quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Las poetisas del amor... Matilde Alba Swann (Argentina)

Las Poetisas del Amor (16)





Agora chuva tenho
tanta tristeza por dentro,
você não me diz nada
Eu só ouço você batendo

Meu pezinho trêmulo, com medo, enrolado.
Minha triste infância, meu mundo desabado.
Um pássaro sem asas, deitado ao pé de uma árvore.
A pobreza não tem perdão aos dez anos.




LLUVIA

Lluvia, hoy no te siento.
Hoy no eres nada
mas que agua vertical.
Apenas si te escucho
golpear el pavimento
y llamar con tu clave
sobre mi ventanal

Lluvia, hoy no eres nada
para mi desaliento
nocturno y abismal.

Cuando era niña hallaba
en tu cancion un cuento,
y ya en mi adolescencia
me diste un madrigal.
Ahora lluvia tengo
tanta tristeza adentro,
que no me dices nada
solo te oigo golpear.








POBREZA A LOS DIEZ AÑOS

Toda mi angustia tuvo la forma de un zapato.
de un zapatito roto, opaco, desclavado.
El patio de la escuela... Apenas tercer grado...
Qué largo fue el recreo, el más largo el año.
Yo sentía vergüenza de mostrar mi pobreza.
Hubiera preferido tener rotas las piernas
y entero mi calzado. Y allí contra una puerta
recostada, mirando, me invadía el cansancio
de ver cómo corrían los otros por el patio.

Zapatos con cordones, zapatos con tirillas,
todos zapatos sanos. Me sentía en pecado
vencida y diminuta, mi corazón sangrando...
Si supieran los hombres cuánto a los diez años
puede sufrir un niño por no tener zapatos...
Que anticipo de angustia. Todavía perdura
doliéndome el pasado. El patio de la escuela
y aquel recreo largo...

Mi piecesito trémulo, miedoso, acurrucado.
Mi infancia entristecida, mi mundo derrumbado.
Un pájaro sin alas, tendido al pie de un árbol.
La pobreza no tiene perdón a los diez años.






ESTA LLUVIA, EL PERDON, Y MIS ROSALES


Y la lluvia sonríe, canta dentro
del cristal que me habita
y repercute
sobre un suelo ya antiguo
en otras lluvias, y otras tardes miradas
desde lejos.
Mi ventana de ver el mundo, abierta,
y mi puerta a algún náufrago,
descubro
que no hay puertas,
que nunca hubo ninguna
para abrir, ni cerrar; que estuve afuera.
Y esta lluvia...
La tarde me habla quedo
como un hombre, cansado ya de días,
que repite y repite la aventura
no vivida,
y es su única aventura.
Que no sea la noche aún, imploro;
que esta penumbra se prolongue
y siga.
Que no llegue la sombra, que no arribe
la hora parda,
y el agua me columpia; recién nazco,
es temprano, necesito
de la gracia de un pétalo de tiempo,
del milagro de dar
mi voz exacta.
Un rocío ya apenas, esta lluvia
se ha quedado fulgiendo
en las corolas
amarillas y rojas de mi patio.
En cada gota –yo te absuelvo– escucho,
de la espina y la herida
que causaste.
Esta lluvia, el perdón, y mis rosales.
Emplumada de gris, vuela la tarde.



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Matilde Alba Swann - (1912-2000)

Matilde Alba Swann é o pseudônimo de Matilde Kirilovsky de Creimer. (2/24/12 -9/13/00), filha de Alaquin Kirilovsky e Emma Ioffe. Casada com Samuel Creimer, cinco filhos; Advogada (1933), recebida aos 21 anos na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Nacional de La Plata.

O jornal El Día de La Plata, em sua edição de 9 de dezembro de 1933, publicou a seguinte notícia:
“A cada vez mais acentuada participação feminina nas diversas atividades da vida pública, incorpora uma advogada no fórum de La Plata cuja inteligência e dinamismo serão mais uma prova da importância da contribuição das mulheres na gestão cidadã. É isso que faz almejar a sua notável carreira profissional, os brilhantes exames finais com os quais a Dra. Matilde Kirilovsky, recém-formada pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da nossa Universidade."Exerceu a profissão por mais de 50 anos com o respeito e carinho de seus colegas. Foi assessora em questões de minorias do Ministério de Ação Social e do ex-governador da Província de Buenos Aires Dr. Eduardo Duhalde.

Na década de 1940, ela se casou com Samuel Creimer, com quem teve cinco filhos. Mas Matilde não estava muito interessada em levar o sobrenome do marido, então ela se inventou, escolhendo como pseudônimo o sobrenome imaginado por Marcel Proust, no primeiro volume da saga Em Busca do Tempo Perdido : “No caminho de Swann ”. Matilda não seria mais “de” Creimer ou - talvez - Kirilovsky. Seria Swann. Matilde Alba Swann.

Sua obsessão com a infância e as questões das minorias a levou a servir como presidente da Comissão de Minorias da Ordem dos Advogados. Foi assessora sobre os mesmos temas no Ministério da Ação Social, no Ministério da Saúde e em diversos governadores da Província de Buenos Aires.

No exercício da profissão, há mais de 50 anos, Matilde é lembrada por ter intervindo como advogada criminal em um dos primeiros casos, em que uma mulher de La Plata foi absolvida de um crime. Refiro-me ao caso (denominado erroneamente de uxoricídio) de Remberta Nieves, uma mulher que matou o marido, farta de sofrer depois de ser submetida à violência diária contínua. Matilde conseguiu a absolvição da mulher expondo um dos primeiros casos em que a violência bestial de gênero foi causa de legítima defesa ou emoção violenta.

Como jornalista, ela colaborou com a imprensa local, escrevendo para colunas de literatura e direito para jornais como a Capital de Mar del Plata e El Día de La Plata. Foi também radialista em temas de literatura, na Rádio Província de Buenos Aires e na Universidade de La Plata.

Em 1982 decidiu cobrir a guerra das Malvinas para o jornal "El Día"; então ele viajou para as ilhas como correspondente de guerra. Dessa experiência, além de suas crônicas, surgiram diversos textos e poemas inéditos.

Já no final dos seus dias em poema, Matilde anuncia a despedida: “Quando já tinha cinco filhos e já se completou oito netos e se continua a escrever com a alegria infantil de fazê-lo, é porque a poesia ama e deve continuar a amá-la ... certamente até o momento do cipreste e mais além ... ”.

Morreu em La Plata, aos 88 anos. Era 13 de setembro de 2000.

sua neta Virginia Creimer é a renomada médica legista que foi perita em casos pendentes como Luciano Arruga ou no recente desaparecimento de Facundo Astudillo Castro. Obviamente, nessa linhagem, ser mulher e militante é um modo de vida.

Na poesia, ele publica oito livros de poemas: Song and Scream (1955); Salmo do retorno (1956); Madeira para minha manhã (1957); Trânsito do infinito em (1959); Coral and Swirl (1960), Grillo y Cuna (1971); Com um filho debaixo do braço (1978); Crônica de mim mesmo 1980. Recebe inúmeros prêmios, menções e homenagens, entre os quais se destacam sua promoção ao Prêmio Nobel de Literatura 1992; o Prêmio Santa Clara de Asís de 1991; Prêmio Província de Buenos Aires -poesia- 1991; recebe um da primeira "Ordem da Boa Vizinhança", Prêmio Municipal de Literatura de La Plata; 3º Prêmio de poesia Augusto Mario Delfino, faixa de honra da Sociedade de Escritores da Província; Oferta das instituições representativas e forças vivas de La Plata por sua dedicação como poeta eminente e eterno defensor das minorias - Recebeu a estatueta Stella Maris. Foi júri de galardões nacionais como "Forti Glori", provinciais e municipais; Menção do Clube Universitário de La Plata; Menção da Associação Feminina de Jornalistas do Peru; Foi membro da comissão honorária do Primeiro Encontro Latino-Americano de Poetas; Ela foi designada Mulher Notável da Comunidade, pelo Ramo do Rotary International La Plata; Prêmio Dedicação à Minoria concedido pelo Ateneu; Rotariano; a Biblioteca Braille traduziu seu último livro para Braille; Segundo prêmio para o prêmio Almafuerte; 2ª Prêmio Município de La Plata de Poesia Ilustrada - 1971; 3º Prêmio Poesia

Município Ilustrado de La Plata; 2ª Prêmio Associação Judicial de Buenos Aires.



La sensualidad de Matilde Alba Swann 
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