Josino
Ensaio 05B – 2ª edição 1ª reimpressão
baitasar
A siá Casta perdia a paciência com o sono qui não queria dormí, cedo da manhã continuava com as vista estalada, tentando se fazê esquecida de quando o siô lhe fazia uso de marido. Não conseguia ficá deitada mais qui a vontade da cama, no causo qui fiz comentário, o siô nem oiava direito pra siá, levantava a vestidura de dormí inté a cintura, assobiava alguma coisa qui a siá não conhecia e oiava por curiosidade as parte destapada, sempre tinha algum comentário qui deixava a siá dura de frio
Já conheci diabrura com mais cabelos, mas sinhá... sua encabeladura é desembaraçada de um jeito, parece escovada de tão alinhada, depois de dito o elogio ele soprava a vela e deitava na siá. Ela sentia dô. Sentia qui os dois coração disparava, mais não batia junto. Não tinha os meus querê. Não procurava as mesma coisa. Não gostava de sentí dô, mais achava qui toda mulhé devia sentí as mesma dô. Não tinha pra quem perguntá. Não gostava de tê o marido enfiado, mais essa era sua tarefa. A vontade de levantá era maió qui o conforto de ficá, mais ela ficava deitada. Esperando a semeadura. Os cabelo babado das baba dele. O medo de levantá era mais maió qui o desconforto de sê encostada com força. Queria sê enraizada pra modo de acabá com as obrigação de marido e mulhé.
Logo qui o dia espreguiçava, ela subia os pé no chão e levantava. Fazia gosto de chamá a mucama da sua predileção pra lhe ajudá nas limpeza do corpo. Gostava da boniteza estranha e dos perfume da Grabiela
O sinhô meu marido já reparou como a escrava Gabriela é limpa, esperô o siô respondê, ele fez qui não viu, nem ouviu, então a siá acrescentô otro reparo de gabação, ela não tem cheiro de negro.
A sinhá que me perdoe, mas não tenho tempo para perder com essa conversa de negra que não fede, mas cheira como branca, a sinhá que me desculpe, parecia tá agastadiço com as pergunta da siá, coisa qui tava cada dia mais comum de acontecê, os dois parecia mais longe um do otro cada vez mais um pouco, prefiro dedicar o meu tempo aos cães e aos meus cavalos árabes.
A siá não conseguia acostumá nem entendê esses feitio do siô, tão logo cedo. No começo da noite, depois de lhe fazê uso rápido, ele se atirava na profundeza do sono com seus ronco desajeitado. Provocava com seus ruído de grosseria pegajosa a indigestão do sono na siazinha. Parecia qui quanto mais dormia mais agastadiço acordava. Fosse o qui fosse do gosto da siá e o siô tinha discurso pronunciado de contrariedade
Fiquei com dó do castigo que o sinhô autorizou o Capitão aplicar no Sebastião. Ele é tão velho, escravo da confiança de papai, o siô lhe fez um oiá de reparo, ela pensô qui bem melhó era tê ficado com a boca fechada
A culpa é deles por serem escravos, essa negrada devia agradecer tudo o que fazemos por eles, são preguiçosos e ignorantes, não adianta nem tentar ensinar alguma coisa distinta dos seus afazeres, eles não sabem entender, parô de falá pra puxá os cabelo do nariz. Pegava o fiapo mais comprido e arrancava
A Grabiela é diferente... ela se parece com uma princesa, a siá parecia não tá incomodada de falá da sua mucama da predileção, inté parecia qui desafiava o siô Clemente
Eu queria saber por que a sinhá teima em chamar a nêga Gabriela desse jeito desaforado que a negrada gosta de apelidar, o siô parecia tá mais confuso qui irritado, ela tem nome batizado que deveria ter o seu respeito.
Não sei, sinhô meu marido. Deve ser porque a Gabriela gosta do jeito dos escravos, e eu quero lhe fazer esse pequeno agrado, a siá sabia qui não era isso, mais só um feitio da rebeldia dela com seu dono. A siá sabia qui quando se compra um marido se tá comprando um dono
Chega, sinhá!
O siô lhe fez silenciá com xingamento maió qui as palavra do seu costume. Não era homem desajuizado, muito menos, apressado no falá, nunca lhe tinha siqué ameaçado. Quando erguia a mão era pra aplicá corretivo, a voz ele erguia nos causo de maió necessidade com os preto trabaiadô escravizado, mais com a siá foi a primeira vez
Chega, sinhá! Agora, chega!
O feitio das quatro palavra dita foi de um pai desapacientado, sinhá Casta, pare com essa ladainha de mau gosto, macaco não tem princesa, mas precisa ter um dono, são raça de menor importância e sem nenhum grau de instrução. Não adianta querer ensinar, eles não aprendem.
A siá parô a escovação do cabelo, virô as vista do espelho, oiava ela e o marido. As coisa dela e dele, no feitio qui pensô qui ia sê pra sempre, parecia qui tinha acabado pra sempre. Não tinha feitio qui podia meiorá. Ele mostrava mais vontade de tá longe qui no redô da siá. Ela não sabia se tinha o qui fazê. Então, fez o qui sabia, um suspiro de apatia e descuido, tinha desapaixonado num feitio qui lhe deixava apartada das deslembranças dele. Ajustô a fachada da voz e fez o convite qui sempre fez
Vamos tomar café, sinhô meu marido.
Grabiela oiava o fio qui não era fio, desafiava com os óio e as palavra da boca qui não pensa, sabia qui enquanto durava a estima da siá Casta, ela era apaniguada da casa grande, mais carregava nas costa o oiá da desconfiança dos preto qui ficava preso nas parede da senzala
E por que esse querê tão cedo?
O Capitão deu um passo pra frente, ficô na distância da respiração qui saia e entrava, as vista enterrada nela, como se pudesse enfiá as mão no seu peito, arrancá o coração daquela nêga desaforada e comê
O café. O café, nêga!
O oiá arrogante desmanchô pra ficá preocupado
Esqueci... avise qui tô indo.
Ele fez sorriso de provocação, avise ocê, nêga. Mas não precisa correr mais que o vento. O leite ainda não foi espremido.
Ela deu um passo pra trás, fez cara de espanto antes de perguntá, e por que ainda não foi espremido?
O homem das confiança do siô Clemente, porque carregava um dos óio verde do siô, deu um passo de volta, andô pra trás. Não aparentava tê pressa em respondê. Ele respingava nos preto as palavra qui queria e quando queria. As dita parecia qui era dita pra revidá, mais nunca era só as palavra
O Sebastião morreu dormindo... nêgo safado, as vista dela embaciô com as palavra da notícia. Virô as costa e saiu. Uma tristeza maió qui a alegria lhe veio caí em cima, otro preto qui se foi e ninguém vai sabê qui ele teve por aqui, um bão homem, dia mais, dia menos, não se fala mais nada dele, nem lembrança vai sê. Nem as fêmea do boi vai estranhá as nova mão preta, tudo ia continuá do feitio qui já era, agarrando e espremendo.
Grabiela parô os passo. Continuô de costas pro Capitão, falô sem oiá
Vô colhê o leite.
Não é preciso, já tenho nêgo na ordenha, ela continuô com as costa virada, ergueu e baixô as saliência dos ombro, tanto podia sê dum feitio ou não, voltô a fazê a estrada se mexê com os pé. O desapropriado do nome do pai, um fio sem pai, deu dois ou três passo, segurô o braço da Grabiela. Ela se virô com a provocação no oiá, perguntô pra provocá
E o qui ocê qué, ela queria mostrá qui ele também tinha qui respondê, dá resposta
Não sou eu, mas a sinhá que pediu o café e que ocê lhe prepare o banho para depois.
O feitio do oiá continuava o mesmo, mais alguma coisa?
Não.
Já tô indo.
Apressô os passo pra casa grande. As coisa qui precisava sê feita não era pouca. As vontade qui precisava atendê era acostumada. Uma gente qui gostava de espremê o sangue e o suô dos escravo no mesmo feitio qui fazia quando chupa laranja, inté a maneira de jogá fora o bagaço era a mesma.
Depois do café, o siô saiu com o Capitão pra vê com as vista dele os trabáio no gado, as plantação e as colheita. A siá se retirô pro quarto e fez chamado de ajuda
Gabriela!
Sim, siá Casta...
As duas se mediu no oiá, mais a preta logo fez eles descê inté no chão. Tinha só qui escutá
Quero um banho de quentura, a voz de mandá da siá não tinha o mesmo feitio qui a do siô, parecia tê menos vontade de mandá e mais capricho de sê adivinhada, um banho para espantar a preguiça, mas antes, trate de tirar esse cheiro de Josino
Já vô, siá.
Vá, logo!
Isso era o qui saia da boca de siá, era as palavra dita qui os ouvido surdo do siô não escutava e não se importava. Mais o qui a siá nunca disse, por medo, é claro, era que preferia as ousadia das mão da Grabiela limpando as sujeiras do marido. Desmarcando as suas carne. Tinha fartura da fome de sê comida, sê devorada com paciência e interesse, coisa qui as grosseria do siô não chegava nem perto de acabá.
Grabiela foi pra cozinha avivá o braseiro, agora tinha dois banho, o seu banho frio e ligeiro mais o banho de quentura demorada da siá Casta.
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Grabiela oiava o fio qui não era fio, desafiava com os óio e as palavra da boca qui não pensa, sabia qui enquanto durava a estima da siá Casta, ela era apaniguada da casa grande, mais carregava nas costa o oiá da desconfiança dos preto qui ficava preso nas parede da senzala
E por que esse querê tão cedo?
O Capitão deu um passo pra frente, ficô na distância da respiração qui saia e entrava, as vista enterrada nela, como se pudesse enfiá as mão no seu peito, arrancá o coração daquela nêga desaforada e comê
O café. O café, nêga!
O oiá arrogante desmanchô pra ficá preocupado
Esqueci... avise qui tô indo.
Ele fez sorriso de provocação, avise ocê, nêga. Mas não precisa correr mais que o vento. O leite ainda não foi espremido.
Ela deu um passo pra trás, fez cara de espanto antes de perguntá, e por que ainda não foi espremido?
O homem das confiança do siô Clemente, porque carregava um dos óio verde do siô, deu um passo de volta, andô pra trás. Não aparentava tê pressa em respondê. Ele respingava nos preto as palavra qui queria e quando queria. As dita parecia qui era dita pra revidá, mais nunca era só as palavra
O Sebastião morreu dormindo... nêgo safado, as vista dela embaciô com as palavra da notícia. Virô as costa e saiu. Uma tristeza maió qui a alegria lhe veio caí em cima, otro preto qui se foi e ninguém vai sabê qui ele teve por aqui, um bão homem, dia mais, dia menos, não se fala mais nada dele, nem lembrança vai sê. Nem as fêmea do boi vai estranhá as nova mão preta, tudo ia continuá do feitio qui já era, agarrando e espremendo.
Grabiela parô os passo. Continuô de costas pro Capitão, falô sem oiá
Vô colhê o leite.
Não é preciso, já tenho nêgo na ordenha, ela continuô com as costa virada, ergueu e baixô as saliência dos ombro, tanto podia sê dum feitio ou não, voltô a fazê a estrada se mexê com os pé. O desapropriado do nome do pai, um fio sem pai, deu dois ou três passo, segurô o braço da Grabiela. Ela se virô com a provocação no oiá, perguntô pra provocá
E o qui ocê qué, ela queria mostrá qui ele também tinha qui respondê, dá resposta
Não sou eu, mas a sinhá que pediu o café e que ocê lhe prepare o banho para depois.
O feitio do oiá continuava o mesmo, mais alguma coisa?
Não.
Já tô indo.
Apressô os passo pra casa grande. As coisa qui precisava sê feita não era pouca. As vontade qui precisava atendê era acostumada. Uma gente qui gostava de espremê o sangue e o suô dos escravo no mesmo feitio qui fazia quando chupa laranja, inté a maneira de jogá fora o bagaço era a mesma.
Depois do café, o siô saiu com o Capitão pra vê com as vista dele os trabáio no gado, as plantação e as colheita. A siá se retirô pro quarto e fez chamado de ajuda
Gabriela!
Sim, siá Casta...
As duas se mediu no oiá, mais a preta logo fez eles descê inté no chão. Tinha só qui escutá
Quero um banho de quentura, a voz de mandá da siá não tinha o mesmo feitio qui a do siô, parecia tê menos vontade de mandá e mais capricho de sê adivinhada, um banho para espantar a preguiça, mas antes, trate de tirar esse cheiro de Josino
Já vô, siá.
Vá, logo!
Isso era o qui saia da boca de siá, era as palavra dita qui os ouvido surdo do siô não escutava e não se importava. Mais o qui a siá nunca disse, por medo, é claro, era que preferia as ousadia das mão da Grabiela limpando as sujeiras do marido. Desmarcando as suas carne. Tinha fartura da fome de sê comida, sê devorada com paciência e interesse, coisa qui as grosseria do siô não chegava nem perto de acabá.
Grabiela foi pra cozinha avivá o braseiro, agora tinha dois banho, o seu banho frio e ligeiro mais o banho de quentura demorada da siá Casta.
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