Poesia Africana - 02
Exílio
Eu vivo na minha terra
Mas estou exilado.
Quem vive nela não sou eu
Mas outro que em mim vive.
A minha terra está por vir
E o meu outro ser vive, vive...
...vive à espera desse porvir
Momento VI
(desabafo)
Vai e grita pelas achadas imensas
que a vida se conquista
contra a violência e a morte.
Diz
do amor que brota das areias
do mar solitário
do abraço fecundo que nasce
dos confins de nossos seres.
Diz tudo
mas não digas que te amei
— e amo —
pois chega-me a morte pela recusa.
Não quero morrer duas vezes!
Ombro
É uma sombra ligeira.
Deixa sossegar
a minha cabeça sobre o teu ombro,
como quem dorme.
Numa saudade imortal
talvez o deus que me habita
houvesse desejado a minha morte.
Exílio
Eu vivo na minha terra
Mas estou exilado.
Quem vive nela não sou eu
Mas outro que em mim vive.
A minha terra está por vir
E o meu outro ser vive, vive...
...vive à espera desse porvir
Vera Duarte (Cabo Verde)
Momento VI
(desabafo)
Vai e grita pelas achadas imensas
que a vida se conquista
contra a violência e a morte.
Diz
do amor que brota das areias
do mar solitário
do abraço fecundo que nasce
dos confins de nossos seres.
Diz tudo
mas não digas que te amei
— e amo —
pois chega-me a morte pela recusa.
Não quero morrer duas vezes!
Alberto de Lacerda (Moçambique/Portugal)
Ombro
É uma sombra ligeira.
Deixa sossegar
a minha cabeça sobre o teu ombro,
como quem dorme.
Numa saudade imortal
talvez o deus que me habita
houvesse desejado a minha morte.
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