sexta-feira, 16 de agosto de 2013

SÓ NÓS DOIS

NELSON GONÇALVES




Composição: Joaquim Pimentel

Só nós dois é que sabemos
O quanto nos queremos bem
Só nós dois é que sabemos
Só nós dois e mais ninguém
Só nós doi avaliamos
Este amor forte e profundo
Quando o amor acontece
Não pede licença ao mundo
Anda, abraça-me, beija-me
Encosta teu peito ao meu
Esquece o que vai na rua
Vem ser minha e serei teu
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá dentro da nossa porta
Só nós dois compreendemos
O calor dos nossos beijos
Só nós dois é que sofremos
A tortura dos desejos
Vamos viver o presente
Tal qual a vida nos dá
O que reserva o futuro
Só Deus sabe o que será
Anda, abraça-me, beija-me
Encosta teu peito ao meu
Esquece o que vai na rua
Vem ser minha e serei teu
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá dentro da nossa porta.


Luiza



Composição: Antônio Carlos Jobim

Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza


Ligia





A Casa do Tom




CHAPADÃO (Tom Jobim)

“Vou fazer a minha casa
No alto do chapadão
Vou levar o meu piano
Que ficou no Canecão

Vou fazer a minha casa
No alto do Chapadão
Vou levar Don’Aninha
Pra me dar inspiração

Vou fazer a minha casa
No alto de uma quimera
Vou criar um mundo novo
Vou criar nova megera

Vou fazer a minha casa
Com largura e comprimento
E peço ao Paulo uma sala
Pra botar Aninha dentro

Vou botar minha biruta
No taquaruçu de espinho
Vou fazer cama macia
Pra te amar devarinho

Seremos dois belezudos
Neste mundo de feiosos
As noites serão tranquilas
E os dias tão radiosos

Quero a minha casa feita
Com régua prumo e esmero
Quero tudo bem traçado
Quero tudo como eu quero

Quero tudo bem medido
De largura e comprimento
Não quero que minha casa
Me traga aborrecimento

Vou fazer a minha casa
Do alto de uma canção
E agradecer a Deus Pai
A sobrante inspiração

Sob a axila do Cristo
Neste sovaco cristão
Vou fazer a minha casa
No alto do Chapadão

E vou dar festa bonita
Com bebida e com garçom
E ao Lufa que foi amigo
Dou champagne com bombom

Vou fazer a minha casa
No centro do ribeirão
Quero muita água limpa
Pra lavar meu coração

Minha casa não terá
Nem sábado e nem domingo
Todo dia é dia santo
Todo dia é dia lindo

E dentro da minha casa
Nunca vai juntar poeira
Pelo meio dela passa
Uma enorme cachoeira

Quero água com fartura
Quero todo o riachão
Quero que no meu banheiro
Passe inteiro o ribeirão

Quero a casa em lugar alto
Ventilado e soalheiro
Quero da minha varanda
Contemplar o mundo inteiro”


Pela luz dos olhos teus



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