D. Quixote de la Mancha
Miguel de Cervantes
Vol 1
O Engenhoso Fidalgo
D. Quixote de la Mancha
Miguel de Cervantes
PRIMEIRA PARTE
LIVRO TERCEIRO
CAPÍTULO XV
LIVRO TERCEIRO
CAPÍTULO XV
Em que se conta a desgraçada aventura, que a D. Quixote ocorreu com uns desalmados
iangueses.
iangueses.
CONTA o sábio Cid Hamete Benengeli que assim que D. Quixote se despediu dos seus hospedeiros, e de todos os que se acharam ao enterro do pastor Crisóstomo, ele e o seu escudeiro se entranharam no mesmo bosque onde tinham visto desaparecer a pastora Marcela; e, havendo andado por ele passante de duas horas a procurá-la por todos os sítios, sem poderem dar com ela, chegaram a um prado cheio de viçosa erva, por onde corria um arroio fresco e deleitoso; tanto, que incitou e obrigou a passarem ali a hora da sesta, que já principiava de apertar.
Apearam-se; e, deixando o jumento e Rocinante à vontade pastar da muita verdura que por ali crescia, foram-se aos alforjes, e, sem cerimônia alguma, em boa paz e sociedade, amo e servo comeram do que neles acharam.
Não tratara Sancho de pear o Rocinante, em razão de o conhecer por tão manso e pouco rinchão, que todas as éguas da devesa de Córdova o não fariam desmandar-se. Ordenou pois a sorte, e o diabo (que nem sempre dorme), que andasse então por aquele vale pascendo uma manada de poldras galisianas de uns arrieiros iangueses, os quais têm por costume tomarem com suas récovas a sombra no verão em sítios mimosos de erva e água; e aquele onde acertou de estar D. Quixote era um desses.
Sucedeu que ao Rocinante apeteceu refocilar-se com as senhoras facas; e, saindo, apenas as farejou, do seu natural passo e costume, sem pedir licença ao dono, deu o seu trotezinho algum tanto picadete, e foi declarar a elas a sua necessidade. Elas, porém, que pelas mostras deviam ter mais vontade de pastar que de outra coisa, receberam-no com as ferraduras e à dentada, de modo que em breves audiências lhe rebentaram as silhas, e o deixaram sem sela e em pelo. O que porém mais o deveu magoar foi que, vendo os arrieiros que se lhes iam forçar as éguas, acudiram com arrochos; e tanta lambada lhe deram que o estenderam no chão numa lástima.
Já neste comenos D. Quixote e Saricho, que tinham visto a tunda de Rocinante, chegavam esbaforidos; e disse D. Quixote para Sancho:
— Pelo que vejo, amigo Sancho, estes não são cavaleiros; são gente soez e de baixa ralé. Digo-te, porque desta feita podes ajudar-me a tomar devida vingança do agravo, que diante dos nossos olhos se há feito a Rocinante.
— Que diabo de vingança havemos de tomar — respondeu Sancho — se eles são mais de vinte, e nós só dois, e bem pode ser que só um e meio?
— Eu valho por cem — respondeu D. Quixote.
E, metendo logo mão à espada, arremeteu aos iangueses, e o mesmo fez Sancho Pança, influído do exemplo do amo. Logo no primeiro rompante deu D. Quixote uma cutilada num, que lhe abriu um saio de couro que trazia vestido, e boa parte do ombro.
Os iangueses, que se viram investidos de dois homens sós, sendo eles tantos, tornaram-se aos bordões e, metendo aos dois no meio, começaram a malhar neles com grande afinco e veemência. A verdade é que, logo à segunda lambada, deram com Sancho em baixo, e o mesmo aconteceu a D. Quixote, sem lhe valer sua destreza e bom ânimo; e quis a sua sorte que viesse a cair aos pés de Rocinante, que ainda se não tinha erguido; por onde se vê a fúria, com que maçam bordões postos em mãos rústicas e enraivecidas.
Vendo pois os iangueses a má obra que tinham feito, tornaram a carregar a récova, e seguiram jornada, deixando aos dois aventureiros em pouco bom estado, e de estômago ainda pior.
O primeiro que deu sinal de si foi Sancho Pança, que, vendo perto o amo, lhe disse com tom de enfermo e lastimado:
— Senhor D. Quixote! ah senhor D. Quixote!...
— Que tens, Sancho mano? — respondeu D. Quixote com o mesmo tom afeminado e dorido de Sancho.
— Queria, se pudesse ser — respondeu este — que Vossa Mercê me desse dois golos daquela bebida do feio Brás, se a tem aí à mão; talvez seja tão boa para os ossos quebrados como para as feridas.
— Pois se eu aqui a tivesse, pobre de mim! que mais nos era preciso? — respondeu D. Quixote — Mas eu te juro, Sancho, palavra de cavaleiro andante, que, antes de passarem dois dias, se a fortuna não ordenar o contrário, ou a hei-de ter em meu poder, ou ruins mãos serão as minhas.
— E em quantos dias lhe parece a Vossa Mercê que poderemos mover os pés? — replicou Sancho Pança.
— De mim sei eu dizer — respondeu o moído cavaleiro D. Quixote — que não saberei acertar agora esse cômputo de dias. Mas a culpa de tudo isto tenho-a eu, que meti mão à espada contra homens que não eram armados cavaleiros como eu; pelo que entendo que, em pena de ter infringido as leis da cavalaria, é que o deus das batalhas permitiu que se me desse este castigo. Por isso, irmão Sancho, deves ter sempre bem presente o que te vou dizer, por interessar muito à saúde de ambos nós: em vendo que semelhante canalha nos faz algum agravo, não esperes até eu pôr mão à espada contra eles, porque o não farei de sorte alguma; mas desembainha tu logo a tua e regala-te de os castigar. Se em sua ajuda e defensa acudirem cavaleiros, então eu te saberei defender e ofendê-los com todo o meu poder, que já tens visto por mil sinais e experiências até onde chega o valor deste meu forte braço.
Tal ficara de arrogante o pobre fidalgo depois da vitória do valente biscainho!
Mas a Sancho é que não pareceu tão bem o conselho do amo, que deixasse de lhe replicar, dizendo:
— Senhor, eu sou homem pacífico, manso e sossegado, e sei disfarçar qualquer injúria, porque tenho mulher e filhos que manter e criar; e portanto fique a Vossa Mercê também de advertência, pois mando não pode ser, que de modo nenhum meterei mão à espada, nem contra vilão nem contra cavaleiro; e que daqui em diante Deus perdoe quantos agravos se me têm feito e se me hão-de fazer, embora mos tenha feito, faça ou haja de fazer pessoa alta ou baixa, rico ou pobre, fidalgo ou mecânico, sem excetuar nenhum estado nem condição.
Ouvindo o amo aquilo, respondeu:
— Quisera ter forças para poder falar com algum descanso, e que a dor que tenho nestas costelas se me aplacasse, para te eu dar a entender, Pança, o erro em que estás. Vem cá, pecador; se o vento da fortuna, tão contrário até aqui, vira de rumo para nos favorecer, enchendo-nos as velas do desejo, para que seguramente, e sem contraste algum, aportemos em algumas das ilhas que já te prometi, que seria de ti se, ganhando-a, eu te fizesse senhor dela? pois hás-de tu mesmo impossibilitar-me de o realizar, por não seres armado cavaleiro nem quereres sê-lo, nem teres valor nem tenção de vingar as tuas injúrias, e defender os teus domínios?! porque hás-de saber que nos reinos e províncias recém-conquistadas nunca os ânimos dos seus naturais estão sossegados, nem tão favoráveis ao novo senhor, que se não tema alguma novidade para se alterarem de novo as coisas, e se tornar, como dizem, a tentar de novo fortuna; e portanto é necessário que o novo possessor tenha entendimento para se saber governar, e valor para ofender e defender-se em qualquer contingência.
— Nisto que nos agora aconteceu — tornou Sancho — quisera eu ter tido esse entendimento e esse valor que Vossa Mercê diz; mas eu lhe juro, à fé de pobre homem, que mais estou eu para emplastros, que para arrazoados. Olhe Vossa Mercê se se pode levantar, e ajudaremos ao Rocinante a pôr-se em pé (ainda que bem pouco o merece por ter sido o causador desse barulho). Nunca tal esperei de Rocinante; tinha-o por pessoa casta, e tão pacífica de si como eu próprio. Enfim, bem dizem lá que é preciso muito tempo para se acabar de conhecer os indivíduos, e que não há coisa segura nesta vida. Quem havia de dizer que atrás daquelas tão grandes cutiladas, como as que Vossa Mercê deu naquele desgraçado cavaleiro andante, nos havia de vir pela porta, e no alcance, este temporal tamanho de pauladas que nos desabou nos espinhaços?
— Ainda o teu, Sancho — replicou D. Quixote — deve estar acostumado a borrascas destas; porém o meu, criado entre esguiões e holandas finas, claro está que há-de sentir mais a dor desta desgraça; e se não fosse por imaginar (que digo? imaginar!) por saber, que todos estes descômodos andam muito anexos ao exercício das armas, aqui me deixara morrer de pura vergonha.
Respondeu o escudeiro:
— Senhor meu, já que estas desgraças são fruto da cavalaria, diga-me Vossa Mercê se costuma haver muitas sáfaras delas, ou se têm suas estações fora das quais se não apanham; porque a mim me parece que, depois de duas colheitas assim, já nos podemos dar por dispensados para terceira, se Deus com sua infinita misericórdia nos não socorre.
— Sabe, amigo Sancho — respondeu D. Quixote — que a vida dos cavaleiros andantes está sujeita a mil perigos e desventuras, assim como, nem mais nem menos, estão eles também sempre em contingências muito próximas de subirem a Reis e Imperadores, como a experiência o tem mostrado em diversos e muitos cavaleiros, de cujas histórias eu tenho inteira notícia. Pudera contar-te agora, se a dor me desse vaga, de alguns que, só pelo valor do seu braço, têm subido aos altos estados que te disse; e esses mesmos se viram, antes e depois, em diversas calamidades e misérias; porque o valoroso Amadis de Gaula caiu em poder do seu mortal inimigo Arcalau o encantador, a respeito do qual se tem por averiguado que, tendo-o preso e atado numa coluna de um pátio, lhe deu para cima de duzentos açoites com as rédeas do seu cavalo; e até há um autor secreto de não pequeno crédito, que diz que, tendo o cavaleiro del Febo topado em certo alçapão que se lhe abriu debaixo dos pés em certo castelo, ao cair se achou numa profunda cova subterrânea atado de pés e mãos; e ali lhe deram um destes clisteres que chamam de água de neve e areia, que o deixou nas últimas; e se não fora socorrido naquela grande tribulação por um grande sábio seu amigo, muito mal iria ao pobre cavaleiro. Portanto, Sancho, por onde tanta gente boa tem passado, bem posso passar eu também. Maiores foram os impropérios por eles curtidos, que estes nossos agora. Hás-de saber, Sancho, que as feridas que afrontam não são as que se fazem com os instrumentos que se acham à mão; o que se contém na lei dos duelos escrito por estes próprios termos: que se o sapateiro dá noutrem com a forma que na mão tem, posto que ela seja realmente de pau, nem por isso se dirá que levou paulada aquele em quem deu. Digo isto para que não cuides que, se bem saímos desta pendência moídos, ficamos por isso afrontados; porque as armas que traziam aqueles homens, e com que nos machucaram, não eram outras senão os seus bordões; e nenhum deles (se bem me lembra) continha estoque, espada, nem punhal.
— A mim não me deram vagar — respondeu Sancho — para reparar nisso, porque apenas meti mão à minha tisona, quando logo me benzeram os lombos com os paus, por modo que se me foi o lume dos olhos e a força dos pés, pregando comigo onde agora jazo; e pouco me importa saber se foram afronta, ou não, as bordoadas; o que me importa são as dores delas, que hão-de ficar tão impressas na memória, como no espinhaço.
— Com tudo isso, sabe, irmão Pança — replicou D. Quixote — que não há lembrança que se não gaste com o tempo, nem dor que por morte não desapareça.
— E pois, que desgraça pode haver maior — replicou Sancho — que a que só o tempo cura, e só a morte acaba? Se este nosso contratempo fora daqueles que se curam com um par de emplastros, ainda não fora tão mau, mas já vou vendo que nem todos os emplastros de um hospital hão-de bastar para nos pôr sequer a bom caminho.
— Deixa-te disso, e faze das fraquezas forças, Sancho — respondeu D. Quixote — que assim farei eu também; e vejamos como está o Rocinante que, ao que me parece, o coitado não apanhou menor quinhão que nós outros.
— Não admira — respondeu Sancho — por isso é também andante; o que a mim me espanta é que o meu jumento escapasse com as costas inteiras, donde nós outros trouxemos quebradas as costelas.
— Nas desgraças — respondeu D. Quixote — sempre a ventura deixa uma porta aberta para remédio; e digo assim, porque esta bestiaga nos poderá agora suprir a falta de Rocinante, levando-me daqui para algum castelo, onde seja curado das feridas; e nem por isso haverei por desonra tal cavalgadura, porque me lembro de ter lido que aquele bom velho de Sileno, aio e pedagogo do alegre deus da folgança, quando entrou na cidade das cem portas ia muito a seu gosto escarranchado num formosíssimo asno.
— Iria escarranchado como Vossa Mercê diz — respondeu Sancho — porém é muito diferente ir escarranchado, de ir atravessado como uma sacada de trapos velhos.
Ao que D. Quixote respondeu:
— As feridas que nas batalhas se recebem antes dão honra do que a tiram; e assim, Pança amigo, não me repliques mais; e, segundo já te disse, levanta-te como puderes, e põe-me do modo que melhor te parecer em cima do teu jumento. Vamo-nos daqui antes que a noite chegue e nos apanhe neste despovoado.
— Pois eu não ouvi dizer a Vossa Mercê — disse Pança — que era muito próprio de cavaleiros andantes o dormirem nos andurriais e desertos o mais do ano, e que eles o reputavam por grande ventura?
— Isso é — disse D. Quixote — quando de outro modo se não pode, ou quando estão enamorados; e é tão verdade isto, que tem havido cavaleiro que esteve sobre uma penha ao sol, à sombra, e às inclemências do tempo, dois anos, sem que o soubesse sua senhora; e um deles foi Amadis, quando, chamando-se Beltenebrós, se alojou na Penha-pobre não sei se oito anos, ou oito meses (da conta é que não estou bem certo); basta que esteve ali fazendo penitência por não sei que desgosto que lhe deu a senhora Oriana. Mas deixemos já isto, Sancho, e conclui antes que suceda ao jumento alguma outra desgraça como a de Rocinante.
— Essa fora do diabo — disse Sancho.
E, despedindo trinta ais, sessenta suspiros, e cento e vinte “más horas” e “t’arrenegos” contra quem ali o trouxera, lá se foi levantando derreado e curvo como arco turquesco, sem poder acabar de endireitar-se; e com todo este trabalho aparelhou o seu asno, que também tinha andado seu tanto distraído com a demasiada liberdade daquele dia.
Depois levantou a Rocinante, o qual, se tivera língua com que se queixar, à fé que nem Sancho nem seu amo seriam capazes de lhe tapar a boca.
Em conclusão: Sancho acomodou ao fidalgo sobre o asno, e, prendendo-lhe o Rocinante pela arreata, e levando o asno pelo cabresto, se dirigiu por onde pouco mais ou menos lhe pareceu que devia ir a estrada real. A sorte, que as suas coisas ia encaminhando de bem a melhor, ainda não tinham andado uma pequena légua, quando lhes deparou o caminho; nele descobriram uma venda, que, a pesar seu, e a contento de D. Quixote, devia ser um castelo.
Sancho porfiava que era venda, e seu amo que não, porém castelo; e tanto durou a teima, que antes de se acabar, lhes deu tempo de chegarem lá. Entrou Sancho, sem mais averiguação, com toda a sua récua.
continua página 87...
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__________________
D. QUIXOTE
VOL. I
Cervantes
D. Quixote de La Mancha — Primeira Parte
(1605)
Miguel de Cervantes [Saavedra]
(1547-1616)
Tradução:
Francisco Lopes de Azevedo Velho de Fonseca Barbosa Pinheiro Pereira e Sá Coelho (1809- 1876) Conde de Azevedo
Antônio Feliciano de Castilho (1800-1875)
Visconde de Castilho
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Fonte Digital
Digitalização da edição em papel de Clássicos Jackson, Vol. VIII Inclusões das partes faltantes confrontadas com a edição em espanhol da eBooksBrasil.com
(1999, 2005)
Copyright
Autor: 1605, 2005 Miguel de Cervantes
Tradução Francisco Lopes de Azevedo Velho de Fonseca Barbosa Pinheiro Pereira e Sá Coelho
António Feliciano de Castilho
Capa: Honoré-Victorin Daumier (1808-1879)
Retrato de Cervantes: Eduardo Balaca (1840-1914)
Edição: 2005 eBooksBrasil.com
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