sábado, 29 de abril de 2023

Memórias - 09 ¡vaya hombre, no me dejes!

No se puede hacer la revolucion sin las mujeres

Livro Um

baitasar

Memórias

09 – ¡vaya hombre, no me dejes!


ficou assim, parada e montada no silêncio, até que jogou os seus cabelos longos para trás, passou a mão pelo rosto e juntou todos os fios negros num rabo, deu três voltas em si mesmo e prendeu as pontas no cabelo enrolado, la sonrisa del hombre escapava satisfeito, ojos que se miran y manos que vuelan, ela estava faceira, os caminhos estranhos deste mundo lhe haviam entregado este hombre de cabelos finos e que ficava tão também de sombrero, um acaso ou um destino, ¿cómo saberlo?, pouco lhe importava

não havia como entender tantos mistérios, por ora, lhe bastava subir em sua montaria de pelo eriçado e galopar entre el maíz dorado, os braços abertos, dedos tocando de leve aquelas hastes erguidas de covas rasas arriba en la Montaña, el viento caliente quemando su cara enrojecida, suas águas lhe descendo como nunca antes aconteceu, levou as mãos ao fogo e as devolveu aos olhos

manchadas, Hombre, estoy sangrando, Dói?, No... me bejas de alegría, Agora, temos a nos unir um ao outro... tua primeira vez, ¿No te causa enfado?, Estou a sentir tuas águas, pouco importa a cor se não te incomoda, No me molesta, Fiquemos assim para sempre, Nada es para siempre, hombre. Acostúmbrate a dejarme porque yo te dejo a ti.

Blanca acomodou de vez na montaria de ese hombre, as curvas e retas desenhando caminhos imaginários de fogacho e afobação, ela afundava toda arreganhada, ese hombre todo perdido en su interior

uma intimidade que nunca tive em minha vida

¡Dios mio, no tengo como pagarle!, O que foi, Blanca?, Gemidos, mi hombre. Solamente lamentos.

jamais senti assim meu corpo, despojado de todos os líquidos que voltavam e voltavam e voltavam a se derramar, todos sus pedacitos que este hombre tocó atiçavam vertigens insuportáveis de esa mujer querer mais, queria escapar, tremia e pedia que parasse, gemia e suplicava que continuasse, queria o que não podia mais, ¡Vaya hombre, no me dejes!

Eu te espero! Eu te espero!

a montaria empinava e continuava galopando aquela estrada avermelhada, Blanca aparecia e desaparecia na estrada, seus cabelos longo e negros revoloteando, una mujer montada em galopes pelos vientos de la Montaña com seus vestidos obscenos de sangue e gozo, Gostas assim?

homens tolos e suas perguntas tolas

dizia que sim sem abrir os lábios, suas carnes ardiam como aquele fogo de ventos e pântanos, ele sabia que sim, mas precisava escutar, tolo, bem fundo e mais lento, em tudo ele queria estar vigilante, tolo, empenhar-se até seu encantamento, e assim, preenchida de pernas abertas na montaria, la mujer sintió las manos atrevidas de su hombre, apertando as carnes macias das suas pernas, afastando e aproximando, subindo e caindo

de súbito, empinou-se toda, abriu os braços, levou as mãos aos cabelos, abraçou a si mesma e estremeceu pela seiva do caule, deixou-se cair deitada sobre o peito desacomodado de ese hombre sin aliento

ahogados

ficaram assim, escorrendo-se, desfiando-se... desaparecendo 

desacordando, famintos de sono, esquecidos de ter os pés

abrazados


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