Tio Vania
Anton Chekhov
VOINITZKII, SONIA, sentados, e ELENA ANDREEVNA, andando pelo palco em uma atitude pensativa.
VOINITZKII. -A professora manifestou o desejo de que todos nos encontremos aqui, nesta sala, hoje à uma hora. (Checando o relógio) Faltam quinze para agora ... Ele quer revelar algo ao mundo!
ELENA ANDREEVNA. -Será certamente um problema.
VOINITZKII. "Ele não tem negócios!" Você acabou de escrever bobagens, rosnar, ficar com ciúmes e parar de contar!
SONIA. - (Em tom de reprovação.) Tio! ...
VOINITZKII. "Bem, bem ... desculpe!" (Apontando para ELENA ANDREEVNA .) Admire-a! Venha, e a preguiça a faz cambalear! ... Que lindo ... que lindo que é!
ELENA ANDREEVNA. -O dia inteiro você passa zumbindo, você zumbindo! ... Como você pode não se cansar? (Com tristeza.) Estou morrendo de tédio! ... Não sei o que fazer!
SONIA. - (encolhendo os ombros.) Será que não há nada a fazer? É tudo uma questão de você querer fazê-los! ...
ELENA ANDREEVNA. -Por exemplo?
SONIA. - Cuidar da casa, ensinar crianças, cuidar dos doentes e muitas outras coisas ... Quando você e papai não estavam aqui, tio Vânia e eu íamos pessoalmente ao mercado vender a farinha.
ELENA ANDREEVNA. -Eu não sei fazer isso e, além disso, não é interessante. Só nos romances idealistas as crianças são ensinadas e os "mujiks" assistidos ... Como posso ... assim, não vou cuidar de ninguém e não ensinar?
SONIA. -Bem, por outro lado, o que eu não entendo é não ir e não ensinar ... Espera, você vai adquirir o hábito. (Abraçando-a) Não fique entediada, minha querida! (Rindo.) Você fica entediada e não sabe o que fazer de si ... e o fato é que o tédio, assim como a ociosidade, contagiam! ... Olha, o tio Vânia não faz mais do que te seguir como uma sombra., e, quanto a mim ..., abandono meu negócio e corro aqui para conversar com você. Como me tornei preguiçosa! ... O Dr. Mikhail Lvovich raramente vinha nos ver antes - uma vez por mês no máximo - e sua visita era difícil de obter; mas agora ... ele deixou de lado suas florestas e seus remédios, e ele vem todos os dias. Você com certeza é uma bruxa.
VOINITZKII. -Por que ela está definhando assim? (Em tom animado.) Minha querida! ... Linda! ... Seja boazinha! ... O sangue Ondine corre nas suas veias! Seja real! ... Permita-se a liberdade, mesmo que apenas uma vez na vida! Apaixone-se pelo pescoço de algum Netuno e mergulhe de cabeça no redemoinho para que você possa deixar o professor “Herr” e todos nós de boca aberta!
ELENA ANDREEVNA. - (Com raiva.) Deixe-me em paz! ... É cruel! (Ela está prestes a sair.)
VOINITZKII. - (Fechando caminho.) Pois bem! ... Perdoe-me, alegria da minha vida! Perdão! (Beijando sua mão) Paz!
ELENA ANDREEVNA. "Você deve admitir que até mesmo um anjo ficaria sem paciência!"
VOINITZKII. -Em sinal de paz e harmonia, vou trazer um buquê de rosas. Esta manhã fiz para você! ... Rosas de outono! ... Rosas maravilhosas e tristes! ... (Sai.)
SONIA. - Rosas de outono! ... Lindas rosas tristes! (Ambas olham pela janela.)
ELENA ANDREEVNA. -Já estamos em setembro! Vamos ver como passaremos o inverno aqui! (Pausa.) Onde está o médico?
SONIA. -No quarto do tio Vania. Escrevendo algo ... Que bom que o tio Vania foi embora ... Preciso falar com você.
ELENA ANDREEVNA. -De que?
SONIA. -De quê? ... (Aproxima-se dela e encosta a cabeça no peito dela.)
ELENA ANDREEVNA. -Wow, whoa! ... (Endireitando o cabelo.) Whoa! ...
SONIA. -Sou feia!
ELENA ANDREEVNA. -Você tem um cabelo lindo.
SONIA. -Não! ... (Virando a cabeça para se olhar no espelho.) Quando uma mulher é feia, dizem-lhe estas coisas: «Tens lindos cabelos» ... «Tens lindos olhos» ... Há seis anos que o amo! ... Amo-o mais do que a meu pai! ... O tempo todo ouço a sua voz, sinto a pressão da sua mão, e se olho para a porta, fico no suspense Bem, acho que ele vai entrar! ... Viu? ... Eu sempre vou até você para falar dele! ... Agora ele vem todo dia, mas não olha pra mim .. ., ele não me vê! Que sofrimento! ... Não tenho esperança! ... Não! ... Não! ... (Com sotaque desesperado.) Meu Deus! ... Dá-me forças! ... Passei a noite toda rezando! ... Às vezes me aproximo dele, falo com ele, olho em seus olhos ... Não tenho mais orgulho nem controle sobre eu! ... Ontem, não podendo resistir mais, confessei ao tio Vânia que o amo! ... Todos os criados sabem que eu o amo! ... Todos sabem disso!
ELENA ANDREEVNA. -E ele?
SONIA. -Não. Ele nem me nota.
ELENA ANDREEVNA. - (Pensativa.) Ele é um homem estranho ... Sabe de uma coisa? ... Você vai me deixar falar com ele. Vou fazer com muito cuidado ..., usando insinuações ... (Pausa.) Sério: quanto tempo vamos viver, senão, na ignorância disso? ... Deixa! ( SONIA acena com a cabeça.) Ótimo então! Se ele te ama ou não, não será tão difícil descobrir ... Não se preocupe, pipoca ... Vou perguntar com muito cuidado, e ele nem vai notar. Só precisamos saber se é 'sim' ou se é 'não' ... (Pausa.) E se for 'não', não precisa voltar por aqui. ( SONIA acena com a cabeça novamente.)Não vê-lo é mais fácil! ... O que a gente não vai fazer é deixar para depois. Vamos perguntar a ele agora mesmo ... Parece que ele pretende me mostrar alguns planos traçados por ele, então vá e diga a ele que quero vê-lo.
SONIA. - (Presa de forte agitação.) Você vai me contar toda a verdade?
ELENA ANDREEVNA. -Claro que sim! Eu entendo que a verdade - seja ela qual for - nunca é tão assustadora quanto a incerteza ... Acredite em mim, pipoca!
SONIA. -Sim Sim...! Direi a ele que você quer ver seus planos! ... (Ela vai até a porta; mas, antes de entrar, faz uma pausa) Não! ... A incerteza é melhor! ... menos esperança! ...
ELENA ANDREEVNA. -O que aconteceu?
SONIA. -Nada. (Sai.)
ELENA ANDREEVNA. - (Sozinha.) Não há nada pior do que saber o segredo de outra pessoa e não poder ajudar. (Pensativa.) Ele não a quer, isso é claro ...; mas por que ele não deveria se casar com ela afinal? ... Ela é feia; mas para um médico rural dos anos dele, seria uma mulher maravilhosa ... Ela é inteligente e tão boa, além disso ..., tão pura! ... Não, não é isso ... (Pausa.) Eu entendo essa pobre menina! ... No meio desse tédio atroz, vendo manchas cinzentas vagando ao seu redor, em vez de pessoas; sem ouvir mais do que vulgaridades, ou fazer mais do que comer, beber, dormir ...! A aparência de um homem como ele, diferente dos outros, bonito, interessante, atraente, é a mesma de quando uma lua límpida emerge das trevas! ... Para sucumbir ao encanto de tal homem! ... Para esquecer! ... Parece que também estou um pouco apaixonada por ele ... Sim ... estou entediada sem sua companhia, e agora sorrio lembrando-o ... Tio Vânia diz que sangue ondina corre nas minhas veias ... «Permita-se agir livremente, mesmo que apenas uma vez na vida!» ... Bem, o quê? ... Talvez eu tenha que fazer assim! ... Voe daqui, livre como o pássaro, longe de todos vocês! ... de seus rostos sonolentos,
ASTROV. - (Entrando com um mapa na mão) Bom dia. (Aperta a mão dela.) Você queria ver meus desenhos?
ELENA ANDREEVNA. -Ontem você prometeu me mostrar o trabalho que estava fazendo. Você tem tempo livre?
ASTROV. "Oh, certamente!" (Espalhando o cartograma sobre a mesa e fixando-o com tachinhas.) Onde você nasceu?
ELENA ANDREEVNA. - (Ajudando-o.) Em Petersburgo.
ASTROV. -E onde você fez seus estudos?
ELENA ANDREEVNA. -No conservatório.
ASTROV. -Isso pode não ser interessante para você.
ELENA ANDREEVNA. -Por quê? ... É verdade que não conheço muito a área, mas li tanto sobre ela ...
ASTROV. -Nesta casa tenho minha mesa instalada, no quarto de Ivan Petrovich. Quando estou muito cansado ... enfadonho ... largo tudo e corro para cá, onde me divirto com isso por mais ou menos uma hora. Enquanto Iván Petrovich e Sonia clicam no «ábaco», sento-me ao lado dele, à minha mesa, e começo a borrar ... O críquete canta e me encontro muito agradavelmente, muito calmo ... Só este gosto eu consigo me dê frequentemente! ... No máximo, uma vez por mês! (Mostrando a ela o cartograma.)Agora olhe para isso. É a imagem que a nossa região apresentava há cinquenta anos ... O verde -no escuro e claro- representa a floresta e chega a cobrir metade da superfície ... Aqui, por este verde onde há uma rede vermelha, ali eram bordos, cabras ..., e, finalmente ..., a fauna e os gritos. Este lago estava cheio de cisnes, gansos, patos, e havia pássaros como os velhos dizem para pegar e ir embora. Eles voaram das aldeias e para as aldeias; de toda uma série de pequenas fazendas, ermidas, moinhos hidráulicos ... Havia muito gado com chifres, além de cavalos. Isso é indicado pelo azul celeste. Neste cantão, por exemplo, onde a cor se intensifica, abundam as coudelarias: três cavalos por casa. (Pausa.) Agora, olhe abaixo. Isso é o que existia há vinte e cinco anos. Aqui, a floresta cobre apenas um terço da superfície. Não há mais cabras, mas há bordos. Como você pode ver, as cores verde e azul celeste estão esmaecendo, e assim por diante, e assim por diante ... Agora vamos passar para a terceira parte: a imagem que nossa região apresenta hoje. A cor verde já não é uma coisa unida, mas, aqui e ali, tem algumas manchas, e os bordos, os cisnes e os galos desapareceram ... Das pequenas quintas, ermidas, moinhos, não resta um vestígio. O quadro, portanto, apresenta, em geral, uma degeneração gradual, mas real, que certamente faltará uns dez ou quinze anos para ser completa. Você vai me dizer que essa é a influência da cultura, já que a velha vida tem que dar lugar à nova. Eu entendo sim ..., mas só no caso de que, ao invés dessas florestas exterminadas, houvesse estradas, ferrovias ... Se houvesse fábricas, escolas ... Se as pessoas fossem mais saudáveis, mais ricas e mais inteligentes ... Mas aqui não acontece nada parecido . Na região continuam os mesmos pântanos, os mesmos mosquitos ... Continua a mesma falta de estradas e há, como antes, pobreza, tifo, difteria, incêndios ... É, portanto, um caso de degeneração causado por uma luta pela existência superior às forças. Degeneração por inércia, por ignorância, por inconsciência ... O homem doente, faminto e frio, para salvar o que restou de sua vida, para salvar seus filhos, instintivamente apodera-se de tudo que pode ajudá-lo a acalmar a fome, a se aquecer, e destrói tudo sem pensar no amanhã ...(Friamente.) Posso ver em seu rosto que você não está interessada nisso.
ELENA ANDREEVNA. -Eu entendo tão pouco sobre isso! ...
ASTROV. -Não há nada para entender. A questão é que simplesmente não é interessante.
ELENA ANDREEVNA. -Se eu tiver que ser franca, vou te dizer que meus pensamentos estão tão ocupados com outra coisa ... Me perdoe ... mas eu tenho que te colocar um pouco de questionamento ... Eu me sinto tão envergonhada por não ' não sei como começar ...
ASTROV. - Para um interrogatório?
ELENA ANDREEVNA. -Para um interrogatório, sim ... Só bastante inocente. Vamos sentar. (Ambos se sentam.) Falaremos como pessoas honestas falam, como amigos, sem rodeios. Vamos conversar e depois esquecer o que conversamos.
ASTROV. -De acordo.
ELENA ANDREEVNA. -É sobre minha enteada Sonia. Você gosta dela?
ASTROV. -Sim. Tenho grande estima por ela.
ELENA ANDREEVNA. -E como mulher ... você gosta?
ASTROV. - (Sem responder imediatamente.) Não.
ELENA ANDREEVNA. "Mais duas ou três palavras e pronto: você não notou nada?"
ASTROV. -Em nada.
ELENA ANDREEVNA. - (Pegando a mão dele.) Você não a quer. Eu li em seus olhos. Ela sofre ... Entenda, e pare de vir para cá.
ASTROV. -Meus anos se passaram ... Além do mais, não tenho tempo. (Encolhendo os ombros.) Que horas são? (Ele parece confuso.)
ELENA ANDREEVNA. "Ah, que conversa desagradável! ... Estou tão agitada como se tivesse carregado nos ombros uma carga de mil" pudins "... Bem ... Graças a Deus terminamos. Vamos esquecer tudo - como se não tivéssemos falado - e ir embora! ... Você é um homem inteligente, e vai entender ... (Pausa.) Até fiquei toda vermelha!
ASTROV. Se uns dois meses atrás eu tivesse dito isso ... talvez eu tivesse pensado, mas agora ... (Encogién dose de ombros.) Claro , se ela sofre ... então! ... A única coisa que eu não sinto entender é o seguinte: que necessidade você teve de me questionar? (Olhando nos olhos dela, ameaçando-a com o dedo.) Você é desonesta!
ELENA ANDREEVNA. -O que quer dizer com isso?
ASTROV. - (A rir) Desonesta! ... Suponhamos que, de fato, Sónia sofra, o que estou disposto a admitir. Qual é o propósito do seu interrogatório? (Impedindo-a de falar e aumentando o tom.) Não fique surpresa! Você sabe muito bem porque venho aqui todos os dias! Por que e para quem eu venho, é algo que você conhece perfeitamente! ... Defiler querida ..., não me olhe assim! Sou um velho pardal!
ELENA ANDREEVNA. - (Espantado.) Necrófago? ... Não entendo nada!
ASTROV. -Beijo legal! Você precisa de vítimas! ... Estou aqui há um mês sem trabalhar, tendo abandonado tudo! ... Você gosta muito disso! ... Mas bem ... Estou derrotado ... É uma coisa que eu sabia sobre de antemão, sem a necessidade de questionamento. (Cruzando os braços sobre o peito e abaixando a cabeça.) Eu desisto. Toma! Coma-me
ELENA ANDREEVNA. -Você ficou louco?
ASTROV. - (Entre os dentes cerrados, rindo) Ela é tímida.
ELENA ANDREEVNA. -Ah! ... Saiba que sou melhor e mais alta do que você pensa! Eu juro! (Tenta sair.)
ASTROV. - (Fechando seu caminho.) Eu vou embora hoje. Não voltarei a frequentar esta casa, mas ... (Pega-lhe na mão e olha em volta.) Onde nos encontraremos? ... Responda em breve: onde? ... Alguém pode entrar. (Apaixonadamente.) Você é maravilhosa! Um beijo! Basta beijar seu cabelo perfumado!
ELENA ANDREEVNA. -Eu juro...
ASTROV. - (Sem deixá-la falar.) Por que jurar? Não deves xingar! ... Também não precisas de palavras supérfluas! ... Oh, que linda você é! Que mãos! (Ele as beija.)
ELENA ANDREEVNA. -Basta! ... Vá embora! (Retirando as mãos.) Você não sabe o que está dizendo!
ASTROV. "Diga-me ... diga-me onde nos encontraremos amanhã!" (Ele envolve a cintura dela com o braço.) É inevitável! Temos que nos ver! (Ele a beija assim que VOINITZKII, entrando com um buquê de rosas na mão, para na porta.)
ELENA ANDREEVNA. - (Sem perceber a presença de VOINITZKII .) Tenha misericórdia! Deixe-me! (Descansando a cabeça no peito de ASTROV .) Não! ... (Tenta sair.)
ASTROV. - (Segurando-a) Você virá ao campo da floresta amanhã, por volta das duas horas? ... Sim? ... Você vem?
ELENA ANDREEVNA. - (Reparando VOINITZKII .) Me solte! (Apreendida com grande constrangimento, vai até a janela.) Oh, que terrível!
VOINITZKII. - (Depois de colocar o buquê em uma cadeira e passar nervosamente o lenço no rosto e pescoço.) Não importa ... Não ... Não importa ...
ASTROV. - (Tentando falar em tom natural.) Caro Ivan Petrovich! ... O tempo hoje está lindo! ... De manhã o céu estava cinza ... como se fosse chover ... , mas agora o sol nasceu! Para ser franco, o outono é uma estação maravilhosa e sua semeadura é muito boa! (Enrolando o cartograma, em forma de tubo.) Só os dias são mais curtos! ... (Sai.)
ELENA ANDREEVNA. - (Avançando rapidamente para VOINITZKII .) Você vai usar toda a sua influência para que eu e meu marido partamos hoje! Você está ouvindo? Hoje mesmo!
VOINITZKII. - (Enxugando o rosto.) O quê? ... Ah, sim! ... Bem ... «Helène»! Eu vi tudo! ... Tudo!
ELENA ANDREEVNA. - (Nervosa.) Você ouve? Devo partir hoje!
continua no ato 3 cena 2...
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Anton Pavlovich Chekhov foi um contista russo, dramaturgo e médico. Foi um mestre do conto e é considerado um dos autores do gênero mais importantes na história da literatura no realismo psicológico atual e naturalismo.
Nascido : 29 de janeiro de 1860, Taganrog, Rússia
Morreu : 15 de julho de 1904, Badenweiler, Alemanha
Cônjuge : Olga Knipper ( 1901-1904)
Obras : The Cherry Orchard , The Seagull , The Three Sisters ,
Pais : Pavel Yegorovich Chekhov , Yevgeniya Chekhov
e você nunca pensou que tudo em sua vida poderia ter sido entre amor e ódio, prostração e ousadia, liberdade e conveniência, ignorância e ciência, realidade e ilusão, uso e amontoado de nadas, cultura e leiguice, juventude e velhice? já pensou se sua vida foi desperdiçada ou se poderia ter sido? já falhou em suas ambições? e você é um ser inventado ou se inventou? ... se perguntou ou... a vida é chata e boba e nada vai adiantar mesmo, somos explorados, nunca estamos seguros, mentem para nós... quem mente? Ah! Entendi... - entendeu, mesmo?
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Anton Chekhov - Tio Vania (Ato Dois, cena 2)
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