quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O Sol é para todos: 1ª Parte (6)

Harper Lee

O Sol é para todos


Para o sr. Lee e Alice, em retribuição ao amor e afeto


Os advogados, suponho, um dia foram crianças.
CHARLES LAMB



PRIMEIRA PARTE

6

Podem — respondeu nosso pai, quando Jem perguntou se podíamos ir à casa da srta. Rachel ver o tanque de peixes com Dill, pois era a última noite dele em Maycomb. — Despeçam-se dele por mim e digam que nos vemos no próximo verão.
Pulamos o muro baixo que separava o quintal da srta. Rachel da nossa entrada de garagem. Jem deu um assovio e Dill respondeu no escuro.

— Não sopra nem um ventinho — constatou Jem. — Olha lá. — Apontou para o leste. Uma lua enorme surgia por trás das nogueiras da srta. Maudie. — Dá a impressão de que faz ainda mais calor.

— A cruz está lá esta noite? — perguntou Dill, sem levantar a cabeça. Estava fazendo um cigarro com jornal e barbante.

— Não, só a mulher. Não acenda esse negócio, Dill, vai espalhar um fedor por todo esse lado da cidade.

Em Maycomb, havia uma mulher na lua. Ela ficava sentada numa penteadeira, escovando os cabelos.

— Vamos sentir sua falta — admiti. — Acha que devemos ficar de olho no sr. Avery?

O sr. Avery morava na casa em frente à da sra. Henry Lafayette Dubose, do outro lado da rua. Além de recolher o dinheiro do ofertório aos domingos, ficava sentado na varanda toda noite até as nove espirrando. Uma noite tivemos o privilégio de assistir a uma cena pelo que pareceu ter sido a última vez, pois nunca mais se repetiu durante todo o tempo que o observamos. Jem e eu estávamos descendo a escada da srta. Rachel uma noite quando Dill nos fez parar:

— Olha lá — disse, apontando para o outro lado da rua.

Primeiro, só vimos a varanda coberta por trepadeiras. Olhando com mais atenção, porém, vimos um arco de líquido saindo do meio das folhas e se derramando no círculo amarelo da luz do poste a uns dois metros de distância. Jem disse que o sr. Avery tinha péssima pontaria, Dill acrescentou que devia beber um barril de água por dia. Começou então uma disputa entre eles para determinar as distâncias e as proezas de cada um, o que só me fez sentir excluída mais uma vez, já que eu não tinha nenhum talento naquela área.
Dill se espreguiçou, bocejou e disse, em um tom bastante casual:

— Já sei. Vamos dar uma caminhada.

Fiquei desconfiada. Ninguém em Maycomb simplesmente saía para dar uma caminhada.

— Aonde vamos, Dill?

Ele inclinou a cabeça na direção do sul. Jem concordou:

— Tudo bem. — Quando reclamei, ele disse delicadamente: — Você não precisa vir com a gente, santinha.

— Você não devia ir. Lembra…

Jem não era de se deixar intimidar por derrotas passadas e parecia que a única coisa que tinha aprendido comAtticus era a perspicácia na arte de interrogar.

— Scout, não vamos fazer nada, só vamos andar até o poste e voltar.

Fomos andando em silêncio pela calçada, ouvindo os balanços das varandas que rangiam sob o peso dos vizinhos, o suave murmúrio noturno dos adultos da nossa rua. De vez em quando, ouvíamos a risada da srta. Stephanie Crawford.

— Vamos? — perguntou Dill.

— Vamos — concordou Jem. — Por que você não vai para casa, Scout?

— O que vocês vão fazer?

Dill e Jem iam só espiar pela veneziana solta e tentar ver Boo Radley, e, se eu não quisesse ir, era melhor voltar para casa e ficar com minha boca grande bem fechada, só isso.

— Por que, com todos os diabos, vocês esperaram até esta noite?

A resposta foi: porque à noite ninguém os veria; porque Atticus estaria tão entretido lendo um livro que não ouviria nem se o mundo viesse abaixo; porque, se Boo Radley os matasse, eles perderiam as aulas e não as férias, e finalmente porque era mais fácil ver dentro da uma casa escura à noite do que de dia, entendeu?

— Jem, por favor…

— Scout, não vou mais repetir, fecha essa boca ou vai para casa. Juro por Deus: você está ficando a cada dia mais parecida com uma menina.

Ao ouvir isso, não tive opção a não ser ir com eles. Achamos que era melhor passar por baixo da cerca de arame nos fundos do terreno dos Radley, assim corríamos menos risco de ser vistos. A cerca contornava um grande jardim e uma casinha estreita de madeira.
Jem levantou o arame da cerca e fez sinal para Dill passar. Fui atrás e segurei o arame para Jem passar. Ele teve de se espremer.

— Não façam barulho — sussurrou. — Cuidado para não pisarem no canteiro de couves, elas fazem um barulho capaz de acordar um defunto.

Com essa recomendação, acho que dei um passo por minuto. Só me apressei quando vi Jem ao longe, fazendo sinal para mim na noite enluarada. Chegamos ao portão que separava o jardim do quintal. Jem tocou no portão, que rangeu.

— Cuspa nas dobradiças — sussurrou Dill.

— Você colocou a gente num beco sem saída, Jem — murmurei. — Não vai ser fácil sairmos daqui.

— Shhh. Cuspa na dobradiça, Scout.

Depois de cuspirmos até ficarmos com a boca seca, Jem abriu o portão devagar, levantou-o e encostou-o na cerca. Estávamos no quintal.
Os fundos da casa dos Radley eram menos acolhedores do que a frente: uma varanda abandonada ia de uma ponta a outra da casa, e havia duas janelas escuras entre duas portas. Em vez de uma coluna, uma estreita escora de madeira sustentava uma das extremidades do telhado. Havia uma velha lareira de ferro num canto da varanda, e o espelho de uma chapeleira refletia a lua com um brilho sinistro.

— Eca! — fez Jem, levantando o pé.

— O que foi?

— Galinhas — ele sussurrou.

Percebemos que teríamos de desviar do invisível por toda parte quando, à nossa frente, Dill disse baixinho “meu De-us”. Na ponta dos pés, fomos até a lateral da casa, onde ficava a janela com a veneziana solta. O peitoril era bem mais alto que Jem.

— Eu levanto você — ele cochichou para Dill. — Espera aí.

Jem e eu montamos uma cadeirinha com nossos braços esticados e nos agachamos. Dill subiu, nós o levantamos e ele segurou no peitoril.

— Anda, não vamos aguentar muito tempo — sussurrou Jem.

Dill deu um tapinha no meu ombro e nós o colocamos no chão.

— O que você viu?

— Nada, tinha cortinas. Mas tem uma luzinha lá dentro.

— Vamos sair daqui — sussurrou Jem. — Vamos voltar pelos fundos. Shhh — me avisou quando eu estava prestes a protestar.

— Vamos tentar a janela dos fundos.

— Dill, não — pedi.

Dill parou e deixou Jem ir na frente. Ele pisou no primeiro degrau da varanda, que rangeu. Jem parou e foi apoiando o pé aos poucos. O degrau não fez barulho. Jem pulou dois degraus de uma vez, entrou na varanda e vacilou por um longo instante. Equilibrou-se, agachou-se no chão e engatinhou até a janela. Levantou a cabeça e espiou dentro da casa.
Foi então que vi a sombra. Era a sombra de um homem de chapéu. Primeiro, pensei que fosse uma árvore, mas não estava ventando e árvores não andam. A lua iluminava a varanda dos fundos e a sombra, bem nítida, avançou pela varanda na direção de Jem.
Dill viu a sombra logo depois de mim e cobriu o rosto com as mãos, assustado.
Jem só a viu quando a sombra passou ao seu lado. Colocou os braços sobre a cabeça e não se mexeu.
A sombra parou a poucos centímetros de Jem. Levantou um braço, depois deixou-o cair e ficou parado. Em seguida, virou-se, foi até o fim da varanda e desapareceu pela lateral da casa como tinha surgido.
Jem pulou da varanda e disparou na nossa direção. Abriu o portão, deixou Dill e eu passarmos e mandou que ficássemos em silêncio enquanto avançávamos entre os canteiros de couve que rumorejavam com o vento. No meio do caminho, tropecei e foi nessa hora que ouvi um tiro de espingarda atravessar a vizinhança.
Dill e Jem se jogaram no chão ao meu lado. Jem disse com a respiração entrecortada:

— Para a cerca do pátio da escola! Corra, Scout!

Jem levantou o arame; Dill e eu rolamos por baixo da cerca e estávamos na metade do caminho até o solitário carvalho do pátio da escola quando percebemos que Jem tinha ficado para trás. Voltamos correndo e o encontramos preso na cerca, tirando a calça, que estava enganchada no arame, para se soltar. Ele correu para o carvalho de cueca.

Protegidos atrás do carvalho, estávamos atordoados, mas a cabeça de Jem continuava a mil:

— Temos que ir para casa, vão dar pela nossa falta!

Corremos pelo pátio da escola, passamos por baixo da cerca e cortamos caminho pelo pasto que ficava atrás da nossa casa, pulamos a cerca dos fundos e Jem só nos deixou parar quando chegamos à escada.
Depois que recuperamos o fôlego, fomos andando até o jardim da maneira mais natural possível. Olhamos para a rua e vimos um grupo de vizinhos no portão dos Radley.

— É melhor irmos até lá. Vão estranhar se nós não aparecermos — disse Jem.

O sr. Nathan Radley estava no portão, com uma espingarda cruzada sobre o braço. Atticus estava em pé ao lado da srta. Maudie e da srta. Stephanie Crawford. A srta. Rachel e o sr. Avery estavam a uma curta distância. Ninguém notou a nossa chegada.
Paramos atrás da srta. Maudie, que se virou para olhar para nós:

— Onde vocês estavam? Não ouviram a confusão?

— O que aconteceu? — perguntou Jem.

— O sr. Radley atirou em um negro no canteiro de couves dele.

— Ah. E acertou o tiro?

— Não — respondeu a srta. Stephanie. — Ele atirou para o alto. Mas o homem ficou branco de medo. O sr. Radley avisou que, se alguém vir um preto pálido por aí, é ele. Disse que está com a outra arma engatilhada para o caso de ouvir mais algum barulho no canteiro. Da próxima vez, não vai atirar para o alto, seja lá o que for: cachorro, negro ou… céus, Jem Finch!

— O que foi? — perguntou Jem.

Atticus falou:

— Filho, cadê suas calças?

— Calças, pai?

— Calças.

Não adiantava se fazer de desentendido. Jem estava de cuecas na frente de Deus e do mundo. Suspirei.

— Ah… sr. Finch?

Dill surgiu sob a luz do poste e vi que estava tramando alguma coisa: de olhos arregalados, o rosto angelical estava ainda mais redondo.

— O que foi, Dill? — perguntou Atticus.

— Ah… É que ganhei a calça dele — disse Dill vagamente.

— Ganhou? Como?

Dill esfregou a nuca, em seguida levou a mão à testa

— Estávamos jogando strip pôquer perto do tanque de peixes — disse ele.

Jem e eu relaxamos. Os vizinhos pareceram satisfeitos com a resposta, pois todos se empertigaram. Mas o que era strip pôquer?
Não pudemos descobrir: a srta. Rachel explodiu, berrando como a sirene dos bombeiros:

— Je-sus a-ma-do, Dill Harris! Você estava jogando baralho perto do meu tanque de peixes? Vou lhe mostrar o que é strip pôquer.

Atticus impediu que Dill fosse esquartejado na hora.

— Um momento, srta. Rachel. Eles nunca fizeram isso antes. Os três estavam jogando cartas? — perguntou Atticus.

Jem foi na onda de Dill e respondeu, de olhos fechados:

— Não, pai, estávamos brincando com fósforos.

Senti admiração pelo meu irmão. Brincar com fósforos era perigoso, mas jogar cartas era mortal.

— Jem e Scout, não quero mais ouvir falar em pôquer. Jem, vá buscar sua calça na casa do Dill e resolvam isso entre vocês — mandou Atticus.

— Não se preocupe, Dill — disse Jem enquanto íamos andando pela calçada. — Ela não vai bater em você. Papai vai falar com ela. Você pensou rápido, cara. Escuta… está ouvindo a voz dele?

Paramos e ouvimos Atticus dizer:

— Não é nada sério, srta. Rachel… todos passam por essa fase…

Dill se acalmou, mas Jem e eu, não. Ainda tínhamos que resolver como íamos fazer para Jem ter uma calça para vestir na manhã seguinte.

— Posso te dar uma calça minha — disse Dill quando chegamos à escada da srta. Rachel. Jem respondeu que a calça não caberia nele, mas agradeceu assim mesmo. Nos despedimos e Dill entrou em casa. Então ele evidentemente se lembrou de que estávamos noivos, porque voltou e me deu um beijo na frente de Jem.

— Escreva para mim, tá? — gritou enquanto nos afastávamos.


Teríamos dormido mal naquela noite, mesmo que Jem não tivesse perdido as calças. Qualquer som noturno que eu ouvia da minha cama na varanda dos fundos parecia três vezes mais alto; cada passo de alguém no cascalho era Boo Radley vindo se vingar; cada negro que passava rindo era Boo Radley solto à nossa procura; os insetos que se chocavam contra a tela eram as mãos enlouquecidas de Boo Radley destruindo a cerca; os cinamomos estavam vivos e eram perigosos e ameaçadores. Eu alternava entre a vigília e o sono até que ouvi Jem resmungar.

— Está dormindo, espertinha?

— Ficou maluco?

— Shhh. A luz no quarto de Atticus está apagada.

Sob a luz trêmula da lua, vi Jem sentar-se na cama.

— Vou pegar minhas calças — ele disse.

Eu me sentei na cama.

— Não vai, não vou deixar.

Ele enfiou a camisa, desajeitado.

— Tenho que ir.

— Se você for, eu acordo Atticus.

— Se fizer isso, eu te mato.

Puxei-o para sentar ao meu lado na cama. Tentei argumentar.

— O sr. Nathan vai encontrar suas calças de manhã, Jem. Ele sabe que você perdeu. Vai mostrar para Atticus e a coisa vai ficar feia, mas não tem outro jeito. Volte para a cama.

— Eu sei, e é por isso é que vou lá buscar — disse Jem.

Comecei a me sentir mal. Voltar lá sozinho… Eu me lembrei da srta. Stephanie dizendo que o sr. Nathan estava com a outra arma engatilhada, esperando ouvir o próximo barulho, fosse um negro, um cachorro… Jem sabia disso tanto quanto eu.
Fiquei desesperada.

— Olha, Jem, não vale a pena. Levar uma surra dói, mas passa. Se você for lá, vai levar um tiro na cabeça, Jem. Por favor…

Ele expirou todo o ar dos pulmões, devagar.

— Eu... É o seguinte, Scout — murmurou ele —, eu não me lembro de Atticus ter me batido alguma vez e quero que continue assim.

Aquilo era loucura. Parecia até que Atticus nos ameaçava todos os dias.

— Quer dizer que ele nunca pegou você em flagrante.

— Pode ser, mas… quero que continue assim, Scout. Não devíamos ter feito aquilo, Scout.

Foi aí, acho, que Jem e eu começamos a nos afastar. Às vezes eu não o entendia muito bem, mas essa confusão nunca durava muito tempo. Aquilo, no entanto, era demais.

— Por favor — implorei —, pensa um pouco no que vai fazer… Você sozinho naquele lugar…

— Cala a boca!

— Atticus não vai ficar sem falar com você para sempre nem nada assim, Jem… Vou acordar ele, juro…

Jem puxou a gola do meu pijama com força.

— Então, eu vou junto — falei, meio asfixiada.

— Não, você vai fazer barulho.

Não adiantou pedir. Destranquei a porta dos fundos e a segurei aberta enquanto ele descia silenciosamente a escada. Deviam ser duas da manhã. A lua estava sumindo e a sombra das treliças ia ficando indefinida. A camisa branca de Jem subia e descia como um pequeno fantasma bailarino que tenta escapar da manhã que se aproxima. Uma brisa suave fez o suor que escorria pelo meu corpo gelar.
Ele foi por trás, passando pelo pasto, pelo pátio da escola e pela cerca, imaginei, pelo menos era o caminho que parecia que ele ia fazer. Ia demorar mais, então eu não precisava me preocupar ainda. Esperei até que fosse a hora de eu me preocupar e fiquei esperando ouvir o disparo da espingarda do sr. Radley. Depois, tive a impressão de ter ouvido a cerca dos fundos ranger. Era só imaginação.
Então escutei Atticus tossir. Prendi a respiração. Às vezes, quando fazíamos uma peregrinação noturna ao banheiro, nós o encontrávamos lendo. Ele dizia que costumava acordar no meio da noite, conferia como estávamos, depois lia até dormir. Esperei a luz do quarto dele acender, apertando os olhos para ver o corredor se iluminar. Mas continuou escuro e eu respirei aliviada.
Os seres noturnos tinham se recolhido, mas quando o vento soprava, os frutos maduros dos cinamomos caíam no telhado e a escuridão parecia ainda mais desoladora com o latido de cachorros ao longe.
Lá estava ele, vindo na minha direção. A camisa branca passou pela cerca dos fundos e foi aos poucos aumentando de tamanho. Jem subiu a escada, entrou, trancou a porta e sentou na cama. Sem dizer nada, mostrou a calça. Ele deitou e por algum tempo ouvi a cama de campanha dele tremer. Dali a pouco ele sossegou. Não ouvi mais nada.


continua página 046...
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Leia também:

O Sol é para todos: 1ª Parte (6)
O Sol é para todos: 1ª Parte (7)
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Copyright © 1960 by Harper Lee, renovado em 1988 
Copyright da tradução © José Olympio
Título do original em inglês 
TO KILL A MOCKINGBIRD 

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Um dos romances mais adorados de todos os tempos, O sol é para todos conta a história de duas crianças no árido terreno sulista norte-americano da Grande Depressão no início dos anos 1930. Jem e Scout Fincher testemunham a ignorância e o preconceito em sua cidade, Maycomb – símbolo dos conservadores estados do sul dos EUA, empobrecidos pela crise econômica, agravante do clima de tensão social. A esperta e sensível Scout, narradora da trama, e Jem, seu irmão mais velho, são filhos do advogado Atticus Finch, encarregado de defender Tom Robinson, um homem negro acusado de estuprar uma jovem branca. Mas não é só nessa acusação e no julgamento de Robinson que os irmãos percebem o racismo do pequeno município do Alabama onde moram. Nos três anos em que se passa a narrativa, deparam-se com diversas situações em que negros e brancos se confrontam. Ao longo do livro, os dois irmãos e seu pequeno amigo de férias, Dill, passam por tensas aventuras, grandes surpresas e importantes descobertas. Nos episódios vividos ao lado de personagens cativantes, como Calpúrnia, Boo Radley e Dolphus Raymond, aprendem e ensinam sobre a empatia, a tolerância, o respeito ao próximo e a necessidade de se estar sempre aberto a novas idéias e perspectivas. O sol é para todos é o único livro de Harper Lee. Sucesso instantâneo de vendas nos EUA, que se tornou um grande best-seller mundial. Recebeu muitos prêmios desde sua publicação, em 1960, entre eles, o Pulitzer. Traduzido em 40 idiomas, vendeu mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo e, em 1962, foi levado às telas com Gregory Peck – ganhador do Oscar por sua interpretação de Atticus Finch – Brock Peters, Robert Duvall e outros. O Librarian Journal dos EUA deu sua maior honraria à história elegendo-a o melhor romance do século XX. Em 2006, uma pesquisa na Inglaterra colocou O sol é para todos no primeiro lugar da lista de livros mais importantes, seguido da Bíblia e de O senhor dos anéis, de J. R. R. Tokien. Também entrou para a lista da Time Magazine dos Cem Melhores Romances de Todos os Tempos.

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