segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 6 — Um Raio de Esperança

Edgar Allan Poe - Contos




Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837




6 — Um Raio de Esperança





Enquanto estivemos junto na caixa, Augusto apenas me contou os acontecimentos mais importantes deste relato, e só mais tarde soube todos os pormenores. Receava que notassem a sua ausência e eu sentia uma impaciência ardente de deixar a minha prisão. Resolvemos dirigir-nos imediatamente para a abertura do tabique, junto da qual eu devia ficar, enquanto ele ia em reconhecimento. Nem um nem outro conseguíamos suportar a ideia de abandonar Tigre. No entanto, acaso podíamos agir de outra maneira? O animal parecia agora perfeitamente calmo e, encostando o ouvido à caixa, nem sequer ouvíamos o ruído da sua respiração. Estava convencido que estava morto e decidi abrir a porta. Encontramo-lo deitado ao comprido, como que mergulhado num sono profundo, mas ainda vivo. Não há dúvida que não tínhamos tempo a perder, mas eu não conseguia abandonar, sem um último esforço para o salvar, um animal que por duas vezes me salvara a vida. Assim, arrastamo-lo connosco penosamente. Augusto foi obrigado, a maior parte do tempo a saltar por cima dos obstáculos que obstruíam o nosso caminho com o enorme cão nos braços, o que requeria uma força e habilidade de que eu, no meu estado de esgotamento era totalmente incapaz. Chegamos finalmente à abertura, através da qual Augusto passou, seguido pelo Tigre que tivemos que empurrar. Tudo corria pelo melhor, estávamos sãos e salvos e não esquecemos de dar graças a Deus por nos ter livrado de um perigo iminente. Decidimos que, de momento, eu ficaria junto da abertura, através da qual o meu camarada podia, facilmente, passar-me uma parte da sua ração diária e onde eu poderia respirar uma atmosfera mais pura, isto é, relativamente pura. 

Para melhor compreensão de algumas partes do meu relato, durante o qual tanto falei da arrumação da carga do brigue, e que podem parecer obscuras a alguns leitores, devo esclarecer que a maneira como esta importante tarefa foi feita a bordo do Grampus, era um vergonhoso exemplo da negligência do capitão Barnard, que não era um marinheiro suficientemente cuidadoso e experimentado para a natureza arriscada do seu cargo. Uma arrumação deve ser feita com um método cuidadoso, ocorrendo a maior parte dos acidentes, tanto quanto sei, por negligência ou ignorância na realização desta tarefa. Os navios costeiros, na confusão e movimento que acompanham a carga e descarga, são os mais sujeitos a azares por falta de atenção na arrumação. O mais importante é não deixar ao lastro ou à carga possibilidade de se mover, mesmo no meio dos mais violentos temporais. Tendo isto em vista, deve-se dar a maior atenção não só à carga, mas também à sua natureza, e se é uma carga completa ou parcial. 

Na maioria dos fretes, a arrumação faz-se por meio de um macaco manual. Assim, se se trata de uma carga de tabaco ou de farinha, o conjunto é tão comprimido no porão do navio que os barris ou os sacos, quando são descarregados, estão completamente achatados e só passado algum tempo retomam a sua forma inicial. Recorre-se a este método, em especial, para obter mais espaço no porão, pois com uma carga completa de mercadorias como o tabaco e a farinha não pode haver folgas, e não há qualquer perigo da carga oscilar, ou pelo menos, não há inconvenientes graves. Na verdade, houve casos em que este processo de compressão com macaco teve trágicas consequências, mas devido a causas completamente alheias aos perigos da arrumação da carga. Sabe-se, por exemplo, que uma carga de algodão, apertado e comprimido, pode, em certas circunstâncias, pelo aumento de volume, provocar rachas no navio, por onde a água penetra. O mesmo pode acontecer com o tabaco, quando sofre a fermentação normal, se não fossem os interstícios que se formam normalmente na parte arredondada dos fardos. 

O perigo de movimento é de recear, especialmente quando se embarcam cargas parciais, sendo necessário tomar todas as precauções para o evitar. Só quem já enfrentou uma violenta tempestade ou, melhor ainda, quem sentiu o balouçar de um navio, quando uma súbita acalmia se sucede à borrasca, pode fazer uma ideia da força terrível das águas. É então que a necessidade de uma arrumação bem feita de uma carga parcial se torna manifesta. Quando um navio se põe de capa (sobretudo com uma vela de proa pequena), se o casco não estiver bem construído, é frequentemente lançado para um dos lados, o que pode acontecer de vinte em vinte minutos, mais ou menos, sem que daí resultem consequências graves, desde que a arrumação esteja bem feita. Mas, se não houve o cuidado necessário, à primeira destas enormes guinadas, toda a carga rola para o lado do navio apoiado na água e, não conseguindo retomar o equilíbrio, como o faria sem este incidente, acaba por meter água e naufragar. Pode-se afirmar, sem exagero, que metade dos casos de naufrágios em temporais, se deveram a um deslocamento da carga ou do lastro. 

Quando se põe a bordo uma carga parcial, seja de que espécie for, o conjunto, depois de ter sido arrumado da maneira mais compacta possível, deve ser coberto com uma série de pranchas móveis, a toda a largura do navio. Sobre as pranchas devem colocar-se pesadas escoras provisórias, até ao teto, prendendo assim cada coisa ao seu lugar. Nos carregamentos de cereais ou de mercadorias semelhantes é ainda necessário tomar outras precauções. Um porão completamente cheio de cereal ao deixar o porto, chegará ao seu destino apenas com três quartos da quantidade inicial, ainda que o cereal tenha sido rigorosamente medido pelo consignatário, ultrapassando mesmo a quantidade consignada, atendendo à dilatação dos grãos. Isto resulta da compressão durante a viagem, compressão essa que é maior ou menor segundo o bom ou mau tempo com que o barco navegou. Se o cereal foi carregado descuidadamente, por mais bem preso que esteja com pranchas e escoras, terá tendência a deslocar-se, em especial numa viagem longa, com as tristíssimas consequências que daí podem resultar. Para as prevenir, é preciso, antes de deixar o porto, utilizar todos os meios para comprimir a carga o mais possível; há vários métodos para isso, entre os quais se pode citar o de meter cunhas entre o cereal. Mesmo depois de tudo isto ter sido feito, e de se terem feito todos os possíveis para ajustar bem todas as pranchas, nenhum marinheiro que saiba do seu ofício se sentirá tranquilo durante uma ventania mais forte, se tiver a bordo um carregamento de cereal, ou pior ainda, uma carga parcial. No entanto, existem centenas de barcos de cabotagem nas nossas costas e nos diferentes portos da Europa, que diariamente se fazem ao mar com cargas parciais, mesmo de natureza muito perigosa, sem tomarem qualquer espécie de precaução. É um milagre que os acidentes não sejam mais frequentes. Um exemplo deplorável deste descuido, chegado ao meu conhecimento, é o do capitão Joel Rice, comandante da escuna Fire-Fly, em rota de Richmond (Virgínia) para a Madeira com uma carga de cereais no ano de 1825. O capitão fizera numerosas viagens sem qualquer acidente grave, embora tivesse por hábito não prestar grande atenção às operações de arrumação, para além de prender a carga, segundo o método habitual. Nunca tinha navegado com um carregamento de cereal, mas daquela vez, o navio tinha sido carregado com trigo, mas só até meio do porão. Durante a primeira parte da viagem, apenas encontrou ligeiras brisas, mas ao chegar a um dia de distância da Madeira foi assolado por uma forte ventania de Nordeste que o obrigou a pôr o navio à capa. Conduziu a escuna contra o vento com um simples traquete e com dois rizes, e o navio comportou-se tão bem quanto se podia esperar, não deixando entrar uma gota de água. Ao anoitecer, a tempestade amainou um pouco e a escuna começou a oscilar menos, portando-se sempre bem, até que, de repente, uma enorme onda o fez inclinar para estibordo. Ouviu-se então todo o carregamento de trigo deslocar-se em bloco e a força da guinada foi tal, que fez saltar a escotilha principal. O navio afundou-se como uma bola de chumbo. Tudo isto se passou à vista de uma pequena chalupa da Madeira que recolheu um dos tripulantes (o único a salvar-se) e que parecia brincar com a tempestade, como o poderia fazer a embarcação melhor equipada. 

A arrumação a bordo do Grampus tinha sido feita da forma mais defeituosa possível, se se pode chamar arrumação a algo que não passava de um confuso amontoado de barricas de óleo e de material de bordo. Já falei da disposição dos artigos no porão. Perto do sítio onde estava Augusto havia, como já disse, espaço suficiente para o meu corpo entre a ponte superior e as barricas de óleo; ficara vago um espaço à volta da escotilha principal assim como havia outros vazios, bastante consideráveis através da carga. Perto da abertura feita por Augusto no tabique do castelo da proa, havia um espaço suficiente para uma barrica de óleo e foi aí que me instalei, de momento, bastante comodamente. 

Enquanto o meu amigo tornou a colocar as algemas e reajustou a corda, fez-se dia claro. Na verdade, escapamos de boa, pois assim que ele acabou todos os preparativos, desceu o imediato com Dirk Peters e o cozinheiro. Falaram durante alguns minutos do barco que vinha de Cabo Verde, parecendo muito impacientes de o avistar. Depois, o cozinheiro aproximou-se da cama de Augusto e sentou-se à cabeceira. Do meu esconderijo podia ver e ouvir tudo, porque a tábua retirada não tinha sido recolocada e eu receava, a qualquer momento, que o negro se encostasse à blusa pendurada para esconder a abertura, o que teria como consequência a descoberta de tudo e, sem dúvida, a nossa morte. No entanto, a nossa boa estrela não nos abandonou e, embora ele tocasse várias vezes na blusa, devido à oscilação do navio, nunca se apoiou o suficiente para descobrir o buraco. A fralda da camisa tinha sido cuidadosamente fixa ao tabique, de forma a não oscilar e a não revelar a existência do buraco. Durante todo este tempo, o Tigre manteve-se aos pés da cama, parecendo ter recuperado a saúde, pois eu via-o abrir os olhos de vez em quando e respirar fundo. 

Passados alguns minutos, o imediato e o cozinheiro subiram, deixando para trás Dirk Peters, que logo regressou e se sentou no lugar anteriormente ocupado pelo imediato. Começou a falar com Augusto de uma maneira bastante amistosa e apercebemo-nos, então, que a sua embriaguez, bastante evidente enquanto os outros estiveram com ele, era em grande parte fingida, pois respondeu facilmente a todas as perguntas que o meu camarada lhe fez. Disse-lhe ter a certeza que o seu pai tinha sido recolhido, porque no dia em que o abandonaram à deriva, antes do pôr do sol, havia nada menos do que cinco barcos à vista, utilizando uma linguagem que ele tentava que fosse consoladora e que me causou não só uma grande surpresa como também prazer. Para ser franco, começava a conceber a esperança de que Peters podia muito bem servir-nos de instrumento para nos apoderarmos do navio e transmiti esta ideia a Augusto assim que pude. Tal como eu, pensava que a ideia era viável, mas insistiu na necessidade de agir com a maior prudência, porque a conduta do mestiço parecia-lhe ser governada pelos mais arbitrários caprichos; na verdade, era difícil adivinhar quando é que ele estava na posse de todas as suas faculdades. Peters, passada uma hora, tornou a subir à coberta, para voltar cerca do meio-dia com a ração de Augusto, um belo naco de carne salgada e pudim. Assim que ficamos sós, compartilhei da comida com alegria, sem me dar ao trabalho de atravessar o buraco. Ninguém desceu ao castelo da proa durante o resto do dia e, à noite, fui para o catre de Augusto, onde dormi profunda e deliciosamente quase até ao nascer do dia. Acordou-me então bruscamente, pois tinha ouvido ruídos na coberta e eu regressei ao meu esconderijo o mais depressa possível. Já o sol ia alto, vimos que o Tigre tinha recuperado todas as suas forças e não apresentava nenhum sinal de hidrofobia, pois bebeu com avidez a água que Augusto lhe deu. Durante o dia, recuperou o primitivo vigor e apetite. A sua estranha loucura devia ter sido causada pela natureza venenosa da atmosfera do porão, e não tinha qualquer relação com a raiva. Não me cansava de me alegrar por o ter trazido da caixa. Estávamos a 30 de junho, e havia treze dias que o Grampus tinha partido de Nantucket. 

No dia 2 de julho, o imediato desceu, embriagado como era seu hábito, mas de muito bom humor. Dirigiu-se ao catre de Augusto e, dando-lhe uma palmada nas costas, disse-lhe que o libertaria, se ele prometesse portar-se bem e nunca mais voltar ao camarote. Evidentemente que o meu amigo respondeu que sim. Então, o patife do imediato soltou-o, depois de lhe ter dado a beber uma golada de rum de uma garrafa que tirou do bolso do casaco. Subiram juntos à coberta e durante cerca de três horas não vi Augusto. Quando regressou, anunciou-me boas notícias, ou seja, que tinha sido autorizado a percorrer todo o brigue, conforme lhe apetecesse, e que lhe tinham ordenado que continuasse a dormir no catre do castelo da ponte, além de me trazer um bom jantar e uma abundante provisão de água. O brigue continuava à espera de se cruzar com o navio vindo de Cabo Verde e havia agora uma vela à vista, que se julgava ser o navio em questão. Como os acontecimentos dos oito dias seguintes tiveram pouca importância e não têm relação direta com os incidentes principais do meu relato, vou descrevê-los sob a forma de diário, pois, apesar de tudo, não os quero omitir. 

3 de julho. — Augusto deu-me três mantas, com as quais arranjei uma cama razoável no meu esconderijo. Ninguém desceu durante o dia, exceto o meu amigo. Tigre instalou-se no catre, ao lado da abertura, e dormiu profundamente, como se ainda não tivesse recuperado totalmente da sua doença. Ao anoitecer, o brigue foi apanhado por um vento repentino, antes de haver tempo para baixar as velas, e quase capotou. No entanto, o vento acalmou-se logo a seguir e não sofremos qualquer avaria, a não ser o velacho que se partiu ao meio. 

Dirk Peters tratou Augusto com muita bondade, durante todo o dia, conversando com ele sobre o Oceano Pacífico e das ilhas que ele tinha visitado naquelas paragens. Perguntou-lhe se não lhe agradaria ir com os revoltosos numa viagem de prazer e de exploração até àquelas regiões, mas acrescentou que, infelizmente, os homens estavam cada vez mais inclinados para seguir as ideias do imediato. Augusto julgou oportuno responder que se sentiria muito feliz em participar na expedição, que aliás era o melhor a fazer e que tudo era preferível à vida de pirata. 

4 de julho. — O navio à vista não passava de um pequeno brigue vindo de Liverpool, e deixaram-no seguir sem o incomodar. Augusto passou a maior parte do tempo na coberta, com o objetivo de obter a maior quantidade possível de informações sobre as intenções dos amotinados. Havia entre eles violentas e frequentes disputas e, no meio de uma dessas altercações, um tal Jim Bonner, arpoador, foi atirado borda fora. O partido do imediato ganhava terreno. Jim Bonner pertencia ao grupo do cozinheiro, de quem Peters também era partidário. 

5 de julho. — Quase ao romper do dia, levantou-se vento forte de Oeste, que ao meio-dia se transformou em tempestade, sendo necessário reduzir toda a vela à mezena e ao traquete. Ao ferrar o velacho, Simms, um dos poucos marinheiros pertencentes ao grupo do cozinheiro, caiu ao mar; estava muito bêbado e afogou-se, sem que ninguém fizesse o mínimo gesto para o salvar. O número total de homens a bordo estava agora reduzido a treze: Dirk Peters, Seymour, o cozinheiro negro... Jones... Greely, Hartman Rogers e William Allen, todos do grupo do cozinheiro; o imediato, cujo nome nunca soube, Absalon Hicks... Wilson, John Hunt e Richard Parker, estes do grupo do imediato, e finalmente Augusto e eu. 

6 de julho. — A tempestade manteve-se todo o dia, intervalada com fortes rajadas e chuvadas. O brigue deixou entrar muita água pelas juntas e as bombas não pararam. Augusto bombeava como os outros, quando chegava a sua vez. Ao anoitecer, um grande navio passou perto de nós, mas só o notamos quando estava ao alcance da voz. Supondo que se tratava do navio há tanto aguardado, o imediato interpelou-o mas a resposta perdeu-se no ruído da tempestade. Às onze horas fomos atingidos por uma vaga enorme, que levou uma grande parte da amurada de bombordo, provocando ainda outras avarias menores. De manhã, o tempo acalmou e, ao nascer do Sol, não havia vento. 

7 de julho. — Sofremos todo o dia uma ondulação larga e, como o brigue estava pouco carregado, balançou horrivelmente, soltando até algumas partes da carga do porão, o que eu ouvi claramente do meu esconderijo. Sofri muito de enjoo. Naquele dia, Peters teve uma longa conversa com Augusto, dizendo-lhe que dois dos homens do seu grupo, Greely e Allen, se tinham passado para o lado do imediato, determinados a serem piratas. Fez a Augusto algumas perguntas que o meu amigo não compreendeu. À noite notamos que o navio estava a meter muita água e que não havia maneira de o remediar, pois a tarefa era muito fatigante e a água introduzia-se pelas juntas. Foi ensebada uma vela com que se forrou a proa, o que nos prestou algum auxílio, permitindo-nos dominar a entrada da água. 

8 de julho. — Ao nascer do Sol, levantou-se uma brisa de Leste e o imediato mandou seguir para Sudoeste a fim de alcançar uma das Antilhas e pôr em execução o seu projeto de pirataria. Nem Peters nem o cozinheiro se opuseram, pelo menos que Augusto tivesse conhecimento. A ideia de se apoderarem do navio vindo de Cabo Verde foi totalmente posta de parte. A entrada da água foi facilmente controlada por uma única bomba, funcionando de hora a hora durante quarenta e cinco minutos. Retiraram a vela que tinha sido colocada na proa. Durante o dia chamaram à fala duas pequenas escunas. 

9 de julho. — Bom tempo. Todos os homens ocupados a reparar a amurada. Peters teve outra longa conversa com Augusto e explicou-se um pouco melhor do que antes. Disse-lhe que nada neste mundo o convenceria a partilhar das ideias do imediato, e deu mesmo a entender que tencionava tirar-lhe o comando do navio. Perguntou ao meu amigo se podia contar com a sua ajuda, ao que Augusto respondeu sim, sem hesitar. Então Peters disse-lhe que ia sondar os outros homens do seu grupo sobre o assunto, e deixou-o. Durante o resto do dia, Augusto não teve oportunidade de lhe falar em particular.


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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.


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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849 

Edgar Allan Poe - Contos: A Sombra
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym (Prefácio)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 1 — Aventureiros Precoces(1)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 1 — Aventureiros Precoces(2)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 2 — O Esconderijo(1)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 2 — O Esconderijo(2)
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Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 3 — «Tigre» Enraivecido (1)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 3 — «Tigre» Enraivecido (2)
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 4 — Revolta e Massacre
Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 5 — A Carta de Sangue
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