domingo, 13 de junho de 2021

Cinema: Retratos da Vida

 Bolero de Ravel



Não gosta do cinema de pessoas? Prefere o cinema que amortece os sentidos da tristeza e da alegria - com muitos superes poderes e muitos tiros e pedaços voando pelos ares enquanto seca as babas que te escorre num dos cantos da boca -, eu entendo. Pelo menos, acho que entendo. Então, você vai sentar desconfiado - ou desconfiada - para ver Retratos da Vida, ou quem sabe... vai começar a olhar em pé, pronto - ou pronta - para escapar das pessoas de carne e osso, você e eu. É difícil ver que tudo se repete, toda uma vida desejando, fazendo, lutando para que a história do genocídio não seja repetida. Desilusão. Não canso de assistir e de sentir a beleza triste do Boléro e do filme. Filme sobre pessoas... que saudade do cinema sobre gente e suas dores e alegrias humanas. Sobre o sucesso e fracasso pessoais. Diálogos inacreditáveis ou tão comuns. O maestro regendo como se estivesse regendo a banda militar nazista. Caminhos se cruzando, histórias se repetindo. Os retratos  passando e se mostrando. Emocionando sempre. Um filme sobre as emoções que os ditadores têm tanto medo. Em tempo de pandemia o sucesso é estar vivo! Assista o vídeo abaixo, o Boléro - em Retratos da Vida - completo, é magnífico, não sei por quanto tempo fica no youtube... aproveite-se. Emocione-se... por enquanto está sendo possível. Ah, tem Jorge Doonn... magnífico!





Les Uns et les Autres le Boléro de Ravel




gosto de mostrar que temos muitos outros Boléros...


antes...


Bolero/Ravel
- Duska Sifnios - Maurice Bejart - Andre Vandernoot - 1961







Bolero's creation
- Duska Sifnios / Maurice Bejart - 




e depois...




Nicolas Le Riche 
sua despedida da Ópera de Paris, 9 de julho de 2014: o Boléro de Maurice Béjart




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