Poesia Africana - 11
Me encontro dobrado sobre o solo
Enquanto trabalho árduo
Mastiga meu tempo
A tua cicatriz
mais a minha cicatriz
vão lembrando o chicote
AS TUAS DORES
As tuas dores
mais as minhas dores
vão estrangular a opressão
Os teus olhos
mais os meus olhos
vão falando da revolta
A tua cicatriz
mais a minha cicatriz
vão lembrando o chicote
As minha mãos
mais as tuas mãos
vão pegando em armas
A minha força
mais a tua força
vão vencer o imperialismo
O meu sangue
mais o teu sangue
vão regar a Vitória.
SE ME PERGUNTARES
Se me perguntares
Quem sou eu
Cavada de bexiga de maldade
Com um sorriso sinistro
Nada te direi
Nada te direi
Mostrar-te-ei as cicatrizes de séculos
Que sulcam as minhas costas negras
Olhar-te-ei com olhos de ódio
Vermelhos de sangue vertido durante séculos
Mostrar-te-ei minha palhota de capim
A cair sem reparação
Levar-te-ei às plantações
Onde sol a sol
Me encontro dobrado sobre o solo
Enquanto trabalho árduo
Mastiga meu tempo
Levar-te-ei aos campos cheios de gente
Onde gente respira miséria em toda a hora
Nada te direi
Mostrar-te-ei somente isto
E depois
Mostrar-te-ei os corpos do meu Povo
Tombados por metralhadoras traiçoeiras,
Palhotas queimadas por gente tua
Nada te direi
E saberá porque luto.
Me encontro dobrado sobre o solo
Enquanto trabalho árduo
Mastiga meu tempo
A tua cicatriz
mais a minha cicatriz
vão lembrando o chicote
AS TUAS DORES
As tuas dores
mais as minhas dores
vão estrangular a opressão
Os teus olhos
mais os meus olhos
vão falando da revolta
A tua cicatriz
mais a minha cicatriz
vão lembrando o chicote
As minha mãos
mais as tuas mãos
vão pegando em armas
A minha força
mais a tua força
vão vencer o imperialismo
O meu sangue
mais o teu sangue
vão regar a Vitória.
SE ME PERGUNTARES
Se me perguntares
Quem sou eu
Cavada de bexiga de maldade
Com um sorriso sinistro
Nada te direi
Nada te direi
Mostrar-te-ei as cicatrizes de séculos
Que sulcam as minhas costas negras
Olhar-te-ei com olhos de ódio
Vermelhos de sangue vertido durante séculos
Mostrar-te-ei minha palhota de capim
A cair sem reparação
Levar-te-ei às plantações
Onde sol a sol
Me encontro dobrado sobre o solo
Enquanto trabalho árduo
Mastiga meu tempo
Levar-te-ei aos campos cheios de gente
Onde gente respira miséria em toda a hora
Nada te direi
Mostrar-te-ei somente isto
E depois
Mostrar-te-ei os corpos do meu Povo
Tombados por metralhadoras traiçoeiras,
Palhotas queimadas por gente tua
Nada te direi
E saberá porque luto.
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