quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Edgar Allan Poe - Contos: O Rei Peste

Edgar Allan Poe - Contos




O Rei Peste 
Título original: King Pest 
Publicado em 1835






Era no mês de outubro, sob o reinado cavalheiroso de Eduardo III. Aí por volta da meia noite, dois marujos da tripulação do Free and Easy, escuna de comércio que fazia o serviço entre Ecluse (Bélgica) e o Tamisa, e que estava então ancorada neste rio, achavam-se sentados na sala de uma taverna da paróquia de Santo André, em Londres, a qual tinha por insígnia Alegre lobo do mar

Essa sala, mal construída, com tetos em cima da cabeça, denegrida pelo fumo: semelhante enfim a todas as tavernas daquela época, agradava apesar disso aos diferentes grupos de bebedores que a ocupavam. 

Dentre esses grupos, os dois marinheiros formavam, a nosso ver, o mais interessante, se não o mais notável. 

O que parecia mais velho e a quem o outro dava o nome caraterístico de Legs (pernas), era também o mais alto dos dois. Tinha bem uns seis pés e meio de cima até abaixo e, consequência necessária de tão prodigiosa estatura, andava um pouco curvado. A superfluidade de altura era, contudo, mais que compensada por défices noutras dimensões; era por exemplo tão excessivamente magro que o seu corpo, diziam os companheiros, poderia substituir perfeitamente o mastro do navio ou o pau da giba. Mas evidentemente essas brincadeiras e outras análogas nunca tinham podido fazer sorrir o lobo do mar. Com um grande nariz de falcão, um queixo fulgente e deprimido, uns enormes olhos brancos protuberantes, a sua fisionomia, posto que exprimindo uma espécie de indiferença geral, não deixava de ser séria e solene além de toda a imitação ou descrição. 

O segundo marujo era, pelo menos aparentemente, a inversa e a recíproca do primeiro. O seu corpo carnudo e pesado assentava sobre um par de pernas arqueadas e rechonchudas, enquanto que os braços, singularmente curtos e grossos, terminados por pulsos mais que ordinários, pendiam-lhe aos lados, balançando-se no ar como as barbatanas de uma tartaruga. Tinha os olhos muito pequenos, sem cor definida e profundamente cravados nas órbitas. O nariz ficava enterrado na massa de carne que lhe envolvia as faces redondas, cheias e vermelhas; o lábio superior, grosso e rosado, repousava complacentemente sobre o inferior, ainda mais grosso, com um ar de satisfação pessoal, aumentada pelo hábito que tinha o proprietário dos ditos lábios, de os lamber de vez em quando. 

Evidentemente este último olhava para o seu camarada de bordo com um sentimento meio de espanto meio de sarcasmo; e às vezes, quando o contemplava frente a frente, dir-se-ia o sol purpureado, contemplando, antes de se deitar, o cume dos rochedos de Ben-Nevis

Contudo, a peregrinação dos dois amigos pelas diferentes tavernas da vizinhança, durante as primeiras horas da noite, haviam sido variadas e cheias de acontecimentos. Mas os fundos, por mais vastos que sejam, não podem durar sempre; era pois com as algibeiras vazias que os nossos amigos se tinham aventurado a entrar na taverna em questão. 

No momento em que começa esta história, Legs e o seu companheiro Hugh Tarpaulin estavam sentados defronte de um amplo frasco de huming stuff, não pago, com os cotovelos apoiados sobre uma grande mesa, situada no meio da casa e a cara metida entre as mãos. De vez em quando olhavam de soslaio para as palavras sinistras Não há crédito que (com grande espanto e indignação sua) estavam escritas sobre a porta, em caracteres de giz. Não que a faculdade de decifrar aqueles caracteres escritos (faculdade então considerada entre o povo quase tão cabalística como a arte de os traçar) pudesse, com estrita justiça, ser imputada aos dois discípulos do mar, mas havia um não sei quê na figura e no conjunto daquelas letras que pressagiava, na opinião dos dois marítimos, grande temporal e que os decidiu, de repente, segundo a linguagem metafórica de Legs, a arrear os mastros e a fugir diante do vento. 

Na consequência daquela decisão, os dois amigos, depois de terem consumido o resto da ale, abotoaram convenientemente os casacos e bateram em retirada. Tarpaulin entrou ainda duas vezes pela chaminé dentro, julgando que era a porta da rua, mas por fim conseguiu sair e, meia hora depois da meia noite, os nossos heróis esgueiravam-se, com toda a velocidade, através de um beco estreito, na direção das escadas de Santo André, imediatamente perseguidos pela taverneira do Alegre lobo do mar

Bastantes anos antes e depois da época em que se passa esta dramática história, o grito sinistro A Peste! retumbava periodicamente por toda a Inglaterra, mas mais em particular pela metrópole. A cidade estava em grande parte despovoada e, nos horríveis bairros vizinhos do Tamisa, no meio desses becos negros, estreitos e imundos onde o demónio da peste tinha (diziam) fixado a sua residência, passeavam à vontade o espanto, o terror e a superstição. 

Esses bairros estavam condenados e era proibido a toda a gente, sob pena de morte, perturbar-lhes a solidão. Contudo, nem o decreto do monarca, nem as barreiras enormes levantadas à entrada das ruas, nem a perspectiva da morte horrorosa, que era quase certa ao miserável que ousava aventurar-se naqueles sítios proscritos, guardavam as habitações desguarnecidas e solitárias de serem despojadas do ferro, do cobre, do chumbo e de qualquer artigo do qual pudesse tirar-se o mínimo lucro. 

Todos os invernos, na ocasião da abertura anual das barreiras, foi comprovado que as fechaduras, os ferrolhos e os subterrâneos secretos tinham servido de pouco para proteger as amplas provisões de vinhos e licores que muitos negociantes da vizinhança, em consequência dos perigos e dos incômodos da deslocação, se tinham resignado a confiar, durante o período da proscrição, a uma garantia tão insuficiente. 

Mas entre o povo aterrorizado poucas pessoas atribuíam esses fatos a mãos humanas; os Espíritos, os Duendes da peste, os Demônios da febre, tais eram para o vulgo os verdadeiros criminosos. Contavam-se a este respeito tantas histórias e tão horrorosas que, por fim, toda a massa das edificações condenadas foi envolvida no terror, como num sudário, e até os próprios ladrões, espantados pelo terror supersticioso que as suas depredações tinham criado, acabaram por abandonar o vasto circuito do bairro amaldiçoado às trevas, ao silêncio, à peste e à morte. 

Foi uma das barreiras de que falamos que deteve subitamente a fuga de Legs e do digno Hugh Tarpaulin. Não podendo voltar para trás, por causa dos seus perseguidores que estavam quase sobre eles, não havia tempo a perder. Para marinheiros pur sang, escalar o tabuado toscamente construído era uma brincadeira; exasperados pela dupla excitação do vinho e da carreira, os dois fugitivos saltaram pois resolutamente para o outro lado e continuaram a sua corrida delirante, com gritos e urros, perdendo-se em pouco tempo naquelas profundezas complicadas e perigosas. 

Se o vinho não lhes tivesse feito perder todas as faculdades morais, o horror da situação ter-lhes-ia paralisado os passos vacilantes. O ar estava frio e enevoado. As pedras arrancadas da calçada jaziam numa desordem medonha por entre a relva alta e vigorosa. A maior parte das ruas estavam obstruídas pelas ruínas das casas desmoronadas. Um cheiro fétido e deletério reinava por todos os lados e, graças à luz pálida, que mesmo à meia noite emana sempre de uma atmosfera vaporosa e pestilencial, podiam ver-se estendidos pelas ruas e pelos becos, ou apodrecendo dentro das habitações sem janelas, os cadáveres de muitos ladrões noturnos, detidos pela mão da peste na perpetração das suas façanhas. 

Mas não estava no poder de imagens, de sensações ou de obstáculos de semelhante espécie parar a carreira de dois homens que, naturalmente destemidos e naquela noite cheios a transbordar de coragem e de humming stuff, teriam intrepidamente entrado, tão firmes quanto o seu estado lho permitisse, pela própria goela da morte. Na frente, sempre na frente, corria o sinistro Legs, fazendo ressoar os ecos daquele deserto solene com urros semelhantes ao grito de guerra dos índios; e na retaguarda, sempre na retaguarda, rebolava o rechonchudo Tarpaulin, agarrado ao casaco do primeiro e ultrapassando todos os esforços, ainda os mais valorosos, do seu ágil companheiro, na música vocal, em rugidos de baixo, tirados das profundidades dos seus pulmões. 

Em pouco tempo chegaram ao foco principal da peste. Então, a cada passo, ou antes a cada trambolhão, o caminho ia-se tornando mais horrível e mais infeto: as ruas mais estreitas e mais embrulhadas. Pedras enormes e traves, caindo de vez em quando dos tetos arruinados, atestavam pelas suas quedas pesadas a prodigiosa altura das casas. Quando tinham de praticar alguma passagem difícil, através dos frequentes montes de caliça, não era raro que as suas mãos encontrassem um esqueleto ou se enterrassem em algum monte de carnes decompostas. 

De repente, os marujos tropeçaram e caíram à entrada de uma edificação de aparência sinistra. O desesperado Legs deu um grito mais agudo que os precedentes e do interior da casa respondeu-lhe uma explosão rápida, sucessiva de gritos selvagens, demoníacos, que pareciam gargalhadas. Sem se intimidarem com aqueles sons, que pela sua natureza, em semelhante lugar e em tal momento, teriam feito gelar o sangue em peitos menos intensamente incendiados, os nossos dois bêbados arrumaram um encontrão à porta, arrombaram-na e entraram por ali dentro, soltando um bando de imprecações. 

A sala em que foram cair era por acaso uma agência fúnebre. A um canto, junto da porta, havia um alçapão aberto que deitava para uma série de adegas, cujas profundezas, como o revelou um som de garrafas a quebrarem-se, estavam bem fornecidas do seu conteúdo tradicional. No meio da casa via-se uma mesa posta; no meio da mesa uma taça gigantesca, cheia de punch; garrafas de vinho e de licor juntamente com bilhas, púcaros, frascos e vasos de todas as formas e de todas as qualidades estavam espalhados por cima da mesa com grande profusão. Em redor, sentados em cavaletes fúnebres havia uma sociedade de seis pessoas que vamos passar a descrever uma por uma. 

Defronte da porta, num lugar um pouco mais elevado que os dos outros, estava um personagem que parecia ser o presidente da festa. Era um ser de estatura descomunal, descarnado, ainda mais alto e mais magro que Legs, o que foi para este último assunto de grande admiração. A sua fisionomia amarela como uma cidra não tinha particularidade alguma digna de descrição, a não ser uma fronte tão extraordinária e horrorosamente larga, que, à primeira vista, parecia um bonet ou uma coroa de carne, cobrindo-lhe a cabeça natural. A boca, arreganhada, tinha uma expressão de afabilidade espectral e os olhos pequenos e fundos luziam com o brilho singular da embriaguez. Trajava um manto de veludo negro, ricamente bordado, que o cobria desde a cabeça até aos pés, flutuando ligeiramente em volta do corpo como uma capa à espanhola. Trazia na cabeça um penacho abundante de penas de corvo, que ele balanceava daqui e dacolá com ar de grande presunção; e na mão direita um fémur humano com o qual acabava de tocar num dos membros da companhia para lhe dar uma ordem. 

Em frente desse gentleman, com as costas voltadas para a porta, estava uma senhora cuja fisionomia não era nada menos extraordinária. Ao contrário do personagem que acabámos de descrever, não tinha que se queixar como ele da magreza anormal: A sua figura parecia-se muito, aliás, com a enorme pipa de cerveja que se erguia a um dos cantos da casa. A sua fisionomia singularmente redonda e vermelha tinha a mesma particularidade que mencionámos já no caso do presidente; quer dizer que uma só feição do seu rosto merecia caracterização especial. O fato é que o perspicaz Tarpaulin viu logo que a mesma observação podia aplicar-se a todas as pessoas da sociedade; cada uma parecia ter aproveitado para si um bocado de fisionomia. Na dama em questão, esse bocado era a boca, uma boca que começava na orelha direita e acabava na orelha esquerda, desenhando um abismo medonho onde os brincos mergulhavam a cada instante, apesar dos esforços que ela fazia para a conservar fechada. A sua toilette consistia num sudário cuidadosamente engomado, afogado no pescoço por uma gola de musselina. 

À sua direita estava uma rapariga minúscula que ela parecia proteger. Essa delicada criaturinha apresentava no tremor dos dedos macilentos, no desmaiado dos lábios e na cor lívida do rosto sintomas evidentes de uma tísica incurável. Contudo, havia em toda a sua pessoa, na maneira elegante de vestir uma bela e comprida mortalha de cambraia finíssima que a envolvia, na graciosidade singela do penteado e no meigo sorriso que lhe pairava nos lábios um certo atrativo simpático e uma grande distinção; mas o nariz extremamente comprido, delgado, sinuoso e pustulento passava-lhe para baixo do lábio inferior; e essa tromba, apesar da delicadeza com que ela a manobrava de um para o outro lado com a ponta da língua, dava à sua fisionomia uma expressão um tanto equívoca. 

Do outro lado, à esquerda da dama hidrópica, estava um velhito inchado, asmático e gotoso. As faces pousavam-lhe em cima dos ombros como dois enormes odres de vinho do Porto. Tinha os braços cruzados e uma das pernas, envolvida em ligaduras, pousada sobre a mesa. O seu ar era assaz importante. Evidentemente tirava grande orgulho do invólucro pessoal, principalmente de um sobretudo de cor vistosa que devia efetivamente ter-lhe custado muito dinheiro; era feito de uma dessas gualdrapas de seda, curiosamente bordadas, pertencentes aos escudos gloriosos que se costumam suspender, em Inglaterra e noutras partes, num lugar bem patente nas casas das grandes famílias ausentes. 

À direita do presidente estava um gentleman de calção e meia branca que tremelicava constantemente de um modo visível, com um tique nervoso, a que Tarpaulin chamou os terrores da embriaguez. Tinha os queixos atados com uma ligadura de musselina e os braços ligados do mesmo modo pelos pulsos, o que não lhe permitia servir-se, muito à vontade, dos licores que estavam na mesa; precaução necessária, segundo a opinião de Legs, tendo em vista a expressão embrutecida da sua fisionomia, cuja feição predominante era um par de orelhas prodigiosas, completamente impossíveis de esconder, que surgiam no espaço, arrebitando-se de vez em quando, como que atacadas de espasmos, ao ruído de cada garrafa que se desrolhava.

Defronte deste estava o sexto e último personagem, o qual, sofrendo de paralisia, devia, a falar a verdade, sentir-se seriamente incomodado dentro do fato extraordinário que o comprimia. Esse fato (talvez único no seu género) consistia num bonito esquife de mogno, novo em folha. A tampa do caixão caia-lhe sobre a cabeça como um capacete, dando a toda a sua fisionomia uma expressão de indescritível interesse. Os braços passavam através de duas cavas abertas dos lados ao jeito de mangas, tanto por elegância como por comodidade; mas apesar disso a toilette do desgraçado impedia-o de se sentar como os outros convivas e obrigava-o a ficar encostado ao cavalete, formando com este um ângulo de quarenta e cinco graus. Os seus olhos de um tamanho extraordinário volviam e dardejavam para o teto os terríveis globos esbranquiçados, como que no espanto absoluto da própria enormidade. 

Em vez de copo, cada conviva tinha diante de si metade de um crânio. Por cima deles via-se um esqueleto humano, suspenso por meio de uma corda atada à perna direita e presa ao teto por um gancho de ferro. A outra perna, completamente solta, pendia do corpo em ângulo reto, fazendo dançar e piruetar toda a carcaça desconjuntada a cada rajada de vento que penetrava na sala. O crânio dessa coisa horrorosa continha uma certa quantidade de carvão aceso, que derramava sobre toda a cena uma claridade vacilante, porém viva; caixões, tumbas e todos os diferentes artigos de um armazém de trastes fúnebres, empilhados a uma grande altura, impediam os raios da luz de se escapar para a rua.



(continua...)



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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense.[1][2] Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica.[3] Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.


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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849 






Edgar Allan Poe - Contos: O Rei Peste (fim)


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