sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

As Bahias e a Cozinha Mineira

... uma canção pra você






No colo da saudade, eu Conduzi o braço do teu rio









Eu vou cantar
Uma canção pra você
Feita da tua imagem
Diante da minha face

Ah se, ah se você pudesse entender
Baby eu vou cantar
Uma canção
Uma canção pra você

A jaqueta amarela
Sobre a cama
Você sabe qual é!
Você sabe qual é!

A jaqueta amarela
Que a cor do teu abraço não sentiu
O frio... Através da janela
Alguém sente lá fora, amor!
A dor, a dor
Da coberta aberta sobre a cama
Sobre um lido jornal dorme um corpo
Dorme um corpo
Desigual
Igual! Sem jaqueta amarela
Igual um despedaço de amor
Em cada canto de um teto
Destila cansada do afeto em cada cor

Cada carro
Cada barro de pele num jarro de flor
Cada sarro que mera pinga
Cada cama que não me ama! Ama! Ama! Ama!

Eu vou cantar
Uma canção pra você
Feita da tua imagem
Diante da minha face

Ah se, ah se você pudesse entender
Baby eu vou cantar
Uma canção
Uma canção

Quem nos media
Dia-a-dia o nosso sexo amor
O anexo
O nexo
O "x" da nossa dor
O amor eu aposto no jogo entre cartas, cerveja, fogo e queijo quálio
No baralho jogo sais
Te embaralho, sou dama de paus
(Caralho!)

A função está posta à mesa
Entre dedos e anéis, a faca e o queijo na mão
Sou teu sim!
Não teu não!
Sim sou tua, tão sua, sou esta canção!
Sou teu sim!
Não teu não!
Sim sou tua, tão sua, sou esta canção!

Eu vou cantar
Uma canção pra você
Feita da tua imagem
Diante da minha face

Ah se, ah se você pudesse entender
Oh baby! Baby eu vou cantar
Uma canção
Uma canção pra você







Fumaça







No colo da saudade, eu
Conduzi o braço do teu rio
As selar-me na boca o traço do vazio
Do seco, do seco, do seco na boca
Baseado da fumaça que ameaça
O vácuo da tua forma oca

Amor
Amor
Amor

Que vazio, que vazio
Saciou meu ventre com o regalo teu
Arregalou meus olhos
Arrebatou-me, meu Deus

Na fumaça da fumaça, dei a massa
Dei a massa consumida

Pela brisa da fogueira que a beira
De um beijo seu, se queimou
Wow








Apologia às Virgens Mães






Quantos tempos teceram teus vestidos de lã?
Quantas tranças os tempos fizeram traçar teus cabelos?
Quantos beiços beberam do teu peito o afã?
E dos seios sugaram o sulco sem dor, dos teus zelos
Senhora de saia, de ventre pré-destino
Quantos tempos cruzaram num ponto de cruz teu destino?

Mães de Jesus, oh virgens, todas virgens!
Mães de Jesus, oh virgens, todas virgens!
Mães

Já choraram teu choro, prantos correm na história
Feito rio que erode do espaço às margens: Trajetória
E dum choro contido, de branco e grinalda na média
Abusaram o desejo do corpo e teu sonho trajou de tragédia
Menina de saia de gozo pré-extinto
Quantos tempos bordaram o calado bordel de teu instinto?

Mães de Jesus, oh virgens, todas virgens!
Mães de Jesus, oh virgens, todas virgens!
Mães

Na sacola da feira, tem de besteira feijão
Tem também muitas eras de carga alçada em tua mão
Pudera ter tempo, senhora, tanto tempo pudera e tem
Do fruto da feira, vambora, tempos colheitas de tempo têm
Deles, tantos puseram, oh dona, de peso no saco da feira
Se de Madalena o filho, madona

Pesa mais
Não tem eira nem beira
Não tem eira nem beira






Mulher







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