domingo, 17 de novembro de 2019

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 8 — O Fantasma

Edgar Allan Poe - Contos




Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837





8 — O Fantasma





Quando, por fim, me contemplei num pedaço de espelho, que estava pendurado num poste, à luz obscura de uma espécie de lanterna de combate, a minha fisionomia e a lembrança da horrível realidade que eu representava causaram-me um estremecimento e um violento arrepio e, foi a custo que consegui juntar a energia necessária para continuar a desempenhar o meu papel. Mas era preciso agir com decisão e eu e Peters subimos à coberta.

Aí, verificamos que tudo corria bem e, seguindo junto à amurada do navio, deslizamos os três até à porta da escada do camarote, que não estava completamente fechada pois tinham sido colocadas buchas no primeiro degrau de forma a impedir o seu fecho e também que a porta fosse repentinamente empurrada do exterior. Podíamos ver, sem dificuldade, todo o interior do camarote, através das fendas que existiam nos gonzos. Realmente fora uma sorte que não tivéssemos tentado atacá-los de surpresa, pois era evidente que estavam de sobreaviso. Só um dormia, precisamente, ao fundo da escada, com uma espingarda ao lado. Os outros estavam sentados em cima dos colchões que tinham tirado dos catres e atirado para o chão, e conversavam sobre um assunto sério; embora tivessem estado a beber, como se depreendia por dois jarros vazios e por alguns copos de estanho espalhados pelo chão, não estavam tão bêbados como era costume. Todos tinham pistolas e numerosas espingardas tinham sido espalhadas pelo camarote ao alcance da mão. 

Durante algum tempo escutamos a conversa, antes de decidirmos o que havíamos de fazer, pois nada tínhamos resolvido a não ser que, no momento do ataque, tentaríamos paralisar qualquer resistência com a aparição do espectro de Rogers. Estavam a discutir os seus planos de pirataria, mas tudo o que conseguimos ouvir foi que se iam reunir à tripulação da escuna Hornet e, se possível, até começar por se apoderarem da própria escuna, como preparação para uma ação de maior vulto; quanto aos pormenores da tentativa, nenhum de nós conseguiu compreendê-los.

Um dos homens falou de Peters, mas o imediato respondeu-lhe em voz baixa e nós nada percebemos; pouco depois, acrescentou num tom um pouco mais alto, « que não compreendia o motivo por que Peters ia tantas vezes ao castelo da proa falar com o miúdo do capitão, e que era necessário que os dois fossem borda fora e o mais depressa possível» . Ninguém respondeu a estas palavras, mas foi fácil perceber que a insinuação tinha sido bem recebida por todo o grupo e, em especial, por Jones. Naquele momento, sentia-me muito agitado, tanto mais que via que Augusto e Peters não sabiam o que resolver. No entanto, decidi-me a vender cara a minha vida e a não me deixar dominar por nenhum sentimento de temor.

O barulho infernal produzido pelo vento nas enxárcias e pelas vagas que varriam a coberta impedia-nos de ouvir o que estavam a dizer, a não ser durante alguns momentos de acalmia. Foi num desses intervalos que ouvimos distintamente o imediato dizer a um dos seus homens que « fosse à proa e ordenasse àqueles cães tinhosos que descessem ao camarote, porque ali, pelo menos, podia tê-los debaixo de olho, pois não admitia segredos a bordo do brigue» . Felizmente para nós, o balouçar do navio era tão forte, naquele momento, que a ordem não pôde ser cumprida imediatamente. O cozinheiro levantou-se do colchão para nos ir buscar, quando uma rajada tão forte que pensei que ia arrancar a mastreação, o fez ir bater com a cabeça na porta de uma das cabinas de bombordo, na qual acertou com tanta força que a abriu, aumentando ainda mais a confusão. Por sorte, nenhum de nós tinha sido derrubado e tivemos tempo de bater em retirada para o castelo da proa e de improvisar, a toda a pressa, um novo plano de ação, antes que o mensageiro aparecesse, ou que pusesse a cabeça fora do camarote. Do estreito local, onde estava não conseguia notar a ausência de Allen e, por isso, continuando a julgá-lo no seu posto, gritou-lhe as ordens do imediato. Peters respondeu-lhe, também aos gritos, e disfarçando a voz: « Sim! Sim!» e o cozinheiro tornou a descer, sem ter a mínima suspeita de que algo não corria bem a bordo.

Então, os meus dois companheiros dirigiram-se corajosamente para a ré e desceram ao camarote, tendo Peters fechado a porta atrás de si, deixando-a tal como a tinha encontrado. O imediato recebeu-os com uma cordialidade fingida e disse a Augusto que, atendendo a que se tinha portado tão bem nos últimos tempos, se podia instalar no beliche e considerar-se, a partir daquele momento, um dos seus. A seguir, encheu até meio um copo de rum que o obrigou a beber. Via e ouvia tudo o que se estava a passar, porque tinha seguido os meus amigos até ao camarote, retomando o meu anterior posto de observação. Trouxera comigo as duas alavancas da bomba, uma das quais escondera perto da escada, para a ter à mão, no caso de necessidade.

Apliquei-me o melhor possível para não perder nada de tudo o que se passava lá em baixo e esforcei-me por juntar toda a minha força de vontade e coragem para descer, assim que Peters fizesse o sinal que tinha sido combinado. Naquele momento, esforçava-se por conduzir a conversa para os episódios sangrentos da revolta e, gradualmente, levou os homens a falarem das superstições tão comuns entre os marinheiros. Não percebia tudo o que diziam, mas via facilmente o efeito da conversa, pelas fisionomias dos presentes. Era evidente, que o imediato estava agitado e, quando, a certa altura, alguém falou do aspeto horrendo do cadáver de Rogers, convenci-me que ele ia desmaiar. Então Peters perguntou-lhe se ele não achava melhor lançá-lo definitivamente borda fora, pois, segundo ele, era algo horrível de vê-lo a debater-se e a flutuar entre os embornais. O miserável respirou convulsivamente e passeou o olhar com lentidão pelos companheiros, como que a suplicar que um deles subisse para executar aquela tarefa. Mas ninguém se mexeu e era evidente que toda a tripulação tinha chegado ao auge da excitação nervosa. Então Peters fez-me sinal; abri imediatamente a porta do camarote e, descendo sem pronunciar palavra, dirigi-me para o meio do grupo.

O prodigioso efeito que esta súbita aparição causou, não surpreenderá ninguém, atendendo às circunstâncias em que se produziu. Habitualmente, em casos semelhantes, fica sempre no espírito do espectador uma réstia de dúvida sobre a realidade da visão que tem diante de si; conserva, até certo ponto, a esperança, por mais fraca que seja, de que é vítima de uma mistificação e que a aparição, na verdade, não é um visitante vindo do outro mundo. Pode dizer-se que esta dúvida obstinada quase sempre acompanhou as aparições deste gênero, e que o gélido terror que elas produziram deve ser atribuído, mesmo nos casos mais salientes, naqueles que causaram a mais viva angústia, a uma espécie de medo antecipado, a um receio que a aparição não seja real, mais do que a uma firme crença na sua realidade. Mas, no caso presente, será fácil verificar que não podia existir nos espíritos dos amotinados a mínima razão para duvidarem que a aparição de Rogers não fosse realmente a ressurreição do seu repugnante cadáver, ou pelo menos da sua imagem incorporai. A posição isolada do brigue e a impossibilidade de acostar, devido à tempestade, reduziam os meios de possível ilusão a limites tão estreitos, que podiam ser completamente aniquilados. Estavam no mar há vinte e quatro dias e não tinham tido comunicação com nenhum navio, exceto um, com o qual apenas tinham chegado à fala. Além disso, toda a tripulação, pelo menos, todos aqueles que julgavam formar a tripulação completa, estavam longe de suspeitar da presença de outro indivíduo a bordo; encontrava-se reunida no camarote, menos Allen, que estava de sentinela; porém, estavam muito familiarizados com a sua gigantesca figura (media seis pés e seis polegadas de altura) para que a ideia que ele pudesse ser a terrível aparição lhes passasse pela cabeça. Acrescentem a estas considerações, a natureza assustadora da tempestade e o tema da conversa introduzida por Peters, a impressão profunda que a imagem hedionda do verdadeiro cadáver tinha produzido, naquela manhã, sobre a imaginação dos homens, a perfeição do meu disfarce, a luz vacilante e incerta através da qual me viam, a lanterna do camarote oscilando violentamente de um lado para o outro lançando sobre mim raios incertos e trémulos, e não acharão surpreendente que o efeito daquela farsa fosse muito maior do que esperávamos.

O imediato saltou do colchão onde estava deitado e, sem proferir uma palavra, caiu de costas, redondamente morto, no chão do camarote; uma forte guinada, fê-lo rolar como um cepo. Dos sete que restavam, apenas três mostraram alguma presença de espírito. Os outros quatro, permaneceram sentados durante algum tempo, como que pregados ao chão, sendo as mais lastimáveis vítimas do terror e do desespero que os meus olhos jamais contemplaram. A única resistência com que deparamos veio do cozinheiro, de Jones Hunt e de Richard Parker, mas a sua defesa foi fraca e sem resolução. Os dois primeiros foram imediatamente abatidos por Peters, enquanto eu, com a alavanca que trouxera comigo, atingia Parker com um golpe na cabeça. Ao mesmo tempo, Augusto apoderava-se de uma das espingardas que estavam no chão e descarregava-a no peito de Wilson, um dos outros amotinados. Só restavam, portanto, três, que durante este tempo, tinham despertado do seu torpor e começavam, talvez, a perceber que tinham sido vítimas de um estratagema, pois combatiam com grande resolução e fúria e, se não fosse a incrível força muscular de Peters, ter-nos-iam vencido. Os três homens eram Jones, Greely e Absalon Hicks. Jones tinha derrubado Augusto a quem ferira várias vezes no braço, e ia, sem dúvida, matá-lo (porque Peters e eu não nos tínhamos ainda desembaraçado dos nossos adversários para o podermos ajudar) se um amigo, cuja ajuda tínhamos ignorado, não tivesse vindo em seu auxílio. Esse amigo era o Tigre que, com um rosnar surdo, apareceu no camarote no momento mais crítico para Augusto e se atirou sobre Jones que caiu por terra. No entanto, o meu amigo estava gravemente ferido e não nos podia prestar o mínimo auxílio, enquanto eu também não podia fazer grande coisa, devido ao meu disfarce. O cão obstinava-se em não largar a garganta de Jones, e Peters era suficientemente forte para enfrentar os dois homens que restavam, os quais teria despachado mais depressa se não fosse prejudicado pelo estreito espaço em que se desenrolava a luta e as fortes guinadas do brigue. Acabava de pegar num dos pesados escabelos que estavam no chão e com ele esmagou o crânio de Greely, no momento em que ele ia descarregar a sua espingarda sobre mim e, logo a seguir, lançado para cima de Hicks por uma guinada do brigue, estrangulou-o instantaneamente só com as mãos. Assim, em menos tempo do que foi preciso para o contar, estávamos senhores do brigue.

O único dos nossos adversários que sobrevivera era Richard Parker. Lembram-se de que no início do ataque o atingi com a alavanca. Jazia agora imóvel ao lado da porta do camarote, mas quando Peters lhe tocou com o pé, despertou e pediu clemência. Tinha apenas um ferimento ligeiro na cabeça, que no entanto o fizera desmaiar. Levantou-se e, de momento, amarramos-lhe as mãos atrás das costas. O cão continuava em cima de Jones, rosnando com furor, mas, ao observarmos melhor, verificamos que o homem estava morto e que um rio de sangue lhe corria de um profundo ferimento na garganta, feito pelas poderosas presas do animal.

Era uma hora da manhã e o vento continuava a soprar com força. Era evidente que o brigue fazia um esforço maior do que o habitual e tornava-se indispensável fazer qualquer coisa para o aliviar. A cada assalto das vagas, o navio metia água, que já tinha chegado ao camarote durante a nossa luta, pois, ao descer, tinha deixado a escotilha aberta. Toda a amurada de bombordo tinha sido arrancada, assim como os fomos e o bote da ré. Os estalidos e as vibrações do mastro principal mostravam-nos que este em breve também cederia. Para aumentar o espaço no porão da ré, o pé deste mastro tinha sido fixo na entrecoberta (péssimo método ao qual recorrem os construtores ignorantes), de forma que corria o risco iminente de sair do seu apoio. Mas, para cúmulo do azar, sondamos a caixa da bomba e verificamos que o barco tinha nada menos do que sete pés de água.

Assim, deixamos os cadáveres dos marinheiros no camarote e começamos imediatamente a bombear a água, trabalho em que participava Parker, que tínhamos desamarrado para o feito. Ligamos o braço de Augusto o melhor que sabíamos e o pobre rapaz fez o que pôde, isto é, muito pouco. Entretanto, reparamos que fazendo funcionar uma bomba ininterruptamente podíamos controlar a entrada da água, isto é, impedi-la de subir. Como só éramos quatro, o trabalho era muito duro, mas tentamos não nos deixar abater e esperamos o nascer do dia com inquietação, para então aliviar o brigue cortando o mastro principal.

Assim, passamos uma noite cheia de ansiedade e fadiga, mas quando, por fim, nasceu o dia, a tempestade continuava e não havia qualquer indício de que o tempo fosse amainar. Então levamos os corpos para a coberta e lançamo-los borda fora; depois pensamos em desembaraçarmo-nos do mastro principal. Feitos os preparativos necessários, Peters, que entretanto descobrira os machados no camarote, cortou o mastro, enquanto nós vigiávamos as velas de estai e os cabos. Como o brigue deu uma terrível guinada para sotavento, foi dada ordem para cortar os cabos e, feito isto, toda a massa de madeira e de enxárcia caiu ao mar, aliviando o brigue, sem provocar qualquer avaria. Verificamos então que o navio se esforçava menos do que antes, mas a nossa situação continuava extremamente precária e, apesar de todos os nossos esforços, não conseguíamos controlar a entrada de água senão com duas bombas. Os serviços que Augusto nos podia prestar eram, na verdade, insignificantes. Para aumentar a nossa desgraça, uma enorme vaga varreu o brigue de barlavento e, antes que o navio pudesse recuperar a sua posição, uma outra vaga rebentava sobre ele, rombando-o completamente. Então, o lastro soltou-se em bloco e deslocou-se para sotavento (a carga já há muito que estava espalhada ao acaso) e durante alguns segundos julgamos que íamos naufragar. No entanto, o barco endireitou-se um pouco, embora o lastro permanecesse a bombordo, fazendo-nos virar tantas vezes que era inútil tentar fazer funcionar as bombas, o que, de qualquer maneira, viria a acontecer, pois as nossas mãos estavam completamente ulceradas e sangravam abundantemente devido ao excesso de labor.

Contrariamente à opinião de Parker, começamos então a abater o mastro do traquete, o que foi muito difícil, devido à nossa inclinação. Ao escorregar borda fora, arrastou consigo o gurupés, deixando o brigue transformado num simples batelão.

Até então, tínhamos razão para nos alegrarmos por termos conservado a nossa chalupa, que ainda não tinha sido danificada pelas ondas. Mas a nossa alegria não durou muito tempo, porque o mastro do traquete e o traquete, que mantinham um pouco o brigue, se partiram ao mesmo tempo e agora as vagas vinham rebentar em cima de nós e, em cinco minutos, a coberta foi varrida de ponta a ponta, a chalupa e a amurada de estibordo foram arrancadas e o próprio molinete feito em pedaços. Realmente era impossível ficar reduzido a uma situação mais deplorável.

Ao meio-dia, sentimos certa esperança de ver a tempestade amainar, mas ficamos cruelmente desapontados, pois só se acalmou durante alguns minutos, para recomeçar ainda com mais fúria. As quatro horas da tarde, tomara tal intensidade que era impossível estar de pé e, quando anoiteceu, já tínhamos perdido todas as esperanças. Estava convencido de que o navio não aguentaria até à manhã seguinte.

À meia-noite a água tinha subido consideravelmente, chegando até aos bailéus do porão. Pouco depois o leme partiu-se, e a onda que o arrancou levantou toda a ré fora de água, de forma que, ao cair, o brigue estacou e deu uma guinada semelhante a um navio que encalha. Calculamos que o leme aguentaria até ao fim, porque era muito forte e estava instalado de uma maneira que eu nunca tinha visto e que não tornei a ver. Ao longo da peça principal havia uma série de fortes ganchos de ferro e uma outra semelhante ao longo do cadaste. Através destes ganchos passava um espigão de ferro forjado, muito espesso, ficando, desta forma, o leme preso ao cadaste e movendo-se livremente no espigão. Podem avaliar a força das ondas que arrancaram o leme, se atentarem no facto de os ganchos do cadaste, os quais, como já disse, se estendiam de um lado ao outro e estavam cravados de um lado, terem sido completamente arrancados da peça de madeira.

Mal tínhamos tido tempo de respirar depois desta violenta onda, quando uma das maiores ondas que jamais vi rebentou a prumo sobre nós, levando o camarote, arrombando as escotilhas e inundando totalmente o navio.






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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.


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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849 



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