"Vingança" (1972)´
Lupicínio Rodrigues canta uma música que ele próprio compôs, "Vingança", num programa da TV Cultura de 1972. (Fonte: "Arquivo N" da Globo News)
Eu gostei tanto
Tanto quando me contaram
Que a encontraram
Bebendo e chorando
Na mesa de um bar
E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz
Não lhe deixou falar
Mas eu gostei tanto
Tanto, quando me contaram
Que tive mesmo de fazer esforço
Para ninguém notar
O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Ela deve estar bem consciente
Do que praticou
Me fazer passar esta vergonha
Com um companheiro
E a vergonha
É a herança maior que meu pai me deixou
Mas, enquanto houver força no meu peito
Eu não quero mais nada
E pra todos os santos
Vingança, vingança
Clamar
Ela há de rolar qual as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Para poder descansar
"Nervos de aço"
Lupicínio & Paulinho da Viola
Eu gostei tanto
Tanto quando me contaram
Que a encontraram
Bebendo e chorando
Na mesa de um bar
E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz
Não lhe deixou falar
Mas eu gostei tanto
Tanto, quando me contaram
Que tive mesmo de fazer esforço
Para ninguém notar
O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Ela deve estar bem consciente
Do que praticou
Me fazer passar esta vergonha
Com um companheiro
E a vergonha
É a herança maior que meu pai me deixou
Mas, enquanto houver força no meu peito
Eu não quero mais nada
E pra todos os santos
Vingança, vingança
Clamar
Ela há de rolar qual as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Para poder descansar
Lupicínio Rodrigues (1914–1974) foi um importante compositor e cantor brasileiro. Suas composições o consagram como um nome referencial na formação da música popular brasileira da primeira metade do século XX, destacando-o como um dos principais representantes do samba-canção.
"Nervos de aço"
Lupicínio & Paulinho da Viola
O samba-canção "Nervos de Aço", de Lupicínio Rodrigues, foi lançado originalmente em 1947 pelo cantor e compositor Francisco Alves, conhecido como O Rei da Voz e falecido em 1952 num acidente de carro na via Dutra. Em pouco tempo, a canção se tornaria um clássico de seu repertório e da própria música popular brasileira. Vale lembrar que Chico Alves foi o primeiro a gravar, em 1948, "Esses moços" (Pobres moços), outro clássico de Lupicínio.
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um tipo qualquer?
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do meu pode ser?
Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, é despeito, amizade ou horror
Eu só sinto é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um tipo qualquer?
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do meu pode ser?
Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 16 de setembro de 1914. Ele compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muitos sentimentos, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo “dor-de-cotovelo”, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo e chora pela perda da pessoa amada.
"Cadeira vazia"
Elis Regina - (Lupicínio Rodrigues / Alcides Gonçalves)
Lupicínio buscou inspiração em sua própria vida, onde a traição e o amor andavam sempre juntos. Ele frequentemente foi abandonado pelas mulheres, e essa experiência pessoal refletiu em suas canções.
Durante sua vida, Lupicínio Rodrigues nunca morou fora do Rio Grande do Sul e raramente se afastava de seu estado por períodos prolongados. Ele viveu na antiga Ilhota, um núcleo de concentração da população negra em Porto Alegre. Boêmio, ele foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música.
"Felicidade" (1974)
Caetano Veloso
Como torcedor do Grêmio, Lupicínio compôs o hino tricolor em 1953:
“Até a pé nós iremos, para que der e vier. Mas o certo é que nós estaremos com o Grêmio onde o Grêmio estiver.”
Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube. Lupicínio deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas, além de outras centenas que compôs e foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate. Ele está sepultado no Cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre.
"Esses moços"
Gilberto Gil e Rildo Hora - (Lupicínio Rodrigues)
Em 21 de agosto de 1974, Lupicínio foi internado no Hospital Ernesto Dornelles devido a uma insuficiência cardíaca, doença que provocou sua morte pouco menos de uma semana depois, no dia 27.
Em 4 de novembro de 2014, a Câmara Municipal de Porto Alegre concedeu o título in memoriam de Cidadão Emérito de Porto Alegre a Lupicínio Rodrigues.
Especial Lupicínio Rodrigues - O Amor deve ser Sagrado
O cantor Zé Renato é quem comanda a atração. Ele recebe músicos renomados e jovens talentos da MPB: Ney Matogrosso, João Bosco, Dori Caymmi, Léo Gandelman, Júlia Vargas, Iara Ferreira e João Cavalcanti.
Intimista, o especial conta com os clássicos sambas do tipo "dor de cotovelo", como o próprio Lupicínio os chamava: Quem há de dizer; Esses moços; Nervos de aço; Nunca; Vingança; Se acaso você chegasse; Cadeira vazia; Volta; Maria Rosa; Aves daninhas; Exemplo; Fuga; e uma das mais famosas, a canção Felicidade. As gravações aconteceram no teatro do Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, no Rio de Janeiro.
Para Zé Renato, “Lupicínio é um grande melodista. Ele tem esse jeito de contar a vida dele através da música e consegue transformar tudo isso em poesia com um refinamento melódico muito grande. E cada artista, no show, vai passar com sensibilidade essa história de Lupicínio.”
Intérpretes como Jamelão, Elza Soares, Elis Regina, Paulinho da Viola, Ciro Monteiro, Francisco Alves, Caetano Veloso, e Gal Costa já gravaram canções de Lupicínio Rodrigues, que saiu de cena em 27 de agosto de 1974.
Nascido em Porto Alegre, em 16 de setembro de 1914, Lupicínio preferiu os temas soturnos da desilusão, da saudade e do abandono. Seu centenário é a celebração da vida de um dos mais inquietos e originais criadores do Brasil, que, para compor, utilizava-se de assovios e casos de amor.
Direção e Criação: Locca Faria
Direção Musical: Zé Renato
Arranjos: João Carlos Coutinho e Zé Renato
Produção: Visom Digital
Realização: TV Brasil
Repertório e intérpretes:
Esses moços, Quem há de dizer, Fuga, Exemplo: Zé Renato
Nervos de Aço: Ney Matogrosso
Se acaso você chegasse: João Bosco
Ave Daninhas: Júlia Vargas
Maria Rosa: João Cavalcanti
Cadeira vazia: Ney Matogrosso e Zé Renato
Volta: Iara Ferreira
Nunca: Dori Caymmi
Vingança: João Bosco
Felicidade: todos os cantores
http://tvbrasil.ebc.com.br/especiaist...
LUPICÍNIO RODRIGUES - CONFISSÕES DE UM SOFREDOR
Direção e Criação: Locca Faria
Direção Musical: Zé Renato
Arranjos: João Carlos Coutinho e Zé Renato
Produção: Visom Digital
Realização: TV Brasil
Repertório e intérpretes:
Esses moços, Quem há de dizer, Fuga, Exemplo: Zé Renato
Nervos de Aço: Ney Matogrosso
Se acaso você chegasse: João Bosco
Ave Daninhas: Júlia Vargas
Maria Rosa: João Cavalcanti
Cadeira vazia: Ney Matogrosso e Zé Renato
Volta: Iara Ferreira
Nunca: Dori Caymmi
Vingança: João Bosco
Felicidade: todos os cantores
http://tvbrasil.ebc.com.br/especiaist...
LUPICÍNIO RODRIGUES - CONFISSÕES DE UM SOFREDOR
| Trailer Oficial
LUPICÍNIO RODRIGUES: CONFISSÕES DE UM SOFREDOR
LUPICÍNIO RODRIGUES: CONFISSÕES DE UM SOFREDOR
| Entrevista com diretor
O cineasta Alfredo Manevy conta histórias do compositor Lupicínio Rodrigues presentes no documentário biográfico que leva o nome do músico e o subtítulo "Confissões de um Sofredor"
O cineasta Alfredo Manevy conta histórias do compositor Lupicínio Rodrigues presentes no documentário biográfico que leva o nome do músico e o subtítulo "Confissões de um Sofredor"