sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 20 — Enterrados vivos!

Edgar Allan Poe - Contos





Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837





20 — Enterrados vivos!




O chefe foi fiel à sua palavra e forneceu-nos provisões frescas em grande abundância. Achámos as tartarugas mais saborosas do que quaisquer outras que jamais tínhamos provado e os patos eram superiores às nossas melhores espécies de aves selvagens — excecionalmente tenros, suculentos e de sabor requintado. Além disso, os selvagens trouxeram-nos, depois de lhes termos feito compreender o nosso desejo, uma grande quantidade de aipo castanho e de cocleária, ou erva contra o escorbuto, assim como uma canoa cheia de peixe fresco e seco. O aipo foi para nós um verdadeiro regalo e a cocleária teve um resultado admirável, servindo para curar aqueles de nós que já tinham manifestado sintomas de doença. Em pouco tempo todos os enfermos se curaram. Recebemos ainda outras provisões frescas em abundância, entre as quais devo citar uma espécie de marisco, que pela forma se assemelhava ao mexilhão mas que sabia a ostra. Também nos trouxeram grande quantidade de camarões das duas espécies e ovos de albatroz e de outras aves, cujas cascas eram negras. Embarcámos uma boa provisão de carne de porco, da espécie de que já falei. A maior parte dos nossos homens achou-o um alimento agradável, mas a mim pareceu-me impregnado de um cheiro a peixe absolutamente repugnante. Em troca de todas estas boas coisas oferecemos aos nativos colares de contas azuis, joias de cobre, pregos, facas e tecidos vermelhos e eles mostraram-se encantados com a troca. Estabelecemos na costa um mercado regular, ao alcance dos canhões da escuna, e todo o tráfego se desenrolou sob a aparência da boa fé e com uma ordem que não seria de esperar da parte dos selvagens a julgar pela sua conduta na aldeia de Klock-Klock.

As coisas correram desta forma agradável durante alguns dias e nesse período grupos de indígenas vieram a bordo da escuna, enquanto destacamentos dos nossos homens se deslocaram várias vezes a terra, fazendo longas incursões para o interior e não sofrendo da parte dos selvagens nenhum vexame. Vendo a facilidade com que o navio podia ser carregado de escombro-do-mar, graças à disposição amistosa dos ilhéus e ao auxílio que nos podiam prestar para o apanhar, o capitão Guy resolveu entrar em negociações com Too-wit relativamente à construção de edifícios apropriados para a preparação do artigo e à forma de recompensá-lo e aos seus homens pelo trabalho de recolher o mais possível, enquanto nós aproveitaríamos o bom tempo para seguir a nossa viagem em direção ao Sul. Quando o chefe foi informado deste plano, pareceu disposto a aceitá-lo e, assim, o negócio foi concluído com vantagens para ambas as partes, ficando combinado que, depois dos preparativos necessários, tais como a escolha de um local conveniente e a construção de uma parte dos edifícios ou outras tarefas para as quais fosse preciso a participação de toda a tripulação, a escuna levantaria âncora, deixando na ilha três tripulantes para vigiarem o cumprimento do projeto e ensinarem aos nativos o modo de secar o escombro-do-mar. Quanto ao modo de pagamento dependeria do zelo e da atividade dos selvagens. Deviam receber uma certa quantidade de contas azuis, facas e panos vermelhos em troca de um certo número de piculs de escombro-do-mar, que tivessem preparado durante a nossa ausência.

Uma descrição da natureza deste importante artigo de comércio e do método de o preparar pode ter algum interesse para os leitores e acho que esta é a ocasião apropriada para o fazer. O relato que se segue, relativo à substância em questão, foi tirado de uma narrativa recente de uma viagem aos mares do Sul:

« Este molusco dos mares do Sul que comercialmente é conhecido pelo nome francês de bouche de mer (manjar extraído do mar) é aquele a que, se não estou em erro, Cuvier chama gasteropeda pulmonifera. Colhe-se em abundância nas costas das ilhas do Pacífico, principalmente para o mercado chinês, onde está cotado a alto preço, quase tanto como esses famosos ninhos comestíveis, que são feitos de uma matéria gelatinosa que determinada espécie de andorinha retira dos corpos destes moluscos. Não possuem nem concha, nem patas, nem qualquer membro saliente, exceto um órgão de absorção e outro de excreção, situados em partes opostas; mas, graças aos seus anéis, elásticos como os das lagartas e dos vermes, arrastam-se para os recifes pouco profundos onde, quando a maré está baixa, são apanhados por uma espécie de andorinha, cujo bico agudo lhes penetra o corpo mole retirando uma substância gomosa e filamentosa que lhes serve, quando seca, para solidificar as paredes do ninho. Daí o nome de gasteropeda pulmonifera.

« Estes moluscos têm uma forma oblonga e as suas dimensões variam entre 3 e 18 polegadas de comprimento; vi alguns que atingiam os dois pés. São quase redondos, mas ligeiramente achatados num dos lados, aquele que está virado para o fundo do mar, e têm uma espessura que varia entre 1 e 8 polegadas. Arrastam-se pelos recifes pouco fundos em certas épocas do ano, provavelmente para se reproduzirem, pois são vistos muitas vezes aos pares. Aproximam-se da costa quando o sol incidindo sobre a água a aquece e, por vezes, vão para águas tão pouco fundas que, quando a maré baixa, ficam expostos ao calor do sol. No entanto, não se reproduzem nos baixios, pois nunca vimos nenhuma cria e, quando os observámos a subir de águas mais fundas já tinham sempre atingido o seu estado adulto. Alimentam-se principalmente dessa espécie de zoófitos que o coral produz.

« O escombro-do-mar apanha-se geralmente a uma profundidade de três ou quatro pés, depois do que é levado para a costa, onde, com a ponta de uma faca, se lhe faz uma incisão numa das extremidades, com cerca de uma polegada ou mais, segundo as dimensões do molusco. Através desta abertura tiram-se as entranhas, pressionando o corpo do animal, as quais, aliás, são semelhantes às de todos os pequenos animais que habitam o mar. São então lavadas e depois postas a ferver a uma determinada temperatura que não deve ser nem muito alta nem muito baixa. Seguidamente envolvem-se em terra durante quatro horas, fervem mais um pouco e finalmente põem-se a secar ou ao lume ou ao sol. Os moluscos melhores são os que são secos ao sol, mas, enquanto por este meio se obtém o valor de um picul (133 libras e 1/3), ao lume podem-se secar trinta piculs. Quando são convenientemente secos, podem ser conservados sem perigo três ou quatro anos num local seco, embora seja necessário examiná-los de vez em quando, talvez quatro vezes por ano para ver se a humidade não os atingiu e estragou.

« Os chineses, como já disse, consideram o escombro-do-mar um dos mais deliciosos manjares, atribuindo-lhes os mais altos poderes alimentícios e fortificantes, além de o acharem apropriado para rejuvenescer um temperamento esgotado pelas volúpias desregradas. O molusco de primeira qualidade está altamente cotado em Cantão, onde se vende a 90 dólares o picul; o de segunda qualidade a 75 dólares; o de terceira a 50 dólares; o de quarta a 30 dólares; o de quinta a 20 dólares; o de sexta a 12 dólares; o de sétima a 8 dólares; e o de oitava a 4 dólares. No entanto, acontece que por vezes os pequenos carregamentos conseguem preços mais elevados nos mercados de Manila, Singapura e Batavia.»

Estabelecido o acordo, desembarcamos imediatamente tudo o que era necessário para começar as construções e desbravar terreno. Escolhemos um amplo terreno plano, perto da costa e da baía, onde existia em abundância água e madeira, e a uma distância conveniente dos principais recifes onde se podia procurar o escombro-do-mar. Pusemos todos mãos à obra com grande afinco e em breve, para grande surpresa dos selvagens, tínhamos abatido um número de árvores suficiente para os nossos desígnios, as quais aparelhamos e fixamos para armar as construções. Ao fim de dois ou três dias os trabalhos estavam tão adiantados, que os podíamos entregar descansados aos três homens que deviam ficar em terra. Eram eles John Carson, Alfred Harris e... Peterson (todos de Londres, segundo julgo) que aliás se ofereceram para este serviço.

No fim do mês tínhamos tudo preparado para partir. No entanto, tínhamos combinado fazer uma visita solene de despedida à aldeia, e Too-wit insistiu tanto na necessidade de cumprirmos esta promessa, que julgamos conveniente não o ofender com uma recusa definitiva. Julgo que naquela altura nenhum de nós tinha a menor dúvida sobre a boa fé dos selvagens. Todos os nativos se tinham comportado respeitosamente, auxiliando-nos de bom grado nos nossos trabalhos, oferecendo-nos os seus produtos, muitas vezes gratuitamente e nunca, em caso algum, nos roubaram um único objeto, apesar do alto valor que atribuíam às nossas mercadorias a julgar pelas extravagantes demonstrações de alegria que faziam cada vez que os presenteávamos. Especialmente as mulheres eram muito solícitas em tudo e, numa palavra, teríamos de ser os homens mais desconfiados do mundo para suspeitarmos de qualquer pensamento de perfídia da parte de um povo que nos tratava tão bem. Porém precisamos de pouco tempo para verificarmos que aquela aparente solicitude não era mais do que o resultado de um plano bem estudado para nos levar à destruição e que aqueles ilhéus que nos tinham inspirado sentimentos de estima, pertenciam à raça dos mais bárbaros, manhosos e sanguinários miseráveis que jamais contaminaram o globo.

Foi no dia 1 de fevereiro que fomos a terra para visitar a aldeia. Embora, repito, não tivéssemos a menor suspeita, não negligenciamos nenhuma medida de precaução. Seis homens permaneceram a bordo da escuna, com ordem de não deixarem aproximar nenhum selvagem durante a nossa ausência, sob que pretexto fosse, e de estarem sempre na coberta. Recolheram-se as redes de filerete, carregaram-se os canhões com uma carga dupla de balas e metralha e as roqueiras foram carregadas com as caixas de balas de espingarda. O navio estava ancorado, com a âncora a pique, a cerca de uma milha da costa e nenhuma embarcação se podia aproximar por qualquer dos lados sem ser vista e sem ficar imediatamente ao alcance do fogo da nossa artilharia.

Excluindo os seis homens que tinham ficado a bordo, o nosso grupo era constituído por trinta e dois indivíduos, todos armados até aos dentes com espingardas, pistolas e punhais, além de cada homem levar a sua faca de marinheiro, um pouco semelhante à faca de mato, hoje tão popularizada em todas as nossas regiões do Sul e do Oeste. Uma centena de guerreiros, envergando peles negras, foram ao nosso encontro para nos conduzirem. Devo dizer que notamos com certa surpresa que não estavam armados. Quando interrogamos Too-wit sobre o assunto, respondeu-nos simplesmente: Mattee non we pa pa si — isto é — Entre irmãos não são precisas armas. Consideramos esta resposta favorável e prosseguimos o nosso caminho.

Tínhamos já passado a nascente e o regato de que falei anteriormente e penetrávamos numa estreita garganta através de colinas de pedra, no meio das quais estava situada a aldeia. A garganta era rochosa e muito desigual, a ponto de, por ocasião da nossa primeira incursão com Too-wit, a termos passado com extrema dificuldade. A ravina devia ter uma milha ou mais de comprimento. Serpenteava em mil sinuosidades através das colinas (em épocas recuadas devia ter sido o leito de uma torrente) e nunca continuava mais de vinte jardas sem fazer uma curva brusca. Tenho a certeza de que as vertentes deste vale se elevavam a mais de 70 ou 80 pés de altura na perpendicular e, em alguns sítios, as paredes atingiam tal altura que impediam a penetração da luz do dia. A largura média era de cerca de quarenta pés, mas por vezes estreitava tanto que só cabiam cinco ou seis homens de frente. Em suma, não podia existir melhor local para uma emboscada e não é de estranhar que nos agarrássemos às nossas armas assim que lá entramos.

Quando agora penso na nossa enorme loucura, o que mais me espanta é que nos tivéssemos aventurado daquela maneira, sem atender às circunstâncias, pondo-nos assim à disposição de selvagens desconhecidos, a ponto de lhes permitirmos caminhar adiante e atrás de nós durante toda a extensão da ravina. No entanto, foi essa a ordem que cegamente adotamos fiando-nos estupidamente na nossa força, no desaparecimento das armas de Too-wit e dos seus homens, no efeito das nossas armas de fogo, cujo funcionamento ainda era um segredo para os nativos e, acima de tudo, nas repetidas manifestações de amizade daqueles infames canalhas. Cinco ou seis deles abriam caminho, como que para nos mostrar a estrada, fazendo gala nos seus cuidados, afastando pomposamente as grandes pedras ou outros objetos que nos entravassem o caminho. A seguir íamos nós, caminhando juntos, pois a nossa única preocupação era não nos separarmos. Atrás seguia o corpo principal dos selvagens, numa ordem e correção perfeitamente insólitas.

Dirk Peters, um tal Wilson Allen e eu caminhávamos à direita dos nossos camaradas, examinando tudo ao longo do percurso, nas estranhas estratificações da muralha que se erguiam sobre as nossas cabeças. Uma fenda na rocha despertou-nos a atenção. Era suficientemente larga para permitir a passagem de um homem e penetrava na montanha dezoito ou vinte pés em linha reta, virando depois para a esquerda. A altura do buraco, até onde podíamos ver, era de sessenta ou setenta pés. Através das sinuosidades cresciam dois ou três arbustos enfezados, que lembravam um pouco a aveleira e que eu tive a curiosidade de examinar; com este objetivo avancei resolutamente, tirei cinco ou seis avelãs de um cacho e retirei-me a toda a pressa. Quando regressava verifiquei que Peters e Allen me tinham seguido. Pedi-lhes que recuassem, pois não havia espaço para deixar passar duas pessoas e disse-lhes que lhes daria algumas das minhas avelãs. Assim, os meus companheiros deram meia volta e dirigiram-se para o caminho. Quando Allen estava quase à entrada da gruta, senti, de repente, uma sacudidela, como nunca tinha experimentado, a qual me inspirou uma vaga ideia (se na verdade posso dizer que tive uma ideia) de que as fundações do nosso globo estavam a ruir e que a hora da destruição final tinha chegado.


continua na página 252...


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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.


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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849 



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