quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Marcel Proust - À Sombra das Moças em Flor (Ao Redor da Sra. Swann - a)

em busca do tempo perdido

volume II
À Sombra das Moças em Flor


Ao Redor da Sra. Swann


(a)

Quando se cuidou de receber ao jantar, pela primeira vez, o Sr. de Norpois, tendo minha mãe lamentado que o professor Cottard estivesse viajando e que ela própria tivesse deixado completamente de freqüentar Swann, pois ambos teriam sem dúvida interessado o antigo embaixador, meu pai respondeu que um conviva eminente, um sábio ilustre, como Cottard, jamais poderia fazer má figura num jantar, ao passo que Swann, com sua ostentação, sua mania de alardear aos quatro ventos as suas relações, era um vulgar fanfarrão que o marquês de Norpois sem dúvida teria achado, conforme sua própria expressão, "nauseante". Ora, a resposta de meu pai necessita de algumas palavras de explicação, já que algumas pessoas talvez se lembrem de um Cottard bastante medíocre e de um Swann de extrema delicadeza, em matéria mundana, primor de modéstia e discrição. Mas, pelo que diz respeito a este, ocorrera que o "filho de Swann", e também o Swann do Jockey, adquirira uma personalidade nova (e que não deveria ser a última), a de marido de Odette. Afeiçoando às humildes ambições dessa mulher o instinto, o desejo e a habilidade de que sempre fora dotado, empenhara-se em construir, bem por baixo da antiga, uma posição nova e apropriada à companheira que a ocuparia com ele. Ora, mostrava-se aí um novo homem. Visto que (sempre continuando a frequentar sozinho os amigos pessoais, aos quais não queria impor Odette quando não lhe pedissem espontaneamente para conhecê-la) era uma segunda vida que ele começava em comum com sua mulher, em meio a criaturas novas, ainda se compreenderia que, para avaliar o nível destas e, consequentemente, o prazer de amor-próprio que poderia sentir em recebê-las, ele se servisse, como ponto de comparação, não das pessoas mais brilhantes que formavam sua sociedade antes do casamento, mas das relações anteriores de Odette. Porém, mesmo quando se sabia que era com funcionários deselegantes, com mulheres de má fama, adorno dos bailes de ministérios, que ele desejava ligar-se, ficava-se espantado por ouvi-lo proclamar em alto e bom som (ele que outrora e, mesmo ainda hoje, dissimulava tão graciosamente um convite de Twickenham ou do Palácio de Buckingham) que a mulher de um subchefe de gabinete viera fazer uma visita à Sra. Swann.

Dir-se-á talvez que aquilo se devia a simplicidade do Swann elegante não passara nele de uma forma mais requintada de vaidade e que, como certos judeus, o antigo amigo de meus pais pudera frequentar, de cada vez, os estágios sucessivos por onde haviam passado os membros de sua raça, desde o mais ingênuo esnobismo e a patifaria mais grosseira, até a mais fina polidez. Mas o motivo principal, aplicável à humanidade como o era que nossas próprias virtudes não são algo livre, flutuante, de que consegue a disponibilidade permanente; elas acabam por se associar tão estreitamente à nosso espírito, às ações perante as quais nos impusemos o dever de executar que, se nos aparece uma atividade de outra ordem, esta nos pega totalmente prevenidos e sem que tenhamos sequer a ideia de que poderia nos valer praticar essas mesmas virtudes. Swann, solícito para com essas novas relações, citando-as com orgulho, era como aqueles grandes artistas modestos, ou sozinhos que, se, no fim da vida, se dedicam à culinária ou à jardinagem, exigência de ingênua satisfação com os elogios conferidos a seus pratos ou platibandas; quais não admitem a crítica que aceitam facilmente quanto a suas obras então que, ofertando de graça uma de suas telas, não podem perder quarenta sons no dominó sem mau humor.

Quanto ao professor Cottard, voltaremos a vê-lo com a patroa, longe, bem mais distante, no castelo de Ia Raspeliere. No momento, será bastante à ele, observar primeiro o seguinte: quanto a Swann, a rigor, a mudar e surpreender, pois que já estava efetivada, sem que dela eu desconfiasse, o pai de Gilberte nos Champs-Élysées, onde, aliás, ele não me dirigia a palato podia exibir, diante de mim, suas relações políticas (é verdade que, senão feito, eu talvez não percebesse logo a sua vaidade, pois a ideia que nós faz uma pessoa conhecida há tanto tempo como que nos tapa os olhos e os da minha mãe, durante três anos, não distinguiu a pintura que uma das sob punha nos lábios, como se tivesse sido dissolvida inteira e invisivelmente líqüido; até o dia em que uma porção suplementar, ou alguma outra causa fabricou o fenômeno chamado supersaturação; toda a pintura não percebida se cristalizou e minha mãe, diante daquele súbito deboche de cores, de claridade, teriam feito em Combray, que aquilo era uma vergonha e rompeu quase total as relações com a sobrinha). Mas ao contrário, no caso de Cottard, a época - o vimos assistir aos começos de Swann em casa dos Verdurin já estava bem doente; ora, as honrarias, os títulos oficiais, chegam com os anos. Em segundos uma pessoa pode ser iletrada, fazer trocadilhos idiotas e possuir um dom que nenhuma cultura geral substitui, como o do grande estrategista ou do clínico. De fato, não era apenas como um prático obscuro, que com o tempo tornara-se uma celebridade na Europa, que seus confrades consideravam Cottard mais inteligentes dentre os jovens médicos declararam, ao menos durante anos, pois as modas mudam, tendo nascido elas próprias da necessidade conforme as danças-que, se alguma vez caíssem doentes, Cottard era o único mestre à confiarem a carcaça. É claro que preferiam a troca de ideias com certas pessoas mais cultas, mais artistas, com quem podiam falar de Nietzsche e Wagner se tocava música no salão da Sra. Cottard, nos saraus em que ela recebia os alunos do marido, com esperança de vê-lo um dia decano da faculdade, este em ouvir, preferia jogar cartas no salão vizinho. Porém gabavam-lhe a prontidão, a profundeza, a segurança de seu olho clínico, de seu diagnóstico. Em terceiro jogar, no que diz respeito ao conjunto de maneiras que o professor Cottard mostrava a um homem como meu pai, notemos que a natureza que fazemos surgir na segunda parte da nossa vida não é sempre, se o é muitas vezes, nossa natureza primária desenvolvida ou murcha, exagerada ou atenuada; trata-se às vezes de uma natureza oposta, uma verdadeira roupa às avessas. Salvo no caso dos Verdurin, que tinham se fartado dele, o aspecto hesitante de Cottard, sua timidez e amabilidade excessivas lhe tinham valido, na juventude, constantes ditos mordazes. Qual o amigo caridoso que lhe aconselhara adotasse um ar glacial? A importância da sua posição tornou-lhe mais fácil assumi-lo. Em toda parte, se não nos Verdurin aonde voltava instintivamente, ele se fez frio e, sem custo, silencioso, peremptório quando fosse necessário falar, não se esquecia de dizer coisas desagradáveis. Pôde ensaiar essa nova atitude diante de clientes que, não o tendo visto ainda, não tinham sequer como fazer comparações e ficariam bastante espantados se soubessem que ele não era homem de natureza rude. Esforçava-se sobretudo em ser impassível e, até no seu serviço do hospital, quando dizia alguns daqueles trocadilhos que faziam rir a todos, desde o chefe da clínica até o mais recente externo, fazia-o sempre sem que um só músculo se movesse no rosto, rosto aliás irreconhecível desde que rapara a barba e o bigode.

Para terminar, digamos quem era o marquês de Norpois. Tinha sido ministro plenipotenciário antes da guerra e embaixador no 16 de Maio, e, apesar disso, para assombro de muitos, encarregado diversas vezes, desde então, de representar a França em missões extraordinárias e até mesmo como fiscal da Dívida, no Egito, onde, graças às suas grandes aptidões financeiras, prestara serviços importantes. Por gabinetes radicais que um simples burguês reacionário recusaria servir, e aos quais o passado do Sr. de Norpois, suas ligações e opiniões teriam tornado suspeito. Mas esses ministros avançados pareciam dar-se conta de que mostrariam com semelhante nomeação a sua largueza de espírito, desde que se tratasse dos interesses superiores da França; punham-se acima da política e mereciam até que mesmo o Journal des Débats os qualificasse de estadistas e se beneficiassem, por fim, do prestígio que se ajunta a um nome aristocrático e do interesse que desperta, como um lance teatral, uma escolha inesperada. E sabiam também que, tais vantagens, apenas as podiam recolher apelando ao Sr. de Norpois, sem temer da parte deste uma quebra de lealdade política, contra a qual o nascimento do marquês devia não tê-los de sobreaviso, e sim garanti-los. E nisso o governo da República não se enganava. Primeiro, porque uma certa aristocracia, educada desde a infância no sentido de considerar o próprio nome como uma vantagem interior que nada lhe tira (e cujo valor os seus pares, ou aqueles que de nascença pertencem a um nível ainda superior, conhecem perfeitamente bem), sabe que pode evitar, lhe acrescentariam nada, os esforços que fazem tantos burgueses, sem resultado ulterior, para professar unicamente opiniões da moda e só pessoas de bons sentimentos. Em compensação, preocupada em engrandecer aos olhos das famílias principescas ou ducais, abaixo das quais está imediatamente situada, essa aristocracia sabe que não pode fazê-lo a não ser aumentando o nome com aquilo que ele não contém, com aquilo que faz que, diante de igual, ele prevaleça: uma influência política, uma reputação literária ou uma grande fortuna. E os cuidados de que abre mão quanto a um inútil provinciano sequestrado pelos burgueses e a cuja amizade sem proveito não daria o menor valor, a aristocracia há de tê-los para com os poluídos, que sejam franco-maçons, que podem lhe abrir as portas das embaixadas patrociná-la nas eleições, com os artistas ou com os sábios, cujo apoio vão "furar", no setor em que se distinguem, para todos aqueles, enfim, que condições de conferir uma nova distinção ou favorecer um casamento.

Porém, no que dizia respeito ao Sr. de Norpois, ocorria sobremaneira numa longa prática da diplomacia, ele se havia imbuído desse espírito rotineiro, conservador, dito "espírito de governo" e que, de fato, é o dos governos e, em especial, está sob todos os governos, o espírito da chamada carreira diplomática, adquirira a aversão, o temor e o desprezo desses pensamentos, cada vez menos incorretos, que são o modo de agir das oposições e no caso de alguns iletrados do povo e da alta sociedade, para quem além de gêneros é letra morta, o que reaproxima não é a identidade de opinião; consanguinidade dos espíritos. Um acadêmico do tipo de Legouvé e adepto dos clássicos aplaudiria com a melhor boa vontade o elogio de Ti por Maxime Du Camp ou Mézieres, do que o de Boileau por Claudel. Um nacionalismo bastou para aproximar Barres de seus eleitores, que não diminuíra a diferença entre ele e o Sr. Georges Berry, porém não de seus amigos da Academia que, tendo suas mesmas opiniões políticas mas um outro tipo; preferirão até adversários como os senhores Ribot e Deschanef' por sua vez, monarquistas fiéis se sentem muito mais próximos do que de e Léon Daudet, que, no entanto, sonham também com o regresso do rei. Suas palavras não só por hábito profissional de prudência e reserva, ruas porque elas têm mais valor, oferecem mais matizes aos olhos de homens de esforços de dez anos para reaproximar dois países se resumem num discurso, num protocolo por um simples adjetivo, de aparência no qual veem um mundo inteiro, o Sr. de Norpois passava por ser muito da Comissão, onde ocupava um cargo ao lado de meu pai, a quem todos aumentavam pela amizade que lhe dedicava o antigo embaixador. Meu primeiro espantar-se daquilo. Pois, sendo em geral pouco amável, tinha o hábito de não ser procurado fora do círculo da intimidade e o confessava com simplicidade. Era cônscio de que havia, nas aproximações do diplomata, um efeito sob este ponto de vista inteiramente individual, onde cada um se põe para decidir acerca das simpatias, e dentro do qual todas as qualidades intelectuais ou a sensibilidade de uma pessoa serão para alguém, a quem ela aborrece e irrita, uma recomendação tão boa, como a franqueza e a alegria de outra, que passaria aos olhos de muitos como vazia, frívola e nula.

"De Norpois me convidou de novo para jantar; é extraordinário; todos ficaram estupefatos na Comissão, onde ele não tem relações íntimas com ninguém. Tenho certeza de que ele ainda vai me contar coisas palpitantes sobre a guerra de 70."

Meu pai sabia que só talvez o Sr. de Norpois avisara o imperador do poder crescente e das intenções belicosas da Prússia, e que Bismarck estimava particularmente a sua inteligência. Ainda recentemente, na ópera, durante o baile de gala oferecido ao rei Teodósio, os jornais haviam assinalado a longa entrevista que o soberano tivera com o Sr. de Norpois.

"Preciso saber se essa visita do rei teve real importância", disse-nos meu pai, que se interessava muito pela política estrangeira.

"Sei muito bem que o velho Norpois é fechado como uma ostra, mas comigo ele se abre todinho."

Quanto à minha mãe, talvez o embaixador não lhe apresentasse o tipo de inteligência que mais a atraísse. E devo dizer que a conversação do Sr. de Norpois era um repertório tão completo das formas antiquadas de linguagem particulares a uma carreira, a uma classe e a uma época, que para aquela carreira e para aquela classe, poderia muito bem não estar inteiramente abolidas - que lamento às vezes não ter guardado pura e simplesmente as frases que lhe ouvi. Teria, desse modo, obtido um efeito démodé tão bem e da mesma maneira que aquele aturdo Palais-Royal a quem indagavam onde podia encontrar seus surpreendentes chapéus e que respondia:

"Não encontro os meus chapéus. Eu os conservo."

Numa palavra, creio que minha mãe julgava o Sr. de Norpois um tanto antiquado, o que estava longe de lhe parecer desagradável do ponto de vista de seus modos, mas a encantava menos no terreno senão das ideias, pois as do Sr. de Norpois eram bem modernas, mas das expressões. Apenas, ela sentia que seria lisonjear o marido de maneira delicada se lhe falasse com admiração do diplomata, que o tratava com tanta predileção. Fortalecendo no espírito de meu pai a boa opinião que ele professara sobre o Sr. de Norpois, e levando-o assim a formar uma tão boa opinião sobre si mesmo, ela tinha consciência de cumprir um de seus deveres, que consistia em tornar agradável a vida do marido, como fazia quando vigiava para que a cozinha fosse bem cuidada e o serviço silencioso. E, como fosse incapaz de mentir a meu pai, ela mesma procurava admirar o embaixador para poder elogiá-lo com sinceridade, aliás, apreciava naturalmente seu ar de bondade, sua polidez um tanto desusada; tão cerimoniosa que, caminhando empertigado, ao perceber minha mãe que de carro, antes de lhe tirar o chapéu, jogava longe o charuto mal começado; sua conversa tão comedida, na qual falava de si mesmo, ao menos sempre levava em consideração o que poderia ser agradável ao interlocutor; pontualidade de tal modo surpreendente em responder a uma carta que quando acabara de lhe enviar uma, reconhecendo a escrita do Sr. Norpois de envelope, tinha a primeira impressão de que a correspondência de ambos era: poderia se dizer que, para ele, existiam no correio luxo e coletas suplementares.

Minha mãe se maravilhava de que ele fosse tão exato, embora tão ocupado era amável, conquanto tão relacionado, sem pensar que os "emboras" e os convivas são sempre "porquês" mal conhecidos, e que (assim como os velhos pela idade, os reis cheios de simplicidade e os provincianos) sabendo detalhes os próprios hábitos do Sr. de Norpois, que lhe permitiam satisfazer tantos e ser tão regular em suas respostas, agradar à sociedade e ser amável. Ademais, o erro de minha mãe, como o de todas as pessoas que são excessivamente modestas, provinha de que ela colocava as coisas que lhe diziam respeito e, consequentemente, fora dos outros. A resposta que a fazia atribuir tantas ao amigo de meu pai em dirigi-la a nós com rapidez, porque ele escrevia cartas por dia, ela a excetuava do grande número de cartas que, no entanto, passavam de uma; da mesma forma, ela não considerava que um jantar - e caso fosse para o Sr. de Norpois - um dos atos inumeráveis de sua vida; imaginava que o embaixador antigamente se acostumara, na diplomacia; dera os jantares citadinos como fazendo parte de suas funções e a empatia uma graça inveterada, da qual seria demais pedir-lhe que se desfizesse exclusivamente quando vinha à nossa casa.

O primeiro jantar a que o Sr. de Norpois compareceu em nossa casa, ano em que eu ainda jogava nos Champs-Élysées, ficou na minha lembrança, que a tarde desse mesmo dia foi aquela em que eu ia enfim, ouvir a Berma na "matinê", representando a Fedra, e também porque, palestrando com o Sr. Norpois, percebi de súbito, e de uma forma nova, de que modo os sentimentos despertados em mim por tudo o que se relacionasse com Gilberte Swann os pais divergiam daqueles que essa mesma família inspirava a qualquer outra.

Sem dúvida, foi reparando no abatimento em que me afundava na aproximação das férias de Ano-Novo, durante as quais, como ela própria me anuiu, não deveria ver Gilberte, que um dia, para me distrair, mamãe me disse:

"Tens o mesmo desejo tão grande de ouvir a Berma, acho que teu pai permitiria que fosses e tua avó poderia te acompanhar."

Mas porque o Sr. de Norpois lhe dissera que deveria deixar-me ver Berma, que aquilo seria, para um rapazinho, uma boa recordação a convite de meu pai, até então hostil à ideia que eu fosse perder tempo e me deixar contrair uma grave doença devido ao que chamava, para grande escola, minha avó, uma inutilidade, não estava longe de considerar aquele programa peneirado pelo embaixador, como fazendo vagamente parte de um conjunto de receitas preciosas para o bom êxito de uma brilhante carreira. Minha avó que, renunciara por mim ao benefício que, segundo ela, me daria a audição da Berma, fizera um enorme sacrifício no interesse da minha saúde, espantava-se de que tudo aquilo se tornasse desprezível a uma só palavra do Sr. de Norpois. Pondo suas esperanças invencíveis de racionalista no regime de ar livre e de deitar cedo que me haviam prescrito, deplorava como uma calamidade a infração que eu ia fazer e, num tom enervado, dizia:

"Como você é leviano" a meu pai, ao que este, furioso, respondia:

"Como! Agora é a senhora que não quer que ele vá? É demais, logo a senhora que repetia o tempo todo que isso lhe poderia ser útil."

Mas o Sr. de Norpois mudara as intenções de meu pai num ponto bem mais importante para mim. Desejara sempre que eu fosse diplomata e eu não podia suportar a ideia de que, mesmo se devesse permanecer por algum tempo adido ao ministério, me arriscaria um dia a ser enviado como embaixador às capitais onde não moraria Gilberte.



continua na página 07...
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