Los Poetas del Amor (76)
Federico García Lorca
- Dime qué lees y te diré quién eres
fragmentos do discurso
"... sentados quietos como estátuas a esperar outro dia e outro e outro, no mesmo ritmo, sem que por sua alma cruze um desejo de saber..."
"... homens escravos da morte sem haver vislumbrado sequer as luzes e a formosura do espírito humano..."
"... no mundo não existe mais que vida e morte, e existem milhões de homens que falam, olham, comem, mas estão mortos. Mais mortos que as pedras e mais mortos que os verdadeiros mortos que dormem seu sono embaixo da terra porque têm a alma morta..."
"... morta porque não tem amor..."
"... sinto a melancolia por todas as gentes que por falta de meios e por desgraça sua não gozam do supremo bem da beleza..."
"... por isso não tenho nunca um livro porque os dou quando os compro..."
"... eu tenho muito mais lástima por um homem que quer saber e não pode..."
"... pedir livros quer dizer pedir horizontes, quer dizer pedir para subir as escadas do espírito e do coração porque a agonia física, biológica, natural... dura pouco, mas a agonia de uma alma insatisfeita dura toda a vida."
Discurso do escritor espanhol Federico García Lorca, na inauguração da biblioteca Fuente Vaqueros, sua terra natal.
Federico García Lorca - Dime qué lees y te diré quién eres