Machado de Assis
Dom Casmurro
Capítulo LXXXV
Amai, Rapazes!
Era tão perto, que antes de três minutos me achei em casa. Parei no corredor, a tomar fôlego; buscava esquecer o defunto, pálido e disforme, e o mais que não disse para não dar a estas páginas um aspecto repugnante, mas podes imaginá-lo. Tudo arredei da vista, em poucos segundos; bastou-me pensar na outra casa, e mais na vida e na cara fresca e lépida de Capitu... Amai, rapazes! e, principalmente, amai moças lindas e graciosas; elas dão remédio ao mal, aroma ao infecto, trocam a morte pela vida... Amai, rapazes!
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Texto de referência:
Obras Completas de Machado de Assis, vol. I,
Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994.
Publicado originalmente pela Editora Garnier, Rio de Janeiro, 1899.
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Leia também:
Dom Casmurro: Capítulo LXXV / O Desespero
Dom Casmurro: Capítulo LXXVI / Explicação
Dom Casmurro: Capítulo LXXVII / Prazer das Dores Velhas
Dom Casmurro: Capítulo LXXVIII / Segredo por Segredo
Dom Casmurro: Capítulo LXXIX / Vamos ao Capítulo
Dom Casmurro: Capítulo LXXX / Venhamos ao Capítulo
Dom Casmurro: Capítulo LXXXI / Uma Palavra
Dom Casmurro: Capítulo LXXXII / O Canapé
Dom Casmurro: Capítulo LXXXIII / O Retrato
Dom Casmurro: Capítulo LXXXIV / Chamado
Dom Casmurro: Capítulo LXXXV / O Defunto
Dom Casmurro: Capítulo LXXXVII / A Sege
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DOM CASMURRO, DE MACHADO DE ASSIS
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