No se puede hacer la revolucion sin las mujeres
Livro Um
baitasar
Memórias
07 – lleno de deseo
el hombre Carbonel sentia vergonha, era um
invasor
levantava antes do amanhecer e caminhava entre las cabañas
de paja y adobe daquele povoado de paciência, um ex-estranho que chegou de
longe para ficar junto e que, por certo, carrega memórias da sua vila, sua
gente, parecidas ou não, mortas todos os dias por pequeños olvidos
o amanhecer chegando e as lamparinas se apagando junto com as
claridades del nuevo día que se anuncia
tanta falta de tudo e não sentia no ar o cheiro dos esgotos
das águas fétidas, la caca es abono para el suelo de maíz, não havia
trilhos en la tierra para o córrego das imundices, o cocô era enfiado
chão adentro, la madre de todas las tierras y aguas recebe tudo que lhe
fazemos com amor ou desprezo, é preciso escolher onde e como se desfazer
los perros não pareciam muito dispostos a montar guarda, moviam as
cabeças num balanceio de vai-e-vem para espantar las moscas detrás de las
orejas gachas, acostumadas com aqueles movimentos, dia após dia
manhãs após manhãs, los hombres de maíz começavam a
sair de sus chozas, um a um, moscas crescendo junto com o burburinho
abafado das chozas, o fogo amarelo e esbraseado do sol esvoaçando pelos chãos de
la tierra de esos hombres y mujeres descalzas y mugrientos
o moinho e a roda d’água não paravam, o fubá grosso e mimoso
seguia sendo apertado, a canjica e a pamonha eram fermentadas no fogão de
barro
el hombre fez meia-volta volver!
sentia saudades que não se cumpriam ali, olhava esses que
marcham para longe de sus mujeres, hijos y amigos
subiam la Montaña para os seus afazeres de viver e
morrer
as tarefas do soldado Carbonel estavam longe dali, num sítio na
planície das cidades, mas os prazeres del hombre enamorado estavam
esparramadas por toda esta montaña mágica
entrou en la choza procurando Blanca, caminhava
pelo chão de la tierra sobre uma trilha de palha entrelaçada, lá estava
ela, la mujer encantada com seus cabelos negros e longos
na sua volta, as palhas do milho domesticado que fora colhido
na haste
la mujer cantava e sorria, ¿Por que me micas?, Vejo a naturalidade da vida, ¿Qué es esso?
não respondeu
nada disse
enquanto se aproximava, parou ao seu lado, a perna toda tocando o ombro de Blanca,
ela ergueu la cabeza e enfrentou os olhos daquele hombre perdido
ele dobrou-se
agachado em frente de su mujer, ergueu as duas mãos para segurar aquele rosto apimentado, se llenó del deseo y la natividad de aquella Montaña
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Leia também:
Memórias - 01 a lua cheia
Memórias - 02 a servidão natural
Memórias - 03 um negócio inesgotável
Memórias - 04 la sina de papá
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