Clementina De Jesus
- Tetê Espíndola
Sertaneja
Sertaneja, se eu pudesse,
Se Papai do Céu me desse
O espaço pra voar,
Eu corria a natureza
E acabava com a tristeza
Só pra não te ver chorar.
Na ilusão deste poema
Eu roubava um diadema
Lá no céu pra te ofertar
E onde a fonte rumoreja
Eu erguia tua igreja,
Dentro dela o teu altar
Sertaneja, por que choras
Quando eu canto
Sertaneja, se este canto
É todo teu?
Sertaneja, pra secar
Os teus olhinhos
Vais ouvir os passarinhos
Que cantam mais do que eu.
A tristeza do teu pranto
É mais triste quando eu canto
A canção que te escrevi
E os teus olhos, neste instante,
Brilham mais que a mais brilhante
Das estrelas que já vi.
Sertaneja, vou embora!...
A saudade vem agora
E a alegria vem depois.
Vou subir por essas serras,
Construir lá noutras terras
Um ranchinho pra nós dois.
(Sertaneja, por que choras quando eu canto?).
Composição de Rene Bittencourt
Taratá crioula de taratá
Ôh de taratá crioula de taratá
Ôh de taratá crioula de taratá
Ôh terra que tem minhoca e eu gostar de cavucar
Ôh de cavucar crioula de cavucar
Ôh de cavucar mas para depois parantar
Ôh parantar crioula de parantar
Ôh terra que tem minhoca e eu gostar de cavucar
De cavucar crioula de cavucar
Quando eu vir que não tem dono eu gostar de taratá
Ôh terra que tem minhoca e eu gostar de cavucar
Ôh de cavucar crioula de cavucar
Ôh de cavucar crioula de cavucar
Ôh de cavucar crioula de cavucar
Quando eu vir que não tem dono eu gostar de taratá
Taratá crioula de taratá
Ôh de taratá crioula de taratá
Ôh de taratá crioula de taratá
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