mulheres descalças
felicidade não existe
Ensaio 127Bzx – 2ª edição 1ª reimpressão
baitasar
oiô sem atenção pra siá rosinha, a desatenção tinha virado costume, usiô augusto num queria prugunta virando usança no dia-a-dia da casa, assim conservava distância da falta de cuidado, seguia desapaixonado e frio
Nada, Mãezinha... não estava pensando em nada.
o par continuô em silêncio – a casa tava costumada sê vivida no silêncio do par –, inté qui a bengala se escorregô e caiu, só um gritinho de aviso quando chegô no chão, o costume dicaí num assustava mais na casa, cadum com seus mistério e mania
ali da janela – e com a vidraçaria fechada –, aquela gente toda na praça num parecia querê entendê a própria vida no trajeto da vida, gente desanimada de entendê as resposta das prugunta qui num sabia fazê – e tumbém num se atrevia querê aprendê –, ninguém na praça qui tava babando e gritando pela morte – nem usqui vigiava das janela se dizendo enojado – parecia querê desgarrá da manada amontoada no canto da desesperança vazia, sem disposição pra ficá alegre na alegria nem triste com a miséria e a tortura dusotro
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é bão lê, tumbém... sequisé:
histórias de avoinha: Sinto-me tão só
histórias de avoinha: um império invisível
histórias de avoinha: uma sombra sem corpo não cruza as pernas
histórias de avoinha: Bagaço hipócrita!
histórias de avoinha: a vaga de marido
histórias de avoinha: a lua na escuridão
histórias de avoinha: chegô no piano
histórias de avoinha: o silêncio no brejo dos pensamento
histórias de avoinha: borboleta preta
histórias de avoinha: Obrigada, Açunta!
histórias de avoinha: ôum velório de vida
histórias de avoinha: o feitiço das trança
histórias de avoinha: o siô ajeitado e as duas miúda
histórias de avoinha: Simão
mulheres descalças: é mansa...
mulheres descalças: Mas você devia!
mulheres descalças: Dez sacas, o amigo concorda?
mulheres descalças: café ralo e mandioca cuzida
mulheres descalças: o descuido da miúda
mulheres descalças: a traste
mulheres descalças: até quando
mulheres descalças: uma sombra silenciosa
mulheres descalças: a perigosa é ela
mulheres descalças: uma resposta deboche
mulheres descalças: gostar sem resistir
mulheres descalças: buraco do barranco
mulheres descalças: caridade é uma brisa morna
mulheres descalças: hipócrita, egoísta e cega d’ódio
mulheres descalças: a pulícia pública
mulheres descalças: a vida num é simples
mulheres descalças: na solidão sozinha
mulheres descalças: usdois contra cadum
mulheres descalças: fofocando comigo mesma
mulheres descalças: felicidade não existe
mulheres descalças: um gosto diódio
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