No se puede hacer la revolucion sin las mujeres
Livro Um
baitasar
Memórias
na manhã seguinte, fiquei sabendo de conversas entre Qualquer Um e o tal Caraca, ouvi comentário de Blanca que o homem vendia leitaria das suas vacas, os dois aumentavam e diminuíam seus cochichos, foi companheiro de papá na espremeção de tetas, parece que siempre viveu de espremer vacas leiteiras
por aqui, en la Montaña, vivemos de rasgar la tierra com nosso instrumental de campesino, enxada e mãos
o espremedor procurava alguma niña que pudesse dar conta de ayudar la mujer de su buena vida
uma das tarefas seria cuidar dos filhos da parelha
lembro que pensei que aquel hombre não suava mãos en la tierra, mas para agarrar e espremer tetas. mãos macias de tanto acariciar las vacas
uma sinfonia dos mugidos amanhecendo, a ordenha, o alimento precioso, mãos habilidosas, vacas tranquilas conhecem bem aquelas mãos, oferecem suas tetas àquele ritual de confiança mútua, cuidado e destreza, movimentos suaves, firmes e precisos, a música dos jatos de leite caindo no balde, uma sonata se revelando em cada nota, um ato de amor, uma beleza rústica, uma conexão emprestada e profunda de respeito com a natureza
o leiteiro sorri sabendo que seu trabalho foi realizado com maestria, o néctar branco espremido com habilidade e dedicação, todo dia, todo amanhecer
passei a ponta dos dedos em meus dois pontinhos inchados, parecendo florir, foi a primeira vez que tive vergonha de não ter buenas agarraderas e medo de nunca mais encontrar Juanito
sai correndo ao encontro de Juanito
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Leia também:
Livro Um:
Memórias - 01: a lua cheia
Memórias - 02: a servidão natural
Memórias - 03: um negócio inesgotável
Memórias - 04: la sina de papá
Memórias - 05: ervas e flores do campo
Memórias - 06: el regazo de Blanca
Memórias - 07: lleno de deseo
Memórias - 08: mi ojos fingidos de dormidos
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Memórias - 09: ¡vaya hombre, no me dejes!
Memórias - 12: as memórias nos empurram
Memórias - 13: a Virgem do Rosário
Memórias - 14: palpites
Memórias - 15: ordeña
Memórias - 16: o leite espumante
Memórias - 17: Cuando llueve, diluvia...
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Memórias - 19: ¿Emparejar con quien?
Memórias - 20: la vaca, el toro
Memórias - 21: a solidão
Memórias - 22: ¿el fin ya está en camino?
Memórias - 23: en la naturalidad de la vejez
Memórias - 24: los perros insatisfeitos
Memórias - 25: um lugar de trabalho e mortes
Memórias - 26: no hay maldición, no hay brujas
Memórias - 27: soy una anciana
Memórias - 28: um Zé qualquer
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Memórias - 26: no hay maldición, no hay brujas
Memórias - 27: soy una anciana
Memórias - 28: um Zé qualquer
Memórias - 34: buenas agarraderas
Memórias - 35: não lembro das despedidas
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