segunda-feira, 27 de julho de 2020

Virgínia Woolf - Orlando : Capítulo 2 (a) ... O biógrafo agora se depara

Capítulo 2





O biógrafo agora se depara com uma dificuldade que é melhor talvez confessar do que encobrir. Até este ponto da narrativa da vida de Orlando, documentos tanto particulares quanto históricos têm tornado possível cumprir o primeiro dever de um biógrafo, que é caminhar, sem olhar para a direita ou a esquerda, nas pegadas indeléveis da verdade; sem se deixar seduzir pela flores; indiferente à sombra; metodicamente continuar até cair de súbito no túmulo e escrever finais na lápide sobre as nossas cabeças. Mas agora chegamos a um episódio que se encontra no meio do caminho, de forma que não é possível ignorá-lo. Contudo é sombrio, misterioso e não documentado; de modo que não há com explicá-lo. Volumes inteiros poderiam ser escritos para interpretá-lo; completos sistemas religiosos criados sobre o seu significado. Nosso simples dever é expor os fatos até onde são conhecidos, e então deixar o leitor fazer com eles o que puder. 

No verão daquele inverno desastroso em que viu a geada, a inundação, as mortes de tantos milhares e a completa derrota das esperanças de Orlando — pois foi exilado da corte; em profunda desgraça com os nobres mais poderosos de seu tempo; a casa irlandesa de Desmond estava furiosa, com razão; o rei já tinha problemas suficientes com os irlandeses para não querer acréscimo de mais um —, naquele verão Orlando se retirou para a sua grande casa no campo e lá viveu em completa solidão. Uma manhã de junho — era sábado dia 18 — ele não se levantou à hora de costume e quando o camareiro foi chamá-lo encontrou-o completamente adormecido. Não conseguiu ser acordado. Jazia como se em transe, sem respiração perceptível; e embora levassem os cachorros para latir sob sua janela; tocassem continuamente címbalos, tambores, castanholas continuamente em seu quarto; colocassem um galho de tojo sob seu travesseiro; aplicassem emplastros de mostarda em seus pés, ele não acordava, não se alimentava e não deu sinal de vida durante sete dias inteiros. No sétimo dia acordou à hora de costume (às 15 para as oito, precisamente) e botou para fora de seu quarto todo o bando de carpideiras e curandeiros da vila; o que era bastante natural; mas o que era estranho é que ele não demonstrasse nenhuma consciência do transe e se vestisse e mandasse buscar o seu cavalo, como se tivesse despertado de uma única noite de sono. No entanto, suspeitava-se de que alguma transformação tivesse acontecido na sua mente, pois, embora perfeitamente racional, ele parecia mais grave e mais calmo em seus modos do que antes, parecia guardar uma recordação imperfeita de sua vida passada. Escutava as pessoas falarem sobre a grande geada, ou a patinação, ou o carnaval, mas nunca deu sinal algum de tê-los testemunhado, exceto passar a mão pela testa, como se para afastar uma nuvem. Quando os acontecimentos dos últimos seis meses eram discutidos, ele parecia não tão aflito mas surpreso, como se fosse perturbado por lembranças confusas de algum tempo passado ou estivesse tentando relembrar histórias contadas por outra pessoa. Observou-se que se a Rússia era mencionada, ou princesas, ou navios, ele caía numa tristeza inquietante, levantava-se, olhava pela janela ou chamava um de seus cães, ou pegava uma faca e esculpia um pedaço de cedro. Mas os médicos não eram mais sábios do que hoje e, depois de prescreverem repouso e exercício, jejum e alimentação, companhia e solidão, que ele deveria ficar na cama o dia todo e cavalgasse quarenta milhas entre o almoço e o jantar, juntamente com os habituais sedativos e excitantes, diversificados com — segundo a fantasia de cada um — coalhada de baba de lagartixa ao levantar e goles de fel de pavão ao deitar, eles o deixaram por sua conta e lhe deram como diagnóstico que havia dormido uma semana.

Mas se aquilo foi sono, não podemos deixar de perguntar de que natureza são os sonos como esses. Serão medidas terapêuticas — transes durante os quais as mais torturantes lembranças, os eventos que parecem capazes de inutilizar a vida para sempre são varridos com uma folha escura que alisa sua aspereza e doura mesmo os mais feios e mais desprezíveis com brilho e incandescência? Terá o dedo da morte que ser colocado no tumulto da vida, de tempos em tempos, para que não sejamos dilacerados? Será que somos feitos de tal forma que devemos receber a morte em pequenas doses diariamente, ou não podemos continuar com o direito à vida? E então, que estranhos poderes são estes que penetram nossos caminhos mais secretos e mudam nossos bens mais preciosos apesar da nossa vontade? Teria Orlando, abatido pelo limite de seu sofrimento, morrido por uma semana e ressuscitado depois? E, se assim foi de que natureza é a morte e de que natureza é a vida? Depois de esperarmos mais de meia hora por uma resposta a estas questões, e não nos tendo chegado nenhuma, vamos continuar com a narrativa.

Agora Orlando se entregava a uma vida de extrema solidão. Sua desgraça na corte e a violência de seu sofrimento eram, em parte, a razão disso, mas ele não fez qualquer esforço para se defender e raramente convidava alguém para visitá-lo (embora tivesse muitos amigos que fariam isso com prazer), parecia que estar sozinho na grande mansão de seus pais era adequado ao seu temperamento. A solidão era a sua escolha. Ninguém sabia exatamente como ele passava o tempo. Os criados, que ele mantinha em grau de séquito, embora tivessem como principal ocupação limpar os quartos vazios e alisar as colchas das camas que não eram ocupadas, observavam, na escuridão da noite — quando se sentavam de folga —, uma luz passando ao longo das galerias, através dos salões, subindo a escada, entrando pelos quartos, e sabiam que o patrão perambulava sozinho pela casa. Ninguém ousava segui-lo, pois a casa era assombrada por uma grande variedade de fantasmas, e o seu tamanho tornava fácil alguém perder o caminho ou cair por uma escada secreta ou abrir uma porta que, se o vento batesse, deixaria esse alguém trancado para sempre — acidentes de ocorrência não rara, conforme evidenciavam as frequentes descobertas de esqueletos de homens e animais em atitudes de grande agonia. Então a luz se perdia completamente e a sra. Grimsditch, a governanta, diria ao sr. Dupper, o capelão, que esperava que o seu senhor não tivesse sofrido nenhum acidente. O sr. Dupper opinaria que o seu senhor estava, sem dúvida, de joelhos, entre os túmulos de seus antepassados na capela, que era no Pátio do Bilhar, cerca de meia milha dali, na ala sul. O sr. Dupper temia que ele tivesse pecados na consciência; ao que a sra. Grimsditch replicava, com aspereza, como temos muitos de nós; e a sra. Stewkley e a sra. Field, e Carpenter, a velha ama, todos erguiam suas vozes elogiando o seu senhor; e os cavalariços e os camareiros juravam que era lamentável ver um nobre tão gentil entediado pela casa quando podia estar caçando raposas ou perseguindo veados; e mesmo as pequenas lavadeiras e cozinheiras, as Judys e as Faiths, que carregavam os canecos e os bolos, emitiam seu testemunho sobre a galanteria do seu senhor; pois nunca existiu cavalheiro mais bondoso nem mais liberal com aquelas pequenas moedas de prata que servem para comprar um laço de fita ou para colocar um ramalhete no cabelo; até mesmo a negra moura, que chamavam Grace Robinson para torná-la cristã, compreendeu o que eles discutiam e concordou, da única maneira que podia, ou seja, mostrando todos os dentes de uma vez num largo sorriso, que o seu senhor era um cavalheiro bonito, agradável e gentil. Em suma, todos os empregados, homens e mulheres, lhe dispensavam o maior respeito e amaldiçoavam a princesa estrangeira (eles a chamavam por um nome mais grosseiro que este) que o levara àquela condição.

Mas, embora fosse provavelmente a covardia ou o amor pela cerveja quente que levasse o sr. Dupper a imaginar que o seu senhor estava a salvo entre as sepulturas, de modo que ele não precisasse ir procurá-lo, podia ser que o sr. Dupper tivesse razão. Orlando, agora, se deliciava em pensamentos de morte e decadência e, depois de caminhar pelas longas galerias e salões com um círio na mão, olhando quadro após quadro como se procurasse a semelhança com alguém que não encontrava, subia ao balcão e ficava sentado horas, contemplando a oscilação dos estandartes e a flutuação do luar, tendo por companhia um morcego ou uma mariposa-caveira. Mesmo isso não era suficiente para ele, tinha que descer à cripta onde jaziam seus antepassados, empilhados caixão sobre caixão, dez gerações juntas. O lugar era tão raramente visitado que os ratos tinham soltado as fundições e agora um fêmur prendia-se ao seu casaco quando ele passava ou esmagava o crânio de algum velho Sir Malise, que rolava sob seus pés. Era um sepulcro horrível; cavado profundamente sob os alicerces da casa, como se o primeiro Lorde da família vindo da França com o Conquistador, tivesse desejado testemunhar que toda a pompa é construída sobre a corrupção; como o esqueleto jaz por baixo da carne; como nós, que dançamos e cantamos na superfície, ficaremos embaixo; como o veludo púrpura se transforma em pó; como o anel (aqui Orlando, inclinando sua lanterna, apanharia um anel de ouro faltando uma pedra que rolara para um canto) perdia seu rubi e como o olho, que fora tão radiante, deixara de brilhar. “Nada resta de todos estes príncipes”, diria Orlando condescendente, num exagero perdoável em sua classe, “exceto um dedo” e pegaria na sua a mão de um esqueleto, curvaria as juntas de um lado para outro, “que mão seria esta?”, continuaria a perguntar. “A direita ou a esquerda? a mão de um homem ou de uma mulher? idosa ou jovem? teria incitado cavalos de guerra ou trabalhado com agulha? teria colhido a rosa ou empunhado o aço frio? teria”, mas aqui, ou a sua imaginação falhara ou, o que é mais provável, lhe sugerira tantos exemplos do que a mão podia fazer que ele desistiu, como era de seu costume, do trabalho principal da composição, que é o da supressão, e colocou-a com os outros ossos, pensando num escritor chamado Thomas Browne, um doutor de Norwich cujos escritos sobre estes assuntos deleitavam-no surpreendentemente.

Assim, pegando sua lanterna e verificando que os ossos estavam em ordem — pois apesar de romântico ele era singularmente metódico e, se detestava deixar no chão um novelo, quanto mais o crânio de um antepassado — retornou àquele curioso e melancólico caminhar pelas galerias, procurando algo entre os quadros, interrompido, afinal, por uma verdadeira crise de soluços ante a visão de uma cena de neve holandesa, de um artista desconhecido. Então, parecia-lhe que a vida não valia mais a pena ser vivida. Esquecendo-se dos ossos de seus ancestrais e de que a vida é construída sobre um túmulo, ficou ali, sacudido por soluços, só pelo desejo por uma mulher de calças russas, de olhos oblíquos, boca amuada e pérolas no pescoço. Ela tinha ido embora. Abandonara-o. Ele nunca a veria de novo. E por isso soluçava. E assim retornou ao seu quarto; e a sra. Grimsditch, vendo luz na janela, tirou o caneco dos lábios e disse “Louvado seja Deus”, seu senhor estava a salvo em seu quarto novamente; pois ela tinha ficado pensando que ele havia sido barbaramente assassinado.

Agora, Orlando puxou a cadeira para a mesa; abriu as obras de Sir Thomas Browne e procedeu à investigação da delicada articulação de um dos pensamentos mais longos e mais maravilhosamente intrincados do sábio.

Pois, embora estes não sejam assuntos sobre os quais o biógrafo possa proveitosamente se estender, eles ficam claros para aquele leitor que participou, a partir de sugestões esparsas aqui e ali, da construção dos limites e contornos de um ser vivo; que pode ouvir uma voz naquilo que apenas murmuramos; que pode ver exatamente aquilo que ele parece, mesmo quando não dizemos nada; que sabe, sem uma palavra para guiá-lo, precisamente o que ele pensava — e é para leitores como este que escrevemos — é claro, então para tal leitor, que Orlando era estranhamente composto de muitos humores — de melancolia, de indolência, de paixão, de amor à solidão, sem falar em todas aquelas sinuosidades e sutilezas de temperamento que foram indicadas na primeira página, quando ele açoitava a cabeça de um negro morto; derrubava-a; pendurava-a cavalheirescamente de volta, longe do seu alcance, e depois dirigia-se para o banco junto à janela com um livro. Seu gosto pelos livros era antigo. Quando criança, fora encontrado muitas vezes à meia-noite ainda lendo uma página. Tiravam-lhe a vela e ele criava vaga-lumes para essa finalidade. Tiravam-lhe os vaga-lumes e ele quase queimava a casa inteira com um morrão. Em resumo, deixando ao novelista a tarefa de alisar a seda amarrotada e todas as suas implicações, ele era um nobre angustiado pelo amor à literatura. Muita gente do seu tempo, mais ainda, de sua classe, escapou desse mal e tinha, assim, liberdade para correr ou cavalgar ou fazer amor quando desejasse. Mas alguns foram precocemente infectados por um germe que, diziam, se alimentava do pólen do asfódelo, soprado da Grécia e da Itália, de natureza tão mortífera que fazia tremer a mão erguida para golpear, nublava o olho que procurava a presa e fazia gaguejar a língua que declarava amor. Era da natureza fatal desta doença substituir a realidade por fantasmas, de modo que Orlando, a quem a fortuna concedera todos os dons — baixelas, linhos, casas, criados, tapetes, camas em profusão —, tinha apenas que abrir um livro para que todos esses bens se reduzissem a pó. Os nove acres de pedra que eram a sua casa sumiam; os 150 criados desapareciam; seus oitenta cavalos de montar se tornavam invisíveis; levaria muito tempo para contar os tapetes, os sofás, os enfeites, a porcelana, as baixelas, as galhetas, os rescaldeiros e outros utensílios, muitas vezes de ouro batido, que se evaporavam como névoa marinha, sob a ação do miasma. Assim era, e Orlando, despojado, sentava-se sozinho, lendo.

A doença tomou conta dele rapidamente, em sua solidão. Lia frequentemente seis horas noite adentro; e, quando vinham pedir ordens para matar o gado ou colher o trigo, afastava o livro e olhava como se não compreendesse o que estavam lhe dizendo. Isso era grave, e oprimia os corações de Hall, o falcoeiro, de Giles, o camareiro, da sra. Grimsditch, a governanta, do sr. Dupper, o capelão. Um cavalheiro gentil como ele, diziam, não tem necessidade de livros. Que deixasse os livros para os paralíticos e os moribundos. Mas o pior estava por vir. Pois, uma vez que a doença da leitura se instale no organismo, enfraquece-o, tornando-o presa fácil desse outro flagelo que habita no tinteiro e apodrece na pena. O infeliz dedica-se a escrever. E, se isto é ruim para um pobre homem cuja única propriedade é uma cadeira, uma mesa, sob a goteira de um telhado — que não tem, afinal, muito a perder —, a situação de um homem rico que possui casas e gado, empregados, mulas e linhos e ainda assim escreve livros é extremamente lamentável. Fica alheio ao sabor de tudo isso; é perfurado por ferros em brasa; é roído pelos vermes. Daria todo o dinheiro que possuía (tal é a malignidade do germe) para escrever um pequeno livro e tornar-se famoso; contudo, nem todo o ouro do Peru compraria para ele o tesouro de uma linha bem-escrita. De modo que cai em aborrecimento e doença, estoura os miolos e vira a cara para a parede. Não importa em que atitude eles o encontrem. Ele atravessou as portas da Morte e conheceu as chamas do Inferno.

Felizmente Orlando era de constituição robusta e a doença (pelas razões a serem apresentadas agora) nunca o abateu como abatera muitos de seus pares. Mas ele foi profundamente atingido por ela, como se verá a seguir. Pois, quando lia Sir Thomas Browne por uma hora ou mais e o bramido de um veado ou o sinal do guarda-noturno demonstravam que era o fim da noite e todos dormiam a salvo, ele atravessava o quarto, tirava uma chave de prata do bolso e destrancava as portas de um grande armário embutido que ficava num canto. Dentro havia cinquenta gavetas de cedro e em cada uma um rótulo claramente escrito pela mão de Orlando. Parou como se hesitasse qual abrir. Numa estava escrito “A Morte de Ajax”, noutra “O Nascimento de Píramo”, noutra “Ifigênia em Áulis”, noutra “A Morte de Hipólito”, noutra “Meléagro” e noutra “O Retorno de Ulisses” — de fato, era difícil encontrar uma só gaveta onde faltasse o nome de um personagem mitológico num momento crítico de sua carreira. Em cada gaveta havia um documento de tamanho considerável, todo escrito pela mão de Orlando. A verdade é que Orlando tinha padecido por muitos anos. Nunca nenhum menino mendigara maçãs como Orlando mendigava papel; nenhum mendigara guloseimas como ele mendigara tinta. Esquivando-se de conversas e jogos, ele se escondia por trás das cortinas, nos oratórios, ou num armário por trás do quarto de sua mãe, onde havia um grande buraco no chão e que cheirava horrivelmente a esterco de estorninho, com um tinteiro na mão, uma pena na outra e um rolo de papel sobre os joelhos. Assim, antes de completar 25 anos, escrevera cerca de 47 peças, histórias, romances, poemas; alguns em prosa, outros em verso; alguns em francês, outros em italiano; todos românticos e todos longos. Um ele mandara imprimir por John Ball, da Feathers and Coronet, defronte de St. Paul’s Cross, Cheapside; mas, embora a visão dessa obra lhe desse extremo prazer, nunca ousara mostrá-la nem mesmo para sua mãe, pois sabia que escrever, e principalmente publicar, era, para um nobre, uma desgraça imperdoável.

Agora que era noite alta, e que estava sozinho, escolheu do repositório um documento grosso chamado “Xenófila, uma Tragédia” ou um título parecido, e um outro fino, chamado simplesmente “O Carvalho” (este era o único título curto, entre todos), então se aproximou do tinteiro, empunhou a pena e executou outros passes adequados para começar os ritos desse vício. Mas deteve-se.





continua pag 36...

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Virginia Woolf, escritora inglesa, nasceu em 1882, no seio de uma família da alta sociedade londrina. Após a morte de seus pais, ela e os irmãos se mudaram para uma casa no bairro de Bloomsbury, onde realizavam encontros com personalidades e poetas da época, como como T. S. Elliot e Clive Bell. Virginia começou a escrever em 1905, inicialmente para jornais. Dez anos depois, ela lançou seu primeiro livro “A Viagem”.

No período entre a 1ª e 2ª Guerra Mundial, Virginia Woolf se tornou uma figura conhecida na sociedade inglesa. Em 1941, ela cometeu suicídio se jogando no rio Ouse, perto da residência onde morava com seu marido, o crítico literário Leonardo Woolf, em Sussex. Mas, a obra de Virginia se imortalizou. Usando com excelência a técnica do fluxo de consciência, a escritora criou livros inovadores, que lhe fizeram ser conhecida como a maior romancista lírica do idioma inglês.

A Universidade de Adelaide, uma das instituições de ensino mais antigas da Austrália, disponibilizou online toda a obra de Virginia Woolf para download gratuito. Ao todo, são dez romances e dois livros de contos que podem ser baixados em três formatos: Zip, ePub e Kindle (para dispositivos Amazon). Entre os arquivos, estão algumas das obras mais famosas da escritora inglesa, como “Mrs. Dalloway” (1925), “Rumo ao Farol” (1927), “Os Anos” (1937) e “A Marca na Parede” (1944).

As obras estão em inglês. Para fazer o download, basta clicar sobre o título e escolher a opção “download. Também estão disponíveis ensaios de Virginia Woolf, como “O Leitor Comum” (1925), no qual ela reflete sobre a arte literária com base em obras-primas de outros autores renomados.



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