domingo, 22 de setembro de 2019

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 5 — A Carta de Sangue

Edgar Allan Poe - Contos




Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837




5 — A Carta de Sangue





Depois do cozinheiro ter deixado o castelo da proa, Augusto entregou-se ao desespero durante alguns minutos, julgando que nunca sairia vivo do seu catre. Decidiu então falar, ao primeiro homem que aparecesse, sobre a minha presença, pensando que era melhor dar-me a oportunidade de tentar a minha sorte junto dos amotinados do que morrer de sede na caixa, porque já há dez dias que eu estava enclausurado e a minha provisão de água mal chegava para quatro dias. Ao refletir sobre isto, ocorreu-lhe a ideia que talvez conseguisse comunicar comigo através do porão grande. Noutras circunstâncias, as dificuldades e os perigos da empresa tê-lo-iam feito desistir, mas, naquele momento, tinha poucas esperanças de viver e consequentemente pouco a perder; aplicou-se, portanto de alma e coração a esta nova tentativa. 

As algemas eram o primeiro problema a resolver. A princípio, não descobriu nenhuma maneira de se desembaraçar delas e receou fracassar logo no início, mas um exame mais atento, revelou-lhe que ele podia, sem muito esforço ou inconveniente, comprimir as mãos e fazê-las deslizar para fora dos ferros, pois aquele gênero de algemas não eram adequadas para prender as mãos de um jovem, cujos ossos pequenos cedem mais facilmente à pressão. Desamarrou depois os pés, deixando a corda de maneira a poder ajustá-la com facilidade, no caso de aparecer alguém, e começou a examinar o tabique no sítio onde confinava com o catre. A separação era feita por uma tábua de abeto macio e verificou que não teria grande dificuldade em abrir caminho por ali. Ouviu-se então uma voz no cimo da escada do castelo de proa e ele mal teve tempo para introduzir a mão direita na algema, pois a esquerda ainda estava presa, e de apertar a corda com um nó corredio à volta dos artelhos. Era Dirk Peters que descia, seguido pelo Tigre, que saltou imediatamente para o catre e aí se enroscou. O cão tinha sido trazido para bordo por Augusto, que, conhecendo a minha afeição pelo animal, pensara que me seria agradável tê-lo junto de mim durante a viagem. Tinha ido buscá-lo a minha casa, imediatamente a seguir a ter-me conduzido para o porão, mas não se lembrara de mo dizer, quando me foi entregar o relógio.

Depois da revolta, era a primeira vez que Augusto o via, aparecendo ao lado de Dirk Peters, pois julgava o animal perdido, talvez lançado borda fora por algum dos patifes que constituíam o bando do imediato. Parece que se tinha metido num buraco debaixo de uma baleeria, donde não conseguia sair por falta de espaço para se virar. Foi Peters que o libertou e, com uma espécie de bom sentimento que o meu amigo soube apreciar, conduziu-o ao castelo da proa para lhe fazer companhia, ao mesmo tempo que lhe deixava um bocado de carne salgada, algumas batatas e um pote com água. Em seguida regressou à coberta, prometendo-lhe voltar no dia seguinte com mais comida. 

Quando se foi embora, Augusto libertou as mãos das algemas, desatou os pés e baixou a cabeceira do colchão, onde estava deitado; com o canivete, pois os malandrins julgaram desnecessário revistá-lo, começou a escavar uma das tábuas do tabique, o mais junto ao chão possível. Escolheu aquele local, porque, se fosse interrompido de repente, podia esconder a tarefa iniciada, deixando, muito simplesmente, cair o colchão para a sua posição inicial. Mas, durante o resto do dia não foi perturbado e, à noite, já tinha cortado a tábua. É preciso notarem que os tripulantes apenas se serviam do castelo da proa para repouso e que, depois da revolta, tinham-se instalado no camarote da ré, bebendo e comendo das provisões do capitão Barnard e prestando ao barco a atenção mínima para que pudesse navegar. 

Estas circunstâncias foram a sorte de Augusto e a minha, pois de outra forma ter-lhe-ia sido impossível chegar até mim. Nesta conjuntura prosseguiu o seu projeto com confiança. No entanto, amanheceu e ele ainda não tinha terminado a segunda parte da sua tarefa, ou seja abrir um buraco com cerca de um pé, acima do primeiro, de forma a fazer uma abertura suficientemente larga para ele passar com facilidade para os bailéus do porão. Uma vez aí chegado, alcançou, sem grande dificuldade a escotilha grande inferior, embora tivesse de saltar por cima de pilhas de barricas de óleo, arrumadas de tal maneira que o seu corpo só a custo cabia entre elas. Quando chegou à escotilha verificou que o Tigre o tinha seguido, esgueirando-se entre duas filas de barricas. Mas já era muito tarde para tentar chegar junto de mim antes de ser manhã clara, pois ainda tinha de passar através da barafunda do segundo porão. 

Decidiu, portanto, subir e esperar até à noite. Com esse propósito levantou a escotilha, pois assim economizaria tempo quando voltasse. Assim que a levantou, Tigre saltou pela abertura, farejou com impaciência e depois soltou um longo gemido, esgravatando com as patas como se quisesse arrancar o alçapão. Era evidente, pela sua conduta, que tinha consciência da minha presença no porão, e Augusto pensou que o animal podia ir até junto de mim se o deixasse descer. Lembrou-se então do expediente do bilhete, pois, antes de tudo, era de desejar que eu não fizesse nenhuma tentativa para sair do meu esconderijo, pelo menos nas circunstâncias presentes e, além disso, não tinha a certeza de ir ter comigo no dia seguinte, como tencionava fazer. Os acontecimentos que se seguiram provaram quão feliz tinha sido aquela ideia, pois se não tivesse recebido o bilhete, não há dúvida que eu teria tentado qualquer plano para dar o alarme à tripulação, e a consequência teria sido, muito provavelmente, a imolação das nossas existências. 

Resolvido, portanto, a escrever tinha agora que arranjar meios para o fazer. Um velho palito dos dentes foi rapidamente transformado em pena, o que fez quase pelo tato, pois no local estava escuro como breu. Uma folha de carta forneceu-lhe o papel necessário (era uma cópia da carta falsa que escrevera para o senhor Ross; era a primeira tentativa, pois Augusto não achou a letra bem imitada e escreveu outra, guardando, por sorte, a primeira no bolso do casaco, onde acabava de a encontrar). Só faltava a tinta, mas ele encontrou rapidamente um substituto, fazendo uma leve incisão com o canivete na ponta do dedo, junto à unha; jorrou então um jato de sangue suficiente, como acontece sempre que há um ferimento naquele local. Escreveu o bilhete o mais legivelmente possível, atendendo à escuridão e às circunstâncias. O bilhete explicava-me de forma breve que tinha havido um motim a bordo, que o capitão tinha sido abandonado ao largo, que eu podia contar com um socorro imediato quanto a provisões, mas que não devia arriscar-me em dar sinal de vida. A missiva concluía com estas palavras: Escrevo com o meu sangue; continue escondido, a sua vida depende disso

Uma vez atada a folha de papel ao cão, Augusto largou-o através da escotilha e regressou pelo mesmo caminho ao castelo da proa, onde não encontrou qualquer indício de que alguém da tripulação lá estivesse estado durante a sua ausência. Para esconder a abertura do tabique espetou o canivete na madeira e pendurou-lhe uma tosca blusa de marinheiro que tinha encontrado no catre. Depois, tornou a pôr as algemas e reajustou a corda à volta dos artelhos.

Mal tinha acabado estes preparativos, apareceu Dirk Peters, muito embriagado, mas muito bem humorado, trazendo ao meu amigo a ração do dia, que consistia numa dúzia de grandes batatas irlandesas assadas e num cântaro de água. Sentou-se durante algum tempo num baú, ao lado do catre, e pôs-se a falar livremente do imediato e de tudo o que se passava a bordo. Os seus gestos eram extremamente estranhos, até grotescos e, a certa altura, Augusto sentiu-se alarmado com a sua conduta. Porém, acabou por subir à coberta, murmurando qualquer coisa, como uma promessa de no dia seguinte trazer ao prisioneiro um bom jantar. 

Durante o dia, dois tripulantes, dois arpoadores, desceram acompanhados pelo cozinheiro, todos num estado extremo de embriaguez. Tal como Peters, não tiveram qualquer escrúpulo em falar à vontade dos seus projetos. Parece que estavam todos muito divididos entre si relativamente ao objetivo final da viagem, estando de acordo apenas num ponto, ou seja o ataque contra o navio que vinha das ilhas de Cabo Verde e que esperavam encontrar a todo o momento. Tanto quanto conseguiu perceber, a revolta não tinha estalado apenas pelo desejo do saque, mas também e principalmente devido a uma disputa particular entre o imediato e o capitão Barnard. Parecia existir agora dois grupos a bordo, bem opostos: um chefiado pelo imediato e o outro pelo cozinheiro. O primeiro queria apresar o primeiro navio que avistassem e equipá-lo numa ilha das Antilhas para se dedicarem à pirataria. A segunda fação, que era a mais forte e incluía Dirk Peters entre os seus partidários, pretendia seguir a rota primitivamente traçada para o brigue em direção ao Pacífico Sul, onde se dedicariam à pesca da baleia ou ao que as circunstâncias determinassem. 

As descrições de Peters, que frequentemente visitara aquelas paragens, pareciam ter muito crédito junto dos amotinados, que oscilavam e hesitavam entre várias ideias mal concebidas de lucro e prazer. Falava-lhes sobretudo de um mundo de novidades e divertimentos que iriam encontrar nas inúmeras ilhas do Pacífico, da perfeita segurança e total liberdade de que se goza naquelas regiões, e de uma forma ainda mais especial das delícias do clima, dos abundantes recursos para se levar uma vida regalada e da voluptuosa beleza das mulheres. Até ao momento ainda nada tinha sido decidido, mas as pinturas do contramestre mestiço impressionavam as ardentes imaginações dos marinheiros e havia grandes possibilidades de o seu plano se realizar.

Os três homens retiraram-se passada uma hora e, durante o resto do dia, mais ninguém desceu ao castelo da proa. Augusto manteve-se quieto até ao cair da noite, altura em que se desembaraçou das algemas e da corda e se preparou para nova tentativa. Encontrou uma garrafa, num dos catres, e encheu-a com a água do cântaro deixado por Peters e depois encheu os bolsos com as batatas. Para sua grande alegria, encontrou também uma lanterna com um bocado de vela, que podia acender quando fosse preciso, pois tinha uma caixa de fósforos. 

Quando já era noite, deslizou pela abertura do tabique, mas antes teve a precaução de arranjar as mantas de maneira a simular um homem deitado. Depois de ter passado, pendurou novamente a blusa no canivete para esconder a abertura, manobra que executou facilmente, ajustando a seguir a tábua. Encontrava-se então nos bailéus do porão e continuou o seu caminho, como já tinha feito, até à escotilha principal por entre as barricas de óleo. Aí chegado acendeu a vela e desceu às apalpadelas e a muito custo, através da carga compacta do porão. Passados instantes alarmou-se com a atmosfera pesada e o seu cheiro insuportável. Não julgava possível que eu tivesse sobrevivido a um cativeiro tão longo, obrigado a respirar um ar tão sufocante. Chamou-me várias vezes pelo nome, mas eu não respondi e as suas apreensões pareciam confirmar-se. O brigue oscilava furiosamente e, por consequência, havia tanto barulho, que era inútil tentar ouvir o ruído fraco da minha respiração ou o meu ressonar. Acendeu a lanterna e, cada vez que encontrava espaço suficiente, levantava-a o mais possível, com o objetivo de me enviar um pouco de luz e me dar a entender, se eu ainda vivesse, que o auxílio se aproximava. No entanto, eu não dava qualquer sinal de vida e a ideia que eu tinha morrido começou a transformar-se numa certeza, mas, mesmo assim, decidiu tentar abrir passagem até à minha caixa, para ao menos verificar de forma inequívoca os seus sinistros receios. Avançou durante algum tempo, num horrível estado de ansiedade, até encontrar o caminho completamente impedido, impossibilitando-o de dar mais um passo. Vencido pelo desespero, deixou-se cair num monte de objetos e desatou a chorar como uma criança. Foi nesse instante que ouviu a garrafa que eu parti, a estilhaçar-se. Mil vezes abençoado, na verdade, foi este incidente, por mais trivial que ele pareça, que me salvou a vida. Porém, passaram-se vários anos, antes de eu saber a verdade dos acontecimentos. Uma vergonha natural e o remorso da sua fraqueza e indecisão impediram Augusto de me confessar imediatamente, o que uma amizade mais profunda e sem reservas lhe permitiu revelar mais tarde. Ao encontrar o caminho do porão barrado por obstáculos que não conseguia transpor, tinha decidido renunciar à sua empresa e regressar apressadamente ao castelo da proa. Antes de o condenarem pela sua decisão, devem tomar em consideração as circunstâncias atenuantes que o rodeavam. A noite avançava rapidamente e a sua ausência no castelo da proa podia ser notada, o que certamente aconteceria se não regressasse antes do nascer do dia. A vela estava prestes a acabar e teria as maiores dificuldades em encontrar o caminho de regresso à escotilha no meio da escuridão. Além disso, concordarão que ele tinha todas as razões possíveis para me julgar morto e nesse caso eu não teria qualquer proveito se ele chegasse à caixa, enquanto ele enfrentaria inutilmente uma série de perigos. Tinha-me chamado várias vezes e eu não tinha respondido. Tinha passado onze dias e onze noites só com a água contida no cântaro que ele me tinha deixado, provisão que eu certamente não teria poupado no início da reclusão, altura em que esperava uma libertação rápida. Por outro lado, a atmosfera do porão devia parecer-lhe, a ele que vinha de um ar comparativamente mais puro do castelo da proa, de uma natureza envenenada e muito mais intolerável do que a mim próprio me parecera quando me instalei pela primeira vez no meu esconderijo pois as escotilhas estavam abertas há vários meses. Acrescentem a estas considerações a cena de horror e de efusão de sangue que o meu amigo testemunhara pouco antes a sua reclusão, as suas privações, a morte que via tão perto a sua vida que apenas devia a um pacto tão frágil como equívoco, circunstâncias estas capazes de abater toda a energia moral, e serão facilmente levados a considerar, como eu próprio o fiz, a sua aparente falta de amizade e de fidelidade com um sentimento mais de tristeza do que de indignação. 

O barulho da garrafa tinha sido ouvido por Augusto que, no entanto, não tinha a certeza se aquele ruído provinha do porão. Porém, a dúvida, foi o suficiente para o encorajar. Trepou pela carga, quase até ao teto e, aproveitando um intervalo no baloiçar do barco, chamou-me com quanta força que tinha, sem se importar em ser ouvido pela tripulação. Devem lembrar-se que a sua voz chegou até mim, mas que eu estava dominado por uma grande agitação, sentindo-me incapaz de responder. Convencido de que o seu horrível receio era mais do que fundamentado, desceu com a intenção de regressar ao castelo da ponte, sem perder mais tempo. Na sua precipitação, arrastou consigo algumas caixas pequenas, cujo ruído, se se lembram, chegou aos meus ouvidos. Dera já alguns passos no sentido do regresso, quando a queda da minha faca o fez hesitar de novo. Voltou a subir pela carga e, aproveitando um momento de acalmia, tornou a gritar o meu nome tão alto como antes. Mas desta vez eu já tinha recuperado a fala. Louco de alegria por me saber ainda vivo, resolveu suplantar todas as dificuldades e todos os perigos para me alcançar. Desembaraçando-se o mais depressa possível do labirinto, onde estava metido, descobriu por fim um caminho e, após uma série de esforços, chegou à caixa num estado de completo desfalecimento.




_____________________


Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.


____________________



Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849 

Edgar Allan Poe - Contos: A Sombra
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym (Prefácio)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 1 — Aventureiros Precoces(1)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 1 — Aventureiros Precoces(2)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 2 — O Esconderijo(1)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 2 — O Esconderijo(2)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 2 — O Esconderijo(3)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 3 — «Tigre» Enraivecido (1)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 3 — «Tigre» Enraivecido (2)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 4 — Revolta e Massacre
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 5 — A Carta de Sangu
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 6 — Um Raio de Esperança


Nenhum comentário:

Postar um comentário