Paulo Freire
Pedagogia do Oprimido - Aprender a dizer a sua palavra (1)
“educação como prática da liberdade”:
alfabetizar é conscientizar
Índice
Prefácio ...................................................................................................................................5
Primeiras palavras ...................................................................................................................12
1. Justificativa da «pedagogia do oprimido» .................................................................................16
A contradição opressores- oprimidos. Sua superação .................................................................. 16
A situação concreta de opressão e os opressores....................................................................... 25
A situação concreta de opressão e os oprimidos ........................................................................27
Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão............29
2. A concepção «bancária» da educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica....33
A contradição problematizadora e libertadora da educação. Seus pressupostos...............................35
A concepção “bancária” e a contradição educador-educando........................................................36
Pedagogia do Oprimido - Aprender a dizer a sua palavra (1)
“educação como prática da liberdade”:
alfabetizar é conscientizar
Índice
Prefácio ...................................................................................................................................5
Primeiras palavras ...................................................................................................................12
1. Justificativa da «pedagogia do oprimido» .................................................................................16
A contradição opressores- oprimidos. Sua superação .................................................................. 16
A situação concreta de opressão e os opressores....................................................................... 25
A situação concreta de opressão e os oprimidos ........................................................................27
Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão............29
2. A concepção «bancária» da educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica....33
A contradição problematizadora e libertadora da educação. Seus pressupostos...............................35
A concepção “bancária” e a contradição educador-educando........................................................36
Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados
pelo mundo .......................................................................................................................39
O homem como um ser inconcluso, consciente de sua inconclusão, e seu permanente movimento de
busca do ser mais ...............................................................................................................42
3. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade ..........................................44
Educação dialógica e diálogo .................................................................................................. 45
O diálogo começa na busca do conteúdo programático ...............................................................47
As relações homens-mundo, os temas geradores e o conteúdo programático desta educação.......49
A investigação dos temas geradores e sua metodologia ..............................................................54
A significação conscientizadora da investigação dos temas geradores. Os vários momentos da
investigação ......................................................................................................................57
4. A teoria da aço antidialógica.................................................................................................70
A teoria da aço antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a opressão, a
manipulação e a invasão cultural ...........................................................................................78
A teoria da aço dialógica e suas características: a co-laboração, a união, a organização e a síntese
cultural .............................................................................................................................96
Prefácio
Aprender a dizer a sua palavra
continua....
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Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ)
1987
1994
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Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967; e Pedagogia do Oprimido
pelo mundo .......................................................................................................................39
O homem como um ser inconcluso, consciente de sua inconclusão, e seu permanente movimento de
busca do ser mais ...............................................................................................................42
3. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade ..........................................44
Educação dialógica e diálogo .................................................................................................. 45
O diálogo começa na busca do conteúdo programático ...............................................................47
As relações homens-mundo, os temas geradores e o conteúdo programático desta educação.......49
A investigação dos temas geradores e sua metodologia ..............................................................54
A significação conscientizadora da investigação dos temas geradores. Os vários momentos da
investigação ......................................................................................................................57
4. A teoria da aço antidialógica.................................................................................................70
A teoria da aço antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a opressão, a
manipulação e a invasão cultural ...........................................................................................78
A teoria da aço dialógica e suas características: a co-laboração, a união, a organização e a síntese
cultural .............................................................................................................................96
Prefácio
Aprender a dizer a sua palavra
Professor Ernani Maria Fiori
Paulo Freire é um pensador comprometido com a vida: não pensa ideias, pensa a existência. E também educador: existência seu pensamento numa pedagogia em que o esforço totalizador da “práxis” humana busca, na interioridade desta, retotalizar-se como “prática da liberdade”. Em sociedades cuja dinâmica estrutural conduz à dominação de consciências, “a pedagogia dominante é a pedagogia das classes dominantes”. Os métodos da opressão não podem, contraditoriamente, servir à libertação do oprimido. Nessas sociedades, governadas pelos interesses de grupos, classes e nações dominantes, a “educação como prática da liberdade” postula, necessariamente, uma “pedagogia do oprimido”. Não pedagogia para ele, mas dele. Os caminhos da liberação são os do oprimido que se libera: ele não é coisa que se resgata, é sujeito que se deve autoconfìgurar responsavelmente. A educação liberadora é incompatível com uma pedagogia que, de maneira consciente ou mistificada, tem sido prática de dominação. A prática da liberdade só encontrará adequada expressão numa pedagogia em que o oprimido tenha condições de, reflexivamente, descobrir-se e conquistar- se como sujeito de sua própria destinação histórica. Uma cultura tecida com a trama da dominação, por mais generosos que sejam os propósitos de seus educadores, é barreira cerrada às possibilidades educacionais dos que se situam nas subculturas dos proletários e marginais. Ao contrário, uma nova pedagogia enraizada na vida dessas subculturas, a partir delas e com elas, será um contínuo re -tomar reflexivo de seus próprios caminhos de liberação; não será simples reflexo, senão reflexiva criação e recriação, um ir adiante nesses caminhos: “método”, “prática de liberdade”, que, por ser tal, está intrinsecamente incapacitado para o exercício da dominação. A pedagogia do oprimido é, pois, liberadora de ambos, do oprimido e do opressor. Hegelianamente, diríamos: a verdade do opressor reside na consciência do oprimido. Assim apreendemos a ideia- fonte de dois livros em que Paulo Freire traduz, em forma de lúcido saber* sócio -pedagógico, sua grande e apaixonante experiência de educador. Experiência e saber que se dialetam, densificando-se, alongando-se e dando, com nitidez cada vez maior, o contorno e o relevo de sua profunda intuição central: a do educador de vocação humanista que, ao inventar suas técnicas pedagógicas, redescobre através delas o processo histórico em que e por que se constitui a consciência humana. Ou, aproveitando uma sugestão de Ortega, o processo em que a vida como biologia passa a ser vida como biografa. Talvez seja este o sentido mais exato da alfabetização: aprender a escrever a sua vida, como autor e como testemunha de sua história, isto é, biografar-se, existenciar-se, historicizar-se. Por isto, a pedagogia de Paulo Freire, sendo método de alfabetização, tem como ideia animadora toda a amplitude humana da “educação como prática da liberdade”, o que, em regime de dominação, só se pode produzir e desenvolver na dinâmica de uma “pedagogia do oprimido”. As técnicas do referido método acabam por ser a estilização pedagógica do processo em que o homem constitui e conquista, historicamente, sua própria forma: a pedagogia faz-se antropologia. Esta conquista não se pode comparar com o crescimento espontâneo dos vegetais: participa da ambiguidade da condição humana e dialetiza-se nas contradições da aventura histórica, projeta-se na contínua recriação de um mundo que, ao mesmo tempo, obstaculiza e provoca o esforço de superação liberadora da consciência humana. A antropologia acaba por exigir e comandar uma política. É o que pretendemos insinuar em três relances. Primeiro: o movimento interno que unifica os elementos do método e ps excede em amplitude de humanismo pedagógico. Segundo: esse movimento re-produz e manifesta o processo histórico em que o homem se re- conhece. Terceiro: os rumos possíveis desse processo são possíveis projetos e, por conseguinte, a conscientização não é apenas conhecimento ou reconhecimento, mas opção, decisão, compromisso. Ás técnicas do método de alfabetização de Paulo Freire, embora em si valiosas, tomadas isoladamente não dizem nada do método. Também não se ajuntaram ecleticamente segundo um critério de simples eficiência técnico-pedagógica. Inventadas ou reinventadas numa só direção de pensamento, resultam da unidade que transparece na linha axial do método e assinala o sentido e o alcance de seu humanismo: alfabetizar é conscientizar. |
continua....
___________________
PAULO
FREIRE
|
PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
|
23ª Reimpressão
|
PAZ E TERRA
|
©
Paulo Freire, 1970
|
Capa
|
Isabel
Carballo
|
Revisão
|
Maria
Luiza Simões e Jonas Pereira dos Santos
|
(Preparaço
pelo Centro de Catalog aço -na-fonte do
|
Freire,
Paulo
|
F934p Pedagogia do oprimido, 17ª. ed. Rio de
Janeiro, Paz e Terra,
|
(O
mundo, hoje, v.21)
|
1. Alfabetizaço – Métodos 2. Alfabetizaço –
Teoria I. Título II. Série
|
CDD-374.012
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-371.332
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77-0064 CDD-371.3:376.76
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Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967; e Pedagogia do Oprimido
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