No se puede hacer la revolucion sin las mujeres
Livro Um
baitasar
Memórias
ficou assim, parada e montada no silêncio, até que jogou os
seus cabelos longos para trás, passou a mão pelo rosto e juntou todos os fios
negros num rabo, deu três voltas em si mesmo e prendeu as pontas no cabelo enrolado, la sonrisa del hombre escapava
satisfeito, ojos que se miran y manos que vuelan, ela estava faceira, os caminhos estranhos deste mundo lhe haviam
entregado este hombre de cabelos finos e que ficava tão também de sombrero,
não havia como entender tantos mistérios, por ora, lhe
bastava subir em sua montaria de pelo eriçado e galopar entre el maíz dorado,
os braços abertos, dedos tocando de leve aquelas hastes erguidas de covas rasas
arriba en la Montaña, el viento caliente quemando su cara enrojecida,
suas águas lhe descendo como nunca antes aconteceu, levou as mãos ao fogo e as
devolveu aos olhos
manchadas, Hombre, estoy sangrando, Dói?, No... me
bejas de alegría, Agora, temos a nos unir um ao outro... tua primeira vez, ¿No
te causa enfado?,
Estou a sentir tuas águas, pouco importa a cor se não te incomoda, No me molesta, Fiquemos assim para sempre, Nada es para siempre, hombre. Acostúmbrate a dejarme porque yo te dejo a ti.
Blanca acomodou de vez na montaria de ese hombre, as curvas e retas
desenhando caminhos imaginários de fogacho e afobação, ela afundava toda
arreganhada, ese hombre todo perdido en su interior
uma intimidade que nunca tive em minha vida
¡Dios mio, no tengo como pagarle!, O que foi, Blanca?, Gemidos,
mi hombre. Solamente lamentos.
jamais senti assim meu corpo, despojado de todos os líquidos
que voltavam e voltavam e voltavam a se derramar, todos sus pedacitos que
este hombre tocó atiçavam vertigens insuportáveis de esa mujer
querer mais, queria escapar, tremia e pedia que parasse, gemia e suplicava que
continuasse, queria o que não podia mais, ¡Vaya hombre, no me dejes!
Eu te espero! Eu te espero!
a montaria empinava e continuava galopando aquela estrada
avermelhada, Blanca aparecia e desaparecia na estrada, seus cabelos
longo e negros revoloteando, una mujer montada em galopes pelos vientos
de la Montaña com seus vestidos obscenos de sangue e gozo, Gostas assim?
homens tolos e suas perguntas tolas
dizia que sim sem abrir os lábios, suas carnes ardiam como
aquele fogo de ventos e pântanos, ele sabia que sim, mas precisava escutar,
tolo, bem fundo e mais lento, em tudo ele queria estar vigilante, tolo,
empenhar-se até seu encantamento, e assim, preenchida de pernas abertas na
montaria, la mujer sintió las manos atrevidas de su hombre, apertando as
carnes macias das suas pernas, afastando e aproximando, subindo e caindo
de súbito, empinou-se toda, abriu os braços, levou as mãos
aos cabelos, abraçou a si mesma e estremeceu pela seiva do caule, deixou-se
cair deitada sobre o peito desacomodado de ese hombre sin aliento
ahogados
ficaram assim, escorrendo-se, desfiando-se... desaparecendo
desacordando, famintos de sono, esquecidos de ter os pés
abrazados
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Leia também:
Memórias - 01 a lua cheia
Memórias - 02 a servidão natural
Memórias - 03 um negócio inesgotável
Memórias - 04 la sina de papá
Memórias - 09 ¡vaya hombre, no me dejes!
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