O Festival de Besteira
O Maior Festival de Besteira que já Assolou e voltou Assolar o País
Coisas ótimas têm ocorrido no estado do Paraná, prenhes de belas demonstrações da ala paranaense do Festival de Besteira que Assola o País. Principalmente depois que o coronel Pitombo resolveu ser crítico cinematográfico de araque e vive de viatura a rodar de um cinema para o outro, apreendendo filme que tem beijo.
O Maior Festival de Besteira que já Assolou e voltou Assolar o País
Depósito bancário
Coisas ótimas têm ocorrido no estado do Paraná, prenhes de belas demonstrações da ala paranaense do Festival de Besteira que Assola o País. Principalmente depois que o coronel Pitombo resolveu ser crítico cinematográfico de araque e vive de viatura a rodar de um cinema para o outro, apreendendo filme que tem beijo.
Tem cada cara dodói, que eu vou te contar!
Mas o episódio para o qual peço espaço foge um pouco ao comum e tem provocado os mais variados comentários em Curitiba, onde o pessoal inscrito no Sindicato de Gozação se diverte a valer. Deu-se que Curitiba tem agora um banco bacanérrimo, todo de vidro, que parece até um aquário com os peixinhos (funcionárias) lá dentro. Claro que é um banco da turma do Nei Braga, conhecido pela plebe ignara e pelos depositantes em geral, pela sigla Banímpar.
Tão alinhado é o banco que passou a ser até visitado por turistas mixurucas, isto é, curiosos que ficam do lado de fora, olhando pelo vidro o pessoal lá dentro. E eis senão quando — movido por vingança ou simples maluquice (até agora não foi apurado) — um cidadão entrou no banco com vontade de ir ao banheiro mas, ao invés de se encaminhar para o dito, usou o tapete da entrada principal, onde deixou um montículo constrangedor e provocou o maior pânico. Na hora em que produzia o montículo o movimento era intenso, houve correria de senhoras, protesto de senhores, o gerente ficou indeciso e quase dá o alarma de assalto, mas depois recuou porque o que o cara estava fazendo no tapete não era assalto não. Enfim, foi uma confusão dos diabos.
O cara que fez o estranho depósito no banco da turma do Nei Braga está preso, mas chovem os comentários jocosos. Dizem que, no ato do depósito, telefonaram para o governador contando o fato e usando o verbo vulgar para definir o que o cara fizera “pra o banco”. E o governador gritou:
— Mas isto é um problema da Sumoc!* — provavelmente achando que o verbo fora usado no sentido figurado.
Outros gozadores afirmam que o coronel Pitombo está investigando para ver se não é agente comunista o autor da façanha, já que o apelido de Pitombo agora é “007 de Curitiba”. E há quem afirme que o guarda que foi colocado na porta do Banímpar é para impedir que o caso se repita. Há quem afirme que o guarda foi posto ali para fornecer papel aos próximos depositantes.
De qualquer forma, foi um escândalo danado. Tendo — inclusive — o banco fechado, logo após o acontecimento. Uns dizem que fechou para balanço. Outros dizem que fechou para descarga.
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Leia também:
Stanislaw PP - FeBeAPá: O Festival de Besteira (1)
Stanislaw PP - FeBeAPá: O Festival de Besteira (2)
Stanislaw PP - FeBeAPá: O Festival de Besteira (3)
Stanislaw PP - FeBeAPá: O Festival de Besteira (4)
Stanislaw PP - FeBeAPá: O puxa-saquismo desvairado
Stanislaw PP - FeBeAPá: Meio a meio
Stanislaw PP - FeBeAPá: O informe secreto
Stanislaw PP - FeBeAPá: Nas tuberosidades isquiáticas
Stanislaw PP - FeBeAPá: A conspiração
Stanislaw PP - FeBeAPá: Desrespeito à região glútea
Stanislaw PP - FeBeAPá: Garotinho corrupto
Stanislaw PP - FeBeAPá: Por trás do biombo
Stanislaw PP - FeBeAPá: “O general taí”
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* Superintendência da Moeda e do Crédito: autoridade monetária em atividade antes do Banco Central.
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* Superintendência da Moeda e do Crédito: autoridade monetária em atividade antes do Banco Central.
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SÉRGIO PORTO nasceu no Rio de Janeiro em 1923 e morreu na mesma cidade em 1968. Foi cronista, radialista, homem de teatro e TV, compositor. Conhecido nacionalmente por meio do pseudônimo Stanislaw Ponte Preta, publicou, além de Febeapá, coletâneas de crônicas, textos sobre futebol, entre outros.
SÉRGIO PORTO nasceu no Rio de Janeiro em 1923 e morreu na mesma cidade em 1968. Foi cronista, radialista, homem de teatro e TV, compositor. Conhecido nacionalmente por meio do pseudônimo Stanislaw Ponte Preta, publicou, além de Febeapá, coletâneas de crônicas, textos sobre futebol, entre outros.
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