terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Contos Africanos : Luandino Vieira - Estória do Ladrão e do Papagaio... Mas antes sofreu muito ... (08)

Luaanda... Estória do Ladrão e do Papagaio




Luandino Vieira



continuando...


Mas antes sofreu muito, mais do que todos os dias quando deitava no quarto e ficava pensar toda a noite coisas a vida não queria lhe dar por causa ainda desse seu azar da perna aleijada, da paralisia de miúdo. Mais; nas outras vezes não tinha grande confusão, tudo passava-se era só uma linha direita, ele sentia bem o que fazia-lhe sofrer, o que estava-lhe alegrar, e era fácil descobrir assim, de olhos abertos na escuridão, se arranjasse um trabalho de verdade não custava resolver o outro caso de mulher para viver com ela. Mesmo que ele pensava umas coisas boas de mais para o casamento, como lhe duvidava seu amigo João Miguel, dizendo: sim, as mulheres eram boas, um homem não pode viver sem a mulher para lhe acarinhar, para lhe ajudar, para crescer os monas∗, para alegrar na tristeza, para dividir com ela na alegria, trabalhar embora; mas também — e isso é que Kam’tuta não aceitava acreditar e Via-Rápida falava ele era monandengue, não não sabia a vida — as mulheres são a raiz do nosso sofrimento; mulher fala de mais; o casamento não é só o riso e o quente de deitar de noite para descansar o trabalho dos dias, não é só a felicidade de você ter uma pessoa que lhe olha bem nos olhos e você confia. A vida é muito complicada, sonhar só atrasa ou só adianta mesmo quando você põe no sonho essas mesmas complicações e as coisas boas também, e isso um rapaz como Garrido Fernandes não podia ainda saber, não era burro não, mas exatamente porque viveu pouco só, a cabeça dele só pode pensar as coisas boas que inventa.

Mesmo com todas as conversas, não doía nessas noites pensar assim; se doía era só as partidas da Inácia, a vergonha da perna, o querer amigar com a pequena, um trabalho bom para mudar a vida. Mas nessa noite era mais diferente de todas: dantes não pensava com raiva, não pensava a vingança, tudo ele julgava podia se resolver só por acaso, deixava. Agora, dez horas já passavam, e o choro ainda não queria lhe largar, o coração estava apertado, muitas coisas que tinham acontecido. A partida da Inácia, gozando-lhe com o papagaio Jacó, era uma ferida larga dentro dele, chegou mesmo uma hora pensou até o melhor que era se matar, para quê valia viver assim feito pouco de todos? Depois, essa raiva de si passou na Inácia, imaginou as mãos dele a agarrarem no pescoço negro e macio, apertarem, apertarem, ia olhar-lhe bem na cara dela para lhe ver ficar branca, morrer pouco-pouco, o fogo nos olhos a apagar, a apagar devagar até ficar o escuro. Mas pensando assim, quase que tinham saído as lágrimas, ele sabia depois ia-lhe chorar na campa, as flores que ia-lhe pôr todos os domingos, a polícia não podia mesmo descobrir era ele, todos sabiam Kam’tuta era um fraco, insultavam-lhe e ele nem refilava, só ouvia. E então, no escuro, via mesmo Inácia toda vestida de branco, deitada no caixão e a pele era até mais bonita, só que ninguém tinha-lhe conseguido fechar os olhos, ficaram abertos e grandes como eram viva, mas apagados, vazios do fogo, com cacimbo no lugar. O pior é quando se pensa muito com a raiva, a raiva gasta e acaba. Devagarinho, a dor passou, uma pena grande veio no lugar e quis adiantar dormir com esse perdão na Inácia, mas João Miguel, o grosso punho levantado em cima da cabeça dele, não deixava. Doía também porque Garrido sabia ele era um amigo, o único a quem costumava falar os assuntos sentia dentro dele, mesmo ideia de se matar e tudo. Por isso custava, picavam na cabeça as palavras dele outra vez, que lhe ouvira no escuro, chamar-lhe meio-homem. Até esse, João Miguel, seu amigo, que sempre lhe consolava dizendo o que valia era a cabeça e a cabeça de Garrido era boa, até esse chamara-lhe de aleijado e sem-pernas. E mais: não quis aceitar-lhe no roubo dos patos. Ele, Garrido Fernandes, não foi num roubo de patos! Ele, que tinha aguentado já seis meses na conta de todos por causa um capiango numa estação de serviço! Porem-lhe assim de lado, trapo velho que só presta para ir no lixo. Isso doía, doía muito, como também doíam as palavras que ele mesmo nem sabe como falou no João Miguel, o rapaz não merecia assim, mas naquela hora tudo saiu na boca sem poder parar, não era ele ainda que estava falar, parecia tinha um cazumbi∗, só xinguilava∗, só dizia o que ele mandava. E se Via-Rápida se ia zangar de vez com ele? Agora que não podia falar mesmo mais com a Inácia? E também Dosreis, seu amigo de mais muito tempo, respeito para ele era ainda como um pai, nem lhe ligara, nem lhe defendera, só pôs umas palavras fracas e ele mesmo, só ele que podia convencer o João Miguel a lhe levarem também, sem velho Loló o negócio não andava. Por que não fez força? Não arreganhou, não ficou do lado dele, contra Via- Rápida?

Todos esses pensamentos soltos na cabeça pediam-lhe para levantar, não se deixar ficar assim ali deitado à toa, esperando por acaso passasse qualquer coisa. As palavras que ele mesmo tinha falado no João Miguel, para lutar, não deixar-se vencer recordou-lhes uma a uma e um frio mais quente é que veio. Sim, senhor, lutar. Mas lutar como, então? Ele, um aleijado, posto de lado num simples roubo de patos, profissão sapateiro mas sem serviço, os outros lhe conheciam, os sô mestres falavam ele era do capiango, não aceitavam dar trabalho nem ao dia, como ia lutar? E se lutasse, lutar com quem então? João Miguel, o Via-Rápida? Não; tinha-lhe deixado naquela hora, não quis-lhe baixar a mão fechada, mas não podia mais falar bem com ele, passava confusão com certeza. E depois também, com o amigo, a luta era outra. Só ia ser lhe acompanhar sempre, falar, ajudar, para ser ainda ajudado, não deixar a diamba tomar conta de vez na cabeça do agulheiro.

Lomelino? Dosreis era seu mais velho, seu pai quase — que pai não lhe conhecia, um branco qualquer, à-toa — e também não tinha a culpa toda, ele é que comandava o trabalho, mas o cabeça era mesmo o João. E mais: Lomelino era um mais velho, nem de palavras se pode lutar com mais velho, senão os outros mais novos não vão-lhe respeitar mesmo depois.

Inácia? Sim, ela mesmo, vadia, cachorra, lhe fazia pouco sempre, gozava. Mas debaixo desses insultos, as palavras boas que às vezes dava-lhe ou ainda os olhos que lhe punha quando ele começava falar a vida boa que sonhava, eram também um peso muito grande e derrotavam os insultos, não deixavam-lhe sentir verdade, ele mesmo era o que a rapariga falava: um fraco.

Então, quem? Cada qual era bom e mau; cada qual sozinho não podia lutar com eles, não estava certo. Loló e Via-Rápida tinham-lhe deixado de lado, mas amanhã, sem perigo nenhum, ia receber uma metade da metade do lucro para ele e nunca que João Miguel fazia batota∗ nas contas, esse dinheiro era santo como ele dizia. Quem era o inimigo? O Jacó? Num de repente viu bem o culpado, o bandido era esse bicho velho e mal-educado, mas depois até desatou a rir. Um homem corno ele e o inimigo dele era um bicho, não podia! Mas a verdade é que essa ideia crescia como capim por todos os lados da cabeça e do coração. Não, não podia ser, não era. Verdade que os monas lhe xingavam “kam’tuta, sung’ó pé” de ouvir o pagagaio, mas quem ensinou foi a lnácia, ela é que inventou. Papagaio não pensa, só fala o que ouve, o que estão lhe dizer. E se os monandengues chamavam não era mais maldade, ouviam os mais velhos, ouviam o papagaio gritar assim dessa maneira. O melhor era perdoar o bicho.

Mas aquela confiança de andar embaixo do vestido da lnácia, aí onde Garrido nem olhava, também não é inimigo um bicho assim? Um pássaro saliente que recebe mais carinhos que pessoa? Então o inimigo era o Jacó? Não pode. Um pobre bicho, só é mau porque lhe ensinaram, sô Ruas é que fez ele assim malcriado com as asneiras de quimbundo, um coitado nem que lhe limpavam no rabo, as penas sempre sujas, cheio de piolhos de galinhas, não tinha poleiro, dormia na mandioqueira, ninguém que lhe ensinava coisas bonitas, verdade mesmo, ele sozinho assobiava bem, não podia ser ele o inimigo duma pessoa.

Mas no escuro do quarto o papagaio Jacó, velho e sujo, apareceu-lhe como a salvação, ele é que ia lhe livrar de muitas coisas, ia-lhe servir ainda para lutar com todos. Era isso, Jacó era a sua arma. Ia acabar com ele, custava torcer o pescoço, mas também já estava velho, coitado, não servia para mais nada. A melhor vingança era essa mesmo.

Primeiro: Loló e João Miguel iam ver ele era um bom, não servia só para ficar vigiar nas esquinas. Sozinho, ia roubar um papagaio, bicho que é como pessoa, quase que fala; ia lhes mostrar o que ele era, depois haviam de pedir favor para fazer sempre o serviço nas capoeiras e não aceitava.

Segundo: também acabava com esses gritos “Kam’ tuta, sung’ó pé”. Se não lhes ouvissem mais, os monandengues iam esquecer; se era preciso até fechava-se no quarto durante umas semanas, desculpava doença, para dar tempo a se esquecerem da alcunha.

Terceiro e muito importante mesmo: o fidamãe não ia mais cheirar na Inácia, roubar assim o carinho de pessoa.

Ria satisfeito com a ideia dele, a raiva já tinha fugido, uma grande alegria bocado má mordia-lhe na boca toda. Procurou os quedes∗ no escuro, vestiu-lhes; pôs a camisa, saiu na noite, assobiava até; via já a cara da Inácia acordando de manhã sem o papagaio, era bem feito, não ia bicar mais a jinguba na boca bonita dela, não ia mais fazer cócegas nas mamas com as penas do pescoço, procurando os bagos escondidos, não ia mais fugir da chuva, meter embaixo das saias no escuro quente das coxas de Inácia. Nunca mais, o fidamãe.

— Sukua’! Eu mesmo, depois, é que sou o papagaio!

A voz dele, batida nas paredes, um bocado rouca de todo o tempo calado, assustou-lhe; mas logo-logo riu uma grande gargalhada no escuro; iam ver ainda quem era ele mesmo, o tal Kam’tuta como lhe chamavam, ele, ele mesmo, Garrido Fernandes, mulato por acaso, por acaso a paralisia é que tinha-lhe estragado a perna, mas na cabeça a esperteza era mais que eles todos, de duas pernas!

A noite estava feia. Escura, nem uma estrela que espreitava e a lua dormia escondida no meio do fundo dum cacimbo grosso parecia era mesmo chuva. O silêncio tapava ainda mais as cubatas e só as pessoas que viviam ali podiam andar nos estreitos caminhos entre os quintais sem dar encontro nas paredes e nas aduelas∗, como ia Garrido, avançando devagar, para gozar bem a felicidade tinha chegado na hora em que descobriu o caso era só agarrar o Jacó, torcer o pescoço, fazer-lhe desaparecer.

Furando o escuro assobiava e até parecia de propósito mesmo: estava imitar todos os assobios do Jacó, eles tinham ficado na cabeça, A areia chiava debaixo dos quedes, a perna aleijada deixava o risco dela, de arrastar o pé, parecia caminho de caracol. Baixinho, no meio dos lábios finos da sua boca estreita, ia inventando;

                               Papagaio louro
                               Seu mal-educado...


Andava, continuava a cantiga, ritmo de samba, como ia pensando:

                              Você é bicho burro
                              Vais ser enforcado.


No meio do cacimbo, lá no fundo do caminho, começou aparecer a mancha negra da grande mandioqueira do quintal da Viúva. Só então o coração do Garrido bateu com mais força; agora que estava chegar, a alegria fugia, espreitava, mirava em todos os cantos do escuro, avançava mais devagar, cauteloso.

Abrir a cancela pequena do fundo do quintal perto das capoeiras foi canja para ele. Conhecia-lhe bem, costumava sair embora ali quando a senhora da Inácia chegava, ela não gostava o rapaz atravessava dentro de casa, tinha falado na pequena todo o musseque sabia o Garrido era do capiango e até parecia mal assim, uma assimilada como ela, com madrinha branca e tudo, estar ligar para um vagabundo como esse coxo. Nem um barulho que fez quando entrou mas um galo pôs um cócócó pequeno, calando-se depois no silêncio do Garrido. Continuou andar mais calado ainda, punha um pé, levantava o outro devagar, pousava-lhe no chão, colocava aí todo o peso do corpo e começava levantar o outro, assim como tinha-lhe ensinado o Via-Rápida explicando na tropa queriam assim, era o passo de fantasma, inimigo nunca ouvia.

O caminho conhecia-lhe bem, não precisava lua, mas nessa hora ela ajudou, rasgou um bocado mais o pano do cacimbo e iluminou o quintal. A mandioqueira estava ali, perto, três passos só mais, mas não queria se apressar, ele gostava a técnica até ao fim, nem um barulho podia fazer, Inácia costumava dormir perto, no quarto pequeno do lado do armazém do carvão. No escuro das folhas não se via nada e a sombra do pau era uma grande nódoa negra no chão vermelho com pouca luz. Dois passos que faltavam só e Kam’tuta adiantou, falou baixinho:

— Jacó... Jacó...

Para o lado esquerdo, no mais escuro, sentiu um mexer de esteira. Parou, assustado; não voltou ouvir-lhe, era só o medo que punha esses barulhos, tinha era o xaxualhar do vento nas folhas da mandioqueira.

— Jacó... Jacó... Olá! Jacozinho... Tocava-lhe já mesmo, o pássaro estava na frente dos dedos, passou com cuidado a mão a fazer festas nas penas poucas do pescoço do papagaio. Sentiu-lhe estremecer, retirar a cabeça de embaixo da asa. Agarrou-lhe com jeito falando mansinho, parecia era mesmo a Inácia:

— Jacó! Dá o pé... querido... dá...

O burro nem que mexia, satisfeito com as cócegas e o quente das palavras. Kam’tuta guardou-lhe dentro do casaco velho, entre o forro e a camisa, abafou-lhe, sorrindo contente, uma alegria a encher-lhe o corpo. Estava agarrado esse bicho ordinário; amanhã era só torcer o pescoço, pronto: o azar acabava de vez na hora em que ele não falava mais. Marcha-atrás começou recuar no mais escuro para seguir encostado nas aduelas até na porta, tinha-lhe deixado aberta. Pôs atrás a perna aleijada, fez força, depois recuou sem olhar, a outra perna já no ar, procurando, com medo de tocar alguma lata, as massuícas eram ali perto.

Mas não deu encontro com as pedras, não. Sentiu foi embaixo do quede um redondo mole, gordo, parecia era bicho e essa forma mexeu logo num grande barulho de esteira. Naquele silêncio o Kam’tuta berrou medroso, todas as galinhas desataram a cacarejar, o galo, acordado, a cantar, os gansos, esses, até pareciam malucos e o Garrido, arrastando a perna, coxeou na porta o mais depressa que podia mesmo, segurando com as mãos no casaco para agarrar sempre o Jacó, não ia-lhe largar naquela hora.

Mas o papagaio, com o susto dele, tinha acordado bem, punha-lhe unhas e bicadas dentro do peito, atrapalhava-lhe para andar. E foi perto já da cancela da saída, o coração de Garrido gelou, ficou frio, frio mais que o cacimbo da noite, nem vontade de fugir corria no sangue, só as pernas eram sozinhas e continuaram. É que embaixo da mandioqueira ele ouviu bem a voz saliente da Inácia a rir, a falar no homem que estava lá deitado com ela, a dizer: não corre, não tem importância, eu conheço-lhe, é uma brincadeira, amanhã eu recebo o que ele veio tirar... Cheio de raiva, Kam’tuta bateu a cancela, meteu no cacimbo que estava cobrir outra vez a lua, mais grosso. No escuro, a voz de Inácia era o único sopro quente que chegava nas orelhas dele, fugindo:

— Kam’tuta, Kam’tut’é! Dorme com o Jacó... Faz-lhe um filho!

E o bicho, bem acordado e bem agarrado na mão zangada do Garrido, ainda arreganhava os insultos ele sabia só de ouvir a voz da dona:

                           Kam’tuta... Juta... sung’ó pé...pé...pé...



continua página 75...


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para crescer os monas — criar as crianças.
cazumbi ou canzumbi — alma do outro mundo; espírito.
xinguilar — invocar os espíritos.
batota — trapaça.
quedes — sapatilha de pano e borracha.
aduelas — tábuas de barril usadas para formar cercas delimitando o quintal.


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José Luandino Vieira -

Com José Luandino Vieira a literatura angolana adquire dimensão internacional. Nascido a 4 de maio de 1935 e criado à vontade nos velhos musseques da Luanda antiga, o escritor recria linguagens de origens diversas e, através de sua prosa extraordinária, fixa o fato cultural local, universalizando-o. Suas atividades literárias e políticas no quadro da luta pela libertação nacional levam-no diversas vezes à prisão, num total de onze anos.

As três narrativas aqui reunidas retratam a dura realidade dos musseques angolanos - os bairros pobres de Luanda, onde o próprio autor viveu. "Minha preocupação era ser o mais fiel possível àquela realidade. [...] Se a fome, a exploração, o desemprego, surgem com muita evidência [...] é porque isso era - digamos assim - o aquário onde meus personagens e eu circulávamos", afirma Luandino.

E, dura realidade à parte, Luandino cria personagens memoráveis. Como "Vavó" Xíxi e seu neto, que, sem trabalho e sem dinheiro, não dispensa a camisa florida ou o amor de Delfina, para desespero da avó (Vavó Xíxi e seu neto Zeca Santos). Ou o Garrido Kam'tuta, atormentado pelo papagaio que ganhava as carícias que Inácia lhe recusava (Estória do ladrão e do papagaio). Ou nga Zefa e sua vizinha, que disputam a posse de um ovo de galinha (Estória da galinha e do ovo).

Essas histórias curtas, narradas com grande maestria e um colorido muito especial, buscam na oralidade inspiração para recriar a linguagem e nos fazem lembrar da nossa própria trajetória literária.



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a mesma lei, a mesma língua (obviamente do colonizador, um drama linguístico, né? escrever na língua do colonizador)




Luuanda 
Estórias 

Escritas no Pavilhão Prisional da PIDE e nas masmorras da l.a Esquadra da P.S.P.A., em Luanda, durante o ano de 1963. 

1.a ed. — Luanda, “ABC”, 1964. 
2.a ed. (revista) — Lisboa, Edições 70, 1972 (com uma tiragem especial de 500 + XXV exemplares). 
3.a ed. — Lisboa, Edições 70, 1974. 
4.a ed. — Lisboa, Edições 70, 1974. 
5.a ed. — Lisboa, Edições 70, 1976. 
6.a ed. — Lisboa/Luanda, Edições 70 — U.E.A., 1977. 
7.a ed. (livro de bolso) — Luanda, U.E.A., 1978.

— Circulou em Lisboa, em 1965, uma edição clandestina, com a indicação (falsa) de ter sido feita           em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 
— Prêmio literário angolano Mota Veiga em 1964. 
— Grande Prêmio de Novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores, 1965. 
— Tradução russa por Helena Riáusova: Luanda, na revista Innostranaya Literatura, Moscou,              1968. 


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