No se puede hacer la revolucion sin las mujeres
Livro Um
baitasar
Memórias
08 – mi ojos fingidos de dormidos
lembro daquela primeira noite do estranho acampado em nossa cabaña
eu ali, deitada, assustada, fingindo dormir, espreitava Blanca
e aquele estranho que nos mató iluminados por un pequeño tocón de
vela
mi corazón acelerava até estremecer e sair em galopes por minha
garganta, parecia um tambor enfeitiçado, pum pum pumpumpum...
pronto para sair pela boca pedindo ayuda
mi ojos fingidos de dormidos são sabiam, mas por certo
desconfiavam, minha irmã assentada em cima de su hombre fizera mais uma
escolha para su vida
mi boca em silêncio, eu toda comovida com tantas palavras trocadas en su ojos,
¿y
si todo eso no era más que un sueño?, os olhos inundando os olhos, as mãos agarrando-se nas
margens
guardo memória desta paisagem, minha irmã escolhendo o seu
jeito, separando o seu tempo das vontades del hombre, primeiro ele
pareceu fazer um muxoxo de dor, como um desassossego que precisa se desvelar,
romper para depois se arredondar num sorriso de confiança e entrega
nem que passe toda minha vida irei esquecer su voz de
contentamiento, o seu jeito de entregar querendo tudo
el hombre sentou na esteira, Blanca se aconchegou sobre seu colo, sentia a
naturalidade da vida se derramando toda líquida, um pântano de águas
ele foi empurrado para trás até ficar estendido, as ordens de
permanecer deitado chegavam pelos dedos mágicos da mulher em reboliço
o pelo emaranhado do cabo roçando na pele avermelhada hizo
sonreir a Blanca, os dentes pintados com cera de leite se mostravam
talvez, não mereça esa mujer atrevida com suas carnes
famintas
ella dijo, Nunca he montado a caballo, mas agora sentia gosto da montaria, sus ojos queimavam
os lábios avermelhados e úmidos beijavam atrevidos, sabia que as cercas só existem para os vivos, a mão do coração en el pelo negro de ese hombre, negros como as noites da coruja, deseja que ese hombre não sinta falta da aguardiente, mas de subir su montaña de maíz
precisa escapar do seu destino, oferecer-se para outra vida
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