Josino
Aguadeiro
Ensaio 08B – 2ª edição 1ª reimpressão
baitasar
Já ia bem tarde o fim do dia quando Josino chegô na Villa, vindo da fazenda Humaitá. Foi direto ao porão na Casa dos Lampião, precisava dá descanso pras carne qui cobria a juntura dos osso. As perna é qui sofria os desregramento daquela caminhada de dia inteiro, inda mais qui ele não gostava de usá a trilha já feita e de uso dos caminhante caminhadô. Tinha o costume de fazê o próprio caminho. Inventá distração e conhecimento na distância qui separava as terra da Humaitá inté a Villa.
Não achô na sua vontade e, por certo, nem no capricho do padre, nenhuma necessidade de avisá da sua chegada. O siô padre já devia tê se retirado pras reza de salvamento dos branco, não havia de tê ganho e utilidade recebê um preto ardido e cansado. Naquelas horas do escurecimento os preto só assustava. Dava os cumprimento do siô Clemente no dia depois.
Baixô as vista inté os pé, eles dava aviso qui tinha cansado de levá e trazê sua corpulência pelos caminho da Villa e da Humaitá. As vista servia de guiamento, o faro avisava os cheiro do costume, a escutação alertava os barulho estranho e as mão ajudava apoiá aqui e ali, mais era os pé qui fazia as estrada se mexê.
Sentô no chão da terra. Dobrô um dos joelho e agarrô o pé inté ele ficá acomodado no otro joelho. Precisava arrancá os ferrão do mato. Os embaraço dos gáio caído, os aguilhão qui ficava escondido embaixo de cada pegada qui deixava marcada com sangue vermêio. As trilha nova qui fazia experimentava com o próprio sangue. Só ele estudava os caminho qui não tinha, mais esse era seu tino, gostava de podê escolhê onde pisava.
Algum dos pedaço fincado tirô, um qui otro deixô, tudo coisa com desimportância. A dô qui mais importava não conseguia arrancá, ela queimava sempre, provocava o desassossego de tê qui fugí sem tê pra onde, Vivê embaraçado nos branco não é vivê, mais uma, duas ou três morte profundamente cansativa. Não tem alegria, não tem graça, não tem cantoria. Eles só têm maldade, parece qui eles odeia todo mundo, mais finge qui gostá de todo mundo. Eles não cospe fogo, vomita fumaça, o Josino fechô as vista pra modo de pará com aquele modo de pensá.
Trocô o pé da limpeza e fez exame com as vista molhada, puxô um qui otro resmungo junto com os ferrão do mato. A carne preta havia de comê os estorvo espinhoso qui ficô.
Sentiu vontade de refrescá o couro. Saiu do porão como entrô: secreto. Ninguém lhe viu entrá nem reparô qui saiu. Preto caminha camuflado na escuridão. Encoberto. Inté pode existí, mais tem forma de sombra. É como tá invisível, dormí e não sonhá. Não tê nem o sonho pra vivê.
Josino não sonhava inté qui teve Milagres na pedra do amô. E, pela primeira vez, conseguiu lembrá o qui sonhô, A minha preta tinha se feito com cera, queria ficá disfarçada numa vela pra iluminá os caminho dos pé fugidiço. A cada vez qui eu colocava fogo na vela, oiava a claridade dos caminho da viagem. Mais Milagres se derramava a cada pouco na vela derretida. Não podia tê as duas. Acordava trombudo do sonho.
Ele pedia qui não queria sonhá, mais não resolvia. O sonho ia durá inda muito tempo. A vela derretida, os preto acorrentado e ele um estranho envergonhado no próprio sonho. Um tempo terrível, tudo na mais perfeita ordem: escravo e siô. Um homem preto qui sustentava o homem branco com a força dos braço. Era preciso sê forte. Ninguém foi mais forte qui esse homem preto. Ninguém foi mais perverso e cruel qui esse homem branco.
Chegô no rio e mergulhô.
Gostava de entrá nas água, mais escolhia as qui ficava mais afastada da Arsenal. Não tinha simpatia pelo Largo da Forca. Ficô enfiado nas água fria, longe do Largo. A água inté a cintura. Ele e mais ninguém no meio da escuridão molhada, entranhado com a sola dura dos pé no lodo. Podia não sê, e não era, mais parecia livre. Gostava das noite quando ficava ajuntado com Milagres, A linha d’água dela na cintura me dava uma vontade maluca de mergulhá e subí com a cara marcada com o amô melado da muié encantada.
A saudade ficava danada e esperá incomodava, agitava o dormí. Assanhava o sono. O siô padre não usava nos trabaidô escravizado da obra santa as corrente de fazê dormí. O siô Clemente aceitô assim, sabia qui o Josino não fugia sem Milagres. Os canela preta agradecia aquela tolerância desacorrentada. Josino mergulhô nas água do rio e subiu, passô as mão na cara marcada. Teve vontade de gritá o grito mais forte qui aquelas água já escutô. Oiô a barriga da lua pendurada igual a rede de Oiá boiando nas estrela. Continuava cismado com o feitiço da saudade, Essa preta me tira o amansá e finge qui não sabe qui me tira o sossego. Fingindo de inocente. Ah, muié dos meu encantamento!
Se Josino pudesse dava a terra mais o céu e esse rio pra mulhé qui lhe despertô o milagre do amô. Levava Milagres pras terra dos preto livre, Elas deve existí em algum lugá. Ali, não era um lugá de vivê com serenidade e descanso, Milagres, ocê tá no coração desse preto dum feitio qui não quero mais ninguém, só tu. Quero sê só de ocê.
Ele não sabia se as água nos óio era do rio ou se as água do rio nascia dos óio. Uma abarrotava com a otra
Saia dessas águas, negro safado!
Não deu tempo de obedecê ou desobedecê. A trança de couro firmada no cabo pela mão apressada do jovem pirata com o ôio verde andô sobre as água, alcançô o Josino e bateu uma, duas, depois três, não escolheu lugá pra acertá. O inesperado da dô fez o Josino gritá num feitio implacável e feroz qui assustô o siô
Cuidado, Capitão! Não me estrague a mercadoria. Não quero o negro desarranjado para o uso, o fio do siô Clemente com a escrava Rita tinha o distintivo do pai numa vista e a marca da mãe na otra vista, carregava os dois mundo num feitio de ódio qui só cabia nele. Um ôio verde e um ôio preto. Não conseguia entrá no mundo branco qui não queria ele: o mestiço sem pai, o fio da negra Rita. Não queria entrá no mundo da mãe qui só apanhava. Queria prová, a cada pouco, o seu amô pelo mundo do pai. Recolheu com contragosto o cipó do boi. No seu feitio de vê, o preto Josino precisava de mais corretivo
Sinhô, assim a negrada fica manhosa...
Perto dali, entre a Arsenal e o Largo da Forca, depois do pelourinho, num otro tempo, num otro prazo de vida, o menino Josino viu otro preto recebê nas carne o açoite qui lhe fazia cortá em tira as costa, mais nenhum dos homem branco qui lhe batia arrancô um grito do coitado.
O capitão-do-mato Maria da Cruz parô cansado de batê sem resultado, queria ouví os gemido do negro. Mandô cortá uma tira de cada lado do rabo de saúva do negro acorrentado. O ajudante das suas ordenação lhe obedecia com rigô e cuidado, mais não escondia as expressão de prazê e os riso
É preciso prudência de desinfetar com salmoura e pimenta, depois é preciso estancar a sangria com pólvora e brasa. Ocê escutô, dom Miguel?
O capitão Maria da Cruz gostava de dá algum título de nobreza aos ajudante mais chegado e competente. Assim, ele tinha o seu pequeno reinado de terrô mais a sua milícia
Sim, meu capitão!
O tormento da descontaminação ia pegá o negro desmaiado. O capitão mandô acordá o negro
Acorda o negro! O safado precisa saber que vai ter os cuidados da salmoura avermelhada mais as ervas mágicas do nosso amigo, dom Miguel.
O ajudante das ordenação do capitão se aproximô do desacordado, dobrô os joelho e deu grito no ouvido desatencioso
Acorda, negro fujão!
O corpo do escravo não obedecia os grito do ajudante. O capitão veio vê de perto a encenação do negro. Chutô as costa do desacordado. Nenhum gemido, nenhuma cara de dô. Deu dois passo pra trás e chamô
Aguadeiro!
O negro qui cuidava de levá água pros negro se apresentô. Ficô parado na frente do capitão, as vista enfiada no chão e a tina da água em uma das mão. Cuidava de respirá devagá pra não incomodá o capitão com o seu alento do fôlego
Joga fora a água da tina!
O negro lançô a água da tina no chão da terra, não tinha atrevimento de oiá pra cima, continuava com os óio enfiado no soalho de terra, tremia mais qui as vara verde qui é chacoalhada com força nas criança negra
Ocês e o fujão vão dormir com sede, o aguadeiro continuava como uma estaca afundada no chão, sem feitio de tê vida, desamparado, quebrado
Agora, ocê recolhe no lugar da água o mijo malcheiroso dos macacos... é pra já! Quero a tina cheia, o aguadeiro correu na direção dos negro acorrentado no pescoço, as mão atada com corda nas costa. Um no lado do otro, parecia tropa de soldado preto. Eles precisava desaguá na tina
O macaco que se negar vai receber o mesmo tratamento da castelhanada aprisionada, os preto agarrado pelo pescoço com as corrente, colocado lado a lado, como as tropa de soldado qui vai sê fuzilada, precisava enchê a tina pra tê feitio de fugì de mais crueldade e selvageria.
O aguadeiro ajoelhado pegava o varapau das virilha de cada escravo e enfiava na tina, ordenhava inté escutá o derrame e anunciava
Tá mijando!
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Aguadeiro
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baitasar
Já ia bem tarde o fim do dia quando Josino chegô na Villa, vindo da fazenda Humaitá. Foi direto ao porão na Casa dos Lampião, precisava dá descanso pras carne qui cobria a juntura dos osso. As perna é qui sofria os desregramento daquela caminhada de dia inteiro, inda mais qui ele não gostava de usá a trilha já feita e de uso dos caminhante caminhadô. Tinha o costume de fazê o próprio caminho. Inventá distração e conhecimento na distância qui separava as terra da Humaitá inté a Villa.
Não achô na sua vontade e, por certo, nem no capricho do padre, nenhuma necessidade de avisá da sua chegada. O siô padre já devia tê se retirado pras reza de salvamento dos branco, não havia de tê ganho e utilidade recebê um preto ardido e cansado. Naquelas horas do escurecimento os preto só assustava. Dava os cumprimento do siô Clemente no dia depois.
Baixô as vista inté os pé, eles dava aviso qui tinha cansado de levá e trazê sua corpulência pelos caminho da Villa e da Humaitá. As vista servia de guiamento, o faro avisava os cheiro do costume, a escutação alertava os barulho estranho e as mão ajudava apoiá aqui e ali, mais era os pé qui fazia as estrada se mexê.
Sentô no chão da terra. Dobrô um dos joelho e agarrô o pé inté ele ficá acomodado no otro joelho. Precisava arrancá os ferrão do mato. Os embaraço dos gáio caído, os aguilhão qui ficava escondido embaixo de cada pegada qui deixava marcada com sangue vermêio. As trilha nova qui fazia experimentava com o próprio sangue. Só ele estudava os caminho qui não tinha, mais esse era seu tino, gostava de podê escolhê onde pisava.
Algum dos pedaço fincado tirô, um qui otro deixô, tudo coisa com desimportância. A dô qui mais importava não conseguia arrancá, ela queimava sempre, provocava o desassossego de tê qui fugí sem tê pra onde, Vivê embaraçado nos branco não é vivê, mais uma, duas ou três morte profundamente cansativa. Não tem alegria, não tem graça, não tem cantoria. Eles só têm maldade, parece qui eles odeia todo mundo, mais finge qui gostá de todo mundo. Eles não cospe fogo, vomita fumaça, o Josino fechô as vista pra modo de pará com aquele modo de pensá.
Trocô o pé da limpeza e fez exame com as vista molhada, puxô um qui otro resmungo junto com os ferrão do mato. A carne preta havia de comê os estorvo espinhoso qui ficô.
Sentiu vontade de refrescá o couro. Saiu do porão como entrô: secreto. Ninguém lhe viu entrá nem reparô qui saiu. Preto caminha camuflado na escuridão. Encoberto. Inté pode existí, mais tem forma de sombra. É como tá invisível, dormí e não sonhá. Não tê nem o sonho pra vivê.
Josino não sonhava inté qui teve Milagres na pedra do amô. E, pela primeira vez, conseguiu lembrá o qui sonhô, A minha preta tinha se feito com cera, queria ficá disfarçada numa vela pra iluminá os caminho dos pé fugidiço. A cada vez qui eu colocava fogo na vela, oiava a claridade dos caminho da viagem. Mais Milagres se derramava a cada pouco na vela derretida. Não podia tê as duas. Acordava trombudo do sonho.
Ele pedia qui não queria sonhá, mais não resolvia. O sonho ia durá inda muito tempo. A vela derretida, os preto acorrentado e ele um estranho envergonhado no próprio sonho. Um tempo terrível, tudo na mais perfeita ordem: escravo e siô. Um homem preto qui sustentava o homem branco com a força dos braço. Era preciso sê forte. Ninguém foi mais forte qui esse homem preto. Ninguém foi mais perverso e cruel qui esse homem branco.
Chegô no rio e mergulhô.
Gostava de entrá nas água, mais escolhia as qui ficava mais afastada da Arsenal. Não tinha simpatia pelo Largo da Forca. Ficô enfiado nas água fria, longe do Largo. A água inté a cintura. Ele e mais ninguém no meio da escuridão molhada, entranhado com a sola dura dos pé no lodo. Podia não sê, e não era, mais parecia livre. Gostava das noite quando ficava ajuntado com Milagres, A linha d’água dela na cintura me dava uma vontade maluca de mergulhá e subí com a cara marcada com o amô melado da muié encantada.
A saudade ficava danada e esperá incomodava, agitava o dormí. Assanhava o sono. O siô padre não usava nos trabaidô escravizado da obra santa as corrente de fazê dormí. O siô Clemente aceitô assim, sabia qui o Josino não fugia sem Milagres. Os canela preta agradecia aquela tolerância desacorrentada. Josino mergulhô nas água do rio e subiu, passô as mão na cara marcada. Teve vontade de gritá o grito mais forte qui aquelas água já escutô. Oiô a barriga da lua pendurada igual a rede de Oiá boiando nas estrela. Continuava cismado com o feitiço da saudade, Essa preta me tira o amansá e finge qui não sabe qui me tira o sossego. Fingindo de inocente. Ah, muié dos meu encantamento!
Se Josino pudesse dava a terra mais o céu e esse rio pra mulhé qui lhe despertô o milagre do amô. Levava Milagres pras terra dos preto livre, Elas deve existí em algum lugá. Ali, não era um lugá de vivê com serenidade e descanso, Milagres, ocê tá no coração desse preto dum feitio qui não quero mais ninguém, só tu. Quero sê só de ocê.
Ele não sabia se as água nos óio era do rio ou se as água do rio nascia dos óio. Uma abarrotava com a otra
Saia dessas águas, negro safado!
Não deu tempo de obedecê ou desobedecê. A trança de couro firmada no cabo pela mão apressada do jovem pirata com o ôio verde andô sobre as água, alcançô o Josino e bateu uma, duas, depois três, não escolheu lugá pra acertá. O inesperado da dô fez o Josino gritá num feitio implacável e feroz qui assustô o siô
Cuidado, Capitão! Não me estrague a mercadoria. Não quero o negro desarranjado para o uso, o fio do siô Clemente com a escrava Rita tinha o distintivo do pai numa vista e a marca da mãe na otra vista, carregava os dois mundo num feitio de ódio qui só cabia nele. Um ôio verde e um ôio preto. Não conseguia entrá no mundo branco qui não queria ele: o mestiço sem pai, o fio da negra Rita. Não queria entrá no mundo da mãe qui só apanhava. Queria prová, a cada pouco, o seu amô pelo mundo do pai. Recolheu com contragosto o cipó do boi. No seu feitio de vê, o preto Josino precisava de mais corretivo
Sinhô, assim a negrada fica manhosa...
Perto dali, entre a Arsenal e o Largo da Forca, depois do pelourinho, num otro tempo, num otro prazo de vida, o menino Josino viu otro preto recebê nas carne o açoite qui lhe fazia cortá em tira as costa, mais nenhum dos homem branco qui lhe batia arrancô um grito do coitado.
O capitão-do-mato Maria da Cruz parô cansado de batê sem resultado, queria ouví os gemido do negro. Mandô cortá uma tira de cada lado do rabo de saúva do negro acorrentado. O ajudante das suas ordenação lhe obedecia com rigô e cuidado, mais não escondia as expressão de prazê e os riso
É preciso prudência de desinfetar com salmoura e pimenta, depois é preciso estancar a sangria com pólvora e brasa. Ocê escutô, dom Miguel?
O capitão Maria da Cruz gostava de dá algum título de nobreza aos ajudante mais chegado e competente. Assim, ele tinha o seu pequeno reinado de terrô mais a sua milícia
Sim, meu capitão!
O tormento da descontaminação ia pegá o negro desmaiado. O capitão mandô acordá o negro
Acorda o negro! O safado precisa saber que vai ter os cuidados da salmoura avermelhada mais as ervas mágicas do nosso amigo, dom Miguel.
O ajudante das ordenação do capitão se aproximô do desacordado, dobrô os joelho e deu grito no ouvido desatencioso
Acorda, negro fujão!
O corpo do escravo não obedecia os grito do ajudante. O capitão veio vê de perto a encenação do negro. Chutô as costa do desacordado. Nenhum gemido, nenhuma cara de dô. Deu dois passo pra trás e chamô
Aguadeiro!
O negro qui cuidava de levá água pros negro se apresentô. Ficô parado na frente do capitão, as vista enfiada no chão e a tina da água em uma das mão. Cuidava de respirá devagá pra não incomodá o capitão com o seu alento do fôlego
Joga fora a água da tina!
O negro lançô a água da tina no chão da terra, não tinha atrevimento de oiá pra cima, continuava com os óio enfiado no soalho de terra, tremia mais qui as vara verde qui é chacoalhada com força nas criança negra
Ocês e o fujão vão dormir com sede, o aguadeiro continuava como uma estaca afundada no chão, sem feitio de tê vida, desamparado, quebrado
Agora, ocê recolhe no lugar da água o mijo malcheiroso dos macacos... é pra já! Quero a tina cheia, o aguadeiro correu na direção dos negro acorrentado no pescoço, as mão atada com corda nas costa. Um no lado do otro, parecia tropa de soldado preto. Eles precisava desaguá na tina
O macaco que se negar vai receber o mesmo tratamento da castelhanada aprisionada, os preto agarrado pelo pescoço com as corrente, colocado lado a lado, como as tropa de soldado qui vai sê fuzilada, precisava enchê a tina pra tê feitio de fugì de mais crueldade e selvageria.
O aguadeiro ajoelhado pegava o varapau das virilha de cada escravo e enfiava na tina, ordenhava inté escutá o derrame e anunciava
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Aguadeiro 2
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