volume III
O Caminho de Guermantes
Primeira Parte
Primeira Parte
A amizade e a admiração que Saint-Loup mostrava por mim pareciam-me indevidas e tinham-me deixado indiferente. De súbito, fizeram-se valiosas a meu ver; gostaria que ele as revelasse à Sra. de Guermantes. Seria capaz de lhe pedir que o fizesse. Pois, quando estamos apaixonados, todos os pequenos privilégios desconhecidos que possuímos, gostaríamos de poder divulgá-los à mulher a quem amamos, como fazem na vida os deserdados e os maçantes. Sofremos porque ela os ignora, buscamos consolar-nos dizendo para nós mesmos que, justamente por não serem visíveis, talvez ela acrescente à ideia que possui a nosso respeito essa possibilidade de vantagens que não conhece.
Há muito tempo Saint-Loup não podia vir a Paris, fosse, como dizia, por causa das
exigências do ofício, ou antes, devido aos desgostos que lhe causava a amante, com a qual
estivera já duas vezes a ponto de romper. Várias vezes me falara sobre o bem que lhe faria indo
vê-lo naquela guarnição cujo nome, dois dias depois que ele deixara Balbec, me causara tanta
alegria quando o li no envelope da primeira carta que dele recebera. Menos distante de Balbec do
que o daria a crer a paisagem tão terrestre, era uma dessas cidadezinhas aristocráticas e
militares, cercadas de uma vasta campina onde, quando faz bom tempo, tantas vezes flutua ao
longe uma espécie de vapor sonoro e intermitente que assim como uma cortina de choupos
desenha, com suas sinuosidades, o curso de um rio que não se vê revela as mudanças de lugar
de um regimento em manobras, que a própria atmosfera das ruas, das avenidas e das praças
acabou por contrair uma espécie de vibração permanente, musical e guerreira, e que o ruído mais
bruto de carroça ou de bonde nela se prolonga em vagos chamamentos de clarim,
indefinidamente repetidos, nos ouvidos alucinados pelo silêncio. Da mesma forma, não estava
situada tão longe de Paris que eu não pudesse, descendo do trem expresso, voltar para casa,
encontrar minha mãe e minha avó e dormir na minha cama. Tão logo o percebi, perturbado por
um desejo doloroso, tive muito pouca vontade para decidir não voltar a Paris e permanecer
naquela cidade; mas também muito pouca para impedir um empregado de elevar minha mala até
um fiacre e para não assumir, enquanto o acompanhava, a alma deserta de um viajante que cuida
de suas coisas e que nenhuma avó está esperando, para não subir para o carro com a
desenvoltura de alguém que, tendo deixado de pensar no que deseja, parece saber o que quer, e
para não dar ao cocheiro o endereço do quartel de cavalaria. Imaginava que Saint-Loup fosse
dormir aquela noite no hotel onde me hospedasse, a fim de me tornar menos angustioso o
primeiro contato com aquela cidade desconhecida. Um soldado de guarda foi procurá-lo e eu o
esperei à porta do quartel, diante daquela nave toda retumbante do vento de novembro e de onde
a cada momento, pois eram seis da tarde, homens saíam de dois em dois para a rua, vacilando
como se descessem a terra em algum porto exótico onde estivessem momentaneamente
desembarcados. Saint-Loup chegou, movendo e deixando voar em todos os sentidos o monóculo
à sua frente: eu não mandara dizer o meu nome, e estava impaciente para gozar a sua surpresa e
alegria.
- Ah, que pena! - exclamou ele, ao me ver de repente e tornando-se vermelho até a raiz
dos cabelos; acabei de tomar a minha semana de serviço e só poderei sair daqui a oito dias!
E, preocupado com a ideia de me ver passar sozinho essa primeira noite, pois sabia
melhor que ninguém das minhas angústias noturnas, que muitas vezes observara e suavizara em
Balbec, interrompia suas queixas para se voltar para mim, dirigir-me pequenos sorrisos, ternos
olhares desiguais, uns vindo diretamente de seus olhos, outros através do monóculo; e todos
eram uma alusão à emoção que sentia ao me rever, uma alusão também a essa coisa importante
que nem sempre eu entendia, mas que me importava agora: a nossa amizade.
- Meu Deus, onde é que você vai dormir? Na verdade, não lhe aconselho o hotel em que
fazemos as refeições, fica ao lado da Exposição onde as festas vão começar, e você estaria em
meio a uma multidão enlouquecida. Não, é preferível o Hotel de Flandres; é um pequeno palácio
do século XVIII com velhas tapeçarias. O que faz bastante o gênero de "velha mansão histórica".
A todo propósito Saint-Loup empregava o termo "faz" por "parece", porque a língua falada,
como a escrita, experimenta de tempos em tempos essa necessidade de alterações no sentido
das palavras, de requintes de expressão. E, da mesma maneira que muitas vezes os jornalistas
ignoram de que escola literária provêm as "elegâncias" de que se utilizam, assim também o
vocabulário e até a própria dicção de Saint-Loup eram formados pela imitação de três estetas
diversos, a nenhum dos quais ele conhecia, mas cujos modos de linguagem lhe haviam sido
inculcados de maneira indireta.
- Além disso, - concluiu - esse hotel está muito bem adaptado à sua hiperestesia auditiva.
Você não terá vizinhos. Reconheço que é uma vantagem mesquinha, e, como, em suma, um
outro viajante pode chegar aqui amanhã, não valeria a pena escolher esse hotel com vistas a um
resultado precário. Não, é devido a seu aspecto que o recomendo. Os quartos são muito
simpáticos, todos os móveis são antigos e confortáveis, ele possui algo de tranquilizador.
Mas para mim, menos artista que Saint-Loup, o prazer que pode proporcionar uma bela
morada era superficial, quase nulo, e não podia acalmar a minha angústia principiante, tão penosa
como a que eu tivera outrora em Combray quando minha mãe não vinha despedir-se de mim ou a
que sentira no dia de minha chegada a Balbec, no quarto excessivamente alto que cheirava a
vetiver. Saint-Loup a compreendeu devido ao meu olhar fixo.
- Mas você está pouco ligando, meu pobrezinho, a esse belo palácio; está tão pálido. E eu,
como um animal, lhe falo de tapeçarias que você nem mesmo tem ânimo de olhar. Conheço o
quarto onde você ficaria. Pessoalmente, acho-o muito alegre, mas percebo perfeitamente que
para você, com sua sensibilidade, não é nada disso. Não pense que o não compreendo; não sinto
a mesma coisa, mas sei muito bem me colocar no seu lugar.
Um suboficial que experimentava um cavalo no pátio, muito ocupado em fazê-lo saltar,
sem corresponder às continências dos soldados, mas cobrindo de injúrias os que se punham no
seu caminho, dirigiu naquele momento um sorriso a Saint-Loup e, ao vê-lo em companhia de um
amigo, cumprimentou. Mas seu cavalo se ergueu em toda a altura, espumando. Saint-Loup
lançou-se ao seu pescoço, pegou-o pelas rédeas, conseguiu acalmá-lo e voltou para junto de
mim.
- Sim disse -, asseguro-lhe que percebo tudo e que sofro com o que você sente. Sinto-me
infeliz. - acrescentou, pondo afetuosamente a mão no meu ombro - em pensar que, se pudesse
ficar perto de você, talvez conseguisse, conversando até de manhã, desfazer um pouco da sua
tristeza. Poderia emprestar-lhe muitos livros, mas você não conseguirá ler no estado em que está.
E nunca poderei conseguir que me substituam aqui; já fiz isso por duas vezes seguidas porque
minha garota havia chegado.
E franzia as sobrancelhas de aborrecimento e também devido ao esforço em procurar,
como um médico, que remédio poderia aplicar a meu mal.
- Corre para acender o fogo no meu quarto. - disse a um soldado que passava. - Vamos,
mais depressa, mexa-se.
Depois, voltou-se de novo para mim, e o monóculo e o olhar míope aludiam à nossa
grande amizade:
- Não! Você aqui, neste quartel onde tanto pensei em você! Não posso acreditar em meus
olhos, acho que estou sonhando. Em suma, está melhorzinho de saúde? Vai me contar tudo isto
daqui a pouco. Vamos subir para o meu quarto, não fiquemos muito tempo neste pátio, faz um
vento danado, eu nem sequer o sinto, mas você, que não está acostumado, receio que sinta frio.
E já começou o trabalho? Não? Você é engraçado! Se fosse dotado de suas inclinações, creio
que escreveria da manhã à noite. Diverte-se mais em não fazer nada. Que pena sejam os
medíocres como eu que estejam sempre prontos para trabalhar, e aqueles que o poderiam não
querem! E nem sequer lhe perguntei como está a senhora sua avó. Seu Proudhon já não me
deixa.
Um oficial, alto, belo, majestoso, apareceu a passos lentos e solenes de uma escada.
Saint-Loup o saudou e imobilizou a perpétua instabilidade do corpo enquanto mantinha a mão à
altura do quepe. Mas ele havia precipitado com tamanha força, endireitando-se com um
movimento tão seco, e, mal terminada a continência, fê-la recair com um puxão tão brusco,
mudando todas as posições da espádua, que esse momento foi menos de imobilidade que de
uma vibrante tensão onde se neutralizavam os movimentos excessivos que acabavam de se
produzir e aqueles que iam começar. Entretanto, o oficial, sem se aproximar, calmo, benevolente,
digno, imperial, representando em resumo o oposto de Saint-Loup, ergueu também, mas sem
pressa, a mão para o quepe.
- Preciso dizer uma palavra ao capitão. - sussurrou Saint-Loup -; tenha a gentileza de ir me
esperar em meu quarto; é o segundo à direita, no terceiro andar; estarei lá dentro de um
momento.
E, deixando-me a passo de carga, precedido pelo monóculo que voava em todos os
sentidos, marchou direto para o digno e vagaroso capitão, cujo cavalo traziam naquele instante, e
que, antes de se preparar para montar, dava algumas ordens com uma nobreza estudada de
gestos como num quadro histórico e como estivesse partindo para uma batalha do Primeiro
Império, quando apenas voltava para casa, na residência que havia alugado durante sua estada
em Doncieres, e que ficava numa praça denominada, como por uma ironia antecipada a esse
napoleônica, Praça da República! Avancei pela escada, quase escorregando a cada passo nos
degraus cheios de cravos, enquanto entrevia dormitórios de paredes nuas, com o duplo
alinhamento de camas e de equipamentos. Indicaram-me o quarto de Saint-Loup. Fiquei um
instante à frente da porta fechada, pois ouvia movimentos; mexiam numa coisa, deixavam cair
outra; sentia que o quarto não estava vazio e que lá havia alguém. Mas era apenas o fogo aceso
que ardia. O fogo não podia ficar tranquilo, movia a lenha, e isso de modo bem desajeitado.
Entrei; o fogo fez rolar uma chama e fumegar outra. E, mesmo quando não se mexia, fazia ouvir o
tempo todo, como as pessoas vulgares, barulhos que, no instante em que eu ouvia subir a chama,
se me afiguravam ruídos de fogo, mas que, se estivesse do outro lado da parede, julgaria que
proviessem de alguém que se assoasse e caminhasse. Por fim, sentei-me no quarto. Tapeçarias
de liberty e de velhos tecidos alemães do século XVIII o preservavam do cheiro que o restante do
prédio exalava, e que era grosseiro, insípido e corruptível como o do pão de rala. Era ali, naquele
quarto encantador, que eu teria jantado e dormido com ventura e sossego. Saint-Loup parecia se
achar quase presente, graças aos livros de trabalho que estavam na mesa ao lado de fotografias,
entre as quais reconheci a minha e a da Sra. de Guermantes, em virtude do fogo que acabara por
se acostumar à lareira e, como um animal deitado numa espera ardente, silenciosa e fiel, deixava
apenas cair, de vez em quando, uma brasa que se destroçava, ou lambia com uma chama a
parede da lareira. Ouvia o tique-taque do relógio de pulso de Saint-Loup, que não devia estar
muito longe de mim. Esse tique-taque mudava de lugar a todo instante, pois eu não via o relógio;
parecia vir de trás de mim, de diante, da direita, da esquerda, às vezes extinguir-se como se
proviesse de muito longe. De repente, descobri o relógio sobre a mesa. Então ouvi o tique-taque
num ponto fixo de onde ele não mais se moveu. Julgava ouvi-lo nesse lugar, mas não o ouvia, via-o, pois os sons não têm lugar. Pelo menos, associamo-los a movimentos e, assim, têm eles a
utilidade de nos avisar sobre estes, de parecer torná-los naturais e necessários. É certo que
ocorre às vezes que um doente, a quem taparam hermeticamente as orelhas, não ouve mais o
ruído de um fogo semelhante ao que naquele momento crepitava na lareira de Saint-Loup,
trabalhando para formar tições e cinzas que a seguir deixava cair sobre a grade; não ouve
também a passagem dos bondes, cuja música erguia voo, a intervalos regulares, sobre a grande
praça de Doncieres. Então, que o doente leia, e as páginas se virem silenciosamente como se
fossem folheadas por um deus. O pesado barulho de um banho que está sendo preparado se
atenua, aligeira-se e se afasta feito um murmúrio celeste. O recuo do barulho e seu atenuamento
tiram-lhe, quanto a nós, toda potência agressiva; ainda há pouco desesperados pelos golpes de
martelo que pareciam fazer desabar o teto sobre nossa cabeça, satisfazemo-nos agora em
recolhê-los, leves, remotos, cariciosos como um murmúrio de folhagens que brincam na rua com a
brisa. Jogamos paciência com cartas cujo rumor ninguém ouve, tanto assim que achamos não as
ter removido, que elas se movem sozinhas e, vindo ao encontro de nosso desejo de jogar com
elas, principiam a jogar conosco. E, a esse respeito, pode-se indagar se, quanto ao Amor (e
acrescentemos ao Amor o amor à vida, o amor à glória, visto que parece haver pessoas que
conhecem estes dois últimos sentimentos), não deveríamos agir como aqueles que, contra o
barulho, em vez de implorar que ele cesse, tapam os ouvidos; e, imitando-os, concentrar a nossa
defesa em nós próprios, dar-lhes como objeto de redução não a criatura exterior que amamos,
mas a nossa capacidade de sofrer por ela.
Voltando ao som: se reforçarmos ainda os tampões que fecham o conduto auditivo, eles
obrigam ao pianíssimo a moça que tocava uma ária turbulenta acima da nossa cabeça; se
untarmos um desses tampões com uma substância gordurosa, logo o seu despotismo é
obedecido pela casa inteira e suas leis se estendem para o lado de fora. O pianíssimo já não
basta, o tampão faz o piano fechar-se de imediato, e a aula de música termina bruscamente; o
senhor que andava sobre a nossa cabeça de súbito deixa de prosseguir em sua ronda; a
circulação dos carros e dos bondes é interrompida como se se esperasse um chefe de Estado. E
essa atenuação dos sons às vezes chega mesmo a perturbar o sono em vez de protegê-lo. Ontem
mesmo, os rumores incessantes, descrevendo-nos de modo contínuo os movimentos na rua e na
casa, acabavam por nos adormecer como um livro tedioso; hoje, na superfície de silêncio
estendida sobre o nosso sono, um choque mais forte que os outros chega a fazer-se ouvir, leve
como um suspiro, misterioso, sem laço com qualquer outro som. E o pedido de explicações que
acarreta é suficiente para nos despertar. Que se retirem de um doente, por um momento, os
algodões superpostos a seu tímpano, e de súbito a luz, o sol pleno do som se mostra de novo,
ofuscante, renasce no universo; a toda pressa regressa o povo dos rumores exilados; assiste-se à
ressurreição das vozes, como se elas fossem salmodiadas por anjos músicos. Num instante as
ruas vazias se enchem com as asas rápidas e sucessivas dos bondes cantores. No próprio
quarto, o doente acaba de criar não o fogo, como Prometeu, mas o ruído do fogo. E, aumentando
e afrouxando os tampões de algodão em rama, é como se, alternadamente, se acionassem um e
outro dos dois pedais ajuntados à sonoridade do mundo exterior.
Apenas, há igualmente supressões de ruído que não são momentâneas. Quem se tornou
totalmente surdo não pode sequer aquecer o leite a seu lado sem precisar ficar vigiando, na
vasilha destampada, o reflexo branco, hiperbóreo, semelhante ao de uma tempestade de neve, e
que é o sinal premonitório ao qual é prudente em obedecer, desligando, como o Senhor afastou
as águas, a tomada elétrica; pois já o ovo ascendente e espasmódico do leite que ferve está
cumprindo a sua cheia em movimentos oblíquos, infla e arredonda algumas velas meio reviradas
que a nata havia plissado, lança à tempestade uma de nácar; e a interrupção das correntes, se a
tempestade elétrica é conjurada a tempo, fará todas girarem sobre si mesmas e as largará à
deriva transformadas em pétalas de magnólia. Se o doente não tomar bem depressa as
precauções necessárias, em breve seus livros e o relógio, afundados, emergirão com esforço de
um mar branco após essa mascarada láctea, e ele será obrigado a chamar em seu auxílio a velha
criada que, mesmo que ele seja um ilustre político ou um grande escritor, lhe dirá que não tem
mais juízo que uma criança de cinco anos. Em outros momentos no quarto, mágica, diante da
porta fechada, uma pessoa que não estava ali agora há pouco faz a sua aparição; é um visitante
que não se ouviu entrar e que só faz gestos como num desses teatrinhos de marionetes, tão
repousantes para os que se aborreceram com a linguagem falada. E para aquele surdo total,
como a perda de um sentido acrescenta tanta beleza ao mundo como o não faria a sua aquisição,
é com delícias que ele passeia agora numa Terra quase edênica, onde o som ainda não foi
criado. As mais altas cascatas desenrolam, só para seus olhos, sua toalha de cristal, mais calmas
que o mar imóvel, puras como cataratas do Paraíso. Visto que o ruído era para ele, antes de sua
surdez, a forma perceptível que revestia a causa de um movimento, os objetos movidos sem
rumor parecem movidos sem causa; destituídos de toda qualidade sonora, mostram uma atividade
espontânea, parecem vivos; agitam-se, imobilizam-se, incendeiam-se por si mesmos. Levantam
voo por si próprios feito monstros alados da pré-história. Na casa solitária e sem vizinhos do
surdo, o serviço que, antes que a enfermidade fosse completa, já mostrava mais reserva e se
fazia silenciosamente está agora assegurado por mudos, com algo de sub-reptício, como ocorre
com um rei de féerie. Assim também, no mesmo cenário, o edifício que o surdo vê de sua janela
caserna, igreja, prefeitura não passa de uma decoração. Se um dia é demolido, poderá lançar
uma nuvem de poeira e escombros visíveis. Mas ainda menos material que um prédio de teatro,
de que no entanto não possui a magreza, cairá no universo mágico sem que o desmoronamento
de suas pesadas pedras de cantaria venha a macular a castidade do silêncio com a vulgaridade
de algum ruído.
continua na página 33...
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Leia também:
Volume 1
Volume 2
Volume 3
O Caminho de Guermantes (1a.Parte - A amizade e a admiração...)
Volume 7
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