sábado, 2 de dezembro de 2023

Memórias - 34: buenas agarraderas

No se puede hacer la revolucion sin las mujeres

Livro Um

baitasar

Memórias

34 – buenas agarraderas

na manhã seguinte, fiquei sabendo de conversas entre Qualquer Um e o tal Caraca, ouvi comentário de Blanca que o homem vendia leitaria das suas vacas, os dois aumentavam e diminuíam seus cochichos, foi companheiro de papá na espremeção de tetas, parece que siempre viveu de espremer vacas leiteiras

por aqui, en la Montaña, vivemos de rasgar la tierra com nosso instrumental de campesino, enxada e mãos

o espremedor procurava alguma niña que pudesse dar conta de ayudar la mujer de su buena vida

uma das tarefas seria cuidar dos filhos da parelha

lembro que pensei que aquel hombre não suava mãos en la tierra, mas para agarrar e espremer tetas. mãos macias de tanto acariciar las vacas

uma sinfonia dos mugidos amanhecendo, a ordenha, o alimento precioso, mãos habilidosas, vacas tranquilas conhecem bem aquelas mãos, oferecem suas tetas àquele ritual de confiança mútua, cuidado e destreza, movimentos suaves, firmes e precisos, a música dos jatos de leite caindo no balde, uma sonata se revelando em cada nota, um ato de amor, uma beleza rústica, uma conexão emprestada e profunda de respeito com a natureza

o leiteiro sorri sabendo que seu trabalho foi realizado com maestria, o néctar branco espremido com habilidade e dedicação, todo dia, todo amanhecer

passei a ponta dos dedos em meus dois pontinhos inchados, parecendo florir, foi a primeira vez que tive vergonha de não ter buenas agarraderas e medo de nunca mais encontrar Juanito

sai correndo ao encontro de Juanito

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Leia também:

Livro Um:
Memórias - 01: a lua cheia
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Memórias - 05: ervas e flores do campo
Memórias - 06: el regazo de Blanca
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