O Bêbado e a Equilibrista
João Bosco e Aldir Blanc
Lançada em 1979 no álbum Essa Mulher, de Elis Regina, O Bêbado e a Equilibrista foi adotada pelos brasileiros como o Hino da Anistia, em referência à lei que concedeu perdão aos perseguidos políticos e abriu caminho para o retorno da democracia no país.
Composta por João Bosco e Aldir Blanc, foi originalmente pensada por Bosco como uma homenagem a Charlie Chaplin, falecido em 1977. A harmonia, por exemplo, tem passagens melódicas propositalmente parecidas com Smile, do filme Tempos Modernos.
Assim como outras músicas escritas durante a ditadura, a letra de O Bêbado e a Equilibrista é recheada de metáforas (metáfora é uma figura de linguagem em que se transfere o nome de uma coisa para outra com a qual é possível estabelecer uma relação de comparação. Para que a comparação possa ocorrer, devem existir elementos semânticos - relativos ao significado - semelhantes entre as palavras ou expressões em questão), utilizadas para denunciar a situação do país. Vem ver a nossa análise!
A história por trás de O Bêbado e a Equilibrista
Ainda sobre Metáfora:
"O poeta argentino Lugones, lá pelos idos de 1909, escreveu pensar que os poetas estavam usando sempre as mesmas metáforas e que tentaria treinar a mão descobrindo novas metáforas para a lua. E, de fato, inventou várias centenas delas. Disse também, no prefácio a um livro chamado Lunário sentimental, que cada palavra é uma metáfora morta. Essa declaração, claro, é uma metáfora. Mas acho que todos sentimos diferença entre metáforas mortas e vivas. Se pegarmos qualquer bom dicionário etimológico (estou pensando em meu velho amigo ignorado, dr. Skeat) e se procurarmos uma palavra qualquer, na certa encontraremos uma metáfora enfurnada em alguma parte. - 'Esse Ofício do Verso'."
Jorge Luis Borges
Smile
Smile
Michael Jackson
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