Gabriel García Márquez
continuando... Fermina Daza estava na cozinha provando a sopa para o jantar, quando ouviu o
grito de horror de Digna Pardo e o alvoroço da criadagem da casa e depois da
vizinhança. Atirou a colher de pau e tratou de correr como pôde com o peso
invencível da idade, gritando feito uma louca sem saber ainda o que acontecia
debaixo da copa da mangueira e o coração lhe estourou em estilhaços quando viu
seu homem estirado de costas no lodo, já morto em vida mas resistindo ainda um
último minuto à chicotada final da cauda da morte para que ela sua mulher tivesse
tempo de chegar. Chegou a reconhecê-la no tumulto através das lágrimas da dor
que jamais se repetiria de morrer sem ela, e a olhou pela última vez para todo o
sempre com os mais luminosos, mais tristes e mais agradecidos olhos que ela
jamais vira no rosto dele em meio século de vida em comum, e ainda conseguiu
dizer-lhe com o último alento:
— Só Deus sabe quanto amei você.
Só ele conseguira o que não tinha parecido impossível durante um século: a
restauração do Teatro da Comédia, convertido em rinha e granja de gaios de briga
desde os tempos da Colônia. Foi a culminação de uma campanha cívica espetacular,
que envolveu todos os setores da cidade sem exceção, numa mobilização
multitudinária que muitos consideraram digna de melhor causa. Mesmo assim, o
novo Teatro da Comédia se inaugurou quando ainda não tinha cadeiras nem
lâmpadas, e os espectadores tinham que levar em que sentar e com que se iluminar
nos intervalos. Foi imposta a mesma etiqueta das grandes estreias da Europa, que
as damas aproveitavam para exibir seus vestidos longos e seus abrigos de pele na
canícula do Caribe, mas foi necessário autorizar também a entrada dos criados para
que carregassem as cadeiras e as candeias, e quantas coisas de comer parecessem
necessárias para resistir aos programas intermináveis, alguns dos quais se
prolongaram até a hora da primeira missa. A temporada se abriu com uma
companhia francesa de ópera cuja novidade era uma harpa na orquestra e cuja
glória inolvidável era a voz imaculada e o talento dramático de uma soprano turca
que cantava descalça e com anéis de pedras preciosas nos dedos dos pés. A partir do
primeiro ato mal se enxergava o cenário e os cantores perdiam a voz devido ao fumo
de tantas lâmpadas de azeite de coco, mas os cronistas da cidade se encarregaram
muito bem de apagar estes inconvenientes miúdos e de exaltar as magnificências.
Foi sem dúvida a iniciativa mais contagiosa do doutor Urbino, pois a febre da ópera
contaminou até os setores menos informados da cidade, e deu origem a toda uma
geração de Isoldas e Otelos, e Aídas e Sigfredos. Não obstante, jamais se chegou aos
extremos que o doutor Urbino teria desejado, de ver italianizantes e wagnerianos se
enfrentando a bengaladas nos intervalos.
O doutor Juvenal Urbino jamais aceitou postos oficiais, que lhe ofereceram
amiúde e sem condições, e foi crítico encarniçado dos médicos que se valiam do
prestígio profissional para escalar posições políticas. Embora sempre o tivessem por
liberal, e costumava nas eleições votar nos candidatos desse partido, era mais
liberal por tradição que por convicção, e foi talvez o último membro das grandes
famílias a se ajoelhar na rua quando passava a carruagem do arcebispo. A si mesmo
se definia como um pacifista natural, partidário da reconciliação definitiva de
liberais e conservadores para o bem da pátria. E sua conduta pública era tão
autônoma que ninguém o contava como seu: os liberais o consideravam um
reacionário das cavernas, os conservadores diziam que só lhe faltava ser maçom, e
os maçons o repudiavam como um clérigo emboscado a serviço da Santa Sé. Seus
críticos menos sangrentos achavam que ele não passava de um aristocrata extasiado
com as delícias dos Jogos Florais, enquanto a nação se esvaía no sangue de uma
guerra civil interminável.
Só dois atos seus não pareciam conformes a esta imagem. O primeiro foi sua
mudança para uma casa nova num bairro de ricos recentes, em troca do antigo
palácio do Marquês de Casalduero, que tinha sido a mansão familiar durante mais
de um século. O outro foi seu casamento com uma beleza do povo, sem nome nem
fortuna, de quem troçavam em segredo as senhoras de sobrenomes grandes até se
convencerem à força, de que a outra punha todas elas no chinelo com sua distinção
e seu caráter. O doutor Urbino levou sempre em boa conta esse e muitos outros
percalços de sua imagem pública, e ninguém era mais consciente do que ele próprio
de ser o último protagonista de um nome em extinção. Seus filhos eram dois fins de
raça sem nenhum brilho. Marco Aurélio, o varão, médico como ele e como todos os
primogênitos de cada geração, não tinha feito nada notável, sequer um filho,
passados os cinquenta anos. Ofélia, a única filha, casada com um bom bancário de
Nova Orleans, tinha chegado ao climatério com três filhas e nenhum varão. Não
obstante, apesar de lhe doer a interrupção do seu sangue no manancial da história,
da morte o que mais preocupava o doutor Urbino era a vida solitária de Fermina
Daza sem ele.
Em todo caso, a tragédia foi uma comoção não só entre sua gente, como afetou
por contágio o povo simples, que ganhou as ruas na ilusão de pelo menos sentir o
resplendor da legenda. Foram proclamados três dias de luto, hasteou-se a bandeira
a meio pau nos estabelecimentos públicos, e os sinos de todas as igrejas dobraram
sem pausas até que foi selada a cripta no mausoléu familiar. Um grupo da Escola de
Belas-Artes fez a máscara mortuária do cadáver para servir de molde a um busto de
tamanho natural, mas se abandonou o projeto porque a ninguém pareceu
apropriada a fidelidade com que ficou plasmado o pavor do instante derradeiro. Um
artista de renome que estava aqui por casualidade de passagem para a Europa
pintou uma tela gigantesca de um realismo patético, na qual se via o doutor Urbino
trepado na escada no instante mortal em que estendia a mão para agarrar o louro. A
única coisa que contrariava a verdade crua da sua história é que ele não trajava no
quadro a camisa sem colarinho e os suspensórios de riscas verdes, e sim o chapéu
coco e a sobrecasaca de lã preta de um clichê de jornal dos anos do cólera. Este
quadro se expôs poucos meses depois da tragédia, para que ninguém deixasse de vê
lo, na vasta galeria de O Arame de Ouro, uma loja de artigos importados onde
desfilava a cidade inteira. Passou logo para as paredes de quantas instituições
públicas e privadas se julgaram no dever de render tributo à memória do patrício
insigne e afinal foi dependurado com uma segunda homenagem fúnebre na Escola
de Belas-Artes, de onde o tiraram muitos anos depois os próprios estudantes de
pintura para queimá-lo na Praça da Universidade como símbolo de uma estética e
de uma época tediosas.
Durante seu primeiro instante de viúva se viu que Fermina Daza não ficava tão
desamparada como temera o esposo. Foi inflexível na determinação de não permitir
que se utilizasse o cadáver em benefício de nenhuma causa, e o foi inclusive com o
telegrama do Presidente da República, que mandava expô-lo em câmara ardente no
salão nobre do palácio do governo local. Com a mesma serenidade se opôs a que
fosse velado na catedral, como lhe pediu o arcebispo em pessoa, e só admitiu que ali
ficasse durante a missa de corpo presente dos ofícios fúnebres. Apesar da mediação
do filho, aturdido diante de tantas solicitações diversas, Fermina Daza se manteve
firme em sua noção rural de que os mortos não pertencem a ninguém além da
família, e que ele seria velado em casa com café torrado pelas criadas e os
costumeiros bolinhos de farinha de trigo e queijo, e com a liberdade de cada um
para chorá-lo como quisesse. Não haveria o velório tradicional de nove noites: as
portas se fecharam depois do enterro e só voltaram a se abrir para visitas íntimas.
A casa ficou debaixo do regime da morte. Todo objeto de valor foi posto em lugar
seguro, e nas paredes desnudas só ficaram as marcas dos quadros desprendidos. Da
sala aos quartos, as cadeiras da casa e as tomadas de empréstimo aos vizinhos
estavam colocadas contra as paredes e os espaços vazios pareciam imensos e as
vozes tinham uma ressonância espectral, porque os móveis grandes tinham sido
removidos, salvo o piano de cauda que jazia em seu canto debaixo de um lençol
branco. No centro da biblioteca, sobre a escrivaninha do seu pai, estava estendido
sem caixão aquele que fora Juvenal Urbino de La Calle, com o último espanto
petrificado no rosto, e com a capa preta e a espada de guerra dos cavaleiros do Santo
Sepulcro. A seu lado, de luto íntegro, trêmula mas muito senhora de si, Fermina
Daza recebeu os pêsames sem dramas, mal se movendo, até as onze da manhã do
dia seguinte, quando se despediu do esposo no pórtico dizendo-lhe adeus com um
lenço.
Não lhe tinha sido fácil recuperar esse domínio a partir do momento em que
ouviu o grito de Digna Pardo no quintal e encontrou o ancião de sua vida
agonizando no lodo. Sua primeira reação foi de esperança porque ele tinha os olhos
abertos e um brilho de luz radiante que ela jamais lhe vira nas pupilas. Rogou a
Deus que lhe concedesse ao menos um instante para que ele não partisse sem saber
quanto o amara por cima das dúvidas de ambos e sentiu a premência irresistível de
começar a vida com ele outra vez desde o começo para que se dissessem tudo que
tinham ficado sem dizer, e fizessem bem qualquer coisa que tivessem feito mal no
passado. Mas teve que render-se à intransigência da morte. Sua dor se descompôs
numa cólera cega contra o mundo, e até contra ela própria, o que lhe infundiu o
domínio e a coragem de enfrentar sozinha sua solidão. Desde então não teve trégua,
mas se preveniu contra qualquer gesto que parecesse alarde de sua dor. O único
momento de um certo patético, aliás involuntário, foi às onze da noite do domingo,
quando entrou na casa o ataúde episcopal recendente ainda a verniz ordinário, com
alças de cobre e forro de seda acolchoada. O doutor Urbino Daza mandou fechá-lo
logo, pois o ar da casa estava rarefeito com o vapor de tantas flores no calor
insuportável, e ele achava ter notado sombras arroxeadas no pescoço do pai. Uma
voz distraída se ouviu no silêncio: "Nessa idade a gente já está meio podre em vida."
Antes que fechassem o caixão, Fermina Daza tirou sua aliança e a colocou no
marido morto, e depois lhe cobriu a mão com a sua, como sempre fazia ao
surpreendê-lo divagando em público.
— Muito em breve nos veremos — lhe disse.
Florentino Ariza, invisível em meio à multidão de figurões, sentiu um toque de
lança nas costas. Fermina Daza não o notara no tumulto dos primeiros pêsames,
embora ninguém fosse estar mais presente nem ser mais útil do que ele nas
emergências daquela noite. Foi ele quem pôs ordem nas cozinhas apinhadas para
que não faltasse café. Arranjou cadeiras suplementares quando não bastaram as dos
vizinhos, e mandou pôr no quintal as coroas excedentes quando não cabia na casa
mais nenhuma. Tratou de ver que não faltasse conhaque para os convidados do
doutor Lácides Olivella, que tinham recebido a má notícia no apogeu das bodas de
prata, e vieram em batalhão continuar a pândega sentados num círculo debaixo do
pé de manga. Foi o único que soube reagir a tempo quando o louro fujão apareceu à
meia-noite na sala de jantar com a cabeça levantada e as asas abertas, o que causou
um calafrio de estupor na casa, pois parecia uma exortação à penitência. Florentino
Ariza o agarrou pelo pescoço sem lhe dar tempo de gritar uma só de suas instruções
insensatas e carregou-o para a cocheira numa gaiola coberta. Desta forma fez tudo,
com tanta discrição e tamanha eficácia, que a ninguém ocorreu pensar que fosse
uma intromissão em assuntos alheios- e sim, pelo contrário, uma ajuda inestimável
naquela hora má da casa.
Era aquilo que parecia: um ancião serviçal e sério. Tinha o corpo ossudo e reto, a
pele parda e glabra, os olhos ávidos por trás dos óculos redondos e pequenos com
armação de metal branco, e um bigode romântico de guias engomadas, um pouco
tardio para a época. Tinha as últimas mechas de cabelos penteados da testa para o
alto e grudados com gomalina no centro do crânio reluzente como solução final de
uma calvície absoluta. Sua gentileza natural e suas maneiras lânguidas cativavam
na hora, mas também eram tidas como duas virtudes suspeitas num celibatário
empedernido. Tinha gasto muito dinheiro, muito engenho e muita força de vontade
para que não avaliassem os setenta e seis anos que já tinha feito em março último,
e estava convencido na solidão de sua alma de haver amado em silêncio muito mais
do que alguém jamais amara neste mundo.
Na noite da morte do doutor Urbino estava vestido como o surpreendeu a
notícia, que era como sempre estava, não obstante os calores infernais de junho: de
lã escura com colete, um laço de fita de seda no colarinho de celuloide, um chapéu
de feltro, e um guarda-chuva lustroso e preto que também lhe servia de bengala.
Mas quando começou a clarear desapareceu do velório durante duas horas, e
retornou repousado com os primeiros sóis, bem escanhoado e cheirando a loção de
barba. Trajava uma sobrecasaca preta dessas que ainda só se usavam nos enterros e
ofícios da Semana Santa, colarinho mole com plastrom de artista em vez de gravata,
e chapéu-coco. Também trazia o guarda-chuva, no caso não só pelo hábito, pois
tinha certeza de que ia chover antes das doze, o que informou ao doutor Urbino
Daza para o caso de ser possível antecipar o enterro. Foi o que tentaram, de fato,
porque Florentino Ariza pertencia a uma família ligada à navegação e ele próprio
era presidente da Companhia Fluvial do Caribe, o que permitia supor que em
tendesse de prognósticos atmosféricos. Mas não conseguiram harmonizar a tempo
as autoridades civis e militares, as corporações públicas e privadas, a banda militar e
a das Belas-Artes, as escolas e congregações religiosas que já estavam de acordo
para as onze, de modo que o enterro previsto como um acontecimento histórico
acabou em debandada devido ao aguaceiro arrasador. Foram muito poucos os que
chegaram chapinhando na lama até o mausoléu da família, protegido por uma
paineira colonial cuja copa se estendia para lá do muro do cemitério. Debaixo dessa
mesma copa, mas na parcela externa destinada aos suicidas, os refugiados do Caribe
tinham sepultado a tarde anterior Jeremiah de Saint-Amour, e seu cão junto a ele,
de acordo com sua vontade.
Florentino Ariza foi um dos poucos que chegaram até o final do enterro. Ficou
ensopado até a roupa de baixo, e chegou espavorido a sua casa de medo de contrair
uma pneumonia depois de tantos cuidados minuciosos e precauções excessivas.
Mandou reforçar uma limonada quente com uma dose de conhaque, tomou-a na
cama com duas pastilhas de fenaspirina e suou mares enrolado num xale de lã até
recobrar o bom clima do corpo. Quando voltou ao velório foi de ânimo forte.
Fermina Daza tinha assumido de novo o comando da casa, que estava varrida e em
estado de receber, e tinha posto no altar da biblioteca um retrato do esposo morto
pintado a pastel, com uma tarja de luto na moldura. Às oito havia tanta gente e o
calor era tão intenso como a noite anterior, mas depois do terço alguém fez circular
a solicitação de que todos se retirassem cedo para que a viúva descansasse pela
primeira vez desde a tarde de domingo.
Fermina Daza se despediu da maioria junto ao altar, mas acompanhou o último
grupo de amigos íntimos até a porta da rua, para fechá-la ela própria, como era seu
costume. Dispunha-se a fazê-lo com o último alento, quando viu Florentino Ariza
vestido de luto no centro da sala deserta. Ficou satisfeita, porque há muitos anos o
havia apagado de sua vida, e pela primeira vez tinha consciência de vê-lo depurado
pelo esquecimento. Mas antes que pudesse lhe agradecer a visita, ele pôs o chapéu
em cima do coração, trêmulo e digno, e arrebentou o abscesso que tinha sido o
sustento de sua vida:
— Fermina — disse — esperei esta ocasião durante mais de meio século, para lhe
repetir uma vez mais o juramento de minha fidelidade eterna e meu amor para
sempre.
Fermina Daza se teria julgado diante de um louco, caso não tivesse tido motivos
para pensar que Florentino Ariza estava naquele instante inspirado pela graça do
Espírito Santo. Seu impulso imediato foi maldizê-lo pela profanação da casa quando
ainda estava quente no túmulo o cadáver de seu esposo. Mas foi contida pela
dignidade da raiva. "Vá embora", lhe disse. "E não se deixe ver nunca mais nos anos
que ainda lhe restarem de vida." Abriu de novo por completo a porta da rua que
tinha começado a fechar, e concluiu:
— Que espero sejam muito poucos.
Quando ouviu que se apagavam os passos na rua solitária, fechou a porta bem
devagar, com a tranca e os ferrolhos, e encarou sozinha seu destino. Nunca, até este
momento, tinha tido a plena consciência do peso e do tamanho do drama que ela
própria desencadeara quando tinha apenas dezoito anos, e que havia de persegui-la
até a morte. Chorou pela primeira vez desde a tarde do desastre, sem testemunhas,
que era seu único jeito de chorar. Chorou pela morte do marido, por sua solidão e
sua raiva, e quando entrou no quarto vazio chorou por si mesma, porque muito
poucas vezes tinha dormido sozinha nessa cama desde que deixara de ser virgem.
Tudo que era do esposo lhe atiçava o pranto: os chinelos de borlas, o pijama debaixo
do travesseiro, o espaço sem ele no espelho da penteadeira, o cheiro pessoal dele
em sua própria pele. Abalou-a um pensamento vago: "As pessoas que a gente ama
deviam morrer com todas as suas coisas." Não quis ajuda de ninguém para se deitar,
não quis comer nada antes de dormir. Na angústia de sua desolação, rogou a Deus
que lhe mandasse a morte esta noite durante o sono, e com essa ilusão se deitou,
descalça mas vestida, e dormiu no mesmo instante. Dormiu sem saber, mas
sabendo que continuava viva no sono, que lhe sobrava metade da cama, que jazia de
costas na margem esquerda, como sempre, mas que lhe fazia falta o contrapeso do
outro corpo na outra margem. Pensando adormecida pensou que nunca mais
poderia dormir assim, e começou a soluçar adormecida, e dormiu soluçando sem
mudar de posição na sua margem, até muito depois de acabarem de cantar os gaios,
e a despertou o sol indesejável da manhã sem ele. Só então descobriu que havia
dormido muito sem morrer, soluçando no sono, e que enquanto dormia soluçando
pensava mais em Florentino Ariza do que no marido morto.
continua na página 043...
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Leia também:
O Amor nos Tempos de Cólera: Fermina Daza estava na cozinha
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O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA. Gabriel García Márquez
Tradução Antônio Callado
Título original El amor en los tiempos del cólera. Record Rio de Janeiro. 1985.
"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível."
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