Cem Anos de Solidão
Gabriel Garcia Márquez
(3.1)
AURELIANO BUENDÍA E Remedios Moscote casaram-se num domingo de março, diante do altar que o Padre Nicanor Reyna fez construir na sala de visitas. Foi o clímax de quatro semanas de sobressaltos na casa dos Moscote, pois a pequena Remedios chegara à puberdade antes de superar os hábitos infantis. Apesar da mãe tê-la instruído sobre as mudanças da adolescência, numa tarde de fevereiro, irrompeu aos gritos de trine na sala onde as irmãs conversavam com Aureliano, e mostrou-lhes a calcinha manchada de uma pasta cor de chocolate. Marcou-se o prazo de um mês para o casamento. Mal houve tempo de ensiná-la a se lavar e se vestir sozinha, e a entender dos assuntos elementares de um lar. Fizeram-na urinar em tijolos quentes, para corrigir-lhe o hábito de molhar a cama. Deu trabalho convencê-la da inviolabilidade do segredo conjugal, porque Remedios estava tão aturdida e ao mesmo tempo tão maravilhada com a revelação que queria comentar com todo mundo os pormenores da noite de núpcias. Foi um esforço extenuante, mas na data prevista para a cerimônia a menina era tão experimentada nas coisas do mundo quanto qualquer das sua irmãs. O Sr. Apolinar Moscote levou-a de braço dado pela rua enfeitada de flores e guirlandas, entre o estampido dos foguetes e a música de várias bandas, e ela cumprimentava com a mão e agradecia com um sorriso aos que das janelas lhe desejavam boa sorte. Aureliano, vestido de fazenda negra, com as mesmas botinas de verniz com argolas metálicas que haveria de usar poucos anos depois diante do pelotão de fuzilamento, estava de uma palidez intensa e com um bolo duro na garganta, quando recebeu a noiva na porta da casa e a levou ao altar. Ela se comportou com tanta naturalidade, com tanta discrição, que não perdeu a compostura nem sequer quando Aureliano deixou cair a aliança ao tentar colocá-la no seu dedo. No meio do burburinho e princípio de confusão dos convidados, ela manteve levantado o braço com a mitene de renda e permaneceu com o anular estendido até que o seu noivo conseguiu parar a aliança com a botina, para que não continuasse rolando até a porta, e voltou ruborizado ao altar. A mãe e as irmãs sofreram tanto com o medo de que a menina incorresse em alguma falta durante a cerimônia que no final foram elas que cometeram a impertinência de pegá-la no colo para dar-lhe um beijo. Desde aquele dia revelou-se o senso de responsabilidade, a graça natural, o calmo domínio que sempre haveria de ter Remedios ante as circunstâncias adversas. Foi ela quem, por sua própria iniciativa, separou a melhor porção que cortou do bolo de noiva e a levou num prato com um garfo para José Arcadio Buendía. Amarrado ao tronco do castanheiro, encolhido num banquinho de madeira sob a coberta de sapé, o enorme ancião desbotado pelo sol e pela chuva teve um vago sorriso de gratidão e comeu o bolo com os dedos, mastigando um salmo ininteligível. A única pessoa infeliz naquela celebração estrepitosa, que se prolongou até o amanhecer de segunda-feira, foi Rebeca Buendía. Era a sua festa frustrada. Pelo arranjo de Úrsula, o seu casamento se devia celebrar na mesma data, mas Pietro Crespi recebera na sexta-feira uma carta com a notícia morte iminente de sua mãe. O casamento foi adiado. Pietro Crespi seguiu para a capital da província uma hora depois receber a carta, e no caminho cruzou com a mãe, que chegou pontualmente na noite de sábado e cantou no casamento de Aureliano a ária triste que tinha preparado para o casamento do filho. Pietro Crespi regressou à meia-noite do domingo para varrer as cinzas da festa, depois de ter arrebentado cinco cavalos no caminho, tentando chegar a tempo para o casamento. Nunca se averiguou quem escrevera a carta. Atormentada por Úrsula, Amaranta chorou de indignação e jurou inocência diante do altar que os carpinteiros não tinham anda acabado de desarmar.
O Padre Nicanor Reyna — que o Sr. Apolinar Moscote havia trazido do pantanal para que oficiasse o casamento — era um ancião endurecido pela ingratidão do ofício. Tinha a pele triste, quase colada aos ossos, e o ventre pronunciado e uma expressão de anjo velho que era mais de inocência que de bondade. Tinha o propósito de voltar à sua paróquia logo depois do casamento, mas se espantou com a aridez dos habitantes de Macondo, que prosperavam no escândalo, sujeitos à lei natural, sem batizar os filhos nem santificar os feriados. Pensando que em nenhuma terra fazia tanta falta a semente de Deus, decidiu ficar mais uma semana, para cristianizar circuncisos e gentios, legalizar concubinários e sacramentar moribundos. Mas ninguém lhe deu importância. Respondiam-lhe que durante muitos anos tinham ficado sem padre, arranjando os negócios da alma diretamente com Deus, e haviam perdido a malícia do pecado mortal. Cansado de pregar no deserto, o Padre Nicanor se dispôs e empreender a construção de um templo, o maior do mundo, com santos em tamanho natural e vidros de cores nas paredes, para que viesse gente até de Roma honrar a Deus no centro da impiedade. Andava por todas as partes pedindo esmolas com um pratinho de cobre. Davam-lhe muito, mas ele queria mais, porque o templo deveria ter um sino cujo clamor fizesse boiar os afogados. Suplicou tanto que perdeu a voz. Seus ossos começaram a se encher de ruídos. Num sábado, não tendo recolhido nem sequer o valor das portas, deixou-se confundir pelo desespero. Improvisou um altar na praça e, no domingo, percorreu o povoado com uma campainha, como nos tempos da insônia, convocando para a missa campal. Muitos foram por curiosidade. Outros por nostalgia. Outros para que Deus não fosse tomar como ofensa pessoal o desprezo pelo seu intermediário. De modo que às oito da manhã estava metade do povo na praça, onde o Padre Nicanor cantou os evangelhos com a voz quebrada pela súplica. No fim, quando os assistentes começaram a debandar, levantou os braços em sinal de atenção.
— Um momento — disse. — Agora vamos presenciar uma prova irrefutável do infinito poder de Deus.
O rapaz que tinha ajudado a missa levou-lhe unia xícara de chocolate espesso e fumegante que ele tomou sem respirar. Depois limpou os lábios com um lenço que tirou da manga, estendeu os braços e fechou os olhos. Então o Padre Nicanor se elevou doze centímetros do nível do chão. Foi um recurso convincente. Andou vários dias de casa em casa, repetindo a prova da levitação mediante o estímulo do chocolate, enquanto o coroinha recolhia tinto dinheiro numa urna que em menos de um mês se iniciou a construção do templo. Ninguém pôs em dúvida a origem divina da demonstração, salvo José Arcadio Buendía, que observou sem se comover o bando de gente que certa manhã se reuniu sob o castanheiro para assistir mais uma vez à revelação. Mal se endireitou um pouco no banquinho e sacudiu os ombros quando o Padre Nicanor começou a se levantar do chão junto com a cadeira em que estava sentado.
— Hoc est simplicisstmum: — disse José Arcadio Buendía — homo iste statum quartum materiae invenit.
O Padre Nicanor levantou a mão, e as quatro pernas da cadeira pousaram em terra ao mesmo tempo.
— Nego — disse. — Factum hoc existentiam Dei pro bat sine dubio.
Foi assim que se soube que era latim a endiabrada gíria de José Arcadio Buendía. O Padre Nicanor aproveitou a circunstância de ter sido a única pessoa que pudera se comunicar com ele para tratar de infundir a fé no seu cérebro transtornado. Todas as tardes se sentava junto ao castanheiro, predicando em latim, mas José Arcadio Buendía se aferrou em não admitir meandros retóricos nem transmutações de chocolate e exigiu como única prova o daguerreótipo de Deus. Nicanor levou-lhe então medalhas e figurinhas e até uma reprodução da fazenda da Verônica, mas José Arcadio Buendía repeliu-os por serem objetos artesanais sem fundamento científico. Era tão teimoso que o Padre Nicanor renunciou aos seus propósitos de evangelização e continuou a visitá-lo apenas por sentimentos humanitários. Mas então foi José Buendía quem tomou a iniciativa e tentou quebrantar a fé do sacerdote com artimanhas racionalistas. Certa ocasião em que o Padre Nicanor levou ao castanheiro um tabuleiro e uma caixa de pedras para convidá-lo a jogar damas, Arcadio Buendía não aceitou, segundo disse, porque nunca pôde entender o sentido de uma contenda entre dois adversários que estavam de acordo nos princípios. O Padre Nicanor, que nunca tinha encarado desse modo o jogo de damas, não pôde voltar a jogar. Cada vez mais assombrado com a lucidez de José Arcadio Buendía, perguntou-lhe como era possível que o mantivessem amarrado numa árvore.
— Hoc est simplicissimum: — respondeu ele — porque estou louco.
Desde então, preocupado com a sua própria fé, o padre não voltou a visitá-lo e se dedicou inteiramente a apressar a construção do templo. Rebeca sentiu renascer a esperança. O futuro estava condicionado ao término da obra, desde um domingo em que o Padre Nicanor almoçava com eles e toda família sentada na mesa falou da solenidade e do esplendor que teriam os atos religiosos quando se construísse o templo. “A mais afortunada será Rebeca”, disse Amaranta. E como Rebeca não entendeu o que ela estava querendo dizer, explicou-lhe com um sorriso inocente:
— Caberá a você inaugurar a igreja com o casamento.
Rebeca tratou de se antecipar a qualquer comentário. No passo em que ia a construção, o templo não estaria terminado antes de dez anos. O Padre Nicanor não concordou: a crescente generosidade dos fiéis permitia fazer cálculos mais otimistas. Diante da surda indignação de Rebeca, que não conseguiu acabar de almoçar, Úrsula celebrou a ideia de Amaranta e contribuiu com um acréscimo considerável para que se apressassem os trabalhos. O Padre Nicanor considerou que com outro auxílio como esse o templo estaria pronto em três anos. A partir daí Rebeca não voltou a dirigir a palavra a Amaranta, convencida de que o seu palpite não tinha tido a inocência que ela soubera aparentar. “Era o que eu podia fazer de menos grave”, replicou Amaranta na violenta discussão que tiveram aquela noite. “Assim não vou ter que te matar nestes próximos três anos.” Rebeca aceitou o desafio.
Quando Pietro Crespi soube do novo adiamento, sofreu uma crise de desilusão, mas Rebeca lhe deu uma prova definitiva de lealdade. “A gente foge quando você quiser”, disse. Pietro Crespi, entretanto, não era homem de aventuras. Carecia do temperamento impulsivo da sua noiva e considerava o respeito à palavra empenhada como um capital que não se podia desbaratar. Então Rebeca recorreu a métodos mais audazes. Um vento misterioso apagava as luzes da sala de visitas e Úrsula surpreendia os noivos se beijando no escuro. Pietro Crespi lhe dava explicações atrapalhadas sobre a má qualidade das modernas lâmpadas de alcatrão e até ajudava a instalar na sala sistemas de iluminação mais seguros. Mas outra vez falhava o combustível ou entupiam as mechas, e Úrsula encontrava Rebeca sentada nos joelhos do noivo. Acabou por não aceitar nenhuma explicação. Depositou na índia a responsabilidade da padaria e se sentou numa cadeira de balanço para vigiar a visita do noivo, disposta a não se deixar vencer por manobras que já eram velhas na sua juventude. “Coitada de mamãe”, dizia Rebeca com sarcástica indignação, vendo Úrsula bocejar de sono nas visitas. “Quando morrer vai sair penando nesta cadeira de balanço.” Ao fim de três meses de amores vigiados, amolado com a lentidão da obra que passara a inspecionar todos os dias, Pietro Crespi resolveu dar ao Padre Nicanor o dinheiro que faltava para terminar o templo. Amaranta não se impacientou. Enquanto conversava com as amigas que todas as tardes iam bordar ou tricotar na varanda tratava de conceber novas artimanhas. Um erro de cálculo botou a perder a que considerou mais eficaz: tirar as bolinhas de naftalina que Rebeca tinha colocado no seu vestido noiva antes de guardá-lo na cômoda do quarto. Fê-lo quando faltavam menos de dois meses para o término do templo. Mas Rebeca estava tão impaciente diante da proximidade do casamento que quis preparar o vestido com mais antecipação que havia previsto Amaranta. Ao abrir a cômoda e desembrulhar primeiro os papéis e depois o pano protetor, encontrou o cetim do vestido e a renda do véu e até a coroa de flor laranjeira pulverizados pelas traças. Embora estivesse certa de ter colocado no embrulho dois punhados de bolinhas de naftalina, o desastre parecia tão acidental que não se atreveu a culpar Amaranta. Faltava menos de um mês para o casamento, mas Amparo Moscote se comprometeu a costurar um novo vestido em uma semana. Amaranta sentiu-se desfalecer naquele meio-dia chuvoso em que Amparo entrou em casa envolta numa espumarada de renda, para que Rebeca fizesse a última prova do vestido. Perdeu a voz e um fio de suor gelado desceu pelo leito da sua espinha dorsal. Durante longos meses tinha tremido de pavor esperando aquela hora, porque se concebia o obstáculo definitivo para o casamento de Rebeca, estava certa de que no último instante, quando tivessem falhado todos os recursos da sua imaginação, teria coragem de envenená-la. Nessa tarde, enquanto Rebeca sufocava de calor dentro da couraça de cetim que Amparo Moscote ia formando no seu corpo com mil alfinetes e uma paciência infinita, Amaranta errou várias vezes os pontos do crochê e espetou o dedo na agulha, mas decidiu com terrível frieza que a data seria a última sexta-feira antes do casamento, e a maneira seria uma dose de ópio no café.
Um obstáculo maior, tão inevitável quanto imprevisto, obrigou-os a um novo e indefinido adiamento. Uma semana antes da data marcada para o casamento, a pequena Remédios acordou à meia-noite, ensopada por um caldo quente que explodira nas suas entranhas com uma espécie de arroto rasgante, e morreu três dias depois, envenenada pelo próprio sangue, com um par de gêmeos atravessados no ventre. Amaranta sofreu uma crise de consciência. Tinha suplicado a Deus com tanto fervor que algo de pavoroso acontecesse para não ter de envenenar Rebeca que se sentiu culpada pela morte de Remedios. Não era esse o obstáculo por que tinha suplicado tanto. Remedios tinha levado para a casa um sopro de alegria. Instalara-se com o marido perto da oficina numa alcova que decorou com as bonecas e brinquedos da sua infância recente, e a sua alegre vitalidade transbordava as quatro paredes da alcova e passava como uma ventania de boa saúde pelo corredor das begônias. Cantava desde o amanhecer. Foi ela a única pessoa que se atreveu a servir de mediadora nas discussões entre Rebeca e Amaranta. Tomou a seu cargo a dispendiosa tarefa de cuidar de José Arcadio Buendía. Levava-lhe os alimentos, assistia-o nas suas necessidades cotidianas, lavava-o com sabão e bucha, mantinha limpos de piolhos e lêndeas os cabelos e a barba, conservava em bom estado o telhadinho de sapé e o reforçava com lonas impermeáveis nos tempos de tempestades. Nos últimos meses tinha conseguido se comunicar com ele por frases em latim rudimentar. Quando nasceu o filho de Aureliano e Pilar Ternera e foi levado para a casa e batizado em cerimônia íntima com o nome de Aureliano José, Remedios decidiu que fosse considerado como seu filho mais velho. Seu instinto maternal surpreendeu Úrsula. Aureliano, por outro lado, encontrou nela a justificativa que lhe faltava para viver. Trabalhava todo o dia na oficina e Remedios lhe levava na metade da manhã uma caneca de café sem açúcar. Ambos visitavam todas as noites os Moscote. Aureliano jogava com o sogro intermináveis partidas de dominó, enquanto Remedios conversava com as irmãs ou tratava com a mãe de assuntos de gente grande. O vínculo com os Buendía consolidou no povoado a autoridade do Sr. Apolinar Moscote. Em freqüentes viagens à capital da província, conseguiu que o governo construísse uma escola para que a administrasse Arcadio, que tinha herdado o entusiasmo didático do avô. Por meio da persuasão, convenceu a maioria dos habitantes de que suas casas deviam ser pintadas de azul para a festa da independência nacional. A instâncias do Padre Nicanor, ordenou a mudança da taberna de Catarino a uma rua afastada e fechou vários lugares de escândalo que prosperavam no centro da povoação. Certa vez regressou com seis guardas armados de fuzis a quem encomendou a manutenção da ordem, sem que ninguém se lembrasse do compromisso original de não ter gente armada no povoado. Aureliano se comprazia com a eficácia do sogro. “Você vai ficar tão gordo quanto ele”, diziam os amigos. Mas o sedentarismo, que acentuou as suas maçãs do rosto e concentrou o fulgor dos seus olhos, não aumentou o seu peso nem alterou a parcimônia do seu temperamento, e pelo contrário endureceu nos seus lábios a linha reta da meditação solitária e da decisão implacável. Tão profundo era o carinho que ele e sua esposa tinham conseguido despertar na família de ambos que, quando Remedios anunciou que ia ter um filho, até Rebeca e Amaranta fizeram uma trégua para tricotar com lã azul, para o caso de vir um menino, e com lã rosa, para o caso de ser menina. Foi ela a última pessoa em quem Arcadio pensou, poucos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento. Úrsula ordenou um luto de portas e janelas fechadas, sem entrada nem saída para ninguém a não ser para assuntos indispensáveis; proibiu falar em voz alta durante um ano, e pôs o daguerreótipo de Remedios no lugar em que se velou o cadáver, com uma fita negra em diagonal e uma lâmpada de azeite acesa para sempre. As gerações futuras, que nunca deixaram apagar a lâmpada, haveriam de se desconcertar diante daquela menina de saia pregueada, botinhas brancas e laço de organdi na cabeça, que não conseguiam fazer coincidir com a imagem acadêmica de uma bisavó. Amaranta tomou conta de Aureliano José. Adotou-o como um filho que haveria de compartilhar da sua solidão e aliviá-la do ópio involuntário jogaram as suas súplicas desatinadas no café de Remedios. Pietro Crespi entrava na ponta dos pés ao anoitecer, com a fita negra no chapéu, e fazia uma visita silenciosa a uma Rebeca que parecia perder o sangue dentro do vestido negro com mangas até os punhos. Teria sido tão irreverente a simples ideia de pensar em nova data para o casamento que o noivado se converteu numa relação eterna, um amor de cansaço em que ninguém voltou a pensar, como se os apaixonados que em outros tempos estragavam as lâmpadas para se beijar tivessem sido abandonados ao arbítrio da morte. Perdido o rumo, completamente desmoralizada, Rebeca voltou a comer terra.
continua página 58...
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