quarta-feira, 4 de novembro de 2020

histórias davóinha: Josino (I09j - juro qui lhe mordo)

Josino: I - a aparição da vida

juro qui lhe mordo
Ensaio 09j – 2ª edição 1ª reimpressão


baitasar



Muié, Uquié, hôme, Ocê me provoca além da conta, ela sorriu satisfeita e o aroma da boca fez flutuá os cinco lenço transparente da cintura mexediça, se mostrava pra dança do amô e da sedução, tava vaidosa da sua beleza como deve sê, sem medo disê muié, a cabeça raspada e pintada, É o meu oferecimento pra delícia ditê vida junto da vida diocê, ele num sabia uqui dizê duqui tava dito, As palavra qui nasce no curação alimenta e protege a vida, mais num chega. É bão ditá com quem tá, abraçá useu amô e fazê crescê as vontade qui num precisa tê nome, Meu pretu, a fôrma do amô tá nas bobice qui faz durá as lembrança nos algodão branco nucéu, Mais se ocê vê minha fome fica esfomeada, provocô cuidadoso no atreevimento, Eu tô vendo o apetite diocê. Adoro, respondeu a milagres enfeitiçada qui num conseguia pará divê

os caminho do curação tava escancarado, usdois era só vontade, mistura quiqué tê nas mão e num qué acordá daquela aparição da vida, Tô lhe avisando, josino resmungô sentado na rede, E eu tô lhe vendo cheio dos aviso, retrucô milagres

ele chegô a boca inté useu aroma quente podê segredá como a brisa murmurava useu mais leve e demorado suspiro, Quero ocê toda do jeito qui ocê quisé se dá, Eu qui quero ocê todo do jeito qui ocê quisé se dá, o hôme esfregô as vista na muié e a muié esfregô as vista no hôme, usdois era toda provocação, se oiava demorada e cuidadoso, Tem veiz qui a vida parece sê tão cuidada, encorajada e alimentada qui num dá pra creditá qui existi sofrimento e gente doida de maldade, Chega dessa conversa. Vem mais aqui, deixa eu lhe pegá, Inté parece qui ocê precisa pedí, Eu num tô pedindo, soltô a risada mais alta qui tinha, Adoro lhe vê desajustado com as palavra, Quero lhe fazê todas consideração de respeito e ternura, atendê todos seus desejo e vontade, Isso é muntu mais qui preciso, num quero e num preciso devoção. Só preciso do sopro pra me avivá, mais vô lhe avisando quiu fogo forte derrete o ferro, Pois vô aticá esse fogo qui se gaba com o ferrêro.

arrumô as perna qui ficô dobrada, juntava e empurrava as estrela, depois deixava o desenho estrelado boiado nucéu agarrado nas mão da Oxum qui dançava e cantava prus dois

a muié deitô a cabeça no peito arrebitado e ofegante do hôme e josino adormeceu nas mão qui cantava as vontade do amô, tava desfeito useu disfarce de hôme belo e forte, fincadô da paixão, o ferro tava derretido

milagres ergueu o queixo, oiô com jeito de enguiço, Sê ocê durumí, meu pretu... juro qui lhe mordo. A quentura do fogo num tá recuada, ela tá bem longe ditá desbotada. Eu lhe avisei do derretimento... trate de ficá animado...





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é bão lê tumbém...

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