No se puede hacer la revolucion sin las mujeres
Livro Um
baitasar
Memórias
sei apenas que papá
parecia caminhar num vale verde con sus amadas mujeres quando colocava sus
manos a produzirem leite, não falava, mas sus ojos saiam da
escuridão e mudavam sua cor, ficavam violetados, a linha dos lábios caída
arredondava em sorriso, os passos arrastados se tornavam saltitantes
instantes máximos de
alegria com aqueles jatos brancos efêmeros e mornos
o ritual de papá
antes da hora das leiteiras era siempre o mesmo: derramava o café do
bule na sua latinha, tomava em dois goles e saia para o cercado, a calça dentro
de las botas de borracha – as botas foram presentes del enano –, a camisa com mangas compridas e abotoadas do colarinho aos punhos ficava solta por fora das
calças de brim rasgada, desgastada pelo roçar del tiempo, un viejo sombrero
en la cabeza, a barba por fazer, as unhas siempre recortadas rente na
carne dos dedos, roídas pelas serras dos dentes, lixadas el la tierra de cuktivo
ele chegava ao cercado
antes dos serviços e cantoria dos galos, mucho se ha dito que papá cortava
el sueño de los gallos, eles esperavam el viejo passar para soltarem
sua cantoria matinal, roucos e afinados desafios à madrugada
verdade ou não, antes da
sina assassina con papá, os machões de espora não tinham o costume da
cantoria agrupada, cada um fazia sua cantoria quando lhe apetecia o seu costume
com o sol, os sinais da natureza afetava cada um a seu modo
depois, o natural era papá
caminhar para o cercado – a madrugada ainda derramada sobre la Montaña –
enquanto Plantera e suas duas camaradas continuavam recolhidas no galpão,
cada uma no seu quarto, as palhas pelo piso de tierra e a forragem em um
cocho – vasilha feita num tronco de
madeira escavada –, em outro cocho ficava a água
quando ele chegava já não
estavam mais deitadas
papá
entrava em cada um dos aposentos, escovava e alisava as três sem pressa, catava
carrapatos, ferimentos, algum sinal de descuido, dava atenção para que
estivessem bem alimentadas e dispostas para os arretamentos de espremer e
derramar
depois de agarrar da
cerca o laço enfiado no pescoço da Tormenta, atava as pernas
traseiras e o rabo da leiteira, puxava o banco no feitio do seu tamanho – siempre
do mesmo lado da leiteira – e sentava, lavava e secava o úbere com água morna e
um pano limpo, largava a bacia leiteira aos seus pés, cuspia nas mãos, esfregava
uma na outra em aquecimento e iniciava o serviço da ordenha enquanto puxava
assunto con la Tormenta, parecia saber que com uma boa conversa era mais
fácil espremer o leite daquela geniosa
seguia sua rotina de
ordenha todas as manhãs
descansava la cabeza
no flanco da leiteira, segurava a primeira teta com a mão direita – a esquerda
se agarrava logo depois –, estimulava o úbere e as tetas con sus manos,
massageando toda sua extensão, uma a uma, concentrando-se na porção final
em seguida, apertava a
parte superior da teta entre o polegar e o fura bolo, segurava firme com os
dois dedos, descendo até o final da teta, o leite saia em jatos para dentro da
bacia leiteira, soltava e voltava a espremer a parte superior da teta –
repetia, repetia e repetia –, vez que outra, molhava os dedos no leite da bacia
e voltava a espremer até esvaziar o úbere
esvaziada la Tormenta,
derramava o leite da bacia no balde com tampa, desamarrava o laço nas pernas e
no rabo da leiteira, levava a afeiçoada para o pasto, estava livre de mais
obrigações para o dia
era a vez de la Pastora
___________________Leia também:
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