Ensaio 26B
baitasar
Os
cinco mandante da Vila tava reunido embaixo das vista da Irmandade. Depois da
festa pra recebê de abraço aberto o siô Menino Cabral e o compromisso do
siôzinho com os princípio de conduta dos associado, tudo regado com sangue de
bode e vinho, começô a concentração nos trabalho de governança da Vila.
Os
associado estabelecia e ajeitava as regra qui não andava ou qui caminhava pouco
a pouco, não tinha novidade. As notícia nova foi o batizado do Menino Cabral,
herdeiro, por casamento com a siá Casta Antão, das terra do Humaitá e do lugá
na confraria da paz, sossego e harmonia. A confraria era a Vila qui era a confraria,
o qui uma queria a otra também havia de querê.
Levô
um ano bem cheio, desde a morte do véio Antão – dono das terra do Caminho Novo,
qui pra muitos era terra de banhado sem serventia -, pro siô Menino Cabral sê
chamado e tê a sua assunção, precisô esperá o tempo do luto, depois convencê o
padre qui era homem mui leal e de valô. Os donativo do siô Menino Cabral,
anunciado pra obra Santa, fez o serviço de convencê qui o siô era gente de
muita fé, desapegado das ganância, pronto pra serví, ao invés de sê servido,
bem pió podia sê: homem com gosto de se serví.
O
qui tava feito, tava feito, a reunião precisava seguí pra frente com os
assunto. Obedecê a ordem do dia, té qui o padre atropelô a encadeação das
questão dos motivo da reunião. Soltô a carta escondida na manga da sua batina
preta – engomada por mão qui conhecia o ofício de passadeira – na mesa dos
negócio
— É isso, então! — o padre já tava em pé,
qui as palavra a sê dita não tinha a mesma emoção dita sentada — Mexemos em
quase tudo e não mudamos nada, pois do jeito que vai, melhor dizendo, do jeito
que não vai, é preciso suspender as domingueiras!
O
enviado pelo Pai Filho Espírito Santo pra cuidá dos desviados, os desgarrado da
crença no Sinhô, não podia deixá por menos, Quero lembrar a todos vocês que o
dia vem amanhã, mas não se sabe como ele vem, pode chegar venturoso, como pode
vir para levar o dito pelo não dito, é sempre bom saber que a fé no Senhor nos
protege e oferece a vida eterna.
O
medo da morte, o desconhecimento do qui vem depois disto daqui, era prosa qui
arroto nenhum desdenhava. E acabá com a domingueira, por qualqué tempo, longo
ou curto, era o mesmo qui fechá as porta do sacramento, deixá de fora da casa
do Pai Filho Espírito Santo as pessoa com fome de pão e sede do vinho – o corpo
e o sangue do sacramento, a confirmação da graça
— Isso, não! — todos tavam em pé, qui a
resposta da ameaça feita precisava teatro do mesmo tamanho, a dô ensiná o
pecadô a gemê, o ferido é capaz de berrá mais qui o ferimento pode doê.
As
domingueiras e os enforcamento era o lugá de aliviá a raiva, rezando ou
babando, tudo se via na luz da manhã. Era triste, mais era alegre, torcendo pra
acabá logo, e não acabá, olhando o padre qui falava doce pro candidato da forca
e deixava escondida nas palavra do medo as sua ameaça com o inferno, O Sinhô
lhe perdoa, mas os homens não podem lhe perdoar, as famílias encarando o enforcado,
as crianças fazendo birra, querendo rapadura, as mocinhas namorando, as beatas
esfregando as coxas, retorcendo as mãos, as calça molhada, uma qui otra boca
rezando, rogando por alguma graça, torcendo por alguma desgraça, Bem qui a corda
do enforcado podia arrebentá, Em que isso ia adiantá, ordem do juiz é pra sê
cumprida, Assim, podia começá tudo de novo.
Pro
enforcado a certeza qui o dia da vida eterna havia lhe chegado, a vida eterna
no inferno decretada pela justiça do homem, acatada pela divina
— Não é concebível! — o legisladô Bicão
levantô a voz mais qui a maioria, voltô no assunto de criá um imposto
provisório de construção pra obra Santa, nada muito pesado, nem tão leve qui
não fosse valê o esforço de arrecadá
— Não é pra tanto... — voltô a dizê o juiz.
Todos já tinham sentado, qui a teatração agora exigia mais calma, comedimento e
perícia com as palavra. Raciocínio de solução pra diminuí o tamanho dos ânimos
qui já tava exaltado. O aviso tinha sido dado de um lado e do otro, não era
queda de braço, mais era preciso tê
cuidado com as força metida naquela confusão — ... esse assunto de
aumentar os donativos não pode virar penalidade forçada, ajudou: vai subir, não
ajudou: vai descer.
— Mas essa é a trama: quem ajuda fica mais
em cima nas considerações da missa, quem ajuda menos fica mais embaixo. O
tamanho da ajuda mostra a medida da altura.
O
chefe das pulícia anunciava qui sabia fazê cumprí as lei e enxergava as medida
qui cada pilantra e malfeitô merecia
apanhá
—
Tem vez que não dá tempo de esperar pelo juiz, nem pelo inferno. — gostava de
repetí quando perdia por falecimento um qui otro negro
— Isso tudo é balela, conversa
inventada... o já doado se fosse usado com economia, sem abuso ou indiscrição,
já se teria visto da obra o fim... — o visconde Bonfim, qui tinha suas terra
nos arredô do Caminho do Meio, não plantava nem criava nada nas terra, só
deixava crescê os mato ruim, era homem
de vista cumprida, esperava a cidade crescê, assim vendia cada pedacinho das
terra pelo preço qui jurava qui pagô, mais tudo qui é gente apostava qui não pagô,
se pagô foi pro escrivão fazê as escritura, inventá uma compra qui nunca
existiu — ... o amigo fazedor das leis enlouqueceu!
A
reunião da Irmandade virô panela no fogo, se a quentura das labareda não diminuí a fartura dos alimento vai queimá
— Aumentar o quê? Aonde?
— No charque e no couro! — foi o grito qui
se ouviu do meio pro fundo da reunião. Os bode caminhava dum lado e otro,
borbulhando, mexidos com a colhê de pau do padre
— Irmãos, essa reunião é pra discutí as
doações...
— E as doações não chegam?
— Nem pensar no charque! — foi otro grito
de horrô qui se ouviu do meio pro fundo do salão, o mexido borbulhava, a
tapadura da panela estremecia
— Logo agora, que os fio-da-puta dos
platinos tão de bobagem, querendo compensação pro nosso gado pastar do lado
deles. — otro estancieiro com medo da diminuição dos lucro
— Já começaram a coleta?
— Ainda não, mas é uma questão que o tempo
não resolve, mais dia ou menos dia, ela vem...
— Meus filhos... meus filhos... o charque
não é o assunto a ser resolvido nesta reunião. — o padre não queria qui um
assunto tão amotinadô tivesse misturado com as doação. É um tempo de muita
desconfiança e revolta dos estancieiro com o governo imperial
— Não, padre! Aqui, em outro lugar, os
imposto no comércio do couro e do charque é assunto de muita importância. Os
fios-da-puta platinos estão colocando o couro e o charque mais barato direto em
São Paulo e no Rio de Janeiro... — o estancieiro e o padre tavam em pé, as
vista de um cravava nas vista do otro — ... se o governo imperial não quer
baixar os tributo do nosso couro e charque, então que faça tributação no
charque e no couro dos platinos!
— Meu filho, vosmecê está desatinado, eu
sei... precisamos de menos taxas, mas...
— Não sou seu filho, padre. Sou o que o
governo imperial conhece por sucre, estancieiro-soldado, e do jeito que os
platinos são tratados, chega a dar na vontade ficar do lado deles, riscar no
chão outras fronteiras!
Os
dois continuava sem sentá, qui discussão daquela é feita do fio a pavio erguido
em cima das perna, té qui o legisladô Bicão pediu a palavra. Ele também achô melhó
alevantá
— Mas quem foi que falou em aumentar os
tributos do charque?
O
chefe das pulícia não deu tempo pra resposta alguma, ainda com as mão marcada
do bode, levantô a voz pra se anunciá na controvérsia
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