sábado, 19 de março de 2022

Moby Dick: 3.2- A Estalagem do Jato

Moby Dick



Herman Melville




3.2 - A estalagem do jato (continuando)


“Isso mesmo”, disse o estalajadeiro, “e eu disse pra ele que não dava, que o mercado está lotado.”
“De quê?”, exclamei.
“De cabeças, é claro. Já não tem cabeça demais no mundo?”
“Vou lhe dizer uma coisa, senhor”, eu falei, com calma, “é melhor o senhor parar de tentar me enrolar com esta história – não sou mais criança.”
“Pode ser!”, e pegou um pedaço de lenha, que fez de palito, “mas acho que a coisa vai ficar preta se o arpoador ouvir você difamando a cabeça dele.”
“Vou arrebentar com ela”, disse eu, deixando-me levar pela raiva dessa mixórdia incompreensível do estalajadeiro.
“Já quebrou”, disse ele.
"Quebrou”, disse eu, “quebrada, o senhor quer dizer?”
“Claro, é por isso que ele não consegue a venda, eu acho.”
“Senhor”, disse eu, aproximando-me tão frio quanto o monte Hecla numa tempestade de neve –, “senhor, pare de palitar os dentes. O senhor e eu precisamos nos entender, e isso também sem demora. Eu venho à sua casa e lhe peço uma cama; o senhor diz que pode me dar apenas metade; que a outra metade pertence a um certo arpoador. E sobre este arpoador, que ainda não vi, o senhor insiste em contar as histórias mais fantásticas e exasperantes, tendendo a provocar em mim um sentimento constrangedor em relação ao homem que o senhor designou como meu companheiro de cama – uma relação que é extremamente íntima e confidencial. Peço-lhe agora que fale logo e conte quem é esse arpoador, e se estarei seguro em todos os sentidos passando a noite com ele. Em primeiro lugar, gostaria de pedir-lhe a bondade de desmentir essa história de vender a sua cabeça, que se for verdadeira é uma prova que esse arpoador é absolutamente louco, e eu não tenho vontade nenhuma de dormir com um louco; e você, senhor, você, quero dizer, estalajadeiro, o senhor, ao tentar me induzir a isso conscientemente, torna-se passível de processo criminal.”
“Bom”, disse o estalajadeiro, enchendo o peito com uma lufada de ar, “esse é um sermão bastante comprido para um cara que dá umas aplainadas de vez em quando. Mas vai com calma, vai com calma, que esse arpoador de quem estou falando chegou agora dos mares do sul; lá, ele comprou um monte de cabeças embalsamadas da Nova Zelândia (muito curioso, sabe) e vendeu todas menos uma, e é essa que ele ia tentar vender hoje, porque amanhã é domingo, e não ia ficar bem vender cabeça de gente na rua quando as pessoas vão pra igreja. Ele queria ir no domingo passado, mas eu parei ele saindo pela porta com as quatro cabeças presas numa corda, parecendo uma réstia de cebolas.”
Este relato esclareceu o mistério antes incompreensível, e mostrou que o estalajadeiro, afinal de contas, não estava querendo zombar de mim – mas, ao mesmo tempo, o que eu devia achar de um arpoador que passava o sábado à noite na rua, chegando ao domingo sagrado envolvido num negócio tão canibal quanto vender cabeças de idólatras mortos?
“Pode acreditar em mim, senhor, esse arpoador é um homem perigoso.”
“Paga em dia”, foi a resposta. “Mas venha, ‘tá ficando muito tarde, você já devia ter lançado âncora – é uma cama boa. Sal e eu dormimos naquela cama na noite em que juntamos os trapos. Tem bastante lugar pra dois se chutarem nessa cama; é uma cama enorme. Ora, antes de abandonar essa cama, Sal colocava o nosso Sam e o pequeno Johnny no pé dela. Mas uma noite eu estava sonhando e me esparramando, e sei lá como o Sam caiu no chão e quase quebrou o braço. Depois disso, Sal disse que não dava mais. Vem, vou mostrar rapidinho.” Dizendo isso, acendeu uma vela, aproximou-a de mim e ofereceu-se para mostrar o caminho. Mas eu estava indeciso, quando ao ver o relógio no canto ele exclamou: “Vixe, já é domingo – hoje o arpoador não vem mais; deve ter descido vela em outro porto – vem, vamos, ‘cê não vem?”.
Considerei a questão por um momento, e então fomos escada acima e eu fui conduzido a um quarto pequeno, frio como um marisco, mobiliado, de fato, com uma cama prodigiosa, tão grande que caberiam bem quatro arpoadores dormindo lado a lado.
“Pronto!”, disse o estalajadeiro, colocando a vela numa arca de viagem velha e avariada, que servia ao mesmo tempo de lavatório e mesa de centro, “pronto, agora fica aí à vontade, e boa noite.” Ao me virar, depois de olhar a cama, ele tinha desaparecido.
Dobrei a colcha e me debrucei sobre a cama. Embora não fosse das mais elegantes, resistiu ao exame razoavelmente bem. Olhei, então, ao redor do quarto; e, além do colchão e da mesa de centro, não via nenhuma mobília que pertencesse ao local, a não ser por uma estante rústica, as quatro paredes e um aparador decorado com a representação de um homem ferindo uma baleia. Dentre as coisas que não pertenciam necessariamente ao quarto, havia uma rede enrolada em corda, jogada a um canto; e também uma grande sacola de marinheiro, guardando as roupas do arpoador, sem dúvida em lugar de uma mala. Da mesma forma, havia um pacote com anzóis esquisitos de ossos de peixe, na prateleira acima da lareira, e um arpão grande na cabeceira da cama.
Mas o que é isso em cima da arca? Peguei, segurei perto da luz, senti, cheirei, tentei de todos os modos chegar a uma conclusão satisfatória a respeito daquilo. Não consigo compará-lo com outra coisa senão com um capacho, ornamentado nas bordas com penduricalhos mais ou menos como os espinhos rajados de um ouriço num mocassim indígena. Havia um buraco ou um corte no meio do capacho, como os ponchos Sul-americanos. Mas seria possível que um arpoador sóbrio usasse um capacho e desfilasse pelas ruas de uma cidade Cristã nesses trajes? Vesti-o para experimentar; ele pesava como chumbo, sendo estranhamente grosso e áspero, e achei que também estava um pouco úmido, como se o misterioso arpoador o tivesse usado num dia de chuva. Fui vestido assim até um caco de espelho preso à parede – nunca vi nada como aquilo em minha vida. Tirei-o com tal pressa que fiquei com um torcicolo.
Sentei-me do lado da cama e comecei a pensar sobre esse arpoador que vendia cabeças, e sobre seu capacho. Depois de pensar por algum tempo na cama, levantei-me, tirei minha jaqueta e fiquei de pé no meio do quarto, pensando. Tirei então meu casaco e fiquei pensando mais um pouco em mangas de camisa. Mas comecei a sentir frio, porque estava quase pelado, e lembrei-me do que o estalajadeiro dissera, que o arpoador não voltaria mais naquela noite e, como era tão tarde, sem mais cerimônia tirei as calças e as botas e, soprando a vela, joguei-me na cama, confiando-me aos cuidados do céu.
Não sei se aquele colchão estava cheio de sabugos ou de cacos de cerâmica, mas o fato é que fiquei me revirando por muito tempo, sem conseguir dormir. Por fim, deslizei numa soneca leve, e estava quase pronto para partir rumo à terra do Cochilo, quando ouvi o som de passos pesados no corredor e vi uma luz fraca e trêmula por debaixo da porta do quarto.
Deus me ajude, pensei, deve ser o arpoador, o infernal vendedor de cabeças. Mas fiquei deitado, absolutamente imóvel, e decidido a não dizer uma palavra até que ele falasse comigo. Com uma vela numa das mãos e a tal cabeça da Nova Zelândia na outra, o estranho entrou no quarto e, sem olhar para a cama, colocou sua vela bem longe de mim, num dos cantos do chão, e começou a desamarrar os cordões atados da grande sacola, a que me referi antes por estar no quarto. Eu estava ansioso por ver seu rosto, mas ele o manteve virado por um tempo, enquanto desatava a sacola. Terminado o serviço, virou-se – e valha-me Deus! Que visão! Que rosto! Era de um amarelo escuro, purpúreo, aqui e ali estampado com grandes quadrados enegrecidos. Sim, era exatamente o que eu havia pensado, tratava-se de um péssimo companheiro de cama; entrou numa briga, cortou-se horrivelmente, e veio para cá direto do cirurgião. Mas naquele momento, por acaso, ele virou o rosto na direção da luz, e eu pude ver com clareza que os quadrados negros em seu rosto não podiam ser esparadrapos de modo algum. Eram manchas de um tipo ou de outro. Não entendi de imediato do que se tratava, mas logo me ocorreu uma vaga ideia da verdade. Lembrei-me de uma história de um homem branco – um baleeiro também – que, ao ser preso por canibais, tinha sido tatuado por eles. Concluí que este arpoador, no decurso de suas longas viagens, devia ter encontrado uma aventura parecida. Mas o que isso importa, pensei, afinal de contas! É apenas sua aparência; um homem pode ser honesto sob qualquer tipo de pele. Mas o que pensar daquela cor estranha, digo, daquela parte independente que fica em volta dos quadrados tatuados. Claro que podia ser apenas uma boa camada de bronzeado tropical; mas nunca ouvi falar de um bronzeado de sol que transformasse um homem branco num homem amarelo purpúreo. Mas eu nunca havia estado nos mares do sul; talvez o sol de lá tivesse efeitos extraordinários sobre a pele. Ora, enquanto essas ideias passavam por mim feito relâmpagos, o arpoador continuava sem nem me notar. Mas, depois de abrir a sacola com muita dificuldade, começou a revirá-la e tirou de dentro uma machadinha e uma carteira de pele de foca, ainda com os pelos. Colocou esses objetos na arca no centro do quarto e pegou a cabeça da Nova Zelândia – uma coisa realmente pavorosa – e guardou-a na sacola. Tirou então o chapéu – um chapéu de castor novo –, e eu quase gritei de tanta surpresa. Não tinha cabelo na cabeça, nada que valha a pena comentar; nada senão um tufo amarrado no topo. Sua cabeça calva avermelhada parecia uma caveira embolorada. Não estivesse o estranho ali entre mim e a porta, eu teria saído por ela mais depressa do que costumava comer.
Mesmo assim, pensei em escapar pela janela, mas estávamos no segundo andar. Não sou covarde, mas não sabia o que pensar desse tratante avermelhado, vendedor ambulante de cabeças. A ignorância é mãe do medo, e, vendo-me completamente confuso a respeito do estranho, confesso que tive tanto medo dele como se fosse o próprio diabo que tivesse entrado no meu quarto a horas mortas. Na verdade, tive tanto medo do homem que não tive coragem de dirigir-me a ele e perguntar-lhe sobre o que parecia inexplicável em sua figura.
Enquanto isso, ele continuava ocupado em tirar a roupa e por fim descobriu o peito e os braços. Juro pela minha vida que é verdade que ali se viam os mesmos quadrados de seu rosto; suas costas, também, estavam cobertas pelos mesmos quadrados escuros; parecia que ele tinha estado numa Guerra dos Trinta Anos e escapado numa camisa de esparadrapos. E mais, as suas pernas também eram marcadas, dando a impressão de que um bando de sapos verde-escuros corria pelos troncos de jovens palmeiras. Estava agora bem claro que ele devia ser algum selvagem abominável, que tinha embarcado nos Mares do Sul numa baleeira e desembarcado nesta terra Cristã. Tremi só de pensar. Também era um vendedor de cabeças – talvez das cabeças de seus irmãos. Talvez gostasse da minha – valha-me Deus! Olha só essa machadinha!
Mas não havia tempo para temores, porque o selvagem logo começou a fazer algo que me deixou completamente fascinado e me convenceu de que ele devia ser mesmo pagão. Encaminhando-se para o seu casaco pesado, ou sobretudo, ou capote, que tinha pendurado numa cadeira, mexeu nos bolsos e tirou uma curiosa imagem pequena, deformada, corcunda e exatamente da mesma cor de um bebê de três dias nascido no Congo. Recordando a cabeça embalsamada, achei de início que esse bonequinho negro fosse mesmo um bebê de verdade, conservado de maneira semelhante. Mas, ao ver que não era flexível e que brilhava como ébano polido, concluí que deveria ser apenas um ídolo de madeira, o que afinal verifiquei ser exato. O selvagem foi então em direção à lareira vazia, tirou o aparador forrado de papel e colocou a pequena imagem corcunda, como se fosse um pino de boliche, entre os suportes da lareira. O interior e os tijolos da chaminé estavam cobertos de fuligem, por isso achei que a lareira era um lugar muito apropriado para um santuário ou capela para esse ídolo do Congo.
Fixei os olhos com muita atenção na imagem meio oculta, sentindo-me intranquilo nesse ínterim – mas querendo ver o que se seguiria. Primeiro ele pegou um punhado de aparas do bolso de seu capote, que colocou com todo o cuidado diante do ídolo; depois, colocando um pedacinho de biscoito em cima e aproximando a chama da vela, transformou as aparas numa pira sacrificial. Então, depois de muito ir e vir com os dedos sobre o fogo (o que pareceu tê-los chamuscado bastante), conseguiu tirar o biscoito dali; e assoprando-o um pouco, para tirar o calor e as cinzas, ofereceu-o delicadamente ao negrinho. Mas o diabinho parecia não gostar desse tipo de oferenda e não moveu os lábios.
Todos esses procederes estranhos eram acompanhados por ruídos guturais ainda mais estranhos, feitos pelo devoto, que parecia entoar uma ladainha ou algum salmo pagão, durante o qual seu rosto se contraía do modo mais artificial. Por fim, quando o fogo se extinguiu, ele pegou o ídolo sem cerimônia nenhuma e colocou-o de volta no bolso do capote com tão pouco cuidado que mais parecia um caçador guardando uma galinhola morta. Todos esses procedimentos extravagantes aumentaram meu desconforto, e, vendo que ele mostrava naquele momento sinais evidentes de pôr termo às operações e ir para a cama onde eu estava, achei que estava na hora, era agora ou nunca, antes que ele apagasse a luz, de quebrar o encanto que me enfeitiçara por tanto tempo.
Mas o tempo que gastei para pensar sobre o que dizer foi fatal. Pegando seu machado na mesa, ele lhe examinou a cabeça por um momento e segurando-o contra a luz, com sua boca no cabo, deu uma baforada, soltando grandes nuvens de fumaça de tabaco. No momento seguinte a luz se extinguiu e este canibal selvagem, machadinha entre dentes, pulou na cama comigo. Gritei, não pude evitar, e ele, soltando um súbito grunhido de espanto, começou a me tatear.
Balbuciando não sei o quê, rolei para a parede, afastando-me dele, e supliquei-lhe, fosse ele o quê ou quem fosse, que ficasse calmo e me deixasse levantar e acender a vela de novo. Mas por suas respostas guturais percebi que ele mal compreendia o significado de minhas palavras.
“Qui diavo é vuncê?”, perguntou por fim, “Doga! Vuncê num falá’, vô’ matá’”, dizendo isto, começou a brandir a machadinha perto de mim no escuro.
“Peter Coffin, pelo amor de Deus, senhor!”, gritei. “Senhor! Cuidado! Coffin! Meu anjo da guarda! Socorro!”
“Fali! Diz’u qui é vuncê, doga, ô ti mato!”, rosnou de novo o canibal, enquanto os movimentos horríveis da machadinha espalhavam as cinzas quentes do fumo sobre mim, a ponto de eu pensar que minha roupa de cama tinha pegado fogo. Mas, graças a Deus, naquele momento o estalajadeiro entrou no quarto com uma vela na mão e, pulando da cama, fui em sua direção.
“Não tenha medo”, disse, rindo de novo. “O Queequeg não tocaria num só fio do seu cabelo.”
“Pare de rir”, gritei. “Por que não me disse que o arpoador dos infernos era um canibal?”
“Pensei que soubesse; – não lhe contei que vendia cabeças pela cidade? Mas deita na cama e dorme de novo. Queequeg, olha aqui – você sabe eu –, eu sabe você – esse homem dorme aqui – sabe?”
“Mim sabe bem”, grunhiu Queequeg, dando uma baforada em seu cachimbo, sentando na cama.
“Vuncê entra aí”, acrescentou, fazendo um gesto para mim com a machadinha e jogando as roupas para um lado. Não fez isso de um modo apenas educado, mas verdadeiramente amável e generoso. Fiquei olhando para ele por uns instantes. Com todas aquelas tatuagens, ele era um canibal com uma aparência limpa e decente. Por que eu tinha feito tanta história, perguntei a mim mesmo – o sujeito é um ser humano assim como eu: tem tanto motivo para me temer quanto eu tinha para ter medo dele. Melhor dormir com um canibal sóbrio do que com um Cristão bêbado.
“Senhor”, disse eu, “diga-lhe que guarde a machadinha, ou cachimbo, ou seja lá o que for; diga-lhe que pare de fumar, e dormirei com ele. Não gosto que um homem fume na cama do meu lado. É perigoso. Além disso, não me sinto seguro.”
Dito isto a Queequeg, ele obedeceu e de novo fez um gesto educado para que eu me deitasse – e virou-se para um lado como se dissesse – não vou sequer tocar numa perna sua.
“Boa noite, senhor”, eu disse. “Pode ir.”
Deitei-me e nunca dormi tão bem em toda a minha vida.




Continua na página 38...

Moby Dick: 3.2 - A Estalagem do Jato 
Moby Dick: 4 - A colcha

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Moby Dick é um romance do escritor estadunidense Herman Melville, sobre um cachalote (grande animal marinho) de cor branca que foi perseguido, e mesmo ferido várias vezes por baleeiros, conseguiu se defender e destruí-los, nas aventuras narradas pelo marinheiro Ishmael junto com o Capitão Ahab e o primeiro imediato Starbuck a bordo do baleeiro Pequod. Originalmente foi publicado em três fascículos com o título "Moby-Dick, A Baleia" em Londres e em Nova York em 1851,


O livro foi revolucionário para a época, com descrições intrincadas e imaginativas do personagem-narrador, suas reflexões pessoais e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça a elas, arpões, a cor do animal, detalhes sobre as embarcações, funcionamentos e armazenamento de produtos extraídos das baleias.

O romance foi inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, que perseguiu teimosamente uma baleia e ao tentar destruí-la, afundou. Outra fonte de inspiração foi o cachalote albino Mocha Dick, supostamente morta na década de 1830 ao largo da ilha chilena de Mocha, que se defendia dos navios que a perturbavam.

A obra foi inicialmente mal recebida pelos críticos, assim como pelo público por ser a visão unicamente destrutiva do ser humano contra os seres marinhos. O sabor da amarga aventura e o quanto o homem pode ser mortal por razões tolas como o instinto animal, sendo capaz de criar seus fantasmas justamente por sua pretensão e soberba, pode valer a leitura. 


E você com que se identifica?



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