quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Série Ópera: Carmina Burana

Carmina Burana 

Copenhagen Royal Chapel Choir 
- DR Simphony Orchestra



Fortuna - Imperatriz do Mundo


Ó Fortuna!
És como a Lua
Sempre mutável
Sempre aumenta
E mínguas
Vida detestável
Ora escurece
Ora clareia
Mentes por brincadeira
Miséria
Poder
Funde-as como gelo
Sorte monstruosa
E vazia
Tu, Roda volúvel
Tu és má
Vã felicidade
Sempre dissolúvel
Nebulosa
E velada
Também a mim contagias
Agora, por brincadeira
O dorso nu
Entrego à tua perversidade.
A sorte na saúde
E virtude
Agora me são contrárias
Tu dás
E tiras...



deliciem-se porque ora escure ora clareia entre virtudes e perversidades que escravizam




Legendada para que todos possam apreciar essa obra-prima, disponível pelo regente que foi aluno do próprio autor, Carl Orff e, portanto, mais se aproxima da versão original.


Gosto muito! Não posso dizer que gosto demais, mas como as pessoas que se dizem sensíveis, inteligentes e melhores porque apreciam músicas que clareiam o mundo se deixam possuir pela perversidade da sua verdade única: O mundo precisa ser melhor? O mundo precisa da minha verdade!

Arrogância.

Sei, não é verdade absoluta nem sei se é verdade a verdade... virgi ducéu!

É diferente? Acho ótimo que seja assim... acostume, ensine o seu escutar, e melhor... eduque-se com as diferenças. Todos e todas somos diferentes. Meu cabelo não é liso, parece que todos precisamos ter cabelos lisos, né? Sou comprido e magro (ou melhor, já fui magro...). Ah! e desde os oito ou nove anos não tenho um dos dentes superiores da frente... e daí?

E as suas diferenças na aparência quais são? Ainda se olha no espelho da alma?

Como pessoas que escutam essa música não ouvem as pessoas? Ou fazem de conta que as ouvem? Você do choro, samba, rock, pagode, rap, sertanejo, funk, folclórica, reggae, bossa nova... escute e se permita responder: É a perversidade da fortuna? É a minha própria perversidade? Mas não é a música, certo?


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