. Sempre dois passo pra trás.
O siô da Hora num pode evitá um sorriso de fastio do conde e do bode. O vinho depois do encantamento provocava no siô da Hora mais tristeza qui alegria. Um bão acompanhamento da melancolia. Sentiu saudade da siá Casta. Mui respeitosa. Um enfeite de confiança, meus Deus, o que faz um vinho. não foi bem saudade, hein conde? não se meta, bode. e por que o conde precisa de tantas meninas se tem uma mulher tão especial, nobre e respeitosa em casa? não se atreva em continuar. será que ela também não gosta de vinho? cale essa sua maldita boca. aposto que até chupa pelo canudinho! um enfeite não se come é só para olhar. o conde está com medo de se lambuzar todo. o bode parece que gosta de dramas. não gosto de nada, gosto de tudo. não se pode ter tudo, mas é dever do homem tentar enquanto vive, bode.
Ah, esse conde qui acha qui entende tudo das muié e vinho nem dos bode ele sabe mais qui degolá
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Leia também:
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baitasar
A luz amarelada das lamparina num mostrava tudo, num deixava vê o acaloramento qui subia dos pé, descia da cabeça, e incendiava a cobertura de carne qui se erguia. Num acoitava tudo. Maria Cobra nua. Dançando. Dando voltas em si mesma. O Raposa assoprando cuspe na gaita. A máquina musical entrava e saia da boca. A Poesia farejando alguma sobra de carinho. Balançando o rabo. Mijando. As patinha pra cima. A barriga latejando. Uma das menina chupando pelo canudinho. O vinho vagabundo qui num acabavaa já descia ardendo como vinagre. A quentura das lamparina. O calô da dança. O fogo da fraqueza no hôme tava no começo. a noite já tava nascida. Maria Cobra nua dando voltas no siô da Hora, o conde babando, o bode amedrontado, a cabeça dos trêis hôme dando voltas em si mesma. A muié abençoando
Meninas, acudam aqui. O nosso amigo bebeu um pouco de vinho e ficou muito sério, alguém pra chupá no canudinho? Vamos meninas, o conde precisa da nossa ajuda. Certo? Venham!
O Conde chegou! O Conde chegou!
O bode oiava na volta, dava pra repará qui ele num tava com conforto no meio daquela movimentação tão grande. O entra e sai das menina num deixava os lugá de espera esquentá.
O conde parecia num se incomodá em sabê quem lhe metia as mão ou chupava o canudinho. Num importava os nome nem a titulação, os dia nublado e as noite de tempestade ficava lá fora. Num pagava pra cuidá, acertava pagamento pra sê cuidado, eu não sou a civilização, entendam, eu sou a esperança da Villa. o conde é um deslumbrado com o podê desmedido, gosta do cegamento egoísta que vive da morte, é o coveiro da esperança. e o bode é um covarde que acredita em arrependimento, reza por milagres. eu sei, um conde inventado em uma Villa hipócrita não acredita em milagres. cuidado, bode, que a calça um dia pode ficar molhada e suja. o conde é um infame. gente como eu é a esperança da civilização contra essa gente imprestável e incompetente. vaidoso, preguiçoso e cheiroso, mas todas as noites coloca o relho sobre a mesa e acaricia o couro manchado com a carne e o sangue. o bode fala do que não conhece, a boa vida. velhos idiotas dentro de pinturas imensas. o bode parece que odeia parte de si mesmo. quando odiamos é mais fácil acreditar na culpa, mesmo que o crime não exista, basta o ódio para nos fazer acreditar no crime. a calça do bode parece que molhou-se. eu mereço a absolvição. o bode não é digno dela. e o conde merece? não acredito em arrependimento, o que está feito, feito está.
Maria Cobra parecia reuní na sua casa de entretimento desviado os hôme de munta impostância na Villa. Usava os cliente com autoridade e prestígio pra num tê incomodação com a falta do bão senso. E os excesso do ôio grande. No ramo da desviação dos costume todo cuidado é pouco, toda invencionice precisa dum tempo pra crescê e madurecê. Tava sempre atenta na investidura novidadêra. Foi dela o invento do serviço de atendimento em casa. Mais só na Villa-cidade, num atendia os chamado do campo. Recebia o pedido do favorecido e despachava o mimo sem alvoroço. O movimento foi fraco no começo dos atendimento em casa, mais depois do costume tomá o lugá do susto e do medo as menina num tinha queixa, sempre tava de movimentação. Teve veiz qui chegava inté faltá moça. A procura tinha munto interesse.
O entra e sai da sua loja de vendê pecado só desanimava durante o dia, inté metade da tarde. Era o seu tempo de separá do mundo sua amizade sossegada e suave pras menina. Escutá as vontade duma e otra, rí das lambarice, avaliá os conhecimento sobre cada hôme da freguesia. Tinha as tarefa com os adoecimento, tomava os cuidado de conhecê as meió abortêra no caso de precisá tirá algum broto disposto a germiná. O único cuidado qui num conseguia fazê era despejá na rua as puta véia. Deixava o serviço pru Raposa. Sabia qui a rua sem proteção era cruel. E matava. Mais tinha um negócio qui num combinava com algum albergue de velhice. Quando a utilidade de uso ficava menó qui a custeza pra morá, num tinha mais jeito, a desocupada era desligada da coleção da casa. Num era mercadoria com defeito, mais com munto tempo de uso.
Uma noite dessas de muito trabalho, em que as meninas estavam todas ocupadas, um jovem com muita boniteza e uma certa estranheza entrou na casa, descuido do Raposa e da Poesia, os dois têm treinamento, sabem que em noite cheia a porta é fechada, a lamparina é apagada, enfim, a casa desacertou o funcionamento. Não havia meninas disponíveis para atender o mancebo, e a senhora? tentei explicá que eu não atava nem desatava as emergências. Escolhia o mérito do cliente para decidir se oferecia os meus serviços. Ou não. Acontece que cedi aos apelos do jovem. E, antes que a invencionice das línguas compridas aumentem o tamanho da história, devo dizer que o mancebo não parecia ser uma boa sela. Foi um ato de caridade. Pensei que poderia me surpreender e cedi, está bem, vou lhe prestar o atendimento básico. qual a sua idade? não respondi de imediato, primêro soltei uma risada como um zumbido, circulei meu corpo em anéis sobre a cauda, estremecia toda. Preparei o bote. Podia sentir o azedume na boca quando lhe respondi, o imbecil veio foder com a minha idade ou comigo? não me leve à mal. vá se foder! Chamei o Raposa pra mostrá o caminho da saída, vá procurá alívio com as mãos ou com as avulsas da rua
É assim mesmo, minha amiga. Os jovens crescem julgando os mais velhos, só nos perdoam depois de velhos, a siá Cobra oiô de susto pru siô da Hora. Ele reconheceu a surpresa da puta véia, acalme-se, minha amiga.
Estou calma, só estranhei a boniteza das palavras do Conde.
Escutei essa frase em uma das minhas andanças com sinhá Casta, se não estou enganado, e provavelmente estou, foi em alguma taberna na Inglaterra, com algum desses enfeminados da poesia.
Eu não quero envelhecer, uma tristeza descolorida se apoderô da siá Cobra
Todos ficamos velhos, minha amiga.
Nem todos.
Mais da casa cheia e dos negócio indo de vento em popa em água calma, ela num reclamava. Os interesse nas moças num parava. Os rendimento de riqueza subindo. Num faltava trabáio nem criatividade nas ideia, se a montanha não pode sair do lugar o jeito é caminhá até a montanha, mas no caso das coisas não serem de um jeito ou outro, não é motivo de preocupação. Maria Cobra dá jeito em tudo
Boa noite, sinhô Conde.
O sinhô da Hora num levô susto com aquele cumprimento da retaguarda, tava acostumado buscá nas lembrança assunto de conversa, num gostava de deixá as coisa no acaso, tinha veiz qui num podia evitá, otras veiz num dava importância, mais o acaso podia qualqué coisa. Virô as vista na direção da mesurice. Reconheceu o delegado degoladô de bode, boas noites, sinhô Delegado. Pelo visto da desarrumação o sinhô está de saída.
Num viu as mão do degoladô, mais podia apostá qui as unha ainda tava com as mancha seca do vinho qui espirrô do bode. Viu a adaga amarrada na cinta do chefe das pulícia. Num deve tê contado pra moça, ela num deve tê perguntado. Ou nem viu. As sombra e a luz é usada pra aprisioná o julgadô na viradela da ilusão em verdade
Acertou, meu caro Conde.
Mas me diga como fez viagem tão rápida, perguntô a purugunta qui lhe ardia a garganta. Precisava investigá a brevidade como o delegado tomô à sua frente, o amigo veio com mais pressa que os passos desse bode.
É simples, meu caro Conde. Uma liteira, dois negros fortes, saudáveis e um relho com unhas longas. Vosmecê deveria experimentar.
Em outra ocasião. Mas espero que o amigo tenha feito bom proveito da casa, tem coisa qui é dita e num se pode disfarçá as intenção qui num é dita. Num é coisa fácil separá a verdade da falsidade quando a encantação da mentira é repetida inté a exaustão.
Sem dúvida, sinhô Conde, parô de falá e virô as vista pra mocinha qui o otro carregava no seu abraço de força. Ergueu uma das mão e com a ponta dos dedos fez um pequeno teatro de fantoche, encenô limpeza de asseio nos dois canto da boca de mocinha, essas moças sabem dar e receber, piscô uma das vista e continuô a encenação, não tenho costume de muita demora, o que é para ser feito tem que ser feito vai ser feito está feito. Era hôme qui completava um serviço a cada veiz. Depois do feito num tinha mais desfeito, virava as costa pra seguí em frente. Num perdia tempo com investigação. Chegava decidido pela moça antes de entrá, agarrava a serviçal qui mais agradava as vista e o faro. Chegava na cela quase junto com o acabamento da missão. Teve veiz qui male-male teve tempo de abrí as calça. Moiô as mão. Fincá mesmo num conseguiu. Saiu sem pagá. Avisô qui num ia pagá um serviço feito com as própria mão. Acostumô com atendimento sem cobrança, a bem da verdade, se tem alguma verdade qui é verdade, ele num se demorava munto. Era rápido nos resultado, gentil com as moça, mais num queria sabê de conversa
Boas noites, sinhô Delegado Chefe das Pulícia e Iluminação Pública, o hôme carregava munta coisa séria nas costa, mandava na PIP da Villa, num era coisa pouca
Boa noite, sinhô Conde. Tenho certeza qui o sinhô fica em boas mãos.
As melhores mãos, sinhô Delegado.
Até qualquer dia. Ou noite.
O Raposa fechô a porta atrás do siô chefe das pulícia, até mais ver amigo bode. Durma bem e leve junto essas mãos exímias para degolar bodes. um homem perigoso, conde. concordo, bode. o chefe da vigilância é um autoritário. um extremista
O Raposa num parava de tocá sua gaita. A Poesia num parava de pulá. Sempre dois passo pra trás.
O siô da Hora num pode evitá um sorriso de fastio do conde e do bode. O vinho depois do encantamento provocava no siô da Hora mais tristeza qui alegria. Um bão acompanhamento da melancolia. Sentiu saudade da siá Casta. Mui respeitosa. Um enfeite de confiança, meus Deus, o que faz um vinho. não foi bem saudade, hein conde? não se meta, bode. e por que o conde precisa de tantas meninas se tem uma mulher tão especial, nobre e respeitosa em casa? não se atreva em continuar. será que ela também não gosta de vinho? cale essa sua maldita boca. aposto que até chupa pelo canudinho! um enfeite não se come é só para olhar. o conde está com medo de se lambuzar todo. o bode parece que gosta de dramas. não gosto de nada, gosto de tudo. não se pode ter tudo, mas é dever do homem tentar enquanto vive, bode.
Ah, esse conde qui acha qui entende tudo das muié e vinho nem dos bode ele sabe mais qui degolá
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