domingo, 31 de março de 2024

pintou, bordou, cantou e espalhou-se...

Violeta Parra

cantou a liberdade...


artista e incansável pesquisadora da cultura popular chilena, a cantora do humano e do divino






Genebra, 1965. Em um programa da TV suíça, a crítica de arte Magdeleine Brumagne pede que Violeta Parra explique uma de suas arpilleras, uma técnica têxtil de raiz popular e também uma forma de expressão, de narrativa do cotidiano. “Estes são os que amam a paz”, responde, mostrando as figuras desenhadas: ela própria, um amigo argentino, uma amiga e uma índia chilenas. “As flores de cada personagem são suas almas”, prossegue Violeta. Vê-se um fuzil, “que representa a morte”. E ela conta: “Os camponeses no Chile são muito pobres, como o meu avô. E eu não posso permanecer indiferente. Essa situação me incomoda”, afirma, chamando a obra de A Rebelião dos Camponeses. -


Violeta Parra "Gracias a la vida"




Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dio dos luceros, que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo, su fondo estrellado
Y en las multitudes, el hombre que yo amo

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el oído, que en todo su ancho
Graba noche y días, grillos y canarios
Martillos, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos, anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dio el corazón, que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida

Composição: Violeta Parra



Violeta Parra - Volver a los 17






Lo Que MÁs Quiero

Violeta Parra

El hombre que yo más quiero,
en la sangre tiene hiel.
Me deja sín su plumaje,
sabiendo que vá a llover. (bis)

El árbol que yo más quiero,
tiene dura la razón.
Me priva su fina sombra,
bajo los rayos del sol. (bis)

El rio que yo más quiero,
no se puede detener.
Con el ruido de sus águas,
no escucha que tengo sed. (bis)

El cielo que yo más quiero,
se ha conmiezado a nublar.
Mis ojos de nada sirven,
los matan la osbcuridad. (bis)

Sín abrigo, sín la sombra,
sín el água y sín la luz.
Sólo falta que un cuchillo,
me prive de la salud. (bis)

El hombre que yo...


Inti Illimani & Isabel Parra 
- Lo que más quiero (45 años de Inti Illimani, 02 Agosto 2012)





Violeta Parra (Grandes Chilenas)





Rin del Angelito
Violeta Parra





Violeta Parra, Obra Visual





Violeta Parra
Louvre. Paris, 1964.
Fundación Violeta Parra. 2008, (2 ed.). Violeta Parra obra visual. Ocho Libros.
- Defensa de Violeta Parra





Imágenes de archivo de Violeta Parra 
103 años de su nacimiento






Voltar aos dezessete
depois de viver um século
é como decifrar signos
sem ser sábio competente
voltar a ser de repente
tão frágil como um segundo
voltar a sentir profundo
como uma criança frente a Deus
isso é o que sinto eu
neste instante fecundo

Vai se enredando, enredando
como no muro a erva
e vai brotando, brotando
como o musguinho na pedra
como o musguinho na pedra
Ai, sim sim sim

Meu passo retrocedido
quando o de vocês avança
o arco das alianças
penetrou em meu ninho
como todo seu colorido
passou por minhas veias
e até as duras correntes
com que nos ata o destino
é como um diamante fino
que ilumina minha alma serena

Vai se enredando, enredando
como no muro a erva
e vai brotando, brotando
como o musguinho na pedra
como o musguinho na pedra
Ai, sim sim sim

O que pode o sentimento
não pôde ele saber
nem o mais claro proceder
nem o mais largo pensamento
tudo muda em um momento
como mago condescendente
nos afasta docemente
de rancores e violências
só o amor com sua ciência
nos torna tão inocentes

Vai se enredando, enredando
como no muro a erva
e vai brotando, brotando
como o musguinho na pedra
como o musguinho na pedra
Ai, sim sim sim

O amor é redemoinho
de pureza original
até o feroz animal
sussurra seu doce gorjeio
detém aos peregrinos
libera os prisioneiros
os amor com seus esmeros
ao velho o transforma em criança
e ao mau só o carinho
o transforma em puro e sincero

Vai se enredando, enredando
como no muro a erva
e vai brotando, brotando
como o musguinho na pedra
como o musguinho na pedra
Ai, sim sim sim

De par em par na janela
abriu como por encanto
entrou o amor com seu manto
como uma leve manhã
ao som de sua bela diana
fez brotar o jasmim
voando tal qual serafim
ao céu o pôs brincos
e meus anos em dezessete
os converteu o querubim

Vai se enredando, enredando
como no muro a erva
e vai brotando, brotando
como o musguinho na pedra
como o musguinho na pedra
Ai, sim sim sim

sábado, 30 de março de 2024

Memórias - 12: a lua... minha cúmplice

No se puede hacer la revolucion sin las mujeres

Livro Dois

baitasar

Memórias

12 – a lua... minha cúmplice

¿Por qué tanta prisa?

o sossego se perdia quando o horário do almoço se apresentava com todas fomes para devorarem

assim, dona Manuela se sentia percorrida velozmente de uma só vez, todos dias engolida avidamente, por todas e todos, sem dó nem piedade, querendo e exigindo, um jogo contínuo de se impor ao outro com a própria vontade ou com naturalidade pelo comportamento dos costumes

uma mulher com mil atribuições genéricas, as específicas entram na mesma conta: mãe e amante desejada, bonita e gostosa... e cheirosa

ali, naquele casarão, que dominava a vacaria e o rebanho esparramado pelo campo, onde o sol beijava suavemente as ondas do seu universo ao nascer com o canto do Alvorado, e ao se pôr, viveu ou vive a dona Manuela – não sei mais o que se passa com aquela gentarada –, uma mulher de espírito resiliente e coração generoso com a família

suas manhãs iniciavam com o despertar rústico entoado pelo Alvorado, ainda com as carícias leves do luar se dissipando, todos erguiam ruidosamente para o balé diário das grandes e pequenas atribuições

a quietude de dona Manuela recebia toda aquela invasão, uma epifania na família

não era sempre, mas, às vezes, ela aparecia enquanto eu preparava café, o aroma forte e reconfortante se espalhava por cada canto, café era o amuleto para despertá-la depois do Alvarado

a cada dia, meticulosamente, colocava à mesa um pequeno banquete de ovos, pães, frutas e um bule de café que prometia vigor, uma das serventias que aprendi com dona Manuela, A partir de ahora serás el cuidadora de esta gente, desde lo Alvorado hasta mi baño, Sim, senhora. Espero não decepcionar, Se trata de memorizar los movimientos y repetir... repetir... repetir...

as crianças emergiam de seus quartos, ainda enredada nos últimos fios de Morfeu, sonhadoras e mormacentas

entre uma mastigação e outra, revisavam entre si suas lições, ajeitavam uma camisa desalinhada, corriam de um canto a outro procurando seus esquecimentos

don Juan, às voltas com as notícias da manhã, compartilhava com os filhos seus planos do dia, tudo entre goles de café e comentários sobre o clima e os animais

assim que a porta se fechava atrás das últimas crianças, geralmente, eram Aryani e Chiado, a quietude retornava

era hora de metamorfear-me novamente, seguindo as ordens da dona Manuela, Hay que ordenar la cocina, recoger la ropa del suelo y lavarla, barrer el suelo una vez al día, tais ordens, por mais repetitivas que fossem, eram orquestradas com uma precisão que só ela possuía, acredito que por anos de prática transformando o ordinário em uma coreografia nua e peculiar pelo casarão

depois de um tempo se quer respirar outros ares, tinha paixão por novas histórias, trocar sorrisos com pessoas, conversar bobagens, reconhecer e ser reconhecida, despertar alegria e tristeza, abraçar e ser abraçada, tocar e ser tocada, desvelar medos e ser amparada

à tarde, não me permitia descansar, o dever chamava novamente, as obrigações de limpeza da cozinha, curar as feridas dos restos de comida nos pratos, limpar talheres e copos, preparar panelas e jarros para a próxima refeição enquanto as conquistas e inquietações familiares carregavam à volta ao fim do dia

depois devia iniciar o preparo do jantar

após o jantar, dona Manuela e don Juan sentavam no terraço, olhos perdidos no horizonte, onde o sol tocava a vacaria num raro silêncio

a lua... minha cúmplice, sorria do alto, enviava um sorriso de cumplicidade, ela entendia de fases e transformações, luz e sombra, assim me recarregava para dançar este balé ao amanhecer com as minhas mil atribuições, dia após dia, na tapeçaria de uma vida familiar que não era a minha

Como foi seu dia, querida?

Mismo... sin noticias...

Mamá, estou pronta! Vou dormir...

a lua me sorria, Vá viver sua vida, rapariga bonita.

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Memórias - 10: família e vacas
Memórias - 12: a lua... minha cúmplice

segunda-feira, 25 de março de 2024

Cem Sonetos de Amor

Neruda



XII

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,´
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
Que antiga noite o homem toca com seus sentidos?

Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos
e dois corpos por um só mel derrotados.

Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia

corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra um raio.


Te amo




XLIV

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo todavia.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desditoso.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.


Ainda te necessito




LXVI

Não te quero senão porque te quero
e de querer-te e não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.

Te quero só porque a ti te quero,
te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
e a medida de meu amor viageiro
é não ver-te e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de janeiro
seu raio cruel, meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego.

Nesta história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero
porque te quero, amor a sangue e fogo.


Se tu me esqueces






história do homem e do poeta....









domingo, 24 de março de 2024

La Negra, Yo no canto por cantar

Mercedes Sosa


Concerto histórico de Mercedes Sosa na Ópera de Buenos Aires, em Buenos Aires, entre 21 e 22 de dezembro de 1995, com canções que abrangem o período de 1969 a 1994.





00:00 Sube, sube, sube (Víctor Heredia) 
04:23 Piedra y camino (Atahualpa Yupanqui)
07:58 Chacarera de las piedras (Atahualpa Yupanqui)
09:50 Canción de amor para mi patria (Alberto Cortez)
14:05 Años (Pablo Milanés) 
17:47 Vuelvo al sur (Pino Solanas- Astor Piazzolla)
21:29 Como dos extraños (José María Contursi-Pedro Laurenz)
27:03 El otro país (Teresa Parodi) 
30:52 Gracias a la vida (Violeta Parra)
35:57 La maza (Silvio Rodríguez) 
39:37 Volver a los 17 (Violeta Parra)
44:02 Canción y Huayno (Orlando Rojas-Mauro Núñez)
46:43 De mi (Charly García) 
49:23 Oh melancolía (Silvio Rodríguez)
53:57 Fragilidad (Sting) 
57:22 La arenosa (Manuel José Castilla-Gustavo Leguizamón)
1:00:14 El violín de Becho (Alfredo Zitarrosa)
1:03:40 Regreso a la tonada (Armando Tejada Gómez-Tito Francia)
1:07:30 Razón de vivir (Víctor Heredia) 
1:11:47 El puente de los suspiros (Chabuca Granda)
1:14:50 La última curda (Cátulo Castillo-Anibal Troilo)
1:18:59 Zamba a monteros (Chango Nieto-Pedro Favini) 1:22:17 El amor después del amor (Fito Paéz)
1:26:04 Todo Cambia (Julio Numhauser) / Maria Maria (Milton Nascimento-Fernando Brant)
1:31:56 Canción con todos (Armando Tejada Gomez-Cesar Isella) / María María (Milton Nascimento-Fernando Brant)


Joan Baez & Mercedes Sosa, "Gracias A La Vida"





Mercedes Sosa - Sólo Le Pido a Dios (con León Gieco)





Eu Só Peço a Deus
Solo Le Pido a Dios

Eu só peço a Deus
Solo le pido a Dios
Que a dor não me seja indiferente
Que el dolor no me sea indiferente
Que a morte seca não me encontre
Que la reseca muerte no me encuentre
Vazia e sozinha, sem ter feito o suficiente
Vacía y sola, sin haber hecho lo suficiente

Eu só peço a Deus
Solo le pido a Dios
Que o injusto não me seja indiferente
Que lo injusto no me sea indiferente
Que não me esbofeteiem a outra face
Que no me abofeteen la otra mejilla
Depois que uma garra arranhou minha sorte
Después que una garra me arañó esta suerte

Eu só peço a Deus
Solo le pido a Dios
Que a guerra não me seja indiferente
Que la guerra no me sea indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda a pobre inocência da gente
Toda la pobre inocencia de la gente
É um monstro grande e pisa forte
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda a pobre inocência da gente
Toda la pobre inocencia de la gente

Eu só peço a Deus
Solo le pido a Dios
Que o engano não me seja indiferente
Que el engaño no me sea indiferente
Se um traidor pode mais que uns muitos
Si un traidor puede más que unos cuantos
Que esses muitos não o esqueçam facilmente
Que esos cuantos no lo olviden fácilmente

Eu só peço a Deus
Solo le pido a Dios
Que o futuro não me seja indiferente
Que el futuro no me sea indiferente
Desenganado é aquele que precisa ir embora
Desahuciado está el que tiene que marchar
Para viver uma cultura diferente
A vivir una cultura diferente

Eu só peço a Deus
Solo le pido a Dios
Que a guerra não me seja indiferente
Que la guerra no me sea indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda a pobre inocência desta gente
Toda la pobre inocencia de la gente
É um monstro grande e pisa forte
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda a pobre inocência desta gente
Toda la pobre inocencia de la gente


El tiempo pasa (letra)... nos vamos poniendo viejos... Años...
Mercedes Sosa




El Tiempo Passa

O Tempo Passa

El tiempo pasaO tempo passaNos vamos poniendo viejosNós vamos ficando velhosYo el amorHoje o amorNo lo reflejo como ayerNão reflete como ontemEn cada conversaciónEm cada conversaCada beso cada abrazoCada beijo cada abraçoSe impone siempre un pedazoSe impõem sempre um bocadoDe razónDe razãoVamos viviendoVamos vivendoViendo las horasVendo as horasQue van pasandoQue vão passandoLas viejas discusionesAs velhas discussõesSe van perdiendoVão-se perdendoEntre las razonesEntre as razõesPorque años atrásPorque anos atrásTomar tu manoSegurar sua mãoRobarte un besoRoubar-te um beijoSin forzar el momentoSem forçar o momentoHacía parte de una verdadFazia parte de uma verdadePorque el tiempo pasaPorque o tempo passaNos vamos poniendo viejosNós vamos ficando velhosYo el amorHoje o amorNo lo reflejo como ayerNão reflete como ontemEn cada conversaciónEm cada conversaCada beso cada abrazoCada beijo cada abraçoSe impone siempre un pedazoSe impõem sempre um bocadoDe razónDe razãoA todo dices que síA tudo dizes que simA nada digo que noA nada digo que nãoPara poder construirPara poder construirEsta tremenda armoníaEsta tremenda harmoniaQue pone viejo los corazonesQue deixam velhos os coraçõesPorque el tiempo pasaPorque o tempo passaNos vamos poniendo viejosNós vamos ficando velhosYo el amorHoje o amorNo lo reflejo como ayerNão reflete como ontemEn cada conversaciónEm cada conversaCada beso cada abrazoCada beijo cada abraçoSe impone siempre un pedazoSe impõem sempre um bocadoDe temorDe receio

Composição: Pablo Milanés


- Volver a los 17
Mercedes Sosa, 
Chico Buarque, Caetano Veloso, 
Milton Nascimento e Gal Costa 





Mercedes Sosa 
- Acústico en Suiza 1980
Apresentação de Mercedes Sosa em Lugano, Suíça (1980)

A voz da música latino-americana. Talvez essa seja a melhor definição para Mercedes Sosa, cantora, que, em mais de quarenta anos de carreira, percorreu todos os países do continente. Ela deixou a Argentina para revolucionar a música popular com o movimento Canção Nova. Unindo a política e a musicalidade dos ritmos folclóricos da América Latina. Muitas vezes comparada à cantora folk Joan Baez, ícone cultural dos Estados Unidos. Neste show acústico inédito realizado na Suíça interpreta canções de autores famosos como Víctor Jara e Violeta Parra, autores de obras-primas como Gracias a la vida e Duerme negrito, que na voz de Mercedes Sosa ganham uma atuação inesquecível.

Guitarra: Nicolás Brizuela




00:00 | Entrevista
05:43 | Piedra y camino (Atahualpa Yupanqui)
10:14 | Chacarera de las piedras (Atahualpa Yupanqui)
13:04 | Guitarra dímelo tú (Atahualpa Yupanqui)
17:08 | Duerme negrito (Atahualpa Yupanqui)
19:56 | Ay este azul (Pancho Cabral)
23:32 | Gracias a la vida (Violeta Parra)
28:44 | Canción de las simples cosas (Tejada Gómez - César Isella)
32:50 | Antiguo dueño de las flechas (Félix Luna - Ariel Ramírez)
38:06 | Como la cigarra (María Elena Walsh)
41:00 | Serenata para la tierra de uno (María Elena Walsh)
44:22 | A Víctor (Otilio Galíndez - Roberto Todd)
47:49 | Canción con todos (Tejada Gómez - César Isella)

Remasterización de audio: Nicolás Césare
Remasterización de video: Edgardo Andrés Kevorkian


Mercedes Sosa, crónicas de una voz que conquisto al mundo // Biografia