sábado, 6 de janeiro de 2024

Memórias - 04: ¡Hijo-de-puta!

No se puede hacer la revolucion sin las mujeres

Livro Dois

baitasar

Memórias

04 – ¡Hijo-de-puta!

dona Manuela, depois da crise do acordamento do casarão, ficava só na casa de pedra

nua

as vozes da casa se foram, ela adorava aquele silêncio, caminhava descoberta, sentia como se cada esquina ou aresta estivesse afagando e ruborizando sua ousadia, sua maneira de infringir e afrouxar-se

depois de visitar todas as frestas do casario, ela entrava lentamente na banheira, a boa vida não queria pressa, a água morna perfumada era o seu bem mais precioso quando alcançava sentir alguma vantagem naquele quarto de banho

ficava morneando

esquecida da filharada

deslembrada do porco espinho, lembrança que tinha do marido quando estavam agitados por confusão, Todo en esta vida tiene sus pros y sus contras.

repetia para si enquanto ele se metia apaixonado por sua mulher e a deixava maluca, Es un gran hijo de puta, quase sempre começava pelos dedos dos pés, Eu amo o que faço...

ele cuidava dos pés da dona Manuela como cuidava das mãos

ela adorava aquela língua peluda e tarada derrubando seus muros, torturando suas vontades, polindo seus pés, ¡Hijo-de-puta! 


___________________

Leia também:

Livro Um:
Memórias - 01: a lua cheia
Livro Dois:
Memórias - 04: ¡Hijo-de-puta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário