A vitória
Ontem o esporte se inscreveu nestas histórias que se perpetuam na vontade das pessoas de não esquecer. Um conto de fadas? Não. Um conto de terror? Não. Um conto do amor de uma vida inteira.
baitasar
A propósito da vitória das meninas do handebol feminino, campeãs do mundo, ontem, lá na Sérvia, lugar que só visitei nos livros e nas imagens dos noticiários, ou ainda, em algum filme sobre guerras e intolerâncias, como tantas já vistas em todos os tempos e lugares do mundo, senti uma alegria profunda, um gosto irresistível de compartilhar aquela emoção viajada por continentes e oceanos, até chegar aqui, num tubo de imagem velho e cansado.
O entusiasmo não estava apenas dentro de mim, mas nos amigos e amigas do meu passado handebolista – é assim que se escreve? sei lá, não tem importância. Foi quando a nostalgia do cheiro da bola, dos gritos e apitos, os abraços e as lágrimas retornaram. Uma vitória construída em muitos anos. Existiram desistências, é certo, mas apenas para fortalecer a emoção das persistentes e incansáveis meninas Campeãs do Mundo!
“Eis por que a maior parte da nossa memória está fora de nós, numa viração de chuva, num cheiro de quarto fechado ou no cheiro de uma primeira labareda, em toda parte onde encontramos de nós mesmos o que a nossa inteligência desdenhara, por não lhe achar utilidade, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando todas as nossas lágrimas parecem trancadas, ainda sabe fazer-nos chorar.” Marcel Proust
É isso: o conhecimento do passado está fora de si, está nos cheiros, na bola, nos apitos, nas viagens, nas cantorias, no grito de gol, os cheiros do vestiário, as conversas, as cobranças, os abraços, o consolo, e no rosto dos personagens a resistência coletiva dos treinos, a vontade de vencer.
A minha memória está lá fora, em 1969, primeira série ginasial, aluno do professor Marquinhos - Colégio Carlos Chagas – viajamos de Canoas até a Vila Scharlau, em São Leopoldo, era o dia do handebol, organizado pelo professor Benno. Um menino com 12 anos campeão. Um dia para não esquecer. Outros houve, mas naquele dia descobri o meu esporte, a minha paixão. Meus primeiros torneio são memórias fora de mim que essas meninas fizeram deslizar em meu rosto já marcado pelas cicatrizes do tempo.
Eu vivi para ver isso!
Ontem o esporte se inscreveu nestas histórias que se perpetuam na vontade das pessoas de não esquecer. Um conto de fadas? Não. Um conto de terror? Não. Um conto do amor de uma vida inteira.
baitasar
A propósito da vitória das meninas do handebol feminino, campeãs do mundo, ontem, lá na Sérvia, lugar que só visitei nos livros e nas imagens dos noticiários, ou ainda, em algum filme sobre guerras e intolerâncias, como tantas já vistas em todos os tempos e lugares do mundo, senti uma alegria profunda, um gosto irresistível de compartilhar aquela emoção viajada por continentes e oceanos, até chegar aqui, num tubo de imagem velho e cansado.
O entusiasmo não estava apenas dentro de mim, mas nos amigos e amigas do meu passado handebolista – é assim que se escreve? sei lá, não tem importância. Foi quando a nostalgia do cheiro da bola, dos gritos e apitos, os abraços e as lágrimas retornaram. Uma vitória construída em muitos anos. Existiram desistências, é certo, mas apenas para fortalecer a emoção das persistentes e incansáveis meninas Campeãs do Mundo!
“Eis por que a maior parte da nossa memória está fora de nós, numa viração de chuva, num cheiro de quarto fechado ou no cheiro de uma primeira labareda, em toda parte onde encontramos de nós mesmos o que a nossa inteligência desdenhara, por não lhe achar utilidade, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando todas as nossas lágrimas parecem trancadas, ainda sabe fazer-nos chorar.” Marcel Proust
É isso: o conhecimento do passado está fora de si, está nos cheiros, na bola, nos apitos, nas viagens, nas cantorias, no grito de gol, os cheiros do vestiário, as conversas, as cobranças, os abraços, o consolo, e no rosto dos personagens a resistência coletiva dos treinos, a vontade de vencer.
A minha memória está lá fora, em 1969, primeira série ginasial, aluno do professor Marquinhos - Colégio Carlos Chagas – viajamos de Canoas até a Vila Scharlau, em São Leopoldo, era o dia do handebol, organizado pelo professor Benno. Um menino com 12 anos campeão. Um dia para não esquecer. Outros houve, mas naquele dia descobri o meu esporte, a minha paixão. Meus primeiros torneio são memórias fora de mim que essas meninas fizeram deslizar em meu rosto já marcado pelas cicatrizes do tempo.
Eu vivi para ver isso!
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