sexta-feira, 31 de julho de 2020

Stendhal - O Vermelho e o Negro: A Mansão de La Mole (IV-1)

Livro II 

Ela não é galante,
não usa ruge algum.

Sainte-Beuve



Capítulo IV

A MANSÃO DE LA MOLE


Que faz ele aqui? Estaria satisfeito? Pensaria agradar?

RONSARD




SE TUDO PARECIA ESTRANHO A JULIEN, no nobre salão da mansão de La Mole, esse jovem, pálido e vestido de preto, parecia por sua vez muito singular às pessoas que se dignavam notá-lo. A sra. de La Mole propôs ao marido enviá-lo em missão nos dias em que certos personagens viessem jantar. 

– Pretendo levar a experiência até o fim, respondeu o marquês. O abade Pirard afirma que agimos mal ferindo o amor-próprio das pessoas que admitimos em nossa casa. A gente não se apoia senão sobre o que resiste etc. Este jovem só é inconveniente por sua figura desconhecida; de resto, é um surdo-mudo.

Para que eu possa orientar-me, pensou Julien, preciso escrever os nomes e uma frase sobre o caráter dos personagens que vejo chegar a este salão.
Colocou na primeira linha cinco ou seis amigos da casa, que invariavelmente o cortejavam, acreditando-o protegido por um capricho do marquês. Eram uns pobres-diabos, mais ou menos vulgares; mas, cumpre dizer em honra dessa classe de homens que hoje se encontram nos salões da aristocracia, eles não eram vulgares de maneira igual para todos. Alguns, que se deixariam ser tratados com aspereza pelo marquês, revoltar-se-iam contra uma palavra dura dirigida pela sra. de La Mole.
Havia muito orgulho e muito tédio no fundo do caráter dos donos da casa; estavam acostumados a ultrajar por desfastio, para que pudessem esperar verdadeiros amigos. Mas, exceto nos dias de chuva e nos momentos de tédio feroz, que eram raros, demonstravam sempre uma polidez perfeita.
Se os cinco ou seis aduladores que mostravam a Julien uma amizade tão paterna desertassem da mansão de La Mole, a marquesa estaria exposta a grandes momentos de solidão; e, para as mulheres dessa condição, a solidão é terrível; é o emblema da desgraça.
O marquês era perfeito para a mulher; cuidava para que seu salão estivesse suficientemente guarnecido; não de pares, ele achava que os novos colegas não eram bastante nobres para virem à sua casa como amigos, e não tão divertidos para serem admitidos como subalternos.
Foi só bem mais tarde que Julien penetrou esses segredos. A política dirigente, assunto de conversa das casas burguesas, não é abordada nas da classe do mar quês senão nos momentos de aflição.
Mesmo neste século entediado, tamanha é ainda a necessidade de divertir-se que, inclusive nos dias de jantares, todos debandavam assim que o marquês deixava o salão. Contanto que não se falasse mal de Deus, nem dos padres, nem do rei, nem das pessoas distintas, nem dos artistas protegidos pela corte, nem de tudo que está estabelecido; contanto que não se falasse bem nem de Béranger, nem dos jornais da oposição, nem de Voltaire, nem de Rousseau, nem de tudo o que se permite quem não tem papas na língua; contanto, principalmente, que jamais se falasse de política, podia-se discorrer livremente sobre tudo.
Não há cem mil escudos de renda nem condecoração que possam lutar contra essa carta de princípios de salão. A menor ideia viva parece uma grosseria. Apesar do bom-tom, da polidez perfeita, da vontade de ser agradável, o tédio lia-se em todas as faces. Os jovens que vinham cumprir deveres, com receio de falarem de algo que fizesse suspeitar um pensamento, ou de traírem alguma leitura proibida, calavam-se após algumas palavras elegantes sobre Rossini e as condições do tempo.
Julien observou que a conversação era mantida viva por dois viscondes e cinco barões que o sr. de La Mole conhecera na emigração [1]. Esses senhores desfrutavam de seis a oito mil libras de renda; quatro eram partidários do La Quotidienne, e três da Gazette de France. Um deles tinha sempre uma anedota a contar do palácio, na qual a palavra admirável não era poupada. Julien observou que ele tinha cinco condecorações, os outros tinham em geral apenas três.
Em troca, viam-se na antecâmara dez lacaios de libré, e durante toda a noite eram servidos chá ou sorvetes a cada quarto de hora, mais uma espécie de ceia com champanha, à meia-noite.
Era a razão que fazia Julien permanecer às vezes até o final; de resto, ele quase não compreendia que pudessem escutar a sério a conversação ordinária daquele salão, tão magnificamente dourado. Às vezes, observava os interlocutores para ver se eles próprios não zombavam daquilo que diziam. O meu de Maistre, que sei de cor, disse cem vezes melhor, ele pensava, e ainda assim é um chato.
Julien não era o único a perceber a asfixia moral. Uns consolavam-se tomando sorvetes, outros, pelo prazer de dizer ao fim da noitada: saio da mansão de La Mole, onde soube que a Rússia, etc.
Julien ficou sabendo, por um dos aduladores, que não fazia ainda seis meses que a sra. de La Mole recompensara uma assiduidade de mais de vinte anos fazendo governador o pobre barão Le Bourguignon, vice-governador desde a Restauração.
Esse grande acontecimento reforçara o zelo de todos esses senhores; antes, teriam se ofendido por muito pouco, agora não se ofendiam por mais nada. Raramente a falta de consideração era direta, mas Julien já surpreendera à mesa dois ou três pequenos diálogos breves, entre o marquês e a esposa, cruéis para os que estavam sentados perto deles. Esses nobres personagens não dissimulavam o desprezo sincero por tudo que não proviesse de pessoas que subiam nas carruagens do rei. Julien observou que a palavra cruzada era a única que dava à expressão deles uma seriedade profunda, mesclada de respeito. O respeito ordinário tinha sempre um traço de complacência.
Em meio a essa magnificência e a esse tédio, Julien interessava-se apenas pelo sr. de La Mole; com prazer, ouviu-o um dia protestar que nada tinha a ver com a promoção daquele pobre Le Bourguignon. Era uma atenção para com a marquesa: Julien sabia a verdade pelo abade Pirard.
Uma manhã em que o abade ocupava-se junto com ele, na biblioteca do marquês, do eterno processo de Frilair, Julien perguntou de repente:

– Senhor, jantar diariamente com a sra. marquesa é um de meus deveres ou é uma cortesia que fazem para mim?

– É uma honra insigne!, respondeu o abade, escandalizado. O sr. N..., o acadêmico, que há quinze anos faz uma corte assídua, nunca obteve isso para seu sobrinho Tanbeau.

– Para mim, senhor, é a parte mais penosa de meu emprego. No seminário entediava-me menos. Às vezes, vejo até a srta. de La Mole bocejar, ela que deve estar acostumada à amabilidade dos amigos da casa. Tenho medo de adormecer. Por favor, obtenha-me a permissão de ir jantar por quarenta vinténs em algum albergue obscuro.

O abade, verdadeiro novo-rico, era muito sensível à honraria de jantar com um grande senhor. Enquanto procurava fazer Julien compreender esse sentimento, um ruí do leve os fez voltar a cabeça. Julien viu a srta. de La Mole, que escutava. Ele corou. Ela viera buscar um livro e ouvira tudo, mas teve alguma consideração por Julien: Este não nasceu ajoelhado, pensou, como esse velho abade. Santo Deus, como ele é feio!
No jantar, Julien não ousava olhar para a srta. de La Mole, mas ela teve a bondade de dirigir-lhe a palavra. Naquele dia, esperava-se muita gente, ela o convidou a ficar. As moças de Paris não gostam muito das pessoas de uma certa idade, sobretudo quando se vestem sem cuidado. Julien não precisou de muita sagacidade para perceber que os colegas do sr. Le Bourguignon, que ficaram no salão, tinham a honra de ser o objeto ordinário dos gracejos da srta. de La Mole. Naquele dia, houvesse ou não fingimento da parte dela, ela foi cruel com os enfadonhos.
A srta. de La Mole era o centro de um grupinho que se formava quase todas as noites atrás da imensa bergère da marquesa. Ali reuniam-se o marquês de Croisenois, o conde de Caylus, o visconde de Luz e dois ou três outros jovens oficiais, amigos de Norbert ou de sua irmã. Esses senhores sentavam-se num grande canapé azul. Na extremidade do canapé, oposta àquela ocupada pela brilhante Mathilde, sentava-se silenciosamente Julien numa cadeira de palha bastante baixa. Esse posto modesto era invejado por todos os aduladores; Norbert mantinha ali decentemente o jovem secretário do pai, dirigindo-lhe a palavra ou nomeando-o uma ou duas vezes por noitada. Naquele dia, a srta. de La Mole perguntou-lhe qual podia ser a altura do monte sobre o qual está colocada a cidadela de Besançon. Julien não tinha como dizer se esse monte era mais ou menos elevado que Montmartre. Com frequência ele ria com gosto do que diziam nesse grupinho; mas sentia-se incapaz de inventar alguma coisa de semelhante. Era como uma língua estrangeira que ele compreendesse, mas que não pudesse falar. Os amigos de Mathilde, naquele dia, não paravam de hostilizar as pessoas que chegavam no vasto salão.
Os amigos da casa foram inicialmente os mais visados, por serem mais bem conhecidos. Pode-se imaginar o quanto Julien estava atento; tudo lhe interessava, tanto o que era dito como a maneira de gracejar.

– Ah! Ali está o sr. Decoulis, disse Mathilde, não usa mais peruca; será que quer chegar a ser governador pelo gênio? Ostenta aquela cabeça calva, que ele diz repleta de altos pensamentos.

– É um homem que conhece a terra inteira, disse o marquês de Croisenois; ele também vai à casa de meu tio, o cardeal. É ca paz de cultivar uma mentira junto a cada um de seus amigos, durante anos seguidos, e ele tem duzentos ou trezentos amigos. Sabe alimentar a amizade, é seu talento. Tal como o estão vendo, é capaz de ficar enlameado à porta de um dos amigos, desde as sete horas da manhã, no inverno. De vez em quando desentende-se, e então escreve sete ou oito cartas desaforadas. Depois reconcilia-se, e são mais sete ou oito cartas com transportes de amizade. Mas é na manifestação franca e sincera de homem de bem que não guarda ressentimentos que ele brilha mais. Usa essa manobra quando tem algum serviço a pedir. Um dos vigários do meu tio é admirável quando conta a vida do sr. Descoulis desde a Restauração. Vou trazê-lo aqui.

– Bah! Eu não acreditaria nessas conversas; é ciúme de ofício entre a arraia miúda, disse o conde de Caylus.

– O sr. Decoulis terá um nome na história, continuou o marquês; fez a Restauração com o abade de Pradt e os srs. de Talleyrand e Pozzo di Borgo.

– Esse homem manipulou muito dinheiro, disse Norbert, e não concebo que venha aqui embolsar os epigramas de meu pai, geralmente abomináveis. Este um dia lhe gritava, de uma ponta à outra da mesa: quantas vezes traiu seus amigos, meu caro Descoulis?

– Mas é verdade que ele traiu?, disse a srta. de La Mole. Quem nunca traiu?

– Olhe! disse o conde de Caylus a Norbert, você tem em sua casa o sr. Sainclair, o famoso liberal; que dia bos vem fazer aqui? Preciso aproximar-me dele, falar-lhe, fazê-lo falar-me; dizem que tem muito espírito.

– Mas como tua mãe irá recebê-lo?, disse o sr. de Croisenois. Ele tem ideias tão extravagantes, tão generosas, tão independentes...

– Vejam ali esse homem independente, disse a srta. de La Mole, curvando-se quase até o chão diante do sr. Descoulis e pegando-lhe a mão. Cheguei a pensar que ia levá-la aos lábios.

– Descoulis deve estar melhor com o poder do que imaginamos, comentou o sr. de Croisenois.

– Sainclair vem aqui para entrar na Academia, disse Norbert; veja como ele cumprimenta o barão L..., Croisenois.

– Seria menos servil se se ajoelhasse, disse o sr. de Luz.

– Meu caro Sorel, disse Norbert, você que tem espírito, mas que chega das montanhas, jamais cumprimente como o faz esse grande poeta, ainda que se trate de Deus Pai.

– Ah! Eis ali um homem de espírito por excelência, o sr. barão Bâton, disse a srta. de la Molle, imitando um pouco a voz do lacaio que acabava de anunciá-lo.

– Acho que até seus serviçais zombam dele. Que nome, barão Bâton [Bastão]! disse o sr. de Caylus.

– Que importa o nome?, ele nos dizia outro dia. Imaginem o duque de Bouillon [Bolha] anunciado pela primeira vez; falta ao público, em relação a mim, somente um pouco de hábito...

Julien deixou a companhia do canapé. Pouco sensível ainda aos charmes de uma zombaria leve para rir de um gracejo, exigia que este tivesse um motivo. Nas palavras daqueles jovens, não via senão um tom de difamação geral, e estava chocado com isso. Sua pudicícia provinciana ou inglesa chegava a ver naquilo inveja, no que seguramente se enganava.




continua página 181...
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ADVERTÊNCIA DO EDITOR

Esta obra estava prestes a ser publicada quando os grandes acontecimentos de julho [de 1830] vieram dar a todos os espíritos uma direção pouco favorável aos jogos da imaginação. Temos motivos para acreditar que as páginas seguintes foram escritas em 1827.

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Henri-Marie Beylemais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 — Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês reputado pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.
Órfão de mãe desde 1789, criou-se entre seu pai e sua tia. Rejeitou as virtudes monárquicas e religiosas que lhe inculcaram e expressou cedo a vontade de fugir de sua cidade natal. Abertamente republicano, acolheu com entusiasmo a execução do rei e celebrou inclusive a breve detenção de seu pai. A partir de 1796 foi aluno da Escola central de Grenoble e em 1799 conseguiu o primeiro prêmio de matemática. Viajou a Paris para ingressar na Escola Politécnica, mas adoeceu e não pôde se apresentar à prova de acesso. Graças a Pierre Daru, um parente longínquo que se converteria em seu protetor, começou a trabalhar no ministério de Guerra.
Enviado pelo exército como ajudante do general Michaud, em 1800 descobriu a Itália, país que tomou como sua pátria de escolha. Desenganado da vida militar, abandonou o exército em 1801. Entre os salões e teatros parisienses, sempre apaixonado de uma mulher diferente, começou (sem sucesso) a cultivar ambições literárias. Em precária situação econômica, Daru lhe conseguiu um novo posto como intendente militar em Brunswick, destino em que permaneceu entre 1806 e 1808. Admirador incondicional de Napoleão, exerceu diversos cargos oficiais e participou nas campanhas imperiais. Em 1814, após queda do corso, se exilou na Itália, fixou sua residência em Milão e efetuou várias viagens pela península italiana. Publicou seus primeiros livros de crítica de arte sob o pseudônimo de L. A. C. Bombet, e em 1817 apareceu Roma, Nápoles e Florença, um ensaio mais original, onde mistura a crítica com recordações pessoais, no que utilizou por primeira vez o pseudônimo de Stendhal. O governo austríaco lhe acusou de apoiar o movimento independentista italiano, pelo que abandonou Milão em 1821, passou por Londres e se instalou de novo em Paris, quando terminou a perseguição aos aliados de Napoleão.
"Dandy" afamado, frequentava os salões de maneira assídua, enquanto sobrevivia com os rendimentos obtidos com as suas colaborações em algumas revistas literárias inglesas. Em 1822 publicou Sobre o amor, ensaio baseado em boa parte nas suas próprias experiências e no qual exprimia ideias bastante avançadas; destaca a sua teoria da cristalização, processo pelo que o espírito, adaptando a realidade aos seus desejos, cobre de perfeições o objeto do desejo.
Estabeleceu o seu renome de escritor graças à Vida de Rossini e às duas partes de seu Racine e Shakespeare, autêntico manifesto do romantismo. Depois de uma relação sentimental com a atriz Clémentine Curial, que durou até 1826, empreendeu novas viagens ao Reino Unido e Itália e redigiu a sua primeira novela, Armance. Em 1828, sem dinheiro nem sucesso literário, solicitou um posto na Biblioteca Real, que não lhe foi concedido; afundado numa péssima situação económica, a morte do conde de Daru, no ano seguinte, afetou-o particularmente. Superou este período difícil graças aos cargos de cônsul que obteve primeiro em Trieste e mais tarde em Civitavecchia, enquanto se entregava sem reservas à literatura.
Em 1830 aparece sua primeira obra-prima: O Vermelho e o Negro, uma crónica analítica da sociedade francesa na época da Restauração, na qual Stendhal representou as ambições da sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração. Em 1839 publicou A Cartuxa de Parma, muito mais novelesca do que a sua obra anterior, que escreveu em apenas dois meses e que por sua espontaneidade constitui uma confissão poética extraordinariamente sincera, ainda que só tivesse recebido o elogio de Honoré de Balzac.
Ambas são novelas de aprendizagem e partilham rasgos românticos e realistas; nelas aparece um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e o seu confronto com as suas convenções e ideais, no que muito possivelmente se reflete em parte a personalidade do próprio Stendhal.
Outra importante obra de Stendhal é Napoleão, na qual o escritor narra momentos importantes da vida do grande general Bonaparte. Como o próprio Stendhal descreve no início deste livro, havia na época (1837) uma carência de registos referentes ao período da carreira militar de Napoleão, sobretudo a sua atuação nas várias batalhas na Itália. Dessa forma, e também porque Stendhal era um admirador incondicional do corso, a obra prioriza a emergência de Bonaparte no cenário militar, entre os anos de 1796 e 1797 nas batalhas italianas. Declarou, certa vez, que não considerava morrer na rua algo indigno e, curiosamente, faleceu de um ataque de apoplexia, na rua, sem concluir a sua última obra, Lamiel, que foi publicada muito depois da sua morte.
O reconhecimento da obra de Stendhal, como ele mesmo previu, só se iniciou cerca de cinquenta anos após sua morte, ocorrida em 1842, na cidade de Paris.


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Leia também:
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Os Prazeres do Campo (I-2)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Entrada na Sociedade (II)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Os Primeiros Passos (III)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: A Mansão de La Mole (IV-1)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: A Mansão de La Mole (IV-2)

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[1] Stendhal refere-se aos aristocratas que foram obrigados a emigrar a partir do momento da radicalização do processo revolucionário na França quando da decapitação de Luís XVI em 21 de janeiro de 1793. (N.E.)


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