segunda-feira, 17 de maio de 2021

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 22 — Takeli-li

Edgar Allan Poe - Contos





Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837





22 — Takeli-li




A nossa situação tal como se apresentava então não era menos terrível do que quando nos julgávamos enterrados vivos para sempre. A única perspectiva que se nos deparava era sermos mortos pelos selvagens ou levar no meio deles uma miserável existência de cativos. É verdade que podíamos, durante algum tempo, escapar à sua atenção nos recônditos das montanhas, ou em último caso no abismo donde acabávamos de sair, mas acabaríamos por morrer de frio e de fome durante o longo inverno polar, se não traíssemos a nossa existência para procurar alimentos.

Toda a região circundante parecia fervilhar de selvagens e de novos grupos que tinham chegado em jangadas vindos de ilhas situadas mais ao Sul, sem dúvida para ajudar a tomar e pilhar a Jane. O navio continuava tranquilamente ancorado na baía, não podendo os homens a bordo suspeitar do perigo que os ameaçava. Quanto desejávamos estar com eles naquele momento, fosse para os ajudar a fugir, fosse para morrermos juntos tentando defender-nos! Além disso, não tínhamos qualquer meio de os advertir do perigo sem atrair imediatamente a morte sobre as nossas cabeças, e mesmo assim poucas esperanças havia de lhes sermos úteis. Um tiro de pistola seria suficiente para lhes anunciar que tinha acontecido qualquer desgraça, mas esse aviso não lhes faria compreender que a única maneira de se salvarem seria levantar a âncora imediatamente, que nenhum princípio de honra os obrigava a ficar uma vez que os seus companheiros já não faziam parte do número dos vivos. Por ouvirem o disparos, não se podiam preparar melhor do que estavam para receber um inimigo disposto ao ataque. Como não adviria qualquer vantagem de darmos o alarme com um tiro, antes pelo contrário daí resultariam grandes males, depois de maduras reflexões resolvemos não disparar.

Seguidamente tivemos a ideia de nos precipitarmos para o navio, de nos apoderarmos de uma das quatro canoas amarradas à entrada da baía e de tentarmos abrir caminho até à escuna, mas a absoluta impossibilidade de êxito desta tentativa em breve se tornou evidente. Como já referi, toda a região fervilhava de selvagens que rastejavam por trás dos arbustos de forma a não serem vistos da escuna. Muito perto de nós e bloqueando a única passagem por onde poderíamos chegar ao sítio ideal da costa, encontrava-se o bando de guerreiros de peles pretas, chefiado por Too-wit, que parecia esperar reforços para começar a abordagem da Jane. Também as canoas à entrada da baía estavam apinhadas de selvagens que, embora não estivessem armados, o mais natural é que tivessem as armas à mão; fomos portanto forçados, apesar da nossa boa vontade, a permanecer no nosso esconderijo, como simples espectadores da batalha que não tardaria a começar.

Passada cerca de meia-hora, vimos sessenta ou setenta jangadas ou balsas com balanceiros de piroga encherem-se de selvagens e dobrarem a ponta sul da baía. Parecia que as suas únicas armas eram curtas clavas e pedras amontoadas no fundo das embarcações. Logo a seguir um outro destacamento ainda mais considerável, aproximou-se na direção oposta com armas semelhantes. As quatro canoas também se encheram rapidamente com uma multidão de nativos que saíam dos bosques, se dirigiam para a entrada do porto e se faziam logo ao mar para alcançarem os outros grupos. Assim, em menos tempo do que levei a contar e como que por magia, a Jane viu-se cercada por uma multidão imensa de demónios, completamente decididos a apoderar-se do navio custasse o que custasse.

Não ousamos duvidar um instante que fosse de que teriam êxito na sua empresa. Os seis homens deixados no navio, por mais resolutos que fossem a defender-se, eram insuficientes para o serviço dos canhões e, de qualquer maneira, eram incapazes de manter um combate tão desigual. Duvidava até que chegassem a oferecer resistência, mas nisso enganei-me, porque os vi orientar o navio para estibordo de maneira que o costado ficasse virado para as canoas que já estavam ao alcance das pistolas, enquanto as jangadas estavam a cerca de um quarto de milha para sotavento. Devido a qualquer razão desconhecida, talvez à agitação dos nossos pobres amigos ao verem-se numa situação tão desesperada, a descarga foi um malogro completo. Nenhuma canoa foi atingida nem nenhum selvagem foi ferido, tendo o tiro sido muito curto e a carga feito ricochete por cima das suas cabeças. O único efeito produzido sobre os nativos foi uma grande surpresa perante aquela detonação inesperada e aquela fumarada; a surpresa foi tão grande que, por instantes, pensei que iam desistir e voltar para trás. Tenho a certeza que isso teria acontecido se os nossos homens tivessem continuado o combate com uma descarga de mosquete, pois, com as canoas tão perto, acertariam em alguns selvagens, impedindo esse grupo de se aproximar e permitindo-lhes disparar novamente sobre as jangadas. Mas, ao contrário, correram para bombordo para se defenderem das jangadas e deram aos homens das canoas tempo para recuperarem do pânico em que estavam e para olharem à sua volta verificando que não tinham sofrido qualquer dano.

A descarga de bombordo produziu um efeito terrível. A metralha e as balas arremessadas dos grandes canhões destruíram completamente sete ou oito jangadas e mataram mais de trinta ou quarenta selvagens, enquanto pelo menos uma centena se viu lançada à água, na sua maior parte gravemente ferida. Aqueles que escaparam, perdendo completamente a cabeça começaram a fugir, ignorando os companheiros feridos que nadavam à toa, gritando por socorro. No entanto, este grande êxito chegou demasiado tarde para salvar os nossos enérgicos companheiros. O grupo das canoas, cujo número era superior a cento e cinquenta homens, já estava a bordo da escuna, conseguindo a maior parte deles trepar as enxárcias e por cima das redes de fileretes, mesmo antes de as mechas serem aplicadas aos canhões de bombordo. Já nada podia suster a fúria daqueles brutos. Os nossos homens foram imediatamente derrubados, esmagados, pisados e feitos em pedaços, num espaço de segundos.

Vendo isto, os selvagens das jangadas recuperaram do seu terror e chegaram em magotes para a pilhagem. Em cinco minutos a Jane foi palco de uma devastação e desordem sem igual. A coberta foi fendida, arrancada e despedaçada; o cordame, as velas e todos os aparelhos foram demolidos como por magia; entretanto, rebocando a escuna com canoas e empurrando-a pela ré e dos lados, aquela multidão de patifes que nadava à volta do navio, conseguiu facilmente fazê-la encalhar junto à costa (o cabo da âncora tinha sido cortado) e entregá-la a Too-wit, que, durante toda a batalha, como um general consumado, se tinha mantido no seu posto de observação no meio das colinas, mas que, agora que a vitória era tão completa como ele desejava, consentia em acorrer com o seu estado-maior felpudo a tomar parte no saque.

A descida de Too-wit permitiu-nos deixar o nosso esconderijo e fazer um reconhecimento na colina, nas redondezas da ravina. A cerca de cinquenta jardas da entrada, descobrimos uma pequena nascente onde saciámos a sede ardente que nos consumia. Não longe da nascente vimos algumas aveleiras da espécie de que já falei. Provando as avelãs achámos que tinham um sabor agradável, semelhante ao da avelã inglesa vulgar. Enchemos os chapéus com elas, colocámo-las na ravina e voltámos à colheita. Enquanto estávamos ativamente empenhados a apanhar avelãs, um barulho nos arbustos causou-nos um grande alarme e estávamos quase para rastejar em direção ao nosso esconderijo, quando uma grande ave negra do tipo alcaravão se elevou lenta e pesadamente dos arbustos. Fiquei tão surpreendido que não sabia o que fazer, mas Peters teve a presença de espírito suficiente para correr atrás da ave, antes que ela pudesse fugir, e agarrá-la pelo pescoço. O animal debatia-se furiosamente e soltava guinchos tão horríveis, que quase a soltámos, com receio de que o barulho desse o alarme aos selvagens que ainda pudessem estar emboscados nas redondezas. Mas, por fim, uma boa facada liquidou-a e arrastámo-la para a ravina, contentes por termos arranjado provisões que chegariam para uma semana.

Saímos novamente para observarmos à nossa volta, e aventuramo-nos a uma distância considerável na vertente Sul da montanha, mas não descobrimos mais nada que pudéssemos juntar às nossas provisões. No entanto, apanhamos uma boa quantidade de madeira seca e regressamos ao ver um ou dois grandes grupos de nativos que se dirigiam para a aldeia, carregados com o produto do saque e que podiam ver-nos ao passarem pela colina.

Metemos imediatamente mãos ao trabalho para tornar o nosso esconderijo o mais seguro possível e, com este objetivo, arranjamos algumas silvas para tapar a abertura de que falei, através da qual víamos um pedaço de céu azul, quando subindo do abismo, atingimos a plataforma. Deixamos apenas um pequeno orifício suficiente para nos permitir observar a baía, sem corrermos o risco de ser vistos de baixo. Quando acabamos congratulamo-nos com a segurança da nossa posição, porque, enquanto permanecêssemos na ravina sem nos aventurarmos na colina, estávamos ao abrigo de qualquer observação. Não descobrimos qualquer indício que provasse que os selvagens já tivessem estado naquele buraco, mas quando pensámos que a fenda através da qual tínhamos subido talvez tivesse sido feita recentemente devido à queda da vertente oposta e que não seria possível descobrir outro caminho para lá chegar, não só não nos alegrámos tanto pela segurança do nosso abrigo como nos assustamos com a ideia de que nos seria completamente impossível descer. Resolvemos explorar o cume da colina, assim que se apresentasse uma boa ocasião, e entretanto observávamos todos os movimentos dos selvagens através da abertura.

Já tinham devastado completamente o navio e agora preparavam-se para lhe deitar fogo. Pouco depois vimos o fumo subir em turbilhões através da escotilha principal, enquanto densas chamas irrompiam do castelo da proa. A enxárcia, os mastros e o que ainda restava das velas ardeu imediatamente e o fogo espalhou-se com rapidez pela coberta. No entanto, uma multidão de selvagens continuava no navio, atacando com enormes pedras, machados e balas de canhão, todas as cavilhas e todas as ferragens. Na praia, nas canoas, nas jangadas e à volta da escuna havia mais de dez mil ilhéus, sem contar com os grupos que carregando o seu quinhão do saque partiam para o interior ou para as ilhas vizinhas. Estávamos a prever uma catástrofe e as nossas esperanças não foram em vão. Como primeiro sintoma produziu-se uma forte sacudidela (cujo contragolpe sentimos perfeitamente como se tivéssemos apanhado uma ligeira descarga de pilha voltaica), mas que não foi seguida de sinais visíveis de explosão. Os selvagens ficaram evidentemente surpreendidos e interromperam por um instante o trabalho e os gritos.

Quando se preparavam para recomeçar, uma súbita massa de fumo jorrou do centro do navio, semelhante a uma densa e tenebrosa nuvem elétrica; depois, como se brotasse das suas entranhas, ergueu-se uma coluna de chamas intensas a uma altura de um quarto de milha, expandindo-se a seguir em círculo. Num instante e como por magia, toda a atmosfera ficou crivada por um tremendo caos de madeira, metal e membros humanos, dando-se por fim uma explosão fortíssima que nos atirou por terra, enquanto as colinas repetiam os ecos múltiplos deste trovão e uma chuva de fragmentos imperceptíveis caía à nossa volta vinda de todos os lados.

A devastação entre os ilhéus ultrapassou as nossas melhores esperanças e eles recolheram assim os frutos da sua traição. Talvez tivessem perecido mil homens na explosão, enquanto pelo menos outros mil ficaram horrivelmente mutilados. Toda a superfície da baía estava literalmente juncada daqueles miseráveis que se debatiam e afogavam, enquanto na praia a situação ainda era pior. Pareciam estar tão aterrorizados pela inesperada catástrofe, que não se mexiam para ir em socorro dos outros. A certa altura notamos uma mudança total na sua atitude: de uma apatia total passaram ao mais alto grau de excitação; corriam de um lado para o outro desordenadamente até um certo ponto da pradaria, para fugirem logo a seguir, com as mais estranhas expressões de raiva, terror e ardente curiosidade estampadas na cara e vociferando com quanta força tinham Tekeli-li! Tekeli-li!

Em breve vimos um enorme grupo retirar-se para as colinas, de onde saíram passado pouco tempo com estacas de madeira, que transportaram para o local onde a multidão era mais compacta, a qual se afastou como que para nos mostrar a causa de toda aquela agitação. Distinguimos qualquer coisa branca que jazia no solo, mas não conseguimos aperceber-nos imediatamente de que se tratava.

Por fim, descobrimos que era o corpo do estranho animal de dentes e garras escarlates que a escuna tinha pescado no mar a 18 de janeiro. O capitão Guy tinha mandado conservar o corpo para empalhar a pele e levá-la para Inglaterra. Lembro-me que tinha dado ordens sobre o assunto, pouco antes de termos chegado àquela ilha, e que aquela espécie preciosa tinha sido levada para a cabina e guardada numa arca. Tinha sido lançado à praia pela explosão, mas o motivo por que causava tamanha agitação entre os selvagens era um mistério. Embora a multidão se tivesse aglomerado à volta do animal, a pouca distância, ninguém parecia querer aproximar-se. Então os homens armados com as estacas espetaram-nas em círculo à volta do cadáver e, concluída esta tarefa, todos se precipitaram para o interior da ilha gritando Tekeli-li! Tekeli-li!



continua na página 262...


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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.



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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849


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