sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 24 — A evasão

  Edgar Allan Poe - Contos





Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837





24 — A evasão




No dia 20 de fevereiro, verificando que nos era absolutamente impossível continuar a viver das avelãs, que nos causavam dores horríveis, resolvemos fazer uma tentativa desesperada para descer a vertente meridional da colina. Deste lado, a parede do precipício era de uma espécie de pedra-sabão muito mole, mas quase perpendicular em toda a sua altura (pelo menos cento e cinquenta pés) e, em certos pontos inclinada para o interior. Após longa observação, descobrimos uma estreita saliência a cerca de vinte pés da borda do precipício. Peters conseguiu saltar para lá com o meu auxílio e o dos nossos lenços atados uns aos outros. Eu também desci, embora com mais dificuldade e verificámos que havia possibilidade de chegar ao fundo utilizando o mesmo processo que tínhamos usado para trepar a fenda onde havíamos estado sepultados devido ao desmoronamento da colina, isto é, escavando, com as nossas facas, degraus na parede da esteatite. Não lhes deve ser difícil imaginar quão arriscada era esta empresa, mas como não tínhamos outra alternativa, decidimos tentar a aventura.

Na saliência onde nos encontrávamos havia algumas aveleiras selvagens e a uma delas atámos a ponta da nossa corda de lenços. A outra ponta foi presa à cintura de Peters que se suspendeu no abismo até os lenços ficarem bem esticados. Então, começou a abrir um buraco profundo (cerca de oito ou dez polegadas) na pedra sabão, cortando a pedra obliquamente até um pé mais acima, de forma a poder cravar na superfície nivelada, uma estaca suficientemente forte, com a ajuda da coronha da pistola. Icei-o cerca de quatro pés e aí ele fez um buraco semelhante ao outro, colocou nova estaca da mesma maneira e obteve assim um ponto de apoio para os dois pés e as duas mãos. Então desatei os lenços das silvas e atirei-lhe a ponta que ele prendeu à estaca do buraco superior; seguidamente deixou-se deslizar com suavidade uns três pés abaixo do ponto onde estava, isto é, o comprimento total dos lenços. Aí fez outro buraco e colocou outra estaca; depois içou-se pelos seus próprios meios, de maneira a pôr os pés no buraco que tinha acabado de fazer, agarrando com as mãos a estaca do buraco de cima.

Devia agora desatar a ponta do lenço da estaca superior para o fixar na segunda, mas verificou que tinha cometido um erro ao fazer os buracos longe uns dos outros. No entanto, depois de algumas tentativas perigosas para chegar ao nó (só podia usar a mão direita para tentar desfazer o nó, pois com a esquerda agarrava-se à estaca) conseguiu por fim cortar a corda, deixando cerca de seis polegadas agarradas à estaca. Atando os lenços à segunda estaca desceu abaixo da terceira, tendo o cuidado de, desta vez, não a deixar muito em baixo. Graças a este processo (que eu nunca teria imaginado e que se deve inteiramente à generosidade e coragem de Peters) o meu camarada conseguiu, por fim, chegar ao fundo do abismo sem incidentes, apoiando-se de vez em quando às saliências da rocha.

Necessitei de algum tempo para reunir a energia suficiente para o seguir, mas acabei por me decidir. Peters tinha tirado a camisa antes de descer e, atando-a à minha, obtive a corda necessária para a operação. Depois de ter atirado para o fundo a espingarda encontrada na fenda, prendi a corda às silvas e deixei-me escorregar rapidamente, esforçando-me por afastar o medo, que de outro modo não conseguiria dominar, com a rapidez dos meus movimentos.

Na verdade, este método só teve êxito para os primeiros quatro ou cinco degraus, porque a minha imaginação em breve começou a ficar perturbada, ao pensar na enorme altura que ainda tinha de descer, na fragilidade e na insuficiência das estacas e dos buracos escorregadios que eram o meu único apoio. Foi em vão que tentei afastar estes pensamentos e manter os olhos fixos na parede plana que tinha diante dos olhos. Quanto mais lutava para não pensar, mais vivos, intensos e nítidos eram os meus pensamentos.

Por fim, chegou a crise de imaginação, tão terrível em casos desta natureza; a crise em que vemos e sentimos tudo como se realmente caíssemos, imaginando o enjoo, a vertigem, a resistência suprema, o quase desfalecimento e por fim todo o horror de uma queda perpendicular e precipitada. Via que estas imagens se transformavam em realidade e que todos aqueles horrores se abatiam sobre mim. Sentia os joelhos baterem violentamente um contra o outro, enquanto os meus dedos largavam gradualmente o lenço a que me agarrava. Tinha um zumbido nos ouvidos e pensava: « É a morte que chega!» Então fui assaltado pelo irresistível desejo de olhar para baixo. Não podia, não desejava continuar a olhar apenas para a parede e, com uma estranha e indescritível emoção, misto de horror e alívio, mergulhei o olhar no abismo.

Por um instante os meus dedos agarraram-se convulsivamente à corda e mais uma vez a ideia da minha possível salvação voltou a pairar no meu espírito; pouco depois toda a minha alma era invadida por um enorme desejo de cair, um desejo e uma ternura pelo abismo! Uma paixão absolutamente irresistível! Larguei de repente a estaca e, fazendo meia-volta contra a muralha, fiquei um segundo a oscilar sobre aquela superfície polida. Mas então senti uma vertigem no meu cérebro; uma voz imaginária e estridente gritava-me aos ouvidos; uma figura negra, diabólica e obscura ergueu-se por baixo de mim; suspirei, senti o coração prestes a rebentar-me no peito e deixei-me cair nos braços do fantasma.

Tinha desmaiado e Peters tinha-me agarrado quando eu ia a cair. Do seu lugar no fundo do abismo, observara os meus movimentos e, apercebendo-se do perigo iminente que corria, tentara inspirar-me coragem por todos os meios que lhe ocorreram, mas a perturbação do meu espírito era tão grande que não só não ouvi nada do que me dizia, como nem sequer suspeitei que estava a falar comigo. Finalmente, vendo-me vacilar, apressou-se em ir em meu auxílio, chegando mesmo a tempo de me salvar. Se tivesse caído com todo o meu peso, não há dúvida que a corda de trapos se teria partido e eu teria sido precipitado no abismo, mas graças a Peters que amorteceu a queda, pude deslizar suavemente, de maneira a ficar suspenso, sem perigo, até recuperar os sentidos, o que aconteceu cerca de quinze minutos depois. Quando despertei o terror tinha-se desvanecido completamente, sentia-me como um ser novo e, ainda com o auxílio do meu camarada, atingi o fundo são e salvo.

Encontrávamo-nos então a pouca distância da ravina que tinha sido o túmulo dos nossos amigos e ao Sul do local onde a colina tinha caído. A zona tinha um estranho aspecto de devastação que me lembrava as descrições feitas pelos viajantes sobre essas lúgubres regiões que assinalam o lugar da Babilónia destruída. Para além dos escombros da colina desmoronada que formava uma barreira caótica no horizonte Norte, a superfície do solo estava semeada de vastos túmulos que pareciam os restos de gigantescas construções artificiais, mas examinando os pormenores, era impossível descobrir qualquer vestígio de arte. As escórias abundavam e grandes blocos de granito negro misturavam-se com blocos de marga, ambos granulados de metal. Tão longe quanto a vista podia alcançar não havia qualquer vestígio de vegetação em toda aquela superfície desolada. Avistámos alguns escorpiões enormes e diversos répteis que não existiam nas altas latitudes.

Como o nosso objetivo imediato era arranjar comida, resolvemos dirigir-nos para a costa, que estava situada a meia-milha, para tentarmos caçar tartarugas, cuja presença tínhamos assinalado do nosso esconderijo na colina. Tínhamos percorrido cerca de cem jardas, rastejando com a máxima precaução por trás de grandes rochas e ruínas, e íamos fazer uma curva quando cinco selvagens se lançaram sobre nós, vindos de uma pequena caverna, derrubando Peters com uma paulada. Como caiu, todo o bando se atirou a ele para se assegurar que a vítima estava dominada, dando-me tempo para recuperar daquela surpresa. Ainda tinha a espingarda, mas o cano estava tão danificado pela queda que sofrera do alto da colina, que a deitei fora, preferindo utilizar as pistolas que tinha guardado cuidadosamente e que estavam em bom estado. Avancei sobre os assaltantes com as pistolas que descarreguei sobre eles. Dois selvagens caíram mortos e um terceiro que ia para trespassar Peters com a sua lança tombou sem cumprir o que se propunha. Com o meu companheiro livre não tivemos mais problemas. Também tinha pistolas, mas julgou ser mais prudente não as utilizar, fiando-se na sua imensa força pessoal, que na verdade era superior à de qualquer outro homem. Apoderando-se da clava de um dos selvagens, fez saltar a cabeça dos três que restavam e matou-os com um único golpe, o que nos tornou senhores absolutos do campo de batalha.

Estes acontecimentos passaram-se tão depressa que mal podíamos acreditar que fossem reais, e mantínhamo-nos de pé junto dos cadáveres, numa espécie de contemplação estúpida, até que caímos em nós ao ouvirmos gritos ao longe. Era evidente que os tiros tinham dado o alarme aos selvagens e que corríamos um grande perigo de sermos descobertos. Para regressar à montanha teríamos de caminhar em direção aos gritos e, quando chegássemos ao sopé, não conseguiríamos subir sem sermos vistos. A nossa situação era perigosíssima e não sabíamos em que direção fugir, quando um dos selvagens, sobre o qual tinha disparado e que julgava morto, se levantou e tentou fugir. No entanto, agarrámo-lo antes que desse um passo e íamos matá-lo, quando Peters pensou que ele talvez nos viesse a ser útil, se o obrigássemos a acompanhar-nos na nossa tentativa de fuga. Assim, arrastámo-lo conosco, fazendo-lhe compreender que estávamos decididos a matá-lo, se oferecesse a menor resistência. Passados alguns minutos, estava totalmente dócil, caminhando ao nosso lado, enquanto deslizávamos entre as rochas em direção ao rio.

Até ao momento, os desníveis do terreno que tínhamos percorrido, tinham-nos ocultado o mar, exceto em certos sítios, e quando por fim o avistámos totalmente devíamos estar a uma distância de duzentas jardas. Quando surgimos a descoberto na baía, vimos aterrorizados uma multidão imensa de ilhéus que vinha da aldeia e de todos os pontos da ilha em direção a nós gesticulando com furor e gritando como animais selvagens. Estávamos quase a voltar para trás e tentar esconder-nos nos abrigos que as irregularidades do terreno pudessem oferecer, quando descobrimos a proa de duas canoas que estavam atrás de uma enorme rocha que continuava para dentro de água. Corremos para elas o mais depressa que pudemos e, uma vez lá chegados verificámos que apenas estavam carregadas com três grandes tartarugas galápagos e que tinham remos para sessenta homens. Apoderámo-nos imediatamente de uma das canoas e, empurrando o nosso prisioneiro para bordo, fizemo-nos ao largo, com todo o vigor de que éramos capazes.

Mas ainda não nos tínhamos afastado mais de cinquenta jardas da costa, quando, recuperando um pouco o sangue frio, compreendemos o enorme erro que tínhamos cometido ao deixar a outra canoa nas mãos dos selvagens, que entretanto se tinham aproximado da baía e estavam agora a uma distância dupla da que nos separava. Não havia tempo a perder, embora a nossa esperança fosse débil. Era duvidoso que, mesmo fazendo o maior esforço, conseguíssemos chegar a tempo de nos apoderarmos da canoa antes deles, mas na realidade era a nossa única hipótese. Se o conseguíssemos, talvez nos salvássemos, mas se não fizéssemos aquela tentativa nada mais poderíamos esperar do que uma inevitável carnificina.

A nossa canoa estava construída de tal maneira que a proa e a ré eram iguais e, em vez de virar, modificámos apenas a direção em que remávamos. Assim que os selvagens se aperceberam da nossa intenção redobraram os gritos e a velocidade, aproximando-se com incrível rapidez. No entanto, nós remávamos com a energia do desespero, e quando atingimos o ponto em disputa ainda só um selvagem lá tinha chegado, o qual pagou caro a sua enorme agilidade, pois Peters disparou-lhe um tiro de pistola na cabeça, ao chegar à margem. Os nativos mais adiantados estariam a uma distância de vinte ou trinta passos quando nos apoderámos da canoa. Primeiro tentámos pô-la a flutuar, mas vendo que estava solidamente presa e não tendo tempo a perder, Peters com um ou dois vigorosos golpes com a coronha da espingarda conseguiu fendê-la na proa e num dos lados. Então fizemo-nos ao largo. Entretanto, dois ilhéus tinham-se agarrado à nossa canoa e recusavam-se obstinadamente a largá-la, até que fomos obrigados a matá-los à facada.

De momento estávamos salvos e avançámos decididamente para o mar. O grosso dos selvagens, ao chegar à canoa quebrada soltou os mais aterradores gritos de raiva e desapontamento que se possam imaginar. Na verdade, depois de tudo o que soube sobre aqueles miseráveis, pareceram-me a raça mais cruel, mais hipócrita, mais vingativa, mais sanguinária, positivamente mais diabólica que jamais habitou o globo. Era evidente que não poderíamos contar com nenhuma espécie de misericórdia se caíssemos nas suas mãos. Fizeram uma tentativa insensata para nos seguirem com a canoa danificada, mas, vendo que já não se podiam servir dela, expressaram mais uma vez a sua raiva com vociferações horríveis e voltaram para as suas colinas.

Estávamos então livres de qualquer perigo imediato, mas a nossa situação continuava a ser sinistra. Sabíamos que quatro canoas do mesmo género da nossa tinham estado, a certa altura, na posse dos selvagens e ignorávamos (o que mais tarde soubemos pelo nosso prisioneiro) que duas dessas embarcações tinham sido destruídas pela explosão da Jane Guy. Assim, esperávamos que seriamos perseguidos logo que os nossos inimigos dessem a volta à ilha e chegassem à baía (que distava cerca de três milhas), onde as canoas estavam normalmente amarradas. Receando isto, pusemos todo o nosso esforço para nos afastarmos da ilha e avançámos rapidamente no mar, forçando o nosso prisioneiro a remar. Cerca de meia hora depois, já devíamos ter avançado cinco ou seis milhas em direção ao Sul, quando vimos uma grande frota de jangadas e de canoas surgir no fundo da baía, com o propósito evidente de nos perseguir, mas acabaram por voltar para trás, desesperados por não nos conseguirem apanhar.



continua na página 275...



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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.



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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849


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