terça-feira, 12 de novembro de 2019

Pequena Memória para um tempo sem Memória

Gonzaguinha





Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens









Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória
Gonzaguinha



Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias


São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens


São sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Dessa crença num enorme coração


Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas


Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os heróis


São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue


Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha
Quem espera, nunca alcança


Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará

Ê eu, não posso esquecer
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta




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