volume IV
Sodoma e Gomorra
Capítulo Primeiro
Capítulo Primeiro
Segunda Parte
continuando...
Reparei que Swann, quis falar-lhe, mas naquele momento vi que o príncipe de Guermantes, em vez de receber no mesmo sítio o cumprimento do marido de Odette, arrastara-o logo, com a força de uma bomba aspiradora, para o fundo do jardim, para, segundo algumas pessoas afirmaram, "pô-lo porta afora".
Estava de tal maneira distraído na sociedade que só dois dias depois é que soube, pelos
jornais, que uma orquestra tcheca havia tocado a noite toda e que, de minuto em minuto, se
haviam sucedido fogos de bengala; recuperei um pouco de atenção à ideia de ir ver o célebre
repuxo de Hubert Robert. Numa clareira reservada para belas árvores, das quais diversas eram
tão antigas quanto ele, a gente o avistava de longe, afastado, esbelto, imóvel, duro, só deixando
ser agitada pela brisa a queda mais leve de seu penacho pálido e fremente. O século XVIII havia
depurado a elegância de suas linhas, mas, fixando o estilo do repuxo, parecia ter-lhe estancado a
vida; àquela distância, tinha-se antes a impressão de arte que a sensação de água. A própria
neblina úmida que se acumulava permanentemente no seu topo conservava o caráter do seu
tempo, como as nuvens que no céu se juntam ao redor dos palácios de Versalhes. De perto, no
entanto, percebia a gente que, sempre respeitando o desenho previamente traçado como as
pedras de um palácio antigo, eram águas sempre novas que, lançando-se e querendo obedecer
às ordens antigas do arquiteto, só as cumpriam exatamente parecendo violá-las, pois somente os
seus mil saltos esparsos poderiam dar, à distância, a impressão de um único jato. Este, na
realidade, era tão frequentes vezes interrompido quanto à dispersão da queda, ao passo que, de
longe, me havia parecido inflexível, denso, de uma continuidade sem lacunas. Um pouco mais de
perto, via-se que tal continuidade, toda linear na aparência, era assegurada a todos os pontos da
ascensão do jato, por toda parte em que ele deveria quebrar-se, pela entrada em linha, pela
retomada lateral de um jato paralelo que subia mais alto que o primeiro e era ele próprio, a uma
altura maior, mas já fatigante para ele, ultrapassado por um terceiro. De perto, gotas sem força
recaíam da coluna de água, cruzando na passagem com suas irmãs que subiam e, às vezes,
esborrifadas num remoinho do ar perturbado por aquele esguicho sem trégua; flutuavam antes de
mergulharem no tanque. Contrariavam com suas ações, com sua trajetória em sentido inverso, e
esfumavam com seu vapor a retidão e a tensão daquele tecido, carregando acima de si nuvem
oblonga feita de milhares de gotículas, mas aparentemente pintadas de castanho dourado e
imutável, que subia, infringente, imóvel, impelida, rápida, para reunir-se às nuvens do céu.
Infelizmente, um pé-de-vento estava para arremessá-la obliquamente à terra; às vezes, até um
simples jato desobediente divergia e, se não se mantivesse a uma distância respeitada molharia
até os ossos a turba imprudente e contemplativa.
Um desses pequenos acidentes, que só aconteciam no momento e que a brisa refrescava,
foi bastante desagradável. Fizeram crer à Sra. d'Arpajon que o duque de Guermantes que na
verdade ainda não chegara estava com a Sra. de Surgis nas galerias de mármore róseo, a que
tinha acesso pela dupla série de colunas, cavada no interior, que se erguia das calçadas do
tanque. Pois bem, no momento em que a Sra. d'Arpajon ia meter-se por uma das colunas, uma
forte rajada de brisa morna tomou repuxo e alagou tão inteiramente a bela dama que, caindo a
água de seu decote para dentro do vestido, ficou ela tão encharcada como se lhe tivessem dado
um banho. E logo, não longe dela, um grunhido compassado retumbou com força bastante para
poder se fazer ouvir por todo um exército que, entretanto, periodicamente prolongado como se
fosse dirigido não em conjunto, mas sucessivamente a cada parte das tropas; era o grão-duque
Wladimir que ria com todas as forças ao ver a imersão da Sra. d'Arpajon, uma das coisas mais
divertidas, gostava ele de dizer depois, a que havia assistido em toda a sua vida. Como algumas
pessoas compassivas mostrassem ao moscovita que uma palavra de pêsames de sua parte seria
talvez merecida e daria prazer àquela dama que, apesar dos quarenta anos bem puxados, e
enquanto se enxugava com sua écharpe, sem pedir ajuda a ninguém, se livrava contudo da água
que molhava maliciosamente a calçada da fonte, o grão-duque, aliás dotado de bom coração,
julgou dever concordar; e logo que os últimos dobrados militares do riso se extinguiram, ouviu-se
um novo ribombar ainda mais violento que o outro.
- Bravo, minha velha! - gritou ele batendo palmas como no teatro.
A Sra. d'Arpajon não se sensibilizou de que lhe elogiassem a habilidade em detrimento de
sua juventude; como se alguém lhe dissesse, ensurdecido pelo barulho da água, que o trovejar de
Monsenhor no entanto dominava:
- Creio que Sua Alteza Imperial lhe disse algo.
- Não, - respondeu ela - foi à Sra. de Souvré.
Atravessei os jardins e subi a escadaria onde a ausência do príncipe, que desaparecera na
companhia de Swann, engrossava ao redor do Sr. de Charlus a chusma de convidados, assim
como, quando Luís XIV não se encontrava em Versalhes, havia mais pessoas com Monsieur, seu
irmão. Fui detido na passagem pelo barão, enquanto atrás de mim duas damas e um rapaz se
aproximavam dele para cumprimentá-lo.
- É gentil vê-lo aqui - disse-me ele estendendo a mão. - Boa noite, senhora de La
Tremoïlle, boa-noite, minha cara Herminie. -
Mas sem dúvida, a lembrança daquilo que me dissera acerca de seu papel de chefe no
palácio Guermantes dava-lhe o desejo de parecer sentir, em relação a quem o descontentara mas
que não tinha podido impedir, uma satisfação à qual a sua impertinência de grão-senhor e sua
euforia de histérico conferiram imediatamente uma forma excessiva de ironia:
- É gentil - repetiu – mas, principalmente muito engraçado. -
E pôs-se a gargalhar, parecendo ao mesmo tempo testemunhar a sua alegria e a
impotência da palavra humana em expressá-la; entretanto, algumas pessoas, sabendo o quanto
era, a um tempo, de difícil acesso e dado a "tiradas" insolentes, aproximavam-se curiosas e, com
uma pressa quase indecente, por pouco não se punham a correr.
- Vamos, não se aborreça - disse ele, tocando-me suavemente no ombro -, sabe
perfeitamente que o estimo bastante. Boa-noite, Antioche, boa-noite, Louis-René. Já foi ver o
repuxo? - perguntou-me num tom mais afirmativo que indagador. - Bem bonito, não é mesmo? É
maravilhoso. Poderia naturalmente ser bem melhor ainda, se se suprimissem algumas coisas, e
então não haveria nada semelhante na França. Mas tal como é, já está entre os melhores.
Bréauté lhe dirá que erraram em colocar lampiões, para tentar fazer esquecer que foi ele quem
teve esta ideia absurda. Mas, em suma, só conseguiu enfeia-lo muito pouco. É muito mais difícil
desfigurar uma obra-prima do que criá-la. Aliás, já desconfiávamos vagamente que Bréauté fosse
menos poderoso que Hubert Robert.
Retomei a fila de visitantes que entravam no palácio.
- Faz muito tempo que viu minha deliciosa prima Oriane? - perguntou a princesa, que havia
pouco desertara sua poltrona na entrada, e com quem eu voltava para os salões.
- Ela deve vir esta noite, vimo-nos à tarde - acrescentou a dona da casa. - Ela me
prometeu. Aliás, creio que o senhor jantará com nós duas na casa da rainha da Itália, na
embaixada, quinta-feira. Estarão presentes todas as Altezas possíveis, será muito intimidante.
De modo algum podiam intimidar a princesa de Guermantes, cujos salões fervilhavam
delas, e que dizia:
- Meus Coburguinhos como se dissesse: - Meus cãezinhos.
Assim, a Sra. de Guermantes disse:
- Será muito intimidante por simples tolice, que, entre as pessoas mundanas, ainda supera
a vaidade.
Sobre sua própria genealogia, ela sabia ainda menos que um suplente da História. No que
se referia às suas relações, timbrava em mostrar que conhecia os apelidos que lhes haviam dado.
Tendo-me perguntado se eu estaria na semana seguinte em casa da marquesa de La
Pommeliere, a qual seguidamente chamavam "la Pomme" (a Maçã), a princesa, obtendo de uma
resposta negativa, calou por uns momentos. Depois, sem nenhum outro motivo que uma exibição
intencional de erudição involuntária, de qualidade e de conformidade ao espírito geral,
acrescentou:
- É uma mulher muito agradável, a Pomme!
Enquanto a princesa conversava comigo, faziam precisa entrada o duque e a duquesa de
Guermantes. Mas não pude ir primeiro ao encontro deles, pois fui apanhado no caminho pela
embaixatriz da Turquia a qual, apontando-me a dona da casa que eu acabava de deixar,
segurando-me pelo braço:
- Ah, que mulher deliciosa é a princesa; ser superior a todos nós! Parece-me que, se eu
fosse homem - acrescentou ela num tom com um pouco de baixeza e de sensualidade orientais -,
consagraria minha vida à essa criatura celestial. -
Respondi que de fato ela parecia encantadora, mas que conhecia mais a sua prima, a
duquesa.
- Mas, não há relação nenhuma - disse a embaixatriz. - Oriane é uma encantadora mulher
da sociedade que tira o seu espírito de Mémé e de Babal, ao que Marie-Gilbert é alguém.
Não gosto muito que me digam assim sem rodeios o que devo pensar das pessoas que
conheço. E não havia razão nenhuma para que a embaixatriz da Turquia emitisse sobre o valor
da duquesa de Guermantes: juízo mais correto que o meu. Por outro lado, o que também
explicava minha irritação contra a embaixatriz é que as falhas de um simples conhecido, e até de
um amigo, são para nós verdadeiros venenos, contra os quais felizmente somos "mitridatizados".
[Mitridatização ou mitridatismo, é a imunização relativa ou tolerância à ingestão de certas
substâncias tóxicas ou venenosas, por meio de doses inicialmente pequenas, depois
sucessivamente aumentadas de determinado veneno. O nome provém de Mitridates VI Eupátor,
rei do Ponto (c. 130 - 63 a.C.). (Nota do tradutor)]
Mas, sem recorrer ao mínimo aparato de comparação científica e falar de anafilaxia,
digamos que, no seio de nossas relações amistosas ou puramente mundanas, existe uma
hostilidade momentaneamente curada, porém recorrente por acessos. Habitualmente, sofre-se
pouco com tais venenos, quando se trata de pessoas naturais: - Dizendo "Babai" e "Mémé", para
designar pessoas que não conhecia, a embaixatriz da Turquia suspendia os efeitos do
"mitridatismo" que ao contrário o faziam tolerável à mim. Irritava-me, o que era tanto mais injusto;
visto que ela não falava assim para que acreditassem que era íntima de “Mémé", mas por causa
de uma instrução muito superficial, que a fazia nomear esses nobres segundo o que julgava ser o
costume do país. Fizera o seu curso em alguns meses e não se submetera à provas. Mas,
refletindo nisso, achava um outro motivo para o meu desprazer de ficar junto da embaixatriz. Não
fazia muito tempo que, na casa de "Oriane", essa mesma personalidade diplomática me havia
dito, com ar sério e compenetrado, que a princesa de Guermantes era-lhe francamente antipática.
Achei bom não deter-me nessa reviravolta: fora causada pelo convite para a festa daquela noite. A
embaixatriz estava sendo perfeitamente sincera ao dizer que a princesa de Guermantes era uma
criatura sublime. Sempre pensara desse modo. Mas, não tendo sido até então convidada para a
casa da princesa, julgara dever atribuir a esse gênero de não-convite a forma de uma abstenção
voluntária por princípios. Agora, que fora convidada e verossimilmente o seria daí em diante, sua
simpatia podia exprimir-se livremente. Não há necessidade, para explicar três quartos das
opiniões que se fazem sobre as pessoas, de ir até o despeito amoroso, à exclusão do poder
político. O juízo permanece incerto: um convite recusado ou recebido o determina. Além disso, a
embaixatriz da Turquia, como dizia a duquesa de Guermantes, que repassara comigo a inspeção
dos salões, "fazia bem". Sobretudo, era muito útil. As verdadeiras estrelas da sociedade se
cansam de comparecer a ela. Quem estiver curioso por avistá-las deve em geral emigrar para um
outro hemisfério, onde elas estão mais ou menos sozinhas. Mas as mulheres semelhantes à
embaixatriz sendo todas recentes na sociedade, não deixam de nela brilhar, por assim dizer, por
toda parte ao mesmo tempo. São úteis para esse tipo de representações que se denominam
sarau, festa mundana, e às quais antes se fariam arrastar, moribundas, do que faltariam. São as
figurantes com as quais sempre se pode contar, ardorosas para nunca perder uma festa. Assim,
os rapazes tolos, ignorando que se trata de falsas estrelas, veem nelas as rainhas da elegância,
ao passo que seria preciso uma aula para explicar-lhes em virtude de quais motivos a Sra.
Standish, desconhecida deles e pintando almofadas, longe da sociedade, era pelo menos tão
grande dama como a duquesa de Doudeauville.
Na vida cotidiana, os olhos da duquesa de Guermantes eram distraídos e um tanto
melancólicos; fazia brilhá-los apenas de uma chama espiritual cada vez que tinha de
cumprimentar algum amigo, exatamente como se este fosse uma frase de espírito, uma tirada
encantadora, um presente para delicados, cuja degustação pusesse uma expressão de finura e
de alegria no rosto do conhecedor. Mas, no caso dos grandes saraus, como tivesse demasiados
cumprimentos a fazer, achava que seria fatigante, depois de cada um deles, apagar a luz de cada
vez. Tal como uma gulosa literatura, indo ao teatro para assistir a uma novidade no meio da cena,
testemunha sua certeza de não passar uma noite aborrecida; enquanto entrega seus pertences à
zeladora, os lábios programados para um sorriso sagaz, o olhar avivado para uma aprovação
maliciosa; assim era que, desde a sua chegada, a duquesa acendia a luz para toda noite. E ao
passo que ela entregava a sua capa noturna, de um magnífico vermelho de Tiepolo, a qual deixou
ver uma verdadeira gargantilha a qual lhe tapava o pescoço, depois de ter lançado ao vestido um
último e rápido olhar; minucioso e repleto de costureira, que é o de uma mulher da sociedade,
Oriane assegurou-se quanto ao cintilar dos olhos não menos do que suas outras joias. Debalde
algumas "boas línguas", como o Sr. Jouville, se precipitaram para o duque a fim de impedi-lo de
entrar:
- Então o senhor ignora que o pobre Mamá está à morte? Acabam de lhe dar a extrema-unção.
- Sei, sei - respondeu o Sr. de Guermantes, afastando os aborrecidos para poder entrar. -
Oviático produziu um grande efeito - acrescentou, sorrindo de prazer à lembrança do baile à
fantasia ao qual estava decidido a não faltar, depois do sarau do príncipe.
- Não queríamos que soubessem que tínhamos voltado - disse-me a duquesa. Não
importava que a princesa houvesse previamente desmentido essa afirmativa de contar-me que
vira rapidamente a prima, que lhe prometera comparecer; e o duque, após um longo olhar com
que prostrara a esposa durante cinco minutos:
- Contei a Oriane as suas dúvidas. -
Agora que ela via que tinham fundamento e que não precisava dar nenhum passo a
respeito para tentar dissipá-las, declarava-as absurdas e gracejou longamente comigo.
- Que ideia achar que não fora convidado! A gente é sempre convidado depois. Acha que
não poderia fazê-lo ser convidado à casa da minha prima? -
Devo dizer que ela, depois disso, fez seguidamente coisa bem mais difíceis por mim; não
obstante, evitei tomar suas palavras no sentido de que eu fora muito reservado. Começava a
conhecer o valor exato da linguagem falada ou muda da amabilidade aristocrática, amabilidade
que se sente feliz em lançar um bálsamo sobre o sentimento de inferioridade daqueles com os
quais se exerce, mas não a ponto de dissipá-lo, nesse caso não mais teria razão de ser. "Mas o
senhor é nosso igual, senão melhor", pareciam dizer os Guermantes; e diziam-no da maneira
mais gentil que se possa imaginar, para serem amados, admirados, mas não para serem
acreditados; que a gente desvelasse o caráter fictício dessa amabilidade é o que eles
denominavam ser bem-educado; considerar real a amabilidade era a má educação. Aliás, recebi
pouco tempo depois uma lição que acabou por me informar, com a mais perfeita exatidão, a
extensão e os limites de certas formas de amabilidade aristocrática. Era numa matinê dada pela
duquesa de Montmorency para a rainha da Inglaterra; houve uma espécie de pequeno cortejo
para ir ao buffet, e à frente caminhava a soberana, dando o braço ao duque de Guermantes.
Cheguei nesse momento. Com sua mão livre, o duque me fez, a menos de quarenta metros de
distância, mil acenos de chamada e de amizade e que pareciam querer dizer que podia
aproximar-me sem receio, que não seria comido cru em vez dos sanduíches. Mas eu, que
começava a me aperfeiçoar na linguagem das cortes, em vez de me aproximar sequer de um
passo, nesses quarenta metros de distância, inclinei-me profundamente, mas sem sorrir, como o
teria feito diante de alguém que mal conhecesse, e depois continuei meu caminho na direção
oposta. Poderia ter escrito uma obra-prima, que os Guermantes me honrariam menos do que por
essa saudação. Não só não passou despercebida aos olhos do duque, que naquele dia teve de
responder a mais de quinhentas pessoas, mas também aos da duquesa, a qual, tendo encontrado
minha mãe, contou-lhe o caso, evitando dizer-lhe que eu procedera mal, que deveria ter me
aproximado; disse-lhe que seu marido ficara encantado com minha saudação, na qual era
impossível fazer entrar mais coisas. Não cessaram de encontrar naquela saudação todas as
qualidades, sem mencionar todavia a que parecera a mais preciosa, a saber, que fora discreta, e
não deixaram igualmente de me fazer cumprimentos que eu compreendi serem ainda menos uma
recompensa pelo passado do que uma indicação para o futuro, à maneira da que é delicadamente
fornecida aos alunos pelo diretor de um estabelecimento de educação:
- Não se esqueçam, meus caros meninos, que estes prêmios são menos para vocês que
para seus pais, a fim de que eles os matriculem no próximo ano. -
Assim é que a Sra. de Guermantes, quando alguém de um mundo diferente entrava no seu
meio, elogiava diante dele as pessoas discretas "que a gente encontra quando vai procurá-las e
que se fazem esquecer no resto do tempo", como se avisa de um modo indireto a um criado que
cheira mal que os banhos são perfeitos para a saúde.
continua na página 29...
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Leia também:
Volume 1
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Sodoma e Gomorra (Cap I - Reparei que Swann)
Volume 5
A Prisioneira (Prefácio)Volume 6
Volume 7
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