sábado, 6 de maio de 2023

Memórias - 10 la soledad de la espera

No se puede hacer la revolucion sin las mujeres

Livro Um

baitasar

Memórias

10 – la soledad de la espera


los viejos arrugados, agachados con sus cigarillos de palha na mão ou colgando en la boca, esperando a fumaça encher seus pulmões para jogá-las no ar puro de ese pequeño pueblo, a cusparada da boca pequena, quase escondida y cerrada, los ojos parados como um animal sedento no deserto y su destino moribundo, aguardando en silencio a sede irritante para erguerem o corpo até o cocho das mulas e mergulharem a cabeça na água estocada

el sombrero enfiado sobre sus cabezas sustentavam um círculo de sombra  en sus piés, a su alrededor las marcas del escupitajo

ninguém falava, apenas os cães seguiam ladrando pelos caminhos estreitos

las gallinas andavam nervosas de um lado a outro esgravatando, procurando en la tierra algum conforto para seguir naquela vida miserável, depois seriam degoladas sem queixas, o sangue do corpo escorrido, as penas arrancadas e seu corpo partido em partes assado no fogo lento

los niños brincavam entre os alaridos de este lugar de tierra, sol y maíz, cresciam olhando com naturalidade sus piés desnudos

las mujeres subiam e desciam con la vasija de água sobre suas cabeças, recolhiam da pequena vertente en la Montaña que na estação das chuvas descia suas águas vigorosas, nenhuma de las mujeres falava enquanto seguiam seu caminho entre niños, cães, alaridos e latidos, o calor já era quase igual ao fogo que ardia entre os milhos, não havia o que fazer

não queriam descer la Montaña e caminhar pela cidadela até o mar, esses montanhistas não se apreciam sem a pura vida de la tierra abajo de sus piés, então não descem, ficam em silêncio, por aqui, brotando resignados do chão, cantando e dançando para os deuses de la Montaña, sacrificando seus jovens para aplacar sua ira ofendida, sem reclamar ou duvidar das intenções de la Montaña

para los hombres y mujeres de maíz, a cidade faz perder o sentido da naturalidade na vida porque sus piés ya no tocan la tierra, o húmus suculento está esquecido e abandonado sob toneladas de pedras e a feitura de suas casas e torres

¡Quiero la vaca!

a quietude dos alaridos costumeiros fora estilhaçada, O que é isso, Blanca?

No te molestes, quedate echado encuanto te limpio.

Esses gritos...

Es Jacintho cobrando su vaca.

Vaca?

ali, en la Montaña del maíz, é costume que se un hombre o una mujer encontra su pareja con otra pareja en la cama deve ou não perdoar, mas tem o direito de exigir uma vaca como castigo pelo descaramento

o homem pequeno segurou as mãos de Blanca em silêncio, ¿Que pasó?

Não faça isso comigo... 

¿Cómo?

... não tenho onde enfiar uma vaca.

ela soltou suas mãos e fingiu um arremedo de desapontamento, ¡Tonto!... ¡Imbécil!

as naturalidades da vida são desta maneira, vem e vão com as ocasiões, não perdiam tempo com encenações, estavam abraçados, o cabo se acomodava de vez na montaria daquela mujer 

voltaria montanha abaixo em um outro dia, o dia de descer ia e vinha sem decisão tomada

depois do tempo passado, cada dia acostumando mais sua vida com a outra, o medo rondava, ora se aproximava ora se afastava, os olhos da minha irmão escureciam, sabia que o fim de tudo já estava na estrada, viajando com a notícia, ¿Por que un amante?

O que foi minha querida?

¿Por qué pienso en ti y te deseo a cada momento?

Não sei, amor. Eu quero o mesmo...

Creo que hacerlo con tantas ganas me hace sentir tu gusto.

Te quero, também.

Tu amor es como una adaga. Ya siento la soledad de la espera, la muerte anunciada.

a falta da esperança é como a vida derramada nas mãos, escapando entre os dedos


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