Julio Cortázar
(1914-1984)
Um condor cai como um relâmpago sobre um cronópio que passa por Tinogasta, encurrala-o contra um muro de granito e diz com grande petulância:
Condor. “Atreve-te a dizer que não sou bonita.
Cronópio. "Você é o pássaro mais bonito que eu já vi."
Condor. "Mas todavia.
Cronópio. "Você é mais bonita que a ave do paraíso."
Condor. — Atreve-te a dizer que não voo alto.
Cronópio. “Você voa a alturas vertiginosas e é completamente supersônico e estratosférico.
Condor. "Atreve-te a dizer que eu cheiro ruim."
Cronópio. "Você cheira melhor do que um litro cheio de colônia Jean-Marie Farina."
Condor. “Cara de merda. Não deixa uma única clareira donde sacudirle un picotazo.
FINALIZAR
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